23 de março de 2013

Hora do Planeta - Hoje - 20h30 às 21h30

Pelo quinto ano, o WWF-Brasil promove no país a Hora do Planeta, ato simbólico contra o aquecimento global. Apague as luzes neste sábado das 20h30 às 21h30 e participe! 


Participe: http://www.wwf.org.br/participe/horadoplaneta/

Mais dois Azuis!




Três Azuiszinhos para alegrar esse Sabadão!






Texto: Luis Nassif


Eu me neguei a soprar o bafômetro
Enviado por luisnassif, qua, 20/03/2013


Autor:  Luis Nassif
Coluna Econômica

Quase meia noite, uma blitz da Policia Militar me manda parar o carro. Saio e sou abordado por um sargento que quer que eu faça o teste do bafômetro. Recusei, apesar de não ter bebido. A intenção foi saber o que acontece com os que se negam a soprar.

***

O problema surgiu quando se constatou que nenhuma pessoa estaria obrigada a soprar o bafômetro. Para corrigir a lacuna, foi promulgada a chamada Lei Seca, com alguns absurdos (como o mínimo de 0,3 de álcool no sangue).

O motorista que recusar a soprar o bafômetro terá que assinar um termo. Se apresentar sinais visíveis de embriaguez - e apenas nessa situação - será autuado e submetido a uma perícia médica.

Voltemos à minha história para entender o que está ocorrendo na prática.

***

Quando disse da minha recusa em soprar o bafômetro, o sargento da PM  nem quis conversa.

- Se não soprar, o senhor será autuado.

Disse-lhe que não sopraria.

Aí criou-se o impasse.

Na blitz, não havia nenhuma pessoa para preencher o termo de recusa. E nenhum perito médico para atestar se eu estava ou não embriagado.

O correto seria o sargento me liberar. Mas aí sua autoridade seria arranhada.

Resolveu, então, me levar até a delegacia, enquanto um funcionário da PM conduzia o carro.

***

Chegamos na delegacia, abarrotada por problemas mais efetivos. Atrás do balcão, o delegado indagou do sargento se eu apresentava sinais de embriaguez.

Se admitisse que eu não apresentava os tais sinais, não haveria como o sargento justificar minha detenção. Na cara de pau, então, a autoridade afirmou que sim, eu apresentava sinais de embriaguez.

Reagi na hora. Perguntei ao delegado se via algum sinal de embriaguez em mim.

Nervoso, o sargento quase ordenou que não o interrompesse.

Insistiu que eu tinha os sinais, nos olhos vermelhos (poderia ser de sono mas, efetivamente, não estavam vermelhos), no hálito e... na arrogância.

Nem de arrogante poderia me acusar, já que minha reação foi apenas contra a lei, não contra os PMs. Depois, fui de viatura até a delegacia, sem abrir a boca.

***

Toca esperar na sala da delegacia, cercado de bêbados autênticos e alguns marginais.

Conversa vai, conversa vem, o delegado informou que, já que bastava a palavra do PM para me autuar por embriaguez, eu deveria ir até o Instituto Médico Legal (IML) para fazer a perícia técnica.

Na delegacia, perdi hora e meia; no IML, perderia mais duas horas.

***

A esta altura, o PM percebeu que tinha criado uma confusão do nada. Aproximou-se, mais cordato, conversou um pouco sobre a lei, mostrou bom conhecimento. E, no final da conversa, abriu o jogo:

- Faz assim: sopre o bafômetro que nós te liberamos.

Era quase um apelo.

Como já tinha material de análise sobre a aplicação prática da Lei, soprei, deu zero, e fui liberado.

***

Se a mera palavra do sargento é suficiente para me segurar por quatro horas em delegacia e IML, não há a opção de não soprar o bafômetro. A opção é, sopra ou passe quatro horas detido.

Parte do problema se resolve com a PM aprimorando seus procedimentos e não permitindo mais blitz sem a presença do escrivão e do perito médico.

Mas deveria haver formas mais efetivas de contenção de esbirros autoritários de autoridades.

Fonte: http://www.advivo.com.br/node/1311321

22 de março de 2013

Vacas sendo soltas após o Inverno


Veja a reação dessas vaquinhas ao serem soltas no pasto após o inverno
22 DE MARÇO DE 2013 ANA FREITAS

Você lembra da sensação de sair do quarto depois de um longo tempo de castigo? Talvez ela se aproxime, ainda que brevemente, do que essas vaquinhas holandesas experimentaram nesse vídeo:


A Holanda tem invernos longos e é conhecida por seu mau tempo mesmo no verão, cheio de chuvas e céus nublados. Os holandeses, inclusive, são famosos por adorarem falar sobre o tempo e, como nos outros países com invernos longos e severos, por invadirem as ruas e os parques nos primeiros sinais de sol quando chega a primavera. Parece que as vacas holandesas não se comportam muito diferentemente.

22/03 - Dia Mundial da Água





22/03 - Dia Mundial da Água


Esta sexta-feira é Dia Mundial da Água. E o 'Estadão' deu uma missão a seus leitores: fotografem a água. Foi a única instrução. Foram mais de 1,5 mil imagens recebidas. 
Veja as 40 melhores em: http://fotos.estadao.com.br/dia-mundial-da-agua,galeria,7198,,,0.htm



Foto da leitora Cláudia Sugui Koga (@claudia_koga), em Presidente Prudente (SP).


Dois para essa Sexta





21 de março de 2013

21/03 - Dia Mundial da Poesia


21/03 - Dia Mundial da Poesia




Minha escrita II  (2010) 

De repouso entre um suspiro e outro
acamado entre o amar e ser amado
coração bate forte sendo fraco
pensamentos voam soltos, indo alto.

Minha escrita está submersa em azul anil
com sentimentos verdadeiros e inventados
vagueia entre o real e o senil
persegue o concreto e o abstrato.

Língua solta e comprida
profere idiomas mal falados
e alados levam poemas declamados
aos ouvidos que se deixam ser ungidos.

Uma dor quase sempre vira escrita
escrivaninhas, com papiros, suas penas, velhas tintas
o que não se limita, muitas vezes quer ser lido
e o que é lido no respeito não se imita.

Segue assim até nascer do branco pó
o rebento que do chão fica de pé
que se engasga com as empáfias, o alento
por um momento ri de todos ao redor.

André Anlub®

Dia Internacional da Sindrome de Down

Hoje é o dia internacional da Síndrome de Down. O carinho, amor e o respeito são fundamentais para a melhoria e a inclusão das pessoas.


Dia Internacional da Síndrome de Down


Dois Azuiszinhos para essa Quinta



20 de março de 2013

Quatro para essa Quarta












O renascer da Rosa

Nem sei como foi tão descuidado
as mais belas flores murcharam.
A terra que mesmo encharcada
necessitava do brado soldado.

Com a desconfiança, ficou sem crença
sem escrever, perdeu o hábito
Viu a doença, desde criança.
e pro seu tálamo, ficou em débito.

No breu do beco, o eco de um banjo
lembrou um beijo que buliu num brejo.

O barrir de um elegante elefante
é erudito aos seus ouvidos
é imaginação e alto-falante.

O lampejo perdido ao apagar do lampião
escurece o escândalo do acalanto no cunhal.
E no plural ou na fração do som
só ele e o tom
só o bem e o mal.

O solo fértil e febril fervente
pelo verão que derrete a solda
soldando o corpo que ante doente
o brado soldado à casa retorna.

Surgiu de praxe, regressou à escrita
avistou o verso, cantarolou a prosa
e a liga que escorreu bem quente
foram seus prantos que despertaram a Rosa.

André Anlub®

19 de março de 2013

Uma Ótima noite de Terça




Matéria da SuperInteressante

Homofóbicos têm desejo sexual pelo mesmo sexo? Cientistas dizem que sim


É ciência. No caso, a constatação de um estudo lá da Universidade de Georgia, nos EUA. Tudo bem, a pesquisa é de 15 anos atrás, mas, em vista de toda a discussão que tem rolado a respeito do casamento gay, da criminalização da homofobia e por aí vai, comentá-la ainda é relevante. “A homofobia está aparentemente associada à excitação homossexual“, apontam os pesquisadores, “que o indivíduo homofóbico desconhece ou nega“.
Antes de tudo, os especialistas perguntaram a homens heterossexuais o quão confortáveis eles se sentiam ao redor de homens gays. Com base nesses resultados, dividiram os voluntários em dois grupos: os que exibiam sinais de homofobia (com 35 participantes) e os definitivamente não-homofóbicos (neste, eram 29, no total). Aí começou o teste.
Todos os homens foram colocados em salinhas privativas para assistir a vídeos “quentes”, de quatro minutos cada: um mostrava cenas de sexo entre um homem e uma mulher; outro, entre duas mulheres; e o último, entre dois homens. Enquanto a sessão se desenrolava, um aparelho, ligado ao pênis de cada participante, media o nível de excitação sexual de cada um. A engenhoca, segundo os cientistas, era capaz de identificar a excitação sexual sem confundi-la com outros tipos de excitação (como nervosismo ou medo).
Eis os resultados: enquanto assistiam aos vídeos de sexo heterossexual ou lésbico, tanto o grupo homofóbico quanto o não-homofóbico tiveram “aumento da circunferência do pênis”. Em outras palavras, gostaram do que viram. Mas durante o filminho gay “apenas o grupo homofóbico exibiu sinais de excitação sexual“, afirma o estudo. Pois é, eles até disseram que preferiam manter distância dos gays. Mas, opa, seus pênis contaram outra história.

Quer conferir o estudo completo? Dá uma olhada aqui. https://my.psychologytoday.com/files/u47/Henry_et_al.pdf


E vocês, o que acham disso? Lembrando que essa é uma constatação puramente científica, despida de qualquer viés político, hein, gente?





19 de Março - Dia de São José




O culto a São José começou provavelmente no Egito, passando mais tarde para o Ocidente, onde hoje alcança grande popularidade. Em 1870, o papa Pio IX o proclamou "O Patrono da Igreja Universal" e, a partir de então, passou a ser cultuado no dia 19 de março.
Em 1955 Pio XII fixou o dia 1º de maio para "São José Operário, o trabalhador".
Apesar de ter grande importância dentro da Igreja Católica, o nome de São José não é muito citado dentro das fontes bibliográficas da Igreja, sendo apenas mencionado nos Evangelhos de S. Lucas e S. Mateus.

Descendente de Davi, São José era carpinteiro na Galiléia e comprometido com Maria. Segundo a tradição popular, a mão de Maria era aspirada por muitos pretendentes, porém, foi a José que ela foi concedida.

Quando Maria recebeu a anunciação do anjo Gabriel de que daria à luz ao Menino Jesus, José ficou bastante confuso porque apesar de não ter tomado parte na gravidez, confiava na fidelidade dela. Resolveu, então, terminar o noivado e deixá-la secretamente, sem comentar nada com ninguém. Porém, em um sonho, um anjo lhe apareceu e contou que o Menino era Filho de Deus e que ele deveria manter o casamento.

José esteve ao lado de Maria em todos os momentos, principalmente na hora do parto, que aconteceu em um estábulo, em Belém.

Quando Jesus tinha dois anos, José foi novamente avisado por um anjo que deveria fugir de Belém para o Egito, porque todas as crianças do sexo masculino estavam sendo exterminadas, por ordem de Herodes.

José, Maria e Jesus fugiram para o Egito e permaneceram lá até que um anjo avisasse da morte de Herodes.

Temendo um sucessor do tirano, José levou a familia para Nazaré, uma cidade da Galiléia.

Outro momento da vida de Cristo em que José aparece na condição de Seu guardião foi na celebração da Páscoa Judaica, em Jerusalém, quando Jesus tina 12 anos.

Em companhia de muitos de seus vizinhos, José e Maria voltavam para a Galiléia com a certeza de que Jesus estava no meio do grupo.

Ao chegar a noite e não terem notícias de seu filho, regressaram para Jerusalém em uma busca que durou 3 dias.

 Para a surpresa do casal, Jesus foi encontrado no templo em meio aos doutores da lei mais eruditos, explicando coisas que o deixavam admirados.

Apesar da grande importância de José na vida de Jesus Cristo não há referências da data de sua morte.

Acredita-se que José tenha morrido antes da crucificação de Cristo, quando este tinha 30 anos.

19 de Março - Dia do Artesão


Dia Do Pai

EM PORTUGAL O DIA DO PAI É COMEMORADO NO DIA 19/03



18 de março de 2013

Campanha vai incluir livros em cestas básicas de todo o país


Leitura Alimenta propõe solução simples e eficaz para popularizar o hábito da leitura em famílias de baixa renda. Saiba como ajudar
por João Mello

A gente não quer só comida: a leitura é muito mais do que lazer //Crédito: Divulgação


Já virou lugar-comum mas é sempre bom lembrar: o brasileiro lê pouco. Por mais que nossa economia cresça, o contato do brasileiro médio com a literatura ainda é um território a ser explorado. Há quem diga que transformar a realidade é pegar um lugar-comum e dizimá-lo. Ao colocar livro e comida no mesmo patamar – o das necessidades básicas do ser humano - é isso que o projeto Leitura Alimenta almeja: deixar claro que alimentação cultural e alimentícia são dois lados da mesma moeda.

Pesquisas dizem que o brasileiro lê quatro livros por ano. Além do número ser baixíssimo, ele retrata uma média, ou seja: tem gente que lê 10 vezes isso, assim como tem milhões de famílias que nascem e morrem sem nunca ter encostado em um livro. O Leitura Alimenta propõe uma solução absurdamente simples pra esse problema: você doa um livro, eles o colocam uma cesta básica.

Por trás da ideia, Murilo Melo, Marcelo Rizerio e JulioD´Afonso, três publicitários que usaram a estrutura da agência que trabalham, a Leo Burnett, para fazer a ponte entre a Livraria da Vila e a Cesta Nobre, empresa de entrega de cestas básicas. Mas outros parceiros apareceram no meio do caminho: “Uma madeireira cedeu caixas para carregar os livros e uma gráfica ajudou a gente com a impressão do folheto informativo que vai junto com as cestas”, explica Julio.


Livro com o carimbo da campanha: com um desconto de 30%, você compra livros novos e manda para as caixas de doação //Crédito: Divulgação

São quatro os jeitos de doar. Você pode ir a uma das sete unidades da Livraria da Vila, mandar pelos correios, comprar um e-book (que é uma espécie de relatório do projeto) por até 200 reais – o dinheiro será revertido na compra de livros para a campanha – ou, se não quiser se desfazer de um livro antigo, comprar qualquer livro com 30% de desconto na Livraria da Vila e a obra adquirida irá direto para uma das caixas da doação. No final desse texto você confere os detalhes sobre as diferentes formas de ajudar.

Apesar de ter começado dia 26 de fevereiro, o Leitura Alimenta já superou qualquer expectativa de seus idealizadores. “Estamos recebendo mensagens do Brasil inteiro para expandir o projeto”, diz Julio. A primeira remessa será restrita à periferia de São Paulo, mas as próximas devem ir para outas regiões do país, conforme a demanda dos clientes da Cesta Nobre.

A princípio, o movimento se encerra dia 26 de abril, mas muito provavelmente ele irá se desdobrar: a meta é que um dia as 3 milhões de cestas básicas da Cesta Nobre tenham um livro. Julio diz que eles até foram procurados por um deputado que quer transformar a iniciativa em projeto de lei.

Não é todo livro que pode ser doado. Por razões mais ou menos óbvias, foi elaborada uma lista de livros não permitidos: didáticos ou técnicos, religiosos ou políticos, eróticos, em língua estrangeira, puramente fotográficos ou qualquer obra com conteúdo ofensivo não é bem-vinda.



Boa Semana

Para essa segundona, um Acróstico de 2009 e um texto que saiu do forno Ontem.




Descrente Radical



Prêmio Nobel de literatura, o peruano Mario Vargas Llosa fala sobre a importância cultural do erotismo e o perigoso vazio das redes sociais
17 de março de 2013


"Se tivesse que salvar do fogo apenas um de meus romances, salvaria Conversa no Catedral." Anos depois de dizer essa frase, o escritor Mario Vargas Llosa garante que a mantém viva. Considerado um de seus principais livros, traz o retrato do Peru durante a ditadura dos anos 1950 a partir de Zavalita, jornalista que prefere a omissão a compactuar com os políticos. Colaborador do Estado, Llosa virá a São Paulo em abril para o Fronteiras do Pensamento e falou por telefone com o repórter na sexta-feira, desde Lima, sobre a obra agora relançada pela Alfaguara.


Quais lembranças o senhor guarda do romance?

O romance me faz lembrar uma história interessante. Quando foi publicado, em 1969, passou despercebido pela crítica e público - só era lembrado de forma negativa, por conta de sua estrutura narrativa. Só com o tempo, foi ganhando leitores e, curiosamente, hoje é um dos meus livros mais conhecidos. Venceu a prova do tempo.


No texto escrito especialmente para o 'Estado', o crítico Carlos Granés faz uma pergunta que repasso ao senhor: que papel têm as crenças e a moral na vida humana?

É um tema atual. Um dos grandes problemas do nosso tempo é a corrupção, que afeta por igual países ricos e em desenvolvimento, democracias e ditaduras. Há um desrespeito generalizado da ética, o que provoca delinquência, especialmente na política. Isso não acontecia antes. É o que explica como governos, embora imundos e apoiados pelo narcotráfico, algumas vezes contam com apoio da população, que acredita ser assim a política. É uma atitude cínica frente ao poder, o que explica o desaparecimento da censura social ao delito. Esse é o tema central de Conversa no Catedral.



Outro detalhe importante do livro é seu personagem principal, Zavalita, que parece ser único em sua obra, não?

Sem dúvida. Zavalita é mais passivo, menos lutador, mas um personagem épico. Há uma frase vulgar no livro que o define bem: "Quem não se f..., f... os demais". Ele não quer triunfar, pois, no país em que vive, só progride quem prejudica os outros. Prefere ser vítima. Assim, embora ético, é um homem medíocre por opção e ele se destaca, sim, no contexto de meus personagens, mas é uma forma que encontrei para protestar contra a delinquência mundial.


A dificuldade de entendimento que o romance enfrentou na época de seu lançamento me fez lembrar outro livro seu, A Civilização do Espetáculo, que sairá no Brasil em outubro, no qual o senhor elogia obras que exigem do leitor um esforço tão grande como o desprendido pelo autor.

É um livro para leitores ativos, participativos, pois existe na trama uma obscuridade que reflete uma sociedade onde tudo é turvo, opaco. Procurei descrever aqui o impacto provocado pela ditadura em minha geração. Quando o general Odría deu o golpe de Estado, em 1948, éramos crianças e, quando ele deixou o poder, oito anos depois, já éramos adultos. Ou seja, passamos a adolescência em uma sociedade vertical, sem partidos políticos ou imprensa livre, além do medo instalado na população, com policiais cercando universidades. Era esse momento que tentei descrever no romance: mostrar como uma ditadura não estava confinada na política, mas que degradava a vida das famílias.


O efeito pernicioso avançou no tempo e chegou aos nossos dias, quando é cada vez mais escassa a figura do intelectual, concorda?

Totalmente. Esse é outro fenômeno inquietante de nossa época. O desaparecimento do intelectual significa também o desaparecimento das ideias e da razão como um fator central da vida social e política. Hoje em dia, as ideias foram trocadas pelas imagens, que são mais facilmente manipuláveis. Isso é uma grande ameaça para a democracia, pois uma sociedade com escassez de ideias tem suas instituições sob forte risco.


O que o senhor pensa sobre o poder das redes sociais?

Por um lado, há um aspecto positivo, pois as redes sociais aumentaram o poder da comunicação e da informação. Também dificultam a instauração da censura, como acontecia na América Latina há 40 anos - as redes sociais rompem qualquer controle. Por outro lado, o excesso de informação leva à confusão. Parece que vivemos em um bosque confuso onde não sabemos como nos orientar com segurança. Isso porque hoje em dia praticamente desapareceu uma instituição que, no passado, cumpria uma importante função na vida cultural e política: a crítica. Nas redes sociais, não há uma valoração da informação seguindo hierarquia tradicional, que distingue o essencial do secundário. Daí a confusão a que me referi antes.


E qual seria, nesse caso, a função da religião? O senhor sempre defendeu uma vida espiritual plena, mas sem nenhuma identificação com o Estado, certo?

As religiões, sem exceção, são intolerantes, pois trazem verdades absolutas, o que não combina com o espírito democrático. Ao mesmo tempo, uma democracia sem uma vida espiritual se converte em uma selva, como já disse Isaiah Berlin, em que os lobos comem todos os cordeiros. E, para que a cobiça e ambição material não regulem a vida, é preciso alimentar a vida espiritual. Mas o Estado não pode se identificar com qualquer religião - a história é pródiga em exemplos nefastos como perseguições, intolerância, inquisição. É importante ter um Estado laico com liberdade religiosa.


O que o senhor espera do novo papa, Francisco?

Espero que inicie o processo de modernização da Igreja, libertando-a de anacronismos como não tratar de temas como sexo e mulher. Caso contrário, vai continuar perdendo audiência. Os problemas com pedofilia que quase destruíram a Igreja nasceram dessa intolerância ao sexo. E Francisco parece ser moderno, com atitudes mais congregacionais.


Por falar em sexo, no livro A Civilização do Espetáculo, o senhor defende o erotismo como obra de arte.

Sim, o erotismo é resultado da cultura que, vinculado ao sexo, é transformado em uma atividade criativa. O erotismo é uma manifestação das civilizações e acontece em sociedades que alcançaram um certo nível de progresso humano. Por isso que cito muito Georges Bataille, defensor desse pensamento: ele sempre foi muito reticente à permissividade total, responsável por matar as formas, o que levaria o homem a retornar à uma espécie de sexo primitivo, selvagem. Infelizmente, isso ainda acontece em nosso tempo.

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso%2cdescrente-radical%2c1009781%2c0.htm

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.