16 de maio de 2014

Disseram que sou bonita, que não há de faltar alguém para preencher o vazio lado do lado. Se beleza pusesse mesa, não se teria perdido o amor pelo oco e o eco silencioso das horas. Tende-se esperar que o Tempo apague o cotidiano impresso nas coisas, nas arestas de dentro da dor, da saudade. Que se apague o cotidiano da voz cravada nos olhos, nos audíveis gemidos marcados na pele alva, os vermelhos pintados das mãos amantes e apaixonadas. Que se apague o cotidiano do cheiro do café e do cigarro que não eram meus, mas de teus devaneios. Que se apague a imagem em vulto a esperar por mim num ponto, num banco, num lugar qualquer de nossos encontros. Que se apague o desejo do abraço, do braço escorado em teus baixos ombros. Que se apague o tocar dos dedos meus sentindo na alma os teus finos cabelos. Que se apague meu medo de seguir sem tuas mãos entrelaçadas. Que se apague a música, os passos, os risos, a cumplicidade de uma Bossa, um Jazz, um Blues, uns Chicos, outros tantos de nossos ouvidos. Que se apague o meu sorriso feliz de ti, pra ser feliz em mim outra vez.
Que se apague...

Bia Cunha

15 de maio de 2014

Dos Pragmatismos


Dos Pragmatismos
(12/3/12)

Na sua cabeça a filosofia deveria estudar somente o que faz diferença na vida, descobrindo com isso vários âmbitos de largada;
Limitando-se então a um ponto de chegada e se não houver um efeito prático para tudo...  (não há saída).
Não consegue se olhar no espelho, o mesmo não significa absolutamente nada...
- só perda de seu precioso tempo e na calada da noite é só mais um insone hipocondríaco.
- não escreve emoções, até duvida de tal coisa.
- caso pinte um quadro... (será nada além de tintas, cores, em uma tela branca).

Seu bom dia é frio como o inverno mais gélido,
O maior desafio é uma perda, dor.
(jamais aprendeu a lidar com isso).

É contra a ciência só para desenvolver a ciência,
Tem que haver um objetivo social coerente;
Na sua experiência de vida discorda de ideias inatas,
Pensa que hipóteses são inexistentes.

Enfim descobre que esse frenesi mental pode deixá-lo doente,
Uma praticidade do exato que não é nada prático.

Bertrand Russel considera a filosofia pragmatista estreita...
“Rouba da vida tudo que lhe dá valor e torna o homem menor, desprovendo o universo de seu esplendor”.

André Anlub®

14 de maio de 2014

Sicrano Barbosa


Sicrano Barbosa

Chegou o tempo das convicções positivas
De amores desatados por mãos limpas
Lavadas com o suor da procura.

Eis mais um desafio no meio do povo de andar semelhante:
- barba bem feita, sapato novo e alma nada desnuda.
Eis o semblante guerreiro, os filhos na escola e hora na labuta:
- comida na mesa e nove talheres para apenas duas mãos.

Chegou o tempo de desprender-se do básico
E não se sentir um traste por nada ter de praxe.

Fugindo da história:

Foi convicto à feira no domingo e comprou seu peixe,
Subiu no velho caixote e disse a todos os ouvintes:
- é bendito e bem-vindo o tal de Benvindo Nogueira,
Deputado do povo (eleito por ser um homem oprimido).

Voltando à história:

No arraste das horas a barba crescendo e o sapato mais velho,
Vê-se esotérico ao som erudito de um novo critério;
Agora homem simples, Sicrano da vida em um mundo baldio.

A vida estava por um fio, mas as nuvens se foram e tempestades sumiram.
(o chão é o limite)
O tempo chegou, o clarão é mais vivo das asas no apoio e o voo é continuo.
(o céu é o limite).

André Anlub®
(14/5/14)

Venha ler poesia...

Carteira da Associação Poemas à Flor da Pele e o nosso livrão de aniversário de 8 anos.


Esse livro passeou pelos continentes...

Mar de doutrina sem fim


Mar de doutrina sem fim

Houve aquele longo eco daquele verso forte desafiador;
Pegou carona na onda suntuosa de todo mar agitado:
- fui peixe insano com dentes grandes e olhar de bardo;
Fui garoto, fui garoupa, fui a roupa do rei de Roma...
E vou-me novamente mesmo agora não sendo.

Construo meus barcos no sumo da imaginação:
(minhas naves, pés e rolimãs),
E como imãs com polos iguais, passo batido... 
Por ilhas virgens – praias nobres – boa brisa;
Quero ancorar nas ilhas Gregas, praias dos nudistas e ventos de ação.

Lá vem novamente as velhas orações dos poetas,
A tinta azul no papel árduo
E vozes roucas das bocas largas,
Mas prolixas: mês de maio, mais profetas.

E houve e não há, o que foi não se repete;
Indiferente das rimas de amor – vem outro repente...

O mar calmo oferece amparo:
- sou Netuno e esqueci o tridente,
Trouxe um riso com trinta e dois dentes;
Sou mistério que mora no quadrado de toda janela,
O beijo dele, dela, da alma ardente que faz o mar raro.

André Anlub®
(12/5/14)

13 de maio de 2014

Nota aos amigos...

Amigos, boa terça. Estou com uma historinha nesse site e ficarei feliz se prestigiarem e (gostando) cliquem na estrelinha no fim da mesma. Estou concorrendo a participação no livro que será feito em breve! Desde já agradeço a todos.

Site:
 http://www.domeuinterior.com.br/fui-ao-mato-relaxado/

12 de maio de 2014

Já que não pude estar presente...

(...) a tecnologia trouxe uma canja para mim!



Publicado em 10/05/2014
Joss Stone & Jeff Beck live on Best of Blues by Samsung GALAXY 2014 performing "I Put a Spell On You"

Carro-chefe da vida


Carro-chefe da vida

Dizem que vive de pão e água
É intocável e onipresente
Seguidora do fluxo da vida
Violentamente inocente.

Pai e mãe da maioria dos desejos
Manifesta os sabores e dissabores
Inexauríveis amores e desamores
De calibre incoerente.

Pula pelos corações inflamados
Cutuca, grita e devora
Delibera-se nos canteiros que aflora
Corrente casta invisível.

Do atual lirismo à nostalgia inerente
Em serenatas e poesias...
Faz-se mais que presente.

André Anlub®

11 de maio de 2014

Uma produtiva semana aos amigos.



#VemPraRima

Mãe dos Libertos

A lembrança que carrego de uma mãe que foi ao primeiro Rock in Rio (1985) comigo, ou eu que fui com ela? sei lá, não importa, mas como eu ia dizendo... não tem preço!


Mãe dos libertos

Lá tem tudo e é para quem tudo quer mesmo,
Tem aconchego para moleque travesso,
Também tem o avesso da escuridão.

Tem aquele odor de fruta madura
Que quando ainda verde lhe coube o flerte,
E assim, de repente, pousa contente,
Saborosamente na palma da mão.

Lá tem história com nostalgia,
Tem o poder da cria num belo cordão.

Tem lá o calor e águas de vida,
E intensa ventania, mas só quando há fervor.

Lá tem a mãe, tem a vó e a filha,
Tem a imaculada magia – reencarnação.

Existe o amor – alegria – harmonia,
Existe o sim e o certo ao ensinar com o não.

Enfim lá temos tudo na fidúcia e afetos
Aos olhos do reto (segurança e abrigo);
Onde prevalece a bonança não há oprimido,
Genitora dos deuses, mãe dos libertos.

André Anlub®
(10/5/14)

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.