25 de abril de 2012




O ônus da prova

É assim mesmo, o ônus da prova
Se há prova, eu aprovo
Se há prévia, vai ascender
É exatamente assim que se inova.

Não quero ver duelo, ver o elo
Tudo se quebrar
O desencarnar que rola o mundo
Tão profundo, a cada dia renovar.

Com os pés descalços sinto a terra...
Com eles calçados vou à guerra.

A visão do mundo melhor
Da união nua e eterna
Aquém da lua e sol
Banhados em águas sagradas
Imponentes e absolutos
A união do bem e o mal.

André Anlub
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The burden of proof

That's right, the burden of proof
If no proof, I approve
If no prior amount will
This is exactly how it innovates.

I do not want duel, see the link
Everything is broken
The rolling disincarnating the world
So deep, renewed every day.

With bare feet feel the earth ...
With these shoes go to war.

The best view of the world
Naked and eternal union
Behind the moon and sun
Bathed in the holy waters
Lofty and absolute
The union of good and evil.

Andre Anlub

Imagem: web
A vida é um sonho bom, música doce e leve, colorida e harmônica, valiosa e breve!
- Andre Anlub -


Imagem: Anlub / Bonecos da banda de Pífaros


Teus Cantos

Quero agora tocar-te
Teu corpo de seda
Teus lábios de veludo
Quero voar em teus olhos azuis
Trocarmos de línguas
Fazer-te um filho
Ou só ficar no tentar.

Quero meditar contigo
Ser o primeiro e o último
O maior e o melhor
O mais amado
O menos temido
Quero chamar-te de meu amor
Por entre carícias, pernas e braços
Relevos e aperitivos
Amar-te sem fim

André Anlub

24 de abril de 2012



Apenas uma Ponderação (parte III)

Realismo do poder de uma paixão é a mais cruel das realidades
Sonhos que poderão se realizar
Uma família que pode habitar seu legado
Ninguém sabe se será uma possível dor de separação
Paredes brancas para pintar.

Às vezes para enxergar temos que ficar cegos
Um coração que há dúvida se irá quebrar
Cada passo pulando buracos
São as mazelas que perpetuam os egos.

Passam-se anos e esquecemos tudo
Horas que ficamos somente em sonhos
Um passado que passou como puro absurdo
Pode vir, como chuva forte, a se repetir.

Em um mais novo louco amar...
Sinto cheiro de nova vida
Um recomeço com rebentos e novas armas
Nova batalha, sentimento, era
Uma porta pantográfica para usar de saída.

Na beira do abismo encontra-se nova resposta
Se olhar para baixo não vai se arriscar
Sem dinheiro ou bens, mas pode se fazer a aposta
Nova casa no coração é toda quimera.

André Anlub

Poema magnífico! Como diz um amigo: "Delcarajo!"







Necrológio dos Desiludidos do Amor

Os desiludidos do amor
estão desfechando tiros no peito.
Do meu quarto ouço a fuzilaria.
As amadas torcem-se de gozo.
Oh quanta matéria para os jornais.

Desiludidos mas fotografados,
escreveram cartas explicativas,
tomaram todas as providências
para o remorso das amadas.

Pum pum pum adeus, enjoada.
Eu vou, tu ficas, mas nos veremos
seja no claro céu ou turvo inferno.

Os médicos estão fazendo a autópsia
dos desiludidos que se mataram.
Que grandes corações eles possuíam.
Vísceras imensas, tripas sentimentais
e um estômago cheio de poesia...

Agora vamos para o cemitério
levar os corpos dos desiludidos
encaixotados competentemente
(paixões de primeira e de segunda classe).

Os desiludidos seguem iludidos,
sem coração, sem tripas, sem amor.
Única fortuna, os seus dentes de ouro
não servirão de lastro financeiro
e cobertos de terra perderão o brilho
enquanto as amadas dançarão um samba
bravo, violento, sobre a tumba deles.

Carlos Drummond de Andrade, in 'Brejo das Almas'



Corsário sem rumo

No seu sorriso mais doce
Dá-me o sonhar acordado
Nau agridoce ancorada
No porto seguro de um réu.

O cerne mais íntimo partilhado
Como alado cavalo ao vento
Coice pra longe o tormento
Traz na crina o loiro do mel.

Mil flores a pulsar na razão
Vil dor e jamais compunção
Cem cores permeiam na libido
Sem rumo nem rum no tonel.

Pirata na dádiva do amor
Com a bússola do autêntico anseio
Nem proa, nem popa, nem meio
Voando em direção ao seu céu.

André Anlub

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Corsair aimlessly

At its sweetest smile
Give me daydreaming
Ship anchored bittersweet
In the safe haven of a defendant.

The innermost core of shared
As a winged horse in the wind
Kicked away the torment
Bring on the mane of honey blonde.

A thousand flowers to beat in reason
Vil pain and never compunction
Hundred colors permeate the libido
Aimlessly in rum cask.

Pirate in the gift of love
With the compass of authentic longing
Neither the bow nor the stern, or through
Flying toward his heaven.

Andre Anlub

Imagem: web

23 de abril de 2012



Parafraseando:

Águas passadas não movem moinho, mas serve para dar uma pescadinha!
- André Anlub -


Um fedor sem pudor

Imaginação florida
Cheiro de podridão no ar
Urubu já na corrida
Para longe desse lugar.

Era um chiqueiro sujo
Corpos valendo moedas
Homens eram "ditos-cujos"
Mulheres "pés-de-chinelas".

Tudo na mais imperfeita ordem
Tudo bem para quem é morto
Uma porta escrito "mortem"
Um esgoto mais que torto.

Um fedor nauseabundo
Um pudor que não existe
Zumbis de outro mundo
Nessa vida que em lá persiste.

A noite uma orquestra
De dia nem um barulho
De tarde uma quaresma
Sempre um cheiro de estrume.

André Anlub

Dia de São Jorge - 23 de Abril



Oração a São Jorge

Eu estou vestido e armado com as roupas e as armas de São Jorge,
para que os meus inimigos tenham pés e não me alcancem,
tenham mãos e não me toquem, tenham olhos e não me vejam,
e nem mesmo em pensamento eles possam me fazer mal.
Armas de fogo o meu corpo não alcançarão.
Facas e espadas, se quebrem sem o meu corpo tocar.
Cordas e correntes, arrebentem sem o meu corpo amarrar.
Jesus Cristo, me proteja e me defenda
com o poder de sua santa e divina graça
Virgem de Nazaré, me cubra com o seu manto sagrado e divino, protegendo-me em todas as minhas dores e aflições,
e Deus, com sua divina misericórdia e grande poder,
seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meu inimigos.
Glorioso São Jorge, em nome de Deus,
estenda-me o seu escudo e as suas poderosas armas,
defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza,
e que debaixo das patas de seu fiel ginete
meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós.
Assim seja com o poder de Deus
de Jesus e da Falange do Divino Espírito Santo.

Salve São Jorge!



Imagens: Anlub e web

22 de abril de 2012

"A família é um conjunto de pessoas que se defendem em bloco e se atacam em particular."
- Condessa Diane -

Três homenagens ao Dia da Terra - 22 de Abril

Não é possível convencer um crente de coisa alguma, pois suas crenças não se baseiam em evidências; baseiam-se numa profunda necessidade de acreditar.
- Carl Sagan -

Parafraseando...

Não é possível convencer um apaixonado de coisa alguma, pois seus sentimentos não se baseiam em evidências; baseiam-se em uma profunda necessidade de amar.
- André Anlub -

Dia da Terra - 22 de Abril

Cuspindo marimbondos (A Terra)

Seria um simples atenuador
Um maracujá transformado na metamorfose das letras
Aquelas suas secas e dúbias palavras
Que acalmam e abrandam a dor?

Conheço cada vez melhor seu universo
Por entre seus céus e infernos
Por entre caveiras e terços
A galáxia se faz de berço
Velando seu sono eterno.

Mas e o falso silogismo existente
Tiram-nos do óbvio pendente
A razão de ser e de estar?

Se é um ser superior dominante
Que nada faz e tudo muda
Que faz moradia no equidistante
É o inexistente que chamam de lar?

Ás vezes a esfera entra em guerra
Cuspindo marimbondos, terremotos e tsunamis
Desafiando o poder imperante
Mostrando quem é a dona da terra.

André Anlub


Imagem: Nasa

22 de Abril - Dia da Terra



A Terra - Tudo azul

A terra é um coração - grandioso terreno
Aguardando sempre as sementes certas.

Sejam quais forem os frutos...
Todos contêm novas sementes
Com a ajuda do beijo do banho
Das chuvas perfeitas
Com o clima ameno do sentimento
Mais que um afetuoso momento.

Persevera a vida
Linda, desejada e indecifrável.

Outra semente!
Germinada - outro "rebento".

A natureza da sua jornada
Quase tudo que se abrolha do nada
Metamorfoses e nada se perde.

Da fotossíntese, o ar mais puro
Cada um cuidando da sua terra.

A bola mais verde seria utopia?
Longínquo, mas é possível?

Somos seu rebanho
Vivemos e comemos dos seus verdes pastos
Um futuro imprevisível.

André Anlub

22 de Abril - Dia da Terra

O Dia da Terra foi criado pelo senador americano Gaylord Nelson, no dia 22 de Abril de 1970.
Tem por finalidade criar uma consciência comum aos problemas da contaminação, conservação da biodiversidade e outras preocupações ambientais para proteger a Terra.

21 de abril de 2012

Aniversário de Brasilia 21/04

Nos 52 anos de Brasília, o Correio Braziliense presenteia o leitor com um suplemento que celebra as noites da capital. Noites cada vez mais movimentadas, intensas e brilhantes. Noites que, muita gente não sabe, têm a ver com a genialidade de Lucio Costa. Não perca a edição impressa deste sábado (21/4)! Vá às bancas.

Imagem: B.B King e sua Lucille



Nem toda Morte é Morte

Hoje bem cedo pela manhã
Sentei-me à mesa do bar para me fartar
Letras se formaram no café expresso
Não dei importância, confesso...
Queimei a língua e bebi.

Enterrei a inspiração ao nascer do sol
Errei de rumo, mudei de mão
Olhei-me no espelho e vi solidão
Fiz do fim uma música.

Peguei a gaita e o jeito
Berrou um blues dos pesados
Poesia traçada na harmonia única
Bate com o coração no meu peito.

André Anlub

20 de abril de 2012



Vara de marmelo

Cabo de jatobá e madrepérola
Cabeça dura como aço forjado
Leve semelhança com pequeno cajado
Segmento da mão do juiz que decidi destinos
Martelo algoz de almas.

Colheu o fruto da semente plantada
Na terra sagrada do tempo
Árvore de força e poesia de Dante
Sem sombra negra rondando os ninhos.

Pela ordem e lei dos homens
Pela força das cruéis máquinas
Cai ao chão ao piscar dos olhos
Gigante e colosso centenária.

Uma variante má, um Davi moderno
Derrubando e devastando florestas
Outrora nanica criança espúria
Que tomava surra com vara de marmelo.

André Anlub


FINALIDADE DA ARTE

Abranjo o pincel como se fosse meu pai
Chega de despedida, chega de adeus
A inspiração chegou, a timidez se foi
Sou Netuno, Odin, Zeus.

Faço um traço, entro em ação
Cores dimanam do meu pensar
Encéfalo explode, ogiva nuclear
Arco-íris, cogumelo, refração.

Começam a germinar imagens
Transpor o que tinha na gaveta da mente
Minhas passagens, viagens incoerentes
Saem absolutos, imponentes, pelas mãos.

Os "nãos" e os "sins" de outras épocas ou horas
Conspurcam a tela branca
Formam uma figura que desbanca
A imaginação do artista, sua história.

E pronto, o rebento lindo e bem-vindo
Ali, à sua frente, imaculado
É mais uma obra, quase do divino
Da verve, alento, do artista amado.

"Gosto de pintar, gosto de poesia, de escrever, tocar bateria, gosto de viver, longe da vida vazia, faço das artes minha orgia."

André Anlub

19 de abril de 2012

A internet é ótima para divulgação de informações, delatarem criminosos e até combinarem passeatas... Mas temos que ser a maioria! - Penso que 70% das pessoas ainda ficam somente no gogó!



Não mais para ti

Não quis despertar-te
Engoli minha angustia
Calei também a devoção
Com enorme astúcia
Despontei-me na rua.

Nada invasivo na minha pele nua
Fiz tatuagem da real amada
Sacudi-me com destreza e bati asas.

Como um belo e doce felino
No ápice total do instinto
Que desvirginou tuas matas
Lavei minhas mãos
Ou melhor...
Lambi minhas patas.

Fui-me
Deixei-te

Mas antes de todo o acontecido
Mostrei-te com frieza a verdade
Deixando um bilhete em teu leito
O suicídio do meu sentimento.

André Anlub

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.