27 de março de 2012

Quando iniciei a série “Algumas Histórias”, quis passar um pouco de alguns períodos da minha vida, não que sejam casos/épocas melhores ou piores, são apenas pequenas lembranças.
Poderia escrever um livro com o material de lembranças que tenho até o momento, mas optei por algo mais poético, em forma de prosa poética com pitadas de humor!

André Anlub



Imagem: Tabajaras/morro dos cabritos/Copa - 2002

Algumas Histórias VII

Festa Junina na praça do Bairro Peixoto
Copacabana, início da década de noventa
Eu e mais três amigos resolvemos abrir uma barraca
Vendendo salgados, cerveja, quentão e batida de coco.

Aproveitamos uma árvore que tinha um forte tronco horizontal
A mais ou menos dois metros do chão
Fizemos de teto e sustentação
Escrevemos no tronco com tinta branca um conhecido chavão:

“Quem procura acha aqui”

Por quatro dias foi nossa vendinha, nosso ganha pão
E o quinhão fervia, e a cerveja não dava vazão
Para satisfazer a freguesia, tivemos que comprar em novo endereço
Quando acabava o estoque comprado do mercado, a saída era o bar do Carlinhos
Comprando gelada e mais cara e revendendo com nosso preço.

No último dia de festa caímos na folia também
Os bolsos cheios de grana e a madrugada chegou
Fecharam-se os bares, acabou-se a bebida
Mas eu ainda tinha disposição para ir além.

Mesmo de calça e camisa nova peguei a bicicleta
Pedalei no calçadão até a praia do Leme
Lá eu sabia que tinha um bar que não fecha
Cheguei lá estava lotado – parecia que todos tiveram a mesma idéia.

Depois de mais três horas de copos e novos amigos...
Resolvi pegar um ônibus e voltar para minha casa
Mas antes de dormir alguma coisa eu estava dando falta.

Ao acordar com minha cabeça em brasa
Entrei na ducha fria e voltou minha memória...
A minha “magrela” dormiu ao relento!
Essa realmente ficou para a história.

André Anlub


Imagem: web

Algumas Histórias VI (Continuação)

Constante Ramos, Copacabana
No bar da esquina tudo a contento
Cerveja gelada, aperitivo, e eu já estava tocando minha gaita
Mas a paz se quebrou naquele exato momento.

Um barulho forte de freio e colisão
O som vinha da praia e ecoava em agonia
Levantei, estiquei o pescoço e vi o carro em contramão
Estava pegando fogo e ainda em movimento.

Corremos para prestar alguma possível assistência
Não havia mais nenhum carro envolvido no acidente
Juntaram os curiosos, os transeuntes
Muita fumaça e o carro queimava na minha frente.

Fui ao quiosque da praia e peguei um extintor de incêndio
Havia uma pessoa dentro do carro, nas chamas, no volante
Ao mesmo tempo em que meus amigos gritavam pelo bombeiro...
Aquela cena, fumaça e fogo, era chocante.

Mesmo sem poder vê-la, eu falava para a pessoa no carro ter calma
Corri para bem perto usando o extintor e me sentindo um herói
Quando extingui o fogo pensei que tivesse acabado o tormento
Mas o ego inflado demais às vezes dói.

Não era uma pessoa, era apenas o encosto do assento
O motorista havia saído muito antes - pulou do carro andando
Meu ato heróico havia se tornado amargura
De mocinho para louco – a vida nua e crua.

André Anlub


Imagem: web

Paz e Amor

Minha paz...

Procurei minha paz em meu norte
E com sorte achei muito mais
Minha paz é colosso, forte
Muito além que presente é minha paz.

Uma paz revolucionária
Conquistada na infância
Na elegância das brincadeiras de criança
Mas nunca foi imaginária.

Mas a paz se perdeu
Se foi, arremeteu
Era imortal, mas acabou
Não tinha fim, mas morreu.

E no enterro da paz
No “aqui jaz” do bem querer
Jamais irei saber
Se a paz é você quem faz.

E meu amor...

Procurei meu amor em todos os cantos
De Botafogo ao Catete
Em baixo do tapete
E até em outros planos.

Procurei na nostalgia
Felicidade, magia
Inenarráveis emoções
Só achei desilusões
Com o criador e sua cria
Uma falésia se erguia
O que sacia os corações.

Amor, que de gigante nunca encolheu
Estacionou no apogeu
Mas se arriscou e cansou
O que sobrou do céu
O vento que levou

Azedou o mel.

André Anlub

Imponência

De uma forma deveras palpável
A grafia renasce no arcabouço
Vindo de uma sensação mutável
Tornando-se finalizada ante o esboço.

As letras jamais envelhecidas
Amareladas com rigidez perene
Órfãs sem jamais terem nascidas
Lapidadas pela sutileza do cerne.

Apólogo nas mentes funcionais
Decreto soberbo dos irracionais
É boa imprecação em todas as formas.

Sem acatamento diante da alusão
Dona de si perante comunhão
Jamais dará ouvidos às normas.

André Anlub

26 de março de 2012

David Gilmour Come to Brazil

OBS: Minha montagem aparece no 2:36 do vídeo!

Ponderação vespertina

A arrumação das palavras e o estilo próprio de cada indivíduo
Léxico finito de combinação infinita que faz da arte sua lança
O poder de atacar e tocar com as mãos de papel, deixando vestígios
Da singeleza que foi construída à complexidade do voo que alcança.

Quem nunca se rendeu a um poema?
Sentiu na carne de forma intensa o próprio dilema...
Dilema este que nunca foi só seu.

Vidas são como uma resma enorme recebendo rajadas de vento
Inventam que voam, buscando olhos com fome de leitura
Toda palavra por mais simples que seja quer ser lida
Por isso são vidas que voando se resumem em momentos.

Dom Quixote e seus cata-ventos, seus moinhos
Tom Jobim com sua poética que escurece pela manhã
Dom, que jamais pode transmigrar para altivez
Tom, que por sua vez não desafina em seus caminhos.

Insensatez que não deixa de ser metáfora
No quarto colorido e desarrumado dos vocábulos
A nossa cama está sempre feita...
E pela janela entra a lucidez.

André Anlub

Enxugando os Prantos

Toda a paz do mundo caindo em gotas de chuva
O amor em plena abundância
Renovada a fé e a esperança
Saúde dando aos montes em cachos de uva.

O ciclo de felicidade dando voltas no infinito
A cada segundo sorrisos e gargalhadas
Desarmadas todas as facções e exércitos do planeta
Todos os soldados com roupas de banho fazendo um churrasco.

Só com uma luneta posso ver o mau que está no nada
Crianças sem fome ou sede e com grande futuro
Drogas, maldade e a raiva morrendo afogadas
Vão-se abaixo preconceitos e muros.

Pessoas que estavam perdidas sendo encontradas
Hinos de todos os países poeticamente cantados
Fazendo assim valer gastar toda a saliva
Presídios se tornando museus e teatros.

Retratos e pinturas só de natureza viva
“Guernica” se transforma em um belo abstrato
A censura se foi e desceu do seu salto
Não existe rabisco, toda arte provém de um traço.

Todos têm na vida o direito de subir em um palco
Poetas aparecem por todos os cantos
O ego e auto-estima do homem se perdem no alto
Poesias trazendo alegria e enxugando os prantos.

André Anlub

Desabafo de um Amor Desabrochado

É inacreditável como sou feliz ao seu lado
Um mix de emoções boas a todo o momento
Sem você preferia viver isolado
Em uma ilha só com um coqueiro.

Sentimento puro e extremo
Amor anos luz de verdadeiro
A verdade mais alta pronunciada
A cura para todo o câncer do planeta.

O bálsamo do bem derramado
Afogando todas as minhas mazelas
Meus pratos preferidos nas panelas
O cheiro do perfume do bem amado.

A pólvora exposta à chama da paixão
Implosão do calor da excitação extrema
Na ponta da língua o sim e o não
O coração é o inverso de pequeno.

É inacreditável como chego a chorar
De saudade, amor ou em um pesadelo
Sonhar em contigo não acordar
Não poder tocar em seu cabelo.

Faltam-me palavras, sobram desejos
Almejo mais e sempre muito mais
Minha vida é sua, pode me abraçar
Nenhuma alma de morte poderá me levar.

André Anlub

25 de março de 2012

A Epopéia de Denise (caixa de Pandora)

Como se começa uma história?
Algo que pode ter acontecido!
E se a mesma não existe na memória
Posto que é um fictício ocorrido!

Denise caminha em uma praia
Mesmo que o sol não raia...
Sua alegria insiste.

Se depara com uma caixa
Um baú velho e pequeno
O abre, deixando escapar um veneno.

A caixa...
Dentro havia um sonho
Remeteu-a a outros lugares
Voava por entre vales
Sentia na face leve brisa gélida.

Despiu-se de todos os seus disfarces...
Reviu todos que já se foram
Todos que por ela eram amados
E ela por eles.

Viu a morte, passou tão rápida e inexpressiva que, na verdade, poderia se tratar de uma nuvem negra!
Nuvem pequena e inútil
Dessas que não fazem chuva
Mas dependendo do ponto de vista
Pode fazer sombra
Tirando o reinado do sol.

...Voou sobre a ilha de Páscoa
Sorriu para seus mistérios
Atravessou alguns deltas de rios
Do Parnaíba ao Nilo.

Ao anoitecer viu Paris
Sentiu seus perfumes
Por um momento os odores a levaram a campos
Como se estivessem presos a uma redoma de vidro.

Foi testemunha do nascimento de uma pequena aldeia
África
Os lugares voltavam no tempo
Homens pré-históricos surgiam em grupos
Perseguiam mamutes
Comiam com as mãos
Descobrindo o fogo
Violência e pretensão.

Ninguém podia vê-la
Sequer podia ouvi-la
Mas tantas coisas para dizer...
Ensinar e aprender.

Por fim tudo foi simplificado a um só casal de humanos
Pode ver tanta coisa
Estar em tantos lugares
Mas ao retornar desse sonho tão real
Uma realidade maior a esperava.

Ela não pode encontrar quem seria prioritário,
Quem responderia suas recentes e antigas perguntas,
Que a acolheria, lhe daria afagos e força,
Quem a conhecia como ninguém!

Ela mesma!

André Anlub

Parte I



Parte II

Dos Bardos

É pensante, mas sóbrio poeta insurgente
Daqueles que anseiam tirar poesia de tudo...
Menos do que o toca no absoluto profundo
Pois nele, o mesmo, é extremamente faltante.

Precisos são seus pontos, vírgulas e aspas
Às vezes palavras ásperas que consternam o humilde
Notória sincronia com o público que aclama
Forca em praça pública com linchamento e chamas.

O bardo é liberdade, Ícaro que deu certo
Sem normalidade, sem torto e sem reto
Eqüidistante do mundo mora no cerne da alma
E com doação e calma, conquista os sinceros.

Mas há poeta que grita abraçado ao berrante
Só vê perfeição nos seus soberbos espelhos
Pois Narciso é conciso e sem siso é errante.
Cai por terra, dúbio, e vê-se de joelhos.

André Anlub



Luzidio

Seu amor é luzidio
Intenso e ao mesmo tempo brando
Quase doce suicídio
Vida após extinção.

Busco no cerne, no coração esmiuçado, o soluto
Busco o calor absoluto, mas a energia térmica é fria.

Calafrio, calo e ouço, calabouço
Não sinto nada, não sinto nem dor.

Meu amor é breu
Apogeu do asco
Cego que só nego...
Tudo que seu amor me deu.

Mas juntos nosso amor é neutro
Uma soma do sincero com corriqueiro
Céu ou inferno não importa
Nossas portas sempre abertas...

Dão passagem ao amor verdadeiro.

André Anlub


"Tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora"
- André Anlub -

"O embuste e o arcano entram pelo cano quando se descobre o amor"
- André Anlub -

24 de março de 2012

Uma pulada de cerca

O embuste e o arcano entram pelo cano quando se descobre o amor
Descem aquém do ralo e perdem o faro como um cão sem dono
O amor é colosso, multicolorido e de aura desmesurada
Por si só já é um exército - não necessita armada nem patrono.

Manda calar em silêncio e desmascara a arrogância
Jamais conheceu a ganância, nem tampouco a demência.
Mas o amor pode ser confundido...
Por um ser oprimido que arquiteta sua inocência.

Como uma alta montanha é a deleitosa paixão
Mas não esse monte que logo vem na mente - com neve
Está mais voltada para uma muralha - um vulcão
Pode ficar eternamente em uma vida ou ser breve
Ou uma deliciosa e passageira emoção.

Em suma... Agarre-se nessa dopamina
Se dope do casto e verdadeiro anseio
Arrume um meio de dobrar essa esquina
Depois retorne a rua calma da sua história.

André Anlub



Imagem: web

Insanidades

Teria que ter sido pelo menos companheira
Mesmo não cobrando o amor que ela devia
Não importa cargas d’água tenha denegado
Diz que viu duendes, vacas voando, unicórnio alado.

Teria que ter sido pelo menos afeição
Mesmo se nada cobrassem, nem um beijo perspicaz
Nem se o desejo vem ao acaso ter sido esnobado
Meu corpo era seu leito, do seu jeito ao seu agrado.

Teria que ter sido pelo menos sincera
Calada no nosso leito, fechando-se e indo ao sono
Trancada a sete chaves, deixando-me em abandono
Parte da realidade pintada como quimera.

Teria que ter sido pelo menos uma verdade
Sendo personagem da imaginação mais fértil
Viva no papel, nas ideias, um lindo sonho
Que me deixa cancro exposto, frágil e medonho.

André Anlub

23 de março de 2012

Um abraço Chico Anysio

PRECE (Fernando Pessoa)


Senhor, que és o céu e a terra, que és a vida e a morte! O sol és tu e a lua és tu e o vento és tu! Tu és os nossos corpos e as nossas almas e o nosso amor és tu também. Onde nada está tu habitas e onde tudo está - (o teu templo) - eis o teu corpo.

Dá-me alma para te servir e alma para te amar. Dá-me vista para te ver sempre no céu e na terra, ouvidos para te ouvir no vento e no mar, e mãos para trabalhar em teu nome.

Torna-me puro como a água e alto como o céu. Que não haja lama nas estradas dos meus pensamentos nem folhas mortas nas lagoas dos meus propósitos. Faze com que eu saiba amar os outros como irmãos e servir-te como a um pai.

[...]

Minha vida seja digna da tua presença. Meu corpo seja digno da terra, tua cama. Minha alma possa aparecer diante de ti como um filho que volta ao lar.

Torna-me grande como o Sol, para que eu te possa adorar em mim; e torna-me puro como a lua, para que eu te possa rezar em mim; e torna-me claro como o dia para que eu te possa ver sempre em mim e rezar-te e adorar-te.

Senhor, protege-me e ampara-me. Dá-me que eu me sinta teu. Senhor, livra-me de mim.

Chico Anysio (1931/2012)


Armageddon II

Caçadores de cobiças e amores perdidos
Senhores dos seus projetos de ações duvidosas
Jardineiro na ufania das flores de cera de ouvido
Decifram a nostalgia de ocorrências rigorosas.

Lenhadores brutamontes com os seus machados cegos
Filhos de escravas negras com índios
São brancos com seus olhos claros de guerra
Sem ego mas com a ganância de buscar o infinito.

Se a chuva de meteoros chegar em má hora
E quatro cavaleiros lhe derem guarida
Com parcimônia de quem cultiva uma passiflora
Empunha a espada, dá meia volta e procura saída.

Vivendo em um singelo passado do agora
Azul que faz fronteira com um feio absurdo
Os vieses que ecoam aos ouvidos de muitos
Aquecem como o nome de Nossa Senhora.

André Anlub

22 de março de 2012

Foi hoje no final da tarde

Correndo pelo campo de tulipas, braços abertos e mãos espalmadas

Uma leve garoa cai, refrescando meu quente corpo
Paro de correr, e me deliciar com a chuva, para pensar em você
Também paro de escrever, nesse escritório, para sonhar acordado com seus lábios.

Pois nada mais interessa nesse momento
Quero rimar amor com prazer...

Tento voltar ao foco da minha escrita
Seria um romance? – seria poesia?

E no desespero da causa, por mais que a mesma me machuque...
Afogo-me em citações famosas, pois sei que você iria gostar
Cito Shakespeare, Sartre, até amanhecer
Choro, como bem sabe que é de costume
Pois é a única que me entende, me ouve e me lê.

Mas retorno à mesa vazia
Com as anotações, o charuto e a bebida
E de saída, sinto como um aperto forte no peito
Uma insanidade que sussurra ao ouvido...
O lamento e o esvaecer da minha vida.

André Anlub


Obra-prima

Tece a busca do aconchego amoral
No horizonte bem próximo fita-se expectativa
A arte se contorce, vai e vem das mãos.
Matizes deflagram em frenesi surreal.

Surge a pergunta e se obtêm solução
O colorido e sombras entram no mais salutar consenso
Feliz? - Às vezes sim, muitas outras vezes não
Mas agora são um só - dominante e dominado.

Quiçá tudo feito não esteja a contento...
E não está!

Surta e larga os pincéis - rumo ao pesadelo
Epiléticas mãos fazem movimentos elípticos
A tela, ante natureza morta, torna-se morto abstrato
Sem tato o artista desmonta, senta e chora.

Ao cair de quatro pingos de compunção
Levanta a cabeça, encara a vida e olha ao lado
Encabulado vê-se de fato o que seria sua sina
Ensaia um sorriso e em tons tênues declama:

“Majestosa obra-prima”

André Anlub

21 de março de 2012

Nada e tudo

Nada poderá ser dito
Pois coisa alguma mudará o agora...
O concreto é espelho
São olhos verossímeis e diretos.

Nada poderá ser visto
Pois tudo é breu
Qualquer fagulha nesse espaço...
É como vulcão no vácuo
Tamanho sem poder.

Nada poderá ser tocado
Pois se não pode ser visto...
Onde estará?
Absolutamente preto no preto.

De repente alguém saiba o que é para ser dito
Até tocá-lo com delicadas ou nervosas mãos
Quiçá vê-lo nitidamente
Aonde se encaixam o sim e o não.

Mas se estiver no âmago de um buraco negro?
Na fantasia de um artista?
Ou meramente no amanhã?

André Anlub

Dos Outonos

Já é outono...
Já é beleza.

Natureza com realeza e seus adereços
O endereço com a maior certeza...
É não esquentar cabeça com nenhum transtorno.

Há uma cidade com um parque no centro...
Não é o Central Park!

O amarelo e o carmim abrem o caminho
E mesmo sozinho nunca me perco.

Há uma casa com uma árvore muito cheia
No outono ela emagrece, fica mais bela
Pela janela, estupefatos, todos emudecem...

Contemplando perguntam aos quatro ventos...
“Merecemos viver essa formosura?”

Já é outono...
Já é loucura.

André Anlub

Vamos dar um UP nessa Síndrome de Down!

Porque o amor verdadeiro não conta cromossomos...

A espera

Nesse azul gritante dos seus olhos...
como céu aberto convidando ao voo
ou um mar bem calmo receptivo ao sol.

Dentro do seu peito um coração apático
de quem ama é feliz mas incompleto
calando-se na saudade da espera.

O perdão veio e em passos lentos volto
Vou alinhar o nosso tempo
caminhando sem susto nem dor.

Somente com saudade e desespero...
de ainda não ter chegado.

André Anlub

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.