4 de julho de 2010


Enxugando os Prantos


Toda a paz do mundo caindo em gotas de chuva
O amor em plena abundância
Renovada a fé e a esperança
Saúde dando aos montes em cachos de uva

O ciclo de felicidade dando voltas no infinito
A cada segundo sorrisos e gargalhadas
Desarmadas todas as facções e exércitos do planeta
Todos os soldados com roupas de banho fazendo um churrasco

Só com uma luneta posso ver o mau que está no nada
Crianças sem fome ou sede e com grande futuro
Drogas, maldade e a raiva morrendo afogada
Vão-se abaixo preconceitos e muros

Pessoas que estavam perdidas sendo encontradas
Hinos de todos os países poeticamente cantados
Fazendo assim valer gastar toda a saliva
Presídios se tornando museus e teatros

Retratos e pinturas só de natureza viva
Guernica se transforma em um belo abstrato
A censura se foi e desceu do seu salto
Não existe rabisco, toda arte provém de um traço

Todos tem, na vida, o direito de subir em um palco
Poetas aparecem por todos os cantos
O ego e auto-estima do homem se perde no alto
Poesias trazendo alegria e enxugando os prantos

André Anlub


PLEONASMO, SHOW DE BOLA!

3 de julho de 2010

"A ARTE EM VÃO OU EM VAN” 
( Música que Fiz, Homenagem ao Pintor Vincent Van Gogh )

Artes plásticas, paixão eterna
Eternamente o seu tesão
Pincel, tinta e uma tela
Uma aquarela no coração

"Se não gostas de arte, bom sujeito não és
És ruim da cabeça, ou não tens mais pincéis"

Um maluco beleza, era o irmão do Théo
E com muita grandeza, agora pinta no céu.
Um Talento perdido, uma "Noite Estrelada"
Um sentimento escondido, uma visão amarelada

Uns dizem que era doido e não era bem quisto
Mas que tinha um talento que nunca antes foi visto

Via a arte como ninguém, fazia parte do seu alguém
Eram "Batatas" eram os "Campos"
Eram também muitos enganos

Só quem o ama sem sequer lhe conhecer
E que pode na vida tentar descrever
Uma meta, futuro, ele não tinha
Mas a perda para as artes, ninguém imagina.

A sua morte, pura especulação
Se foi suicídio não importa mais não
E assim se fala mais uma vez
Que para nossa arte grande feito se fez.

 André Anlub

1 de julho de 2010

AMOR ENFERMO

Quando por fim chegou a mim
Veio de uma forma tão ímpar
Voou alto nas nuvens,
Uma estrela pariu
Desvendou meu enigma

Simplesmente surgiu
Fácil demonstrar o que sinto
Mais fácil ainda é fazê-lo crescer
Amor, sentimento infinito
Acabou de amadurecer

Sem meu escudo e armadura
Frágil a sua mercê
Submetido a sua postura
Ajoelhado com muito prazer

Te amo, te quero, te tudo
Sou seu e de ninguém mais
Um ser absoluto
Incompreendido jamais

Faço em você o meu leito
O deleite do leite que alimenta
Faço por que te quero imensamente
Faço por que me rejeita.

André Anlub

30 de junho de 2010



Um Futuro Ser Completo


Saber viver, saber esperar
Tudo no contra tempo da situação
Montar no mundo e cavalgar
Largar o cogente por só querer
Se o tempo é sua Nêmesis
Levante e corra em qualquer direção
Saia do ostracismo de um abrigo
Essa  solução é só enganação

No adjunto de tudo que te faz feliz
Vale a pena o tempo perdido
Se por um lado desce ralo abaixo
Por outro alimenta sua alma
Com sabedoria, tempo e muita calma
O mundo estará em suas mãos
Com paz, integridade e humildade
Tornar-se-á muito mais do que aprendiz

Ser um monge na pura meditação
Paira o silêncio ao se encontrar
Passeando ao redor do espaço tempo
Sem sequer ter hora para chegar

Totalmente de bem com sua vida
Sabiamente convida ao vivo o bem
Com sua mente muito bem na vida sã
Para conviver sabiamente com sua vida zen.

André Anlub





PERDIDO NO ESPAÇO
.
Viajo por entre galáxias
Estrelas cadentes
Buracos negros
Na velocidade da luz
.
Espelho-me em grandezas
No infinito
No belo, bonito
Em muitas certezas
Inclusas no tempo e na imaginação
.
Contudo me acho
Perdido no espaço
Sem pé nem cabeça
E com muita incerteza
De um ser que retorna
De volta ao chão
.
Vejo-me inseguro, tonto em perigo
Meu próprio inimigo
Poeira estrelar
Em um eco obscuro
Anéis de Saturno
Construo um abrigo
Em um planeta vazio
Chamo de meu lar
.
André Anlub [Poeteideser]

A ARTE NA MADEIRA, SENSACIONAL!

28 de junho de 2010


ARMAGEDDON

Nunca um céu se fez de feio
Nunca houve uma cor de fogo
Muitos galopes se ouviam à distância
Eram quatro homens ao todo
Ventos fortes surgiram num estalo
Tsunamis do além
O mundo esvaindo-se para o ralo
Uns orando para outrem
Os pecados vindo à tona
Abandono dos vinténs
Correria, fogo e ferro
Almas perdidas vagueiam
Feridas se abrem
O belo se faz feio
É a tristeza que invade
O fim não está próximo
Já chegou e fez moradia
O dia não mais existe
Faces de melancolia
Cães sem dono vagando nos destroços
Idosos tentando se equilibrar
Pessoas fazendo menções aos mortos
Cogumelos de podridão a brotar
Uns saqueavam o comércio
Outros deixavam para lá
Olhos ficando cegos
Elos a se quebrar
Todos no mundo são réus
A bola se partindo em duas
Os cavaleiros sorrindo no céu
Sempre acha quem procura

André Anlub

HOSPÍCIO


Salientaram no hospício
Ninguém iria comer
Injeções na testa
Mais que um sacrifício
.
Uma doutrina errada
Condições terríveis
Faces amarguradas
Pessoas mais que sensíveis
.
Não tinham valor algum
Exclusos da sociedade
Pessoas novas e de idade
Somavam um mais um
.
Indigentes, obscenos
Cenas do dia a dia
Pretos, brancos, morenos
Sujeitos a revelia
.
Desprezados pela verdadeira família
Inúteis sem poder reciclar
Cães expulso da matilha
Sem ter mais em quem amamentar
.
Aos montes iam se definhando
Em um frenético vai e vem
Homens mortos andando
Passos calmos pro além.
.
André Anlub (23/7/09)






Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.