15 de julho de 2012

Opinião e tino

Já disseram para não julgar para não ser julgado
Mas passando ao longo da vida... Sempre julgando
Às vezes nem entendemos, nem ao menos percebemos
E nessa peleja vamos seguindo.

É preconceito enrustido e cravado no peito
Travestido de opinião, ofuscado pelo direito
Alimentado pela má educação
Segue sem jeito nem direção.

Difícil é mudar uns antigos hábitos e tradições
São manchas de graxa que carregamos de graça
Difícil é olhar para dentro do próprio coração
Saber que andou cometendo erros até o momento.

Quando se aprende a criticar a si mesmo
Damos socos em espelhos, mas evolvemos
Nossa opinião própria é tino e clareza
Sem abrirmos a boca com palavras a esmo.

André Anlub

14 de julho de 2012

Das Anuências

Sinto sua farsa, faca que tenta tocar-me.
Palavras pesadas - Cristais de gelo que se lapidam em pontas prontas, tontas, que se propõem a ferir e rasgar.

Da sua boca saem venenos, voz atroz que de momento visa matar.
Das ventanias que criam desavenças, em varias crenças que inventa, vive e usa para apoiar-se.
Seu desdouro levanta voo... Perde-se no espaço, sem rumo, sem leme e sem retorno.

Mas também sinto sua verdade, maquiagem que me faz mais belo
Olhares leves – plumas das mais raras aves, presenteando o mais talentoso poeta, que se propõem a inspirar.

Dos seus olhos saem paixão, veracidade.
Um grande mar, um lindo céu.
Puramente e tão somente a razão de um amar.

Desse misto de emoções, de perfeição e o avesso
Da vida, que você faz de adereço...
Quero fazer parte.

Quero rematar e ser completo
Quero o certeiro e o hipotético
O atlético e o peso morto
Quimera de seu seguro porto...

Só quero.

André Anlub

12 de julho de 2012

Descarto todos os meus... Ás



Descarto
todos
os meus
Ás


Risos
ou prantos
Tanto
Faz


Poesia
em naipes
sorvido de
mistérios


Desviro
Descarto
teu olhar
ébrio


Dama
sem rei
de alma
voraz


Que
passo, 
repasso  e
descarto
todos
os meus


Ás


Fim de partida.






Bia Cunha

Parabéns ao Rolling Stones, 50 anos na estrada!



Das mudanças

Acordei com desejo de tocar-te
Ver teus olhos abrindo devagar...
Sentir o calor de teu abraço com o acalorar do corpo
Beijar tua boca até dar câimbra no maxilar.

Acordei sabendo que laços podem arrebatar
Sendo todos pintores do arco-íris...
Responsáveis e determinados
Tecemos a seda dos nossos próprios céus.

No mundo que os olhos são em quatro...
És minha deusa, sagrada e áurea
Tens-me em tuas estendidas palmas
Sou uma espécie de servo e confesso réu.

Acordei querendo ouvir tua voz
Ser o ser mais importante para ti
Experimentar tua sensualidade
Possuir-te.

Acordei mais livre, com novos aforismos
Assim poderei te amar com tenacidade
Na igualdade de sermos um só
Como um nó cego de vontade própria
Que pode até desatar na intensa lealdade.

Uniremos nessa amplitude
E no êxtase da inquietude
Ter carta de alforria
Persuadir-te.

André Anlub

11 de julho de 2012

Armageddon II

Caçadores de cobiças e amores perdidos
Senhores dos seus projetos de ações duvidosas
Jardineiro na ufania das flores de cera de ouvido
Decifram a nostalgia de ocorrências rigorosas.

Lenhadores brutamontes com os seus machados cegos
Filhos de escravas negras com índios
São brancos com seus olhos claros de guerra
Sem ego, mas com a ganância de buscar o infinito.

Se a chuva de meteoros chegar em má hora
E quatro cavaleiros lhe derem guarida
Com parcimônia de quem cultiva uma passiflora
Empunha a espada, dá meia volta e procura saída.

Vivendo em um singelo passado do agora
Azul que faz fronteira com um feio absurdo
Os vieses que ecoam aos ouvidos de muitos
Aquecem como o nome de Nossa Senhora.

André Anlub

10 de julho de 2012

Réu Confesso

Estou fora da rota comum
Chega a ser difícil dizer isso
Ou de repente não...

Pode ser até que haja arrependimento
Pois chegaria cedo se fosse só
Chegaria tarde se não desse certo
Chegarei feliz se tudo correr bem.

Qualquer júri pode me condenar culpado
A vida pode tentar me passar à perna
Mas eu compro briga e nada disso importa
Não quero perguntas nem viso respostas
Arriscarei algo demais nessa consciente aposta.

Posso carregar no peito um coração ferido
Ficar perdido nas rotas da alegria
Posso escutar ruídos e enlouquecer
Mesmo assim arriscar é a resposta.

Dou-me por vencido
Entrego o meu amor ao seu
Há harmônica verdade
Há motivo para se viver.

André Anlub

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.