8 de abril de 2013

Fornada de Hoje...



Quando o além não apetece

É nossa inovação da alma
quando se dança na chuva mais gélida
sorrindo com uma boca sincera
perdoando e pedindo perdão.

Degusta-se livros em madrugadas
mesmo com o barulho interior.
E no silêncio que faz a lua na rua
medita-se sobre a divisão do pão.

Os tempos são outros
ainda há consciência
mas persistem doenças
pragas velhas e novas
dos corpos, das almas
que se enraízam na inocência.

As derrotas nos assombram
com a perda da transparência
lembrando do inquieto vai e vem
em tempos idos de outrem.

E agora, muitos “saem e não veem”
baseados em livros não lidos
que fazem de alguns quietos
os guetos e gritos
da dor dos oprimidos
ou de um mero joão ninguém.

As lágrimas são abundantes nos olhos
mas também em rios e mares
e se não tornarem ímpares, os pares
nunca veremos além.

André Anlub®
(08/04/13)

Dia Mundial do Combate ao Câncer



7 de abril de 2013




Ao amor livre

São muitas as trajetórias do amor
notórias escolhas, erradas ou certas.
O sentimento que navega em diversas veredas
em caravelas sem rumo, nos mares inóspitos
sob o fogo e as flechas.

Há a calmaria do coração silencioso
inimaginável adaptação da estrada
por onde, em sonhos
andamos felizes, cantando e admirando a natureza.

Também há aquele amor que irrita
e fica na mira dos dedos apontados
dos velhos julgamentos
das incontestáveis indelicadezas
e umbigos gigantes.
A inveja que beira o pérfido
a repugnância e a avareza.

Mas de nada adianta
pois é sobre o amor que se fala
e em decorrência dele
vivemos.

Eis a paixão palhaço
em que coloca-se, alegre, o nariz vermelho
armando o circo no leito
apertando o peito, suando as mãos...
Livres dos “nãos”
e dos preconceitos.

André Anlub®
(07/04/13)

Boa Domingueira a todos

"O mais belo estandarte" de André Anlub por Fábio Kerouac


5 de abril de 2013

Em breve nas melhores livrarias...


Saiu do forno nesse minuto! Boa Sexta!




Imagem: Van Gogh/web

O mais belo estandarte

A arte é um delicioso teorema
que encaro do modo mais válido.
As letras que derramo na resma
fazem um meu “eu” mais cálido.

Transbordo na selvageria do ser
a linhaça pura e bela da vida
tornando sapiente o viver
adornando com mais cores a lida.

Não há um só dia que durma
que a imaginação não cutuque
e faz da inspiração um batuque.

O enlace do árduo e a pluma
é o beijo do aconchego da arte
que expõe o mais belo estandarte.

André Anlub®

4 de abril de 2013

Dois fresquinhos, saindo na fornada de hoje


Foto: Estátua do poeta Patativa do Assaré


No teatro da vida

Um brinde à paixão aventureira
abrindo o melhor champanhe
se banhe na fonte da juventude
faça dessa quietude a voz guerreira.

Mais ameno, segue firme, segue o tempo
e ao vento, dissiparam-se as nuvens
bem ao longe, as colinas, ornamentos
e o verde, um alento, é perfume.

A natureza é o presente de união
da unção do momento com o desejo
que o beijo assina embaixo, dá o laço
encare o passo, pois o tempo é contramão.

Amanheceu e a paixão já fez a cama
tomou café, leu jornal e foi-se embora
e em outra hora, de repente, talvez volte
pois no agora, fecha a cena, encerra o drama.

André Anlub®
(04/04/13)


E por fim...

Ela quer recuperar a autoestima
não ser a vítima dentro da situação
na contramão de um sorriso largo
na contradição de um fácil enigma.

Não quer falar nada sobre o salto alto
nem da inocência da criança interior.
Não fala do caro perfume de barato odor
que ao apreço e ao berço, impregnou.

Traz má sorte ver a cara da morte
antes de consolidar o casamento.
Se é para elogiar, que seja seu consorte.
Se é para ferir, que seja o mundo inteiro.

Se há algum segredo nos que cultivam medo
deve ser mostrado, pois o solo é sagrado
e se o mesmo é fértil, produz belos rebentos
esconde-se o erro, fere a fogo e ferro.

André Anlub®
(04/04/13)

Dia Internacional do Animal de Rua





Mais um sonho junto de ti

Já fui rei, em longos sonhos
fui também mágico, e sumi.
Em terras belas de verdes incríveis
fui afortunado, guri.

Via o sorriso surgindo em tua boca
boca antes calada
sem luz e sem voz.
Deslumbrava-me com a magnificência da lua
que não brilhava a esmo
na madrugada
no outro extremo de nós.

Via a doçura do sincero amor
pois o sonho nunca foi só meu
foi de ti, da paisagem e dos versos
foi do inverso do enfoque na dor.

São longos sonhos, porém acabam.
Mas não é tão mal...
Pois fica a análise, o pensar, a lembrança
às vezes fica a bonança e o bem-estar.

Fica a satisfação de saber que a ilusão
copiou com perfeição
o nosso real.

André Anlub®
(03/04/13)

3 de abril de 2013

Revista Bula - Os 10 maiores poemas dos últimos 200 anos

No mês de novembro de 2011, perguntei a 30 convidados — escritores, críticos, professores, jornalistas — quais eram os maiores momentos da poesia mundial em todos os tempos. O resultado, “Os 10 melhores poemas de todos os tempos”, causou uma grande polêmica, por omitir nomes como Shakespeare, Homero, Ovídio e Dante. Em comemoração ao dia mundial da poesia, comemorado na quinta-feira, 21, refiz a pergunta e pedi aos leitores, seguidores do Twitter e Facebook, que apontassem, entre poemas conhecidos de autores brasileiros e estrangeiros, quais são, em suas opiniões, os melhores publicados nos últimos 200 anos, de 1813 a 2013. Cada participante poderia indicar entre um e dez poemas. Nenhum autor poderia ser citado mais de uma vez em suas indicações. 172 participantes responderam a enquete. Dois poetas brasileiros estão na lista: Carlos Drummond de Andrade, Ferreira Gullar. Abaixo, a lista em ordem classificatória, baseada no número de citações. Por motivo de direitos autorais, alguns poemas tiveram apenas trechos publicados.


1 — A Terra Desolada
(T. S. Eliot)


2 — Tabacaria
(Fernando Pessoa)


3 — A Máquina do Mundo
(Carlos Drummond de Andrade)


4 — Os Homens Ocos
(T. S. Eliot)



5 — Velejando para Bizâncio
(William Buttler Yeats)


6 — À Espera dos Bárbaros
(Konstantinos Kaváfis)


7 — O Cemitério Marinho
(Paul Valéry)


8 — Hugh Selwyn Mauberly
(Ezra Pound)


9 — Poema em Linha Reta
(Fernando Pessoa)


10 — Poema Sujo
(Ferreira Gullar)

Para ler todos os poemas: http://www.revistabula.com/254-os-10-maiores-poemas-dos-ultimos-200-anos/

"Poema Perdido" de Fábio Kerouac - Voz: André Anlub

Uma excelente quarta aos amigos






2 de abril de 2013

2 de Abril - Dia Internacional do Livro Inafntil


Por um Rio Capital da Poesia

Por um Rio Capital da Poesia é um movimento gerado por agentes culturais inseridos na cena literária, que busca além de articular esse mosaico de ações presentes no território, conhecer melhor o segmento e propor políticas públicas para essas ações tão legítimas.

Poesia em Pé, no Palco, em Pauta e no Papel!







Dia da Conscientização do Autismo




2 DE ABRIL DIA MUNDIAL DA CONSCIENTIZAÇÃO DO AUTISMO
O que é o AUTISMO?
Autismo é uma complexa desordem neurobiológica que tipicamente dura a vida inteira ( tipicamente porque tem sido relatados casos com tratamentos intensivos em que algumas crianças conseguiram sair do espectro). É parte de um grupo de desordens conhecido como Desordens do Espectro Autista. As outras quatro desordens do espectro são: a Síndrome de Asperger, a Síndrome de Rett (conforme novas informações do VII Congresso Brasileiro de Autismo, esta síndrome já está sendo retirada do espectro por apresentar características muito próprias), a Desordem Invasiva do Desenvolvimento e a Disordem Desintegrativa da Infância. O Autismo acontece em todas as raças, etnias e grupos sociais e é quatro vezes mais comum em meninos do que meninas. Hoje, 1 em cada 166 indivíduos é diagnosticado com autismo nos EUA, tornando essa desordem mais comum do que o câncer infantil, a diabetes e a AIDS reunidos.

Três de momento


Abril em festa?
Pela fresta
infesta o olhar da inveja.
Com a porta semiaberta
ela observa
não há mais breja
não há igreja
queimou-se a floresta
abril banal.

André Anlub®



Nas horas vagas
os vaga-lumes iluminam o caminho
vagam de fininho
em direção ao descanso.
Eu, manso, me misturo ao bando
sem dar bandeira
acendo uma ideia na cabeça
e antes que eu esqueça
voo de marcha ré.

André Anlub®



Tema-me

Perder a esperança não é bom
há de se armar melhor
não falo só de roupas camufladas
nem armas ou armaduras.
A guerra é covarde
e a vida é única.

Ouço o grito de Hades
aprisionado no limbo
jogando xadrez com si próprio
com sua maldade sinistra.

Ele me sente e me olha
pisca, coça o nariz e chora.

Minha foice o assombra
minha sombra foi-se.
Estou em pesadelos
em gigantescas tempestades
na não salvação e não zelo.

Sou presença
minha sentença é derradeira
e na cachoeira da sorte
sou a seca
sou a morte.

André Anlub®


Três Frases para essa Terça





Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.