29 de março de 2013

27 de março de 2013

Frase e Fragmento para essa noite.




(IN) Feliciano Parte IV

Deu na manchete do jornal O Globo, direto da coluna Gente Fina, do jornalista Joaquim Ferreira dos Santos. Para o pastor-deputado Marco Feliciano: beijo entre Fernanda Montenegro e Camilla Amado e Tonico Pereira e Ricardo Blat. Alguém ficou chocado? Eu achei lindo o beijaço em repúdio a Feliciano.





Dentro dos olhos

Nos teus olhos pareço escutar
o amor que ecoa sem fim.
Há de abafar o sombrio
o nublado e o vazio
o banal e chinfrim.

Teus olhos me dizem a senha
de todos os cofres e portas
das caixas de aço ou madeira
que guardam respostas.
Perguntas da morte e da vida
que usamos de lenha.

Fogueira pertinente
de insistente clamor
no real e nos sonhos...
De onde viemos
para onde vamos
e quem somos?

Olhos agora vidrados
cálidos e seguros
olhos com extrema audácia.

Olhos de afeição
de infinitos “eu te amo”
de muitos outros planos
muito além daquela simples galáxia.

Olhos que jamais sucumbem
de finos “douros”
que jamais desbotam
galgando brilho
em pleno arco-íris
abrindo o baú de ouro.

Olhos que agora se fecham
entram num breu infinito
de silencio profundo
e sonham comigo.

André Anlub®
(26/03/13)


Cartão da amiga Leilinha

26 de março de 2013

Aniversário de Porto Alegre - 241 anos



No aniversário de Porto Alegre, veja fotos de 60 ângulos
Conheça o Centro Histórico da capital gaúcha, que completa 241 hoje.

Clique aqui: http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/fotos/2013/03/no-aniversario-de-porto-alegre-veja-fotos-de-60-angulos.html

Seis para essa terça. (Presentes de amigas)

Cartão da amiga Adriana Abbiati


Cartão da amiga Lisa Mara


Cartão da amiga Ecléia


Cartão da amiga Dinora Bueno


Cartão da amiga Denise Flor


Cartão da amiga Ecléia



Cartão da amiga Eti Bittencourt






25 de março de 2013




Trem de perfume e fumaça

Não se sabe se o perfume se espalhou
pelos bosques coloridos e imagéticos.
Na nossa aldeia, logo, logo, deflagrou
o colírio, canto lírico e poético.

A proeza dos sãos bardos atracou
lá no cais
latem os cães
dos letrados.

Viu-se o verso
no reverso
só versar.

Fez-se a música
que alindou
o ser amado.

Bela a rima
morro acima
no luar.

Brilho forte
do sorriso
a majestade.

O vai e vem
ao som do trem
deixou saudade.

De joelhos o anel da união
juramento que testemunha a branca garça.
Iluminou o casto amor do sim sem não.
E foi-se o trem
fica a fumaça 
na longa estrada.

André Anlub®
(25/03/13)

Boa Semana para todos!


24 de março de 2013

Vai, Vai, Vai... Viver (Martha Medeiros)


Há inúmeras razões para se assistir ao documentário sobre Vinicius de Moraes: para recordar suas músicas, seus poemas, suas histórias e, principalmente, lembrar de uma época menos tensa, em que ainda havia espaço para a ingenuidade, a ternura e a poesia.

Entre os vários depoimentos do filme, há um de Chico Buarque dizendo que não imagina como Vinicius se viraria hoje, nesta sociedade marcada pela ostentação e arrogância. E nós?, pergunto eu. Nós que nos emocionamos com o documentário justamente por nos identificarmos com aquela alma leve, com a valorização das alegrias e tristezas cotidianas, como conseguimos sobreviver neste mundo estúpido, neste ninho de cobras, nesta violência invasiva? Assistir ao documentário é uma maneira de a gente localizar a si mesmo, trazer à tona nossa versão menos cínica, mais pura, e resgatar as coisas que prezamos de verdade, que são diferentes das coisas que a tevê nos empurra aos berros: compre! pague! queira! tenha! Vinicius fazia outro tipo de propaganda.

Se era para persuadir, que fosse em voz baixa e por uma causa nobre. Num dos melhores momentos do documentário, ele e Baden Powell cantam entre amigos, numa rodinha de violão: "Vai, vai, vai... amar/vai, vai, vai... chorar/vai, vai, vai... sofrer". E o "Canto de Ossanha" lembrando que a gente perde muito tempo se anunciando, dizendo que faz e acontece, quando na verdade tudo o que precisamos, ora, é viver.

Pois é. Mas, detalhe: não vive quem se economiza, quem quer felicidade parcelada em 24 vezes sem juros. Aliás, ser feliz nem está em pauta. O que está em pauta é a busca, a caça incessante ao que nos é essencial: ter paixões e ter amigos. O grande patrimônio de qualquer ser humano, quer ele perceba isso ou não.

Pra acumular esses bens, Vinicius seguia um ritual: zerava-se. Começava e terminava um casamento. Começava e terminava outro. Começava e terminava uma vida em Paris, uma temporada em Salvador. Renovava seus votos a cada dia. Se já não se sentia inteiro num amor ou num projeto, simples: ponto final. Tudo isso, diga-se, a um custo emocional altíssimo.

O simples nunca foi fácil, muito menos para quem possui um coração no lugar onde tantos possuem uma pedra de gelo. As pedras de gelo de Vinicius estavam onde tinham que estar, no seu cachorro engarrafado, e só. O resto era tudo quente.

Entre sobreviver e viver há um precipício, e poucos encaram o salto. Encerro esta crônica com dois versos que não são de Vinicius, e sim de uma grande poeta chamada Vera Americano, que em seu novo livro, Arremesso livre (editora Relume Dumará), reverencia a mudança.

Não te acorrentes/ ao que não vai voltar, diz ela, provocando ao mesmo tempo nosso desejo e nosso medo. Medo que costuma nos paralisar diante da decisão crucial: Viver/ o u deixar para mais tarde.

O poeta espalmaria sua mão direita nas nossas costas (a outra estaria segurando o copo) e diria: vai.

Martha Medeiros



Barba branca 
(para alguns vou falar Grego)

Minha barba está ficando branca
aumentam as rugas de concupiscência
estranho é não dar importância
curioso seria a ausência.

Relembrando épocas advindas
imerso em um déjà vu
caindo de uma cama beliche
ou dentro um moletom azul.

Em praias todo o pôr do sol
no rol das maiores alegrias
com a imaginação, mar e areia
e a amizade que faz da vida magia.

Lembro-me de tempos atrás
das pistas de corrida de tampinhas
eram ladeiras íngremes
túneis e voos surreais.

Peteleco era o motor dos “carrinhos”
às vezes discos voadores
ao lado um castelo de enfeite
com portas de palitos de sorvete.

Nas areias quentes
no mar, absorto
entre um mergulho e outro
combinava-se o jogo.

Fugindo um pouco dos versos...

Indo aos gols feitos de chinelos
futebol corriqueiro
jogando um bobinho
duplas de praia ou altinho.

Tinham os cachorros sedentos
alguns à milanesa
visando a dançante bolinha
do frescobol ofegante
na agradável maresia.

Passavam os biscoitos Globo
com mate Leão e limão
espetos de camarão
e a fumaça ascendendo ao topo.

E quando ressacas surgiam
traziam os surfistas de peito
com suas plateias cativas
que visualizavam as ondas
e sinalizavam em trejeitos.

Não vejo mais a barba branca
nem as importunas rugas.
A idade que alavanca
fez-me dar fim ao espelho.

André Anlub®
(23/03/13)

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.