9 de março de 2014

Poços sujos...

Desenredou como que livrando-me dos sujos poços
lavando-me e deixando-me no fino trato.
E a alma, que até então perdida, renasceu
colocando farta comida no prato
e de fato sepultando os ossos.

A poesia tirou-me de um sujo e apertado buraco 
e jogou-me num asseado e extenso espaço:
- Meu muito obrigado!

André Anlub®
(9/3/14)


Não poderia deixar de colocar por aqui o belíssimo cartão da amiga Eliani.


8 de março de 2014

Dia Internacional da Mulher [parte VI]


Dia Internacional da Mulher [parte V]




Dia Internacional da Mulher [parte IV]


Dia Internacional da Mulher [parte III]

Simone de Beauvoir: defensora da emancipação                     feminina do século 20

Tanto pelo lado do pai, Georges Bertrand de Beauvoir, nascido no coração do faubourg Saint-Germain, o bairro do alto patriciado parisiense, como pelo lado da sua mãe, Françoise Brasseur filha de um banqueiro de Verdum, a jovem Simone de Beauvoir não teria nada a reclamar da vida. Pertencia por assim dizer ao que os franceses chamam crème de la crème.


Desde que nascera em 9 de janeiro de 1908, fora cercada pelos carinhos da família bem como por uma atenta ama que lhe satisfazia os caprichos. Com exceção de alguns acessos de fúria comuns a uma menina mimada que divertiam sempre o seu pai – considerava-a jocosamente como ‘ insociável’-, nada indicava que no íntimo da encantadora filhinha, mais do que bem-nascida, se gestava a mais profunda defensora da emancipação feminina do século 20, quiçá de todos os tempos. 


Ainda entrando na adolescência percebeu que sua inteligência pairava sobre a das suas colegas de escola e outros parentes próximos, o que a levou a uma crescente solidão da qual poucos a tiravam, como sua amiga dileta Elizabeth Le Coin (Zaza) e, mais tarde, aquele que lhe serviu inicialmente como tutor intelectual, o seu primo Jacques Champigneulle (que a apresentou aos poemas de  Mallarmè e outros modernistas menos enigmáticos assim como os pintores da moda).  O pai, ainda que advogado e funcionário graduado sem maiores ambições, era um leitor compulsivo e amante do teatro e das representações domésticas quando revela seu discreto lado histriônico, certamente a influenciou na sua inclinação pelo abstrato e no gosto pelos livros.


Bem ao contrário da maioria das meninas e moças da sua classe social e do seu tempo que seguiam obedientes os ditames e os interditos de uma educação católica e aos mitos de um ‘cristianismo místico’ que tinha por fim formar boas e ‘respeitáveis esposas’, ‘mulheres direitas’, dóceis e crentes. E se isto não fosse alcançado, lhes restava a solteirice ou o convento.


O futuro que a aguardava não as fazia escapar de um matrimônio arranjado (sim, mesmo na Paris do século 20, as famílias católicas tramavam casamentos de conveniência), administração do lar, filhos, festas e férias com a família, etc., causou-lhe crescente aversão.  Indignou-se que os interditos feitos às mulheres em geral não era estendidos aos homens, como se eles pertencessem a outro planeta.


Os primórdios desta sua trajetória rumo à emancipação completa (negou-se a casar, ser dona de casa e a ter filhos) acha-se  magistralmente relatado no livro Mèmoires d'une jeune fille rangèe, ‘Memórias de uma moça bem comportada’, de 1958, escrito na plena maturidade da autora.


Este magnífico livro, que contou com afiada lembrança da autora, é literatura de alta elaboração. Serviu não apenas como testemunho da façanha pessoal dela em enfrentar os condicionamentos sócio-religiosos de uma época ‘ e o destino abjeto que a aguardava’. Funcionou, por igual, como uma espécie de roteiro no qual milhares de outras tantas mulheres, suas leitoras, dispersadas pelo mundo Ocidental, se inspiraram. Insatisfeitas com o dia-a-dia que as decepcionava, recorreram à trajetória oferecida por Simone. O ‘eterno feminino’, tão alardeado pelos românticos e outros místicos, tinha um propósito conformista. Uma capsula ideológica que obrigava as mulheres seguirem comportadas conforme o que o mundo masculino determinara. Era preciso romper com aquilo.


 Por certo inconscientemente ela seguia só propósitos dos famosos versos de Lou-Andreas Salomé (1850-1937), umas raras mulheres admitidas como igual num meio majoritariamente masculino como aquele liderado por Sigmund Freud em Viena. Os versos de Lou praticamente são uma convocação à ação das mulheres:


Ouse, ouse... ouse tudo!!


Não tenha necessidade de nada!

Não tente adequar sua vida a modelos,
nem queira você mesmo ser um modelo para ninguém.
Acredite: a vida lhe dará poucos presentes.
Se você quer uma vida, aprenda... a roubá-la!
Ouse, ouse tudo! Seja na vida o que você é, aconteça o que acontecer.
Não defenda nenhum princípio, mas algo de bem mais maravilhoso:
algo que está em nós e que queima como o fogo da vida!!

- Lou Salomé - Reflexões sobre o problema do amor.


A partir de Simone, milhares passaram a ambicionar uma vida diferente do que lhes programava a família e a sociedade. Queriam independência, ser autônomas, ter sua profissão, seu sustento próprio, buscavam a felicidade e não a comodidade do lar sem sal em que a maioria delas vivia. Insistiam, como Simone o fez, no prazer de querer viver, ‘ de estar no mundo’, de escolher e traçar elas próprias os caminhos a seguir em sua existência, ainda que assumindo os riscos  decorrentes disto.


 Os primeiros passos:


“Inaugurei minha nova existência subindo as escadas da Biblioteca Sainte-Geneviève...”


O convento de Saint-Geneviève, na Place du Panthéon,  desativado pela Revolução de 1789, ficou sem destino por um bom tempo até que a prefeitura de Paris encarregou o arquitetor Henri Labrouste de transformar o belo prédio numa biblioteca. Obra realizada entre 1838-1858. Nenhuma solução poderia ser melhor. Foi neste local magnifico com um impressionante acervo, não muito distante de onde Simone residia, que se transformou no templo da cultura da jovem estudante.


Subir aquelas escadas, disse a escritora, foi o passo mais decisivo em sua vida. Lá, na sala de leitura, devorando a ‘Comédia Humana’ de Balzac, e uma quantidade incontável de tantos outros clássicos, começou a ser forjada uma das mais brilhantes cabeças do século 20. O contato dela com os grandes textos fez com que ela se sentisse suficientemente apta a frequentar as rodas intelectuais masculinas. Aquele seria o mundo dela.


Seus pais não faziam gosto dela seguir carreira no meio intelectual, mas não lhe criaram obstáculos maiores quando ela se decidiu seguir o Caminho das Letras. Formou-se em Filosofia e a seguir preparou-se para o aggregation, o rigoroso concurso público feito para o ingresso na Normale Supe, a École Normale Superieur, a mais prestigiada entidade francesa para as áreas humanas e científicas (Louis Pasteur e o filósofo Henri Bergson foram um dos tantos gênios que por ela passaram) que formava a elite intelectual do país. 


Três outros também candidatos, Paul Nizan, Jean-Paul Sartre e René Maheu (este, ainda que casado, fora um espécie de namorado de Simone) compunham um grupo apartado do restante. (*)


Inteligentíssimos, sentiam-se a elite, aristocratas do pensamento. Os crescentes contatos que a jovem recém-formada fez com que reconhecessem nela uma parceira digna de privar com eles. Sartre sugeriu aos outros dois que Simone, então com 21 anos, fizesse uma apresentação privada de Leibniz para ajudá-los nas provas. Simone confessou que Sartre foi o primeiro homem que ela conhecera a intimidara intelectualmente.


 Àquelas alturas ela já se indignava que o aborto fosse considerado crime, rejeitava as hierarquias, os valores correntes e as cerimônias que distinguiam a elite, assim como a frivolidade dos amores burgueses. Sentiu então uma forte compulsão para colocar em palavras este sentimento cada vez mais ativo de rebeldia. Nascia a escritora.


Aprovados, Simone e Sartre, aquelas duas almas gêmeas fizeram um pacto (sentados num banco do Jardim Luxemburgo) de não se casar, de não ter filhos e de se dedicarem inteiramente à filosofia. Seu compromisso era um Pacto pela Liberdade, uma relação aberta que rejeitava qualquer amarra que os afastasse da atividade de pensar e naturalmente da escrita. Na época foi um escândalo. Admitiam que um marido ou uma esposa tivessem amantes, mas jamais que um homem pudesse viver maritalmente com uma mulher das classes médias de estar com ela sem registro passado por um juiz de paz ou a benção de um sacerdote.


Como palavra de ordem deixada às demais mulheres, Simone escreveu no seu famoso ensaio ‘O Segundo Sexo’: “Nós não nos deixaremos intimidar pelos ataques violentos dirigidos à mulher nem deixar-se levar pelos elogios interesseiros que são destinados à ‘ verdadeira mulher’.... (“Deuxième sexe" : l'Introduction, La femme indépendante )


(*) Paul Nizan aderiu ao Partido Comunista, com quem rompeu  em 1939 e morreu um ano depois como soldado francês em Calais quando se deu a invasão alemã de 1940. Maheu tornou-se um alto burocrata que chegou a dirigir a UNESCO e Jean Paul Sartre, tornou-se Sartre.


Matéria do portal terra: http://noticias.terra.com.br/educacao/historia/simone-de-beauvoir-defensora-da-emancipacao-feminina-do-seculo-20,d3fb51e3c0e94410VgnVCM10000098cceb0aRCRD.html?ECID=BR_RedeSociais_Twitter_0_Noticia

7 de março de 2014

Dia Internacional da Mulher [parte II]

Foto: eu na cachoeira de Itaipava

Vendo nela a cachoeira

O íntimo feminino é um enigma,
indesvendável,
como o íntimo de uma cachoeira.

Tem aquela suntuosa alma,
uma enorme queda d’água,
que jamais perde a fineza.

Desce, massageando o cabelo e corpo,
lapidando a pedra,
com seu afago sempre novo,
limpo e duradouro. 

O som contínuo induz a inspiração,
(divina e mecânica),
agracia, hipnotiza.

As águas cristalinas,
onde, dentro, podemos ver vidas.
Assim deve ser nosso viver
para ser corrente, límpido
coerente, quente, frio
e objetivo.

André Anlub®
(30/5/13)

Dia Internacional da Mulher [parte I]


Cheers (Bar dos Poetas)



Cheers  (Bar dos Poetas)

O berro - o bar - a brisa
o copo brusco que vai ao chão
e não quebra.

Um velho bilhar
que quando deixa em sinuca...
é o velho frio na nuca.

O jukebox é disputado
também o jogo de dardo...
que tem uma foto amarelada
do Sarney, toda furada.

Esse bar não abre nem fecha
é flecha sempre lançada
pois o coração do poeta
não seca - não se afoga - não nada!

Absinto é homeopático
cerveja cria uma grande barriga
o garçom pra lá de simpático...
sempre serve uma dose extra
com uma porção de linguiça.

Temos que chegar diariamente
com uma pequena prosa
que fale de espinho ou da rosa
de um culpado ou inocente.

Com ela batemos o ponto
sairemos só muito tonto
chamando urubu de meu louro
deixando a freguesia contente.

Garçom, um Southern Comfort...
e um copo cheio de gelo
aproveitando minha falta de zelo
com meu fígado guerreiro.

Hoje trouxe do meu terreno 
colhi praticamente agora
gostoso é feito na hora
deixa o ébrio ameno.

O aipim não é brincadeira
tem mais alcunha que o bardo
alguns conhecem com outro nome
pode ser mandioca ou macaxeira.

Frito desce redondo
cozido desce oval
com uma cachaça de rolha
entramos em um vendaval.

Hoje trouxe esse conto
amanhã venho com outro
vou para uma taberna
pois uma prostituta me espera.

André Anlub®

6 de março de 2014

David Gilmour - 68 anos

David Jon Gilmour (Cambridge, 6 de Março de 1946) é um guitarrista e cantor britânico, vocalista da banda inglesa Pink Floyd, tendo também editado álbuns a solo bem como colaborado com outros artistas. Depois da saída de Roger Waters a meio da década de 1980 tornou-se a principal figura da banda. Foi considerado o 14º melhor guitarrista do mundo pela revista norte-americana Rolling Stone.


E lá se foi...


5 de março de 2014

105 anos - Patativa do Assaré

Antônio Gonçalves da Silva, mais conhecido como Patativa do Assaré (Assaré, 5 de março de 1909 — Assaré, 8 de julho de 2002), foi um poeta popular, compositor, cantor e improvisador brasileiro.



ARTE MATUTA
(Patativa do Assaré)

Eu nasci ouvindo os cantos
das aves de minha serra
e vendo os belos encantos
que a mata bonita encerra
foi ali que eu fui crescendo
fui vendo e fui aprendendo
no livro da natureza
onde Deus é mais visível
o coração mais sensível
e a vida tem mais pureza.
Sem poder fazer escolhas
de livro artificial
estudei nas lindas folhas
do meu livro natural
e, assim, longe da cidade
lendo nessa faculdade
que tem todos os sinais
com esses estudos meus
aprendi amar a Deus
na vida dos animais.
Quando canta o sabiá
Sem nunca ter tido estudo
eu vejo que Deus está
por dentro daquilo tudo
aquele pássaro amado
no seu gorgeio sagrado
nunca uma nota falhou
na sua canção amena
só canta o que Deus ordena
só diz o que Deus mandou.


Eu poderia...


3 de março de 2014

O renascer da Rosa


O renascer da Rosa

Nem sei como foi tão descuidado
as mais belas flores murcharam.
A terra que mesmo encharcada
necessitava do brado soldado.

Com a desconfiança, ficou sem crença
sem escrever, perdeu o hábito
Viu a doença, desde criança.
e pro seu tálamo, ficou em débito.

No breu do beco, o eco de um banjo
lembrou um beijo que buliu num brejo.

O barrir de um elegante elefante
é erudito aos seus ouvidos
é imaginação e alto-falante.

O lampejo perdido ao apagar do lampião
escurece o escândalo do acalanto no cunhal.
E no plural ou na fração do som
só ele e o tom
só o bem e o mal.

O solo fértil e febril fervente
pelo verão que derrete a solda
soldando o corpo que ante doente
o brado soldado à casa retorna.

Surgiu de praxe, regressou à escrita
avistou o verso, cantarolou a prosa
e a liga que escorreu bem quente
foram seus prantos que despertaram a Rosa.

André Anlub®

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.