17 de fevereiro de 2012

16 de fevereiro de 2012

Dos fantasmas

O alcoolismo pode assombrar
No levantar do copo – Dando o primeiro gole
Pode-se mergulhar em um pesadelo já conhecido
O teatro etílico da existência.

De enredo fácil
Interpretação muito difícil
Desfecho pode ser nefasto.

A obesidade e a magreza podem ser assombros
Muito além quando há o ponto de vista preconceituoso
Persegue e percebe no espelho um quase masoquismo
Um “desotimismo” de seguir a vida.

Temos nossos abantesmas
Nem sempre se vê exposto
Às vezes se vê até com sumo gosto
Poucos conhecem no âmago a própria ferida.

André Anlub

14 de fevereiro de 2012

Dos Bardos

É pensante, mas sóbrio poeta insurgente
Daqueles que anseiam tirar poesia de tudo...
Menos do que o toca no absoluto profundo
Pois nele, o mesmo, é extremamente faltante.

Precisos são seus pontos, vírgulas e aspas
Às vezes palavras ásperas que consternam o humilde
Notória sincronia com o público que aclama
Forca em praça pública com linchamento e chamas.

O bardo é liberdade, Ícaro que deu certo
Sem normalidade, sem torto e sem reto
Eqüidistante do mundo mora no cerne da alma
E com doação e calma, conquista os sinceros.

Mas há poeta que grita abraçado ao berrante
Só vê perfeição nos seus soberbos espelhos
Pois Narciso é conciso e sem siso é errante.
Cai por terra, dúbio, e vê-se de joelhos.

André Anlub

13 de fevereiro de 2012

Dos souvenirs

Das paixões, guarda amores
Da adolescência... Teimosias
Dos anos vividos... Experiências
Os seus ódios, guarda em tumores.

Andando pela praia encontra uma bela pedra de âmbar
Levanta a cabeça e fita o horizonte no pôr do sol
No momento, para ele, aquilo simboliza um amor perdido
Sente aquela dor que outrora viveu.

Colecionador de anseios
O coração é um gaveteiro
Tudo tem e tudo perdeu
Sentimentos são como frações
Faz do fundo do poço o seu apogeu.

Todos, no fundo, arquivamos algo
Alguns maquiam mentiras...
Outros tecem verdades
Uns preservam lealdades
Mas todos têm arcanos.

A cada pedra pega no chão
Cada grão de areia presa ao corpo
Há um rosto, nem sempre exposto
A “cara à tapa” dos sentimentos...

Em combustão.

André Anlub


Imagem: web

12 de fevereiro de 2012

Dos escárnios

Mostrando sua face, máscara e falsa catarse
Riremos e brindaremos juntos
A política se faz com homens sem livros
A burrice clara de um povo unido.

O frio que corta as longas noites
Dos mendigos deitados ao relento
E no governo que não há um só lamento
Arrecadam dinheiro e distribuem açoites.

Mostrem suas malas, passagens e o jatinho
Eles podem viajar para qualquer lugar
Dão uma banana para o “zé povinho”
E muita gente faz sucesso sem saber cantar.

A pura conjectura de compor um barulho
Que faz um frenesi sem se saber porque
Exibe um cantor medíocre e seu pérfido orgulho
Às vezes da vontade gritar “vai se ferrar”!

André Anlub

Foto: arq. pessoal

11 de fevereiro de 2012

Dos persuadidos

Coloca um salto muito alto nos pés
Boca vermelho sangue
Micro vestido e bolsa da moda
Junta com mais duas ou três da sua gangue.

Não há homem que não aprecie
Não há suspiro que se segure
Pode transformar-se em pesadelo ou sonho
Saciando o fetiche mais bisonho.

Há um modo mais evidente de não opinar em nada
Ficar a cargo dos atrozes meios de comunicação
Temperando seu cérebro e deixando à marinara
Almejando o modismo da ocasião.

Persuadir é como uma feia obra de arte
Quase sempre usada para fins escusos
Tão inebriante como a pior cachaça
Um desocupado encéfalo “à la carte”.

Mas dizem que nem tudo está perdido
A dita opinião própria ainda existe
E a mesma insiste em estar no seu convívio
Mas isso não seria estar “auto-persuadido”?

André Anlub



Imagem: web

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.