3 de março de 2014

O renascer da Rosa


O renascer da Rosa

Nem sei como foi tão descuidado
as mais belas flores murcharam.
A terra que mesmo encharcada
necessitava do brado soldado.

Com a desconfiança, ficou sem crença
sem escrever, perdeu o hábito
Viu a doença, desde criança.
e pro seu tálamo, ficou em débito.

No breu do beco, o eco de um banjo
lembrou um beijo que buliu num brejo.

O barrir de um elegante elefante
é erudito aos seus ouvidos
é imaginação e alto-falante.

O lampejo perdido ao apagar do lampião
escurece o escândalo do acalanto no cunhal.
E no plural ou na fração do som
só ele e o tom
só o bem e o mal.

O solo fértil e febril fervente
pelo verão que derrete a solda
soldando o corpo que ante doente
o brado soldado à casa retorna.

Surgiu de praxe, regressou à escrita
avistou o verso, cantarolou a prosa
e a liga que escorreu bem quente
foram seus prantos que despertaram a Rosa.

André Anlub®

2 de março de 2014

Mulheres...


Não há nada mais indomável do que uma mulher sem vaidade.


Mulher de beleza ímpar
Rainha de todas as cortes
Convicções e fidúcias infindas
Olhar de explosão poderosa
Corpo em calor quão o magma
Adorada
Feita e recitada
Em verso e prosa.

Mulher 2012

Sempre com sua beleza ímpar
É deusa, rainha de todas as cortes
Perfume surreal na explosão poderosa
Feita e recitada em verso e prosa.

Dourada quão o sol.

Sempre com sua cautela discreta
Almejando o bem-estar da família
Convicções e certezas infindas
Nada ínfimas as conquistas e metas.

Inspiração quão a lua.

Irresistível, inteligência e candura
“Coveira” da aflição e lamúria 
Guerreira, sem espada e armadura
No braço e no ventre a força.

André Anlub®

1 de março de 2014

Rio de Janeiro 449 anos


Rio de Janeiro a Janeiro

Agora vou me exprimir!
Saudade quando acordo e vou dormir!
É difícil acostumar-se em outro canto
Falo do calor abaixo das “asas” do Redentor...
Nas curvas do seu manto
Como ondas... Beleza e louvor!
Perdoe-nos...
Eu e meu pranto...


.... Meu Rio de Janeiro

Como pode alguém amar tanto um lugar
Tuas praias, montanhas, que emanam o amor
Curvas das ruas e de tuas crias
História, memória, um glorioso legado

O amor materno que sempre me banhou
De pequeno a adulto, do teu jeito fui criado
Beleza bronzeada da cor do pecado.
O carinho do toque de tua maresia
A visão e beleza do nosso senhor.

Fim de tarde, pés descalços, no arpoador
Uma estrela do mar e do céu que os meus olhos saciam
Da primavera ao inverno no teu colo a vontade
Quando a faca te fere também sinto a dor

Meu Rio perfeito
Quero-te bem, quero-te sempre
Mostras para o mundo inteiro
Que tu amas, és fiel, amor verdadeiro.

André Anlub

28 de fevereiro de 2014

Carnaval = Camisinha


Água Que Guia uma Águia

Água Que Guia uma Águia

Vejo rebento rapina
Que em ondas e ventos chegou
Fez do mais velho, menino
E a discórdia enterrou.

Nasceu do amor impregnado
Uma busca que nunca teve fim
Chuva e semente, cultivado
Verde, forte, capim.

Cresce e se alastra com brilho
Bate suas asas de pégasus
Voa por entre palácios
Desperta nas nuvens seu filho.

Aurora de paz, sentinela
Seus olhos fitam o amor
Orquestra um grito de guerra
Na companhia de um condor

Vejo de baixo incrível beleza
Derramo sem piedade meu pranto
Sem jeito mas com sutileza
Viro, caminho e canto.

André Anlub®


27 de fevereiro de 2014

"Three Little Birds"



[1] Pássaros que vem e que passam também são os pássaros que ficam.

[2] Pinta a selva e voa o Pintassilgo

[3] Passeando e observando no caminho, pássaros que vão e vem com gravetos no bico
lembro-me de outras épocas, ninhos de cantos e gemidos...


André Anlub®

E por debaixo da seda...


26 de fevereiro de 2014

Versos de Verão em mãos...


Mais sobre tal arrepio


Mais sobre tal arrepio

Diga-me tudo sobre o tempo
sobre nosso amor
e os ventos que levam e trazem.

Se quiser que eu cante
ou monte num elefante
e vá desbravar o entrave.

A viagem está só no meio
em sua melhor parte.
Onde na paisagem não há feio
e parece única e conhecida
mas é lua e novidade.

Os dias são sempre belos
se libertamos os olhos
para os aspectos.

Espertos andam sempre lentos
e em certos momentos
abrem os seus velcros.

Podíamos perpetuar o amor
e passar os anos
quiçá as décadas
por que não milênios?

Vejo em equivocado intento
pessoas engomadas
com ouro nos dentes
mas companheirismo em lata.

Agora o vento bate as portas
fecha as janelas
tapa ligeiro as frestas.

Tudo agora leva a crer
que o breu fará morada
mas não aconteceu.

A luz da nossa história
iluminou com glória
toda a madrugada.

André Anlub
(25/2/14)

25 de fevereiro de 2014

Insanidades


Insanidades

Teria que ter sido pelo menos companheira
Mesmo não cobrando o amor que ela devia
Não importa cargas d’água tenha denegado
Diz que viu duendes, vacas voando, unicórnio alado.

Teria que ter sido pelo menos afeição
Mesmo se nada cobrassem, nem um beijo perspicaz
Nem se o desejo vem ao acaso ter sido esnobado
Meu corpo era seu leito, do seu jeito ao seu agrado.

Teria que ter sido pelo menos sincera
Calada no nosso leito, fechando-se e indo ao sono
Trancada a sete chaves, deixando-me em abandono
Parte da realidade pintada como quimera.

Teria que ter sido pelo menos uma verdade
Sendo personagem da imaginação mais fértil
Viva no papel, nas idéias, um lindo sonho
Que me deixa cancro exposto, frágil e medonho.

André Anlub®

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.