25 de junho de 2013

(...)




Ninho de mafagafos

Derrama-se a letra em solo fértil,
Dourado, fez-se de inspiração a Fênix.
Desenha-se, como um corte, o vil desdenho,
E no horizonte cria seu renque.

Pensamento no engenho, sua engrenagem.
Vê-se o gado, vê-se aragem.
E de tudo que cair como chuva,
Foi-se a uva, põe-se a luva,
E no ninho de mafagafos,
É feito o vinho de boa safra.

Inspiração de araque? Nem se cogita.
Regurgita o que nada vale,
E de um longo caso de afeto,
Com o amadurecimento,
A escrita alto pronuncia...
Eu diria: paixão eterna.

E o texto da vida?
Ah! Ele por si só já é ele mesmo.
Pra tudo não ter sido a esmo...
Vamos aprender línguas estranhas,
Nos queimarmos andando na brasa,
Pisar no inferno, inventar artifícios,
No final ser o médico de um anjo caído.

André Anlub®
(24/6/13)

24 de junho de 2013

Força, Mandela!

Quem tem um Deus, peça; quem não tem, torça! 



Pequena nota sobre as manifestações...



Alguns perguntam o porquê de apoiar uma manifestação, uma passeata; o porquê de tanta raiva e inconformismo... se há educação e comida na vida de todos que ali estão.
É nessa hora que notamos os muitos que não foram corrompidos, os muitos que se preocupam com o bem-estar geral, não só com satisfações particulares, ganhos e conquistas pessoais.
Ainda existe e resiste o humanismo. E não são os corações que vivem para bombear o sangue frio e aguado ao corpo; são corações que batem pelo calor humano, pra amparar e abraçar, por amor à vida e ao próximo.
Se há esperança?
Não posso responder por todos, nem quero. Mas garanto que existe uma grande maioria que ainda é humana e vislumbra isso. Sementes ruins e ervas daninha sempre existirão, e devem ser devidamente exterminadas; só assim, futuramente, prevalecerá o respeito e a igualdade social.


André Anlub®

Uma Semana fantástica pra rapazeada poética



Insone e insano no seno e cosseno do ser

Eu vejo, vejo! 
Nas paredes do corredor que leva à cozinha,
Algumas sombras que balançam,
Com as leves e tontas brisas,
Expondo seus desenhos simplórios,
Notórias alucinações, visão dela...
Vou abocanhar meu pão de centeio,
Com queijo coalho e margarina,
E uma fatia generosa de mortadela.

Por enquanto, só por enquanto,
Primeira noite de inverno,
Sem arrepio, sem espanto,
Por enquanto,
Encontra-se calma e silenciosa.

Quebrou-se o silêncio,
No barulho do meu copo de vodca
O gelo frenético batendo,
No fino e fanho vidro,
Ao ser mexido pelo meu dedo.

Olhos mirando o bloquinho,
Sou zanho, sou zen, sozinho.
O álcool companheiro, agora me deixa,
Foi estacionar no cérebro,
Criou até raiz, e espera ser regado.

Convite à escrita,
Sorriso no canto do lábio,
Nos dedos da mão direita,
Uma imaginária tatuagem escrita;
O que há, não diz!
Mais uma letra se esconde,
Por debaixo do anel.

A verdade deve ser sempre colocada à prova,
As horas são escassas,
E procura-se o término de um romance real.

Depois de linhas traçadas,
Dois comprimidos de anfetamina,
A garrafa já no final,
Boca seca, pupila dilatada.
Tenta dormir.

André Anlub®
(23/6/13)


23 de junho de 2013

Ana Cristina Cruz Cesar (Perfil)

Ana Cristina Cruz Cesar (Rio de Janeiro, 2 de junho de 1952 — Rio de Janeiro, 29 de outubro de 1983) foi uma poetisa e tradutora brasileira. É considerada um dos principais nomes da geração mimeógrafo da década de 1970, e tem o seu nome muitas vezes vinculado ao movimento de Poesia Marginal.



Filha do sociólogo e jornalista Waldo Aranha Lenz Cesar e de Maria Luiza Cruz, Ana Cristina nasceu em uma família culta e protestante de classe média. Tinha dois irmãos, Flávio e Filipe.
Antes mesmo de ser alfabetizada, aos seis anos de idade, ela ditava poemas para sua mãe. Em 1969, Ana Cristina Cesar viajou à Inglaterra em intercâmbio e passou um período em Londres, onde travou contato com a literatura em língua inglesa. Quando regressou ao Brasil, com livros de Emily Dickinson, Sylvia Plath e Katherine Mansfield nas malas, dedicou-se a escrever e a traduzir, entrando para a Faculdade de Letras da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), aos dezenove anos.
Cesar começou a publicar poemas e textos de prosa poética na década de 1970 em coletâneas, revistas e jornais alternativos. Seus primeiros livros, Cenas de Abril e Correspondência Completa, foram lançados em edições independentes. As atividades de Ana Cristina não pararam: pesquisa literária, um mestrado em comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), outra temporada na Inglaterra para um mestrado em tradução literária (na Universidade de Essex), em 1980, e a volta ao Rio, onde publicou Luvas de Pelica, escrito na Inglaterra. Em suas obras, Ana Cristina Cesar mantém uma fina linha entre o ficcional e o autobiográfico.
Cometeu suicídio aos trinta e um anos, atirando-se pela janela do apartamento dos pais, no oitavo andar de um edifício da rua Tonelero, em Copacabana.


"Apaixonada, saquei minha arma, minha alma, minha calma... Só você não sacou nada."
Ana Cristina Cesar

Super Lua Hoje 23/6


SUPER LUA - 23/06/2013. "O melhor horário para observar a "Super Lua" no Brasil será na madrugada de 23 de junho. Em localidades que seguem o horário de Brasília, o ocaso ocorrerá às 6h02 horas. Quem não quiser acordar de madrugada pode observar a lua no começo da noite do dia 23 de junho. Ela deverá nascer às 17h51 horas no horário de Cuiabá. Em Brasília, a lua começará a surgir no horizonte às 18h51 horas, e às 16h51 horas no horário de Rio Branco e cidades que seguem o seu fuso horário."

22 de junho de 2013

Poema e duas formatações sobre...



É a hora de Botticelli pintar-te

Tu és a oitava maravilha do mundo.
És amor, nostalgia e atualidade,
A alegria que criaste ao redor.
No suor da tua labuta, 
Na gota do teu pranto,
Há o brilho da vida minha, 
Há o tempo que é nosso dono.

Fizeste meu ar mais ameno, mais leve.
E em breve momento,
Fizeste nosso destino,
Que agora eternizado.

Tens nas mãos a magia,
O poder de dar vida no que tocas.
Tua fala levanta voo nos teus cantares,
E na pequenez de curtos versos,
Nascem grandes histórias, cordéis... Dos melhores.

Digas sempre sim,
Minha alma carece desse afago,
Desse amor, de teus flertes.

Foste lá, no colorido do novo mundo,
Onde os poetas sorriem e erguem castelos,
Onde os martelos penduram belas pinturas,
Onde esculturas são vivas e beijam,
Onde há o amargo só nas frutas mais verdes.

André Anlub®
(22/6/13)



In (Feliciano) Parte VI


Sabadão cheio de energia e Poesia!


20 de junho de 2013

Os fragmentos do último poema!








Quinta Poética aos amigos



Quem é você?

Que me sacode,
Me tonteia.
Que é meu norte
Meu sangue na veia.
Desenhou asas em minhas costas,
Fez-me voar sobre obstáculos.
É meu oráculo,
Meu preto velho.
É minha ponte,
Aos anjos fortes.

Quem é você?
Que me dá sua voz,
Canta ao meu ouvido,
O som da manhã delicada.
Tema de aura renovada,
Força e esperança de viver.

Quem é você?
Que entra no meu corpo,
Me faz novamente pintar o sete,
Ou talvez o oito.
Que colore meus dias,
E desbota de vez o medo,
Escancara o segredo,
Que vai além da vida.

Quem é você?
Mas não me diga agora,
Que ecoe à próxima aurora,
Pois não ter a resposta,
É a porta de toda entrada,
É a chave de toda saída.

André Anlub
(20/6/13)

19 de junho de 2013




Sou como aquele gato malhado,
Com as pretas e firmes patas,
Que deixa seu afável rastro,
Vagando nos gélidos telhados,
Nas auroras de inverno,
Num bairro de Itaipava.

André Anlub® 
(19/6/13)




Óleo da mola do mundo

Mesmo o planeta sendo redondo,
E fazendo frio nos polos.
Nada mais importa,
Pelo menos agora.

Após a ideia original,
De algo ser descoberto,
No som - aos olhos - ao toque,
Tudo vira cópia.

Não podem expor a verdade,
E não ligam se alguém o fizer.
São loucos que rasgam dinheiro,
Com o sorriso de um rosto inteiro
No mistério do palhaço e o sério.

Então voltam-se somente pro lucro,
Para a pobreza de míseros vinténs,
Com o viés do santo sepulcro,
Ou a graxa da (es)mola do mundo.

André Anlub® 
(19/6/13)

Chico Buarque completa hoje 69 anos




Chico Buarque - Carioca ao Vivo Show Completo DVD 2007 Full Concert,Carioca - Ao Vivo é mais recente DVD lançado pelo cantor e compositor brasileiro Chico Buarque de Hollanda. O disco duplo foi gravado ao vivo em fevereiro de 2007 na casa de espetáculos Canecão, no Rio de Janeiro e tem como base a turnê e o CD de mesmos nomes. Foi lançado em 30 de julho de 2007 pela gravadora Biscoito Fino.
Faixas
"Voltei a Cantar" / "Mambembe" / "Dura na Queda"
"O Futebol"
"Morena de Angola"
"Renata Maria"
"Outros Sonhos"
"Imagina"
"Porque era ela, porque era eu"
"Sempre"
"Mil Perdões"
"A história de Lily Braun"
"A Bela e a Fera"
"Ela é Dançarina"
"As Atrizes"
"Ela faz Cinema"
"Eu te Amo"
"Palavra de mulher"
"Leve"
"Bolero Blues"
"As vitrines"
"Subúrbio"
"Morro dois irmãos"
"Futuros amantes"
"Pout-pourri" / "Bye, Bye Brazil, Cantando no toró, Grande hotel"
"Ode aos ratos"
"Na carreira"
"Pout-pourri" / "Sem compromisso, Deixa a menina"
"Quem te viu, quem te vê"
"João e Maria"

Algumas músicas são composições de Chico com Tom Jobim, Vinicius de Moraes e Edu Lobo.

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.