4 de setembro de 2012




Tempo de ser raro

Não sendo previsível às vezes surpreenderá
O óbvio é chato, reto, e morre de medo de mudar
Mudança quase sempre é salutar e nos faz nova gente...
Mas requer coragem e muitas vezes abdicações.

Temos que ter uma balança imaginária
Pesando as mutações que podemos escolher
A mudança é para si ou às pessoas que merecem
Transformações não devem visar causar inveja ou ciúmes.

Ser raro é sempre surpreender
Estar procurando fazer melhor grandes e pequenas coisas
Mesmo errando, mesmo não conseguindo...
Mas sempre evidenciando sua tentativa.

Voltando aos dois lados e pesos da balança
Fundamental é ser sincero e ousado, egoísta jamais
Nem sempre será mais leve a escolha que pesar menos...
Mas é sempre um ótimo passo acreditar na escolha que se faz.

André Anlub

3 de setembro de 2012


Humildade

Ser humilde não é um estado de espírito, não é sair de casa cedo e dizer “Hoje vou ser humilde”... Ou segundas, quartas e sextas serei humilde, terça e quintas não... Sábado e domingo eu decido na hora!

Humildade nasce com a pe
ssoa e se molda ao longo da vida. Nada tem a ver com educação, que, aí sim, aprendemos e utilizamos mais ou menos conforme nossa vontade.

Fingir-se de humilde beira a grosseria com seu próximo, é uma facada na própria índole e um afronte com o seu caráter.

André Anlub

2 de setembro de 2012



Tempo de ser, saber e estar

Seria um sonho dourando meus neurônios
Um enxame de abelhas africanas
Leões e guepardos abandonando as savanas
Tudo por livre e espontânea vontade.

Algumas pessoas estão mais afortunadas
Prazeres expostos e intensificados
Palavras escoando levemente como uma lágrima
Ecoam até o altar da alacridade de cada amanhecer.

É sabido que sempre criamos utopias
Idealizamos nossas vidas, caçamos vitórias
Tão somente estar vivo às vezes é irrelevante
Queremos sempre mais de tudo, mais e mais querer.

Uma pequena história...

Fizeram um drink com amarula, cogumelos, ayahuasca e absinto
Bebeu e agora ele vê o topo do mundo aos seus pés
Num minuto vê-se voando, saindo do asfalto quente
Num segundo o ébrio clama pelo seu sóbrio recinto.

André Anlub

1 de setembro de 2012


O homem com mais de 15 mil anos vivendo em sociedade e ainda não aprendeu a aceitar as diferenças, opções sexuais e religiosas do seu SEMELHANTE!

O homem ainda acha que agindo de uma tal forma se torna mais inteligente e/ou especial que seu vizinho! Não vê que está cometendo o mesmo erro crasso de quem quer impor algum pensamento ou doutrina, a qual julga ser correta!

Ninguém se torna mais do que o outro por acreditar ou deixar de acreditar em algo... O que nos torna melhores são nossas ações!

Além disso, é pura empáfia!

André Anlub



Tempo de ser Ornitorrinco

Às vezes queremos ser diferentes
Raro, assim como a bondade gratuita.
Uma espécie de elo perdido
Com o genoma por demais estranho.

Que tal ser ave, réptil e mamífero?
Que tal ser feio e bonito?
É a ovelha negra do rebanho
É o começo que renasce no finito.

Quer ser um ser atípico...
E um querer com muito afinco
Alcunha de ornitorrinco
O novo estranho nobre no ninho.

Se for moda ser quarentão com filhos
Com vinte e cinco ele fez vasectomia
Se estiver em voga não sujar a pele
Do calcanhar ao pescoço ele se pinta.

No fundo quer ser somente ele
Mas quase tudo é sem querer
Vive tranquilo com a apatia alheia
É natural, autêntico.
Verdadeiro ser.

André Anlub

31 de agosto de 2012





Tempo de ser coruja

Todo ser noturno tem dons...
E uma espécie de bússola na mente
É inerente também a delicadeza do silencio...
Junto com a irreverência da escuridão.

Com olhos bem abertos
Vê tal mundo azul marinho
Engana-se quem pensa que vive sozinho
Há uma multidão no breu que o cerca.

A solidão é como seres noturnos
Muitas vezes nos fere de surpresa
Como provém do escuro, não temos defesa
Mas tentamos sempre nos proteger e evitar.

Falsidade e traição são como vaga-lumes
Ficam no escuro e na luz ao mesmo tempo
O despojo não fica bem visível, bem funesto
Estando coruja, temos defesa...

Com nossos belos olhos abissais.

André Anlub

30 de agosto de 2012


Tempo de ser servido

Quero me doar ao máximo
Perder, por livre e espontânea vontade, a liberdade
Quero a salutar realidade de um amor...
Aos quatro olhos, eterno.

Quero ter filhos, ou não
Quero repartir e debater nossa opinião
Ser servido e servir
Ser a ilusão mais verdadeira e óbvia.

Vamos nos fartar em mesas fartas
Comer salmão ou sardinha
Beber vinho oneroso ou sangria
Juntos, tudo será sempre o melhor.

A taça fina, que ao rodar do dedo canta
Ouço o som mais doce e apaixonado
Junto ao seu cálice que me acompanha
Fecho os olhos, embarco e me entrego.

André Anlub

29 de agosto de 2012



Tempo de ser somente si próprio

Para que e/ou quem escrevemos?
Nosso suor já “mutou” em tintas.

Nossas lágrimas salgadas e viscosas...
Podem cair como chuva
Ninguém irá querer se banhar.

Sanguessugas procuram saciar a sede
Querem beber vinhos caros
E só os fazem na taça do Santo Graal.

Seus dedos em riste são flechas
Fitam a cabeça dos frágeis.

Ecoam inseguranças e incertezas travestidas de críticas.
Escoam soberbas as urinas que caem em novos papiros.

Dizem que...
É escrita reprimida, intrínseca e seca.
É catarse restrita e amoral.
Porém é autentica e madura.

André Anlub

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.