8 de outubro de 2012

Inventor do Disco Vinil Morre aos 92 anos



 São Paulo - Howard H. Scott, integrante do time da Columbia Records que apresentou o "long-playing vinil" (LP) em 1948, morreu aos 92 anos de idade nos EUA.


 Quando o nada é tudo

Hoje sonhei com nós dois
Poderia ter sido triste, mas lá estava você
Acordei com lágrimas nos olhos
Disfarcei, bebi café e passei o dia lembrando...

O meu contorno no chão feito em giz branco
De pé, ao lado, o seu olhar não era de tristeza
Um pássaro paliteiro bem perto... No dente do jacaré
Um incêndio sobe o bosque
Enxurrada desce a colina.

Pássaros em voo baixo migravam para o sul
Aviões em guerra estavam em formação de ataque.

De repente eu seguia a passos lentos, chutando pedras e pisando em poças
Assobiava uma canção dos Stones, que por sinal dormi e esqueci tocando na vitrola.

Penso que não sabia onde estavam minhas dores
Agora, acordado, ouço rumores sobre decapitações, preconceitos e fascismos
Mas o fato é que cismo que são apenas boatos.

Quero lhe falar um segredo em voz alta
Toco sua campainha e nada
Esse nada que é nada mais do que o mesmo nada nas madrugadas.

Por que lhe sigo?
Por que penso em você?
Chego a ver sua sombra projetada em todos os cantos pelo luar
Seu cheiro impregnou na minha pele de tal forma...
Que eu não quero lhe perder.

Acho que não deveria ter me ofertado tanto
Acho que não quero mais amar.

André Anlub

7 de outubro de 2012



A maior das sentenças

A primeira grande chance de liberdade
Real, quase escorre pelos dedos
Vi exposto e justificado no patamar da vida.

Ferida...
Recentemente aberta
Sangria...
Chegou aos olhos chocar.

O amor tornou-se denso, impávido, mas órfão
Solitário e moribundo
Tornou-se breu e áspero
Vão.

Anulei qualquer acordo que ainda estivesse em aberto
Desviei-me dessa estrada de pedra
Entrei em outra de chamas e chuvas
Mas com renovada determinação.

O amor é assim...
Vai e vem
Foi e virá
Mas buscá-lo é de suma importância.

Sou réu confesso e me entrego
Ao amor...

Juiz maior dos sentimentos
Que me dê a maior das penas
Pois a cumprirei sempre de pé.

André Anlub

6 de outubro de 2012

Vote Consciente...



Das Perspectivas

Disseram-me uma vez que tudo é variável dependendo do ponto de vista
Hoje, com outros olhos, penso diferente sobre isso.
Mas assim eu atualmente não estaria concordando?

Todos defendem com unhas e dentes seus conceitos e convicções...
Às vezes até na força.
Não sabem, ou não querem saber, que saber ouvir é uma arte...
E ser flexível não cabe nenhuma perspectiva, já ser áspero sim!

Certa vez fiquei curioso ao ouvir uma piada de Juca Chaves, a qual ele diz ser verídica...
Tentarei resumi-la...

Ao entrar no avião ele se senta ao lado de uma famosa modelo
Indaga a ela se a mesma faria amor com ele por um milhão de reais... Ela topou.
Por seguinte faz a mesma pergunta, mas com o valor de cem reais.

Sem querer estragar o contexto, aí vem a clara perspectiva...

“Cem reais? Pensa que sou o que?” – retrucou a modelo.
“O que você é nós já sabemos, o que falta é negociar o preço” – objeta Juca.

A perspectiva dela mudou no mesmo grau que não foi modificada a dele.
Ao vermos fatos no dia a dia, automaticamente adquirimos diversos pontos de vista...

Podem ser mutantes conforme o adequado
Entusiasmáveis conforme as mídias
Descer redondo ou taxar de quadrado.

Mas sendo dono de sua perspectiva...
Saberá muito bem qual o seu lado.

André Anlub


5 de outubro de 2012

Pequenas empáfias 

Aves que voam no além-mar 
A dois, três, metros da água 
Sentindo a salinidade existente 
Liberdade de tocar a epiderme da vida. 

Aves migratórias de voos extensos 
Atravessam continentes com suas asas enérgicas 
Veem de um modo que nem em sonho o homem vê 
A brisa é sua amiga e confidente. 

Tudo se torna fácil na simplicidade 
O belo, salutar e o generoso são corriqueiros 
O natural é unicamente natural 
E nada faz falta ter o intelecto. 

Alguém lá em cima sorri 
Ri de nossa soberba 
Ri quando vemos um colibri 
Ri quando voamos em asas de aço. 

André Anlub

4 de outubro de 2012

Arte nos olhos 

Arte que brinca com a bola naquela velha praça 
Bermudas rasgadas, pés sujos e mente limpa 
Vento que sopra quente na respiração ofegante 
No belo guache que brilha. 

Arte que vai a fundo à aventura 
Velho barco em velhas águas inóspitas 
Meio tombado, marrom e pôr do sol 
No óleo sobre tela banal. 

Arte que imita um deus 
Imagem inebriante de dimensões erradas 
Casas pequenas, homens gigantes 
Na arte Naif com acrílica. 

Arte que joga os dados 
Corriqueira, que dá o ar e o tira 
Que sustenta um corpo pagão 
Pastel seco ou carvão 
Na aquarela da vida. 

André Anlub

3 de outubro de 2012




Cada pétala que cai

A cada pétala que cai
Pedaço de flor que se banha
Fluindo anseios na correnteza
Misturam-se as águas de um tempo.

É o êxtase que compõe o que parte
No dorso de cavalos negros
Cavalgam na praia inventada
Deixando na areia, pegadas.

Maravilhadas por agora molhadas
Somem com as águas que roubam.

Danço mergulhado em sonhos
No vil baile sagrado
Que cobiça a todos.

Subo nos altares de gloria
Por último brinco e esnobo
O fundo frio do poço.

André Anlub

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.