21 de junho de 2014

Isadora de madeira


Isadora de madeira
(28/5/12)

Desabrochando a vida na beleza do lírio
No quintal, ao pé do pé de tâmara.
Começa o dia com o vento ligeiro,
Brisa fria que lhe acaricia a face.

No enlace do tempo há inúmeras lembranças
Nos seus olhos que refletem as altas montanhas.
O coração ainda segue quente de amor,
Mãos calejadas e talentosas,
Esculpem,
Em madeira nobre,
O rosto de Isadora.

Amor perdido na foice do vento que passou:
Foi há tempos,
Foi doença.
Na madeira e nos sonhos ele a tem de volta...
São noites longas,
Noites quentes e belas;
Vozes e camas,
Portas e janelas,
Sussurros e gemidos...
Tudo esfria no frio que lhe acorda.

Jamais sorriu tão grandemente,
Esconde seus jovens brancos dentes,
Bem próximo aos amarelados caninos.
Na saudade de extintas vertentes,
De doces carinhos e fragores,
No mesmo medo e calafrio
Da próxima noite não haver sonho.

André Anlub®

Aniversário do Machadão

(Machado de Assis) - (Rio de Janeiro, 21 de junho de 1839 — Rio de Janeiro, 29 de setembro de 1908) 

"A Carolina" é um soneto escrito por Machado de Assis à época da morte de sua esposa, Carolina Augusta Xavier de Novais. O soneto é considerado a melhor peça de sua obra poética.1 Manuel Bandeira afirmaria, anos mais tarde, que é uma das peças mais comoventes da literatura brasileira.


Querida! Ao pé do leito derradeiro,
em que descansas desta longa vida,
aqui venho e virei, pobre querida,
trazer-te o coração de companheiro.

Pulsa-lhe aquele afeto verdadeiro
que, a despeito de toda a humana lida,
fez a nossa existência apetecida
e num recanto pôs um mundo inteiro...

Trago-te flores - restos arrancados
da terra que nos viu passar unidos
e ora mortos nos deixa e separados;

que eu, se tenho, nos olhos mal feridos,
pensamentos de vida formulados,
são pensamentos idos e vividos.

Crato, 250 anos.


Crato é um município brasileiro do interior do estado do Ceará. Localiza-se no sopé da Chapada do Araripe no extremo-sul do estado e na Microrregião do Cariri, integrante da Região Metropolitana do Cariri e, em 2012, tinha cerca de 123.963 Habitantes.

Divisa com o estado de Pernambuco, constituindo também um entroncamento rodoviário que a interliga ao Piauí, Paraíba e Pernambuco, além da capital do Ceará, Fortaleza. A cidade situa-se no Cariri Cearense, conhecido por muitos como o "Oásis do Sertão" pelas características climáticas mais úmidas e favoráveis à agropecuária. É uma das cidades mais importantes e antigas do Ceará, situando-se atualmente como a 6ª cidade mais populosa, a 3ª mais desenvolvida e o 9° maior PIB do Estado.

20 de junho de 2014

Boladinho (O mascote que ficou de fora)

Boladinho (O mascote que ficou de fora)


Boladinho dizendo para os outros: 

- Vamos quebrar todas as concessionárias dessa rua, a do meu pai é bem longe, em outro bairro!



Mais um capítulo de Boladinho (O mascote que ficou de fora)


Boladinho: 

- A Copa está comprada
Comadre:
- E quem comprou?
Boladinho:
- Depois do jogo final eu lhe digo.

Com enorme força e sem clemência...

Não acredito em “olho grande”, mas acredito em alma pequena; acredito em gente que fracassa e não levanta (pois acha que nunca caiu) gente que não admite o erro e segue sua vida medíocre sempre procurando alguém para a transferência de culpa.

André Anlub®


19 de junho de 2014

Se vai ter CoTa, não sei... Mas vai ter Livro:

Chico 70 anos...

Chico Buarque completa nessa quinta-feira 70 anos. 
Chico é e será sempre as vozes do corriqueiro, do povo, da poesia, do peixe na feira, do domingo na praia, da opressão política e do eco dos chacinados na ditadura, dos sonhos e amores...

Para não ser prolixo deixo um show completo do Rei Chico e um rabisco meu, feito em 2005 com muita influência desse grande mestre.




Everest

Escalo a montanha do "vencer"
Almejo o cume... Você
Busco um jeito na situação
Everest de razão.

Se nem sempre me entreguei na atenção
Se por um instante não lhe dei o bastante
Perdoe-me...
 Vamos sair... Nos dê mais uma chance.

Ascendo a montanha da situação
Almejo o topo da razão
Busco um jeito que é você
Este Everest de atenção.

Nem sempre me adjudiquei o bastante
Por nem um instante lhe dei atenção
Perdoe-me...
Vamos sair dessa solidão.

Galgo a montanha da razão
Ambiciono o cume da situação
Busco um jeito de vencer
Este Everest que é você.
      
André Anlub

18 de junho de 2014

Homenagem na Comunidade "Expressão da Alma"

Alguns dos cards que fizeram pra mim na Homenagem que estou recebendo na comunidade do amigo Pedro Costa "Expressão da Alma" no bom e velho Orkut...




Ótima tarde "rapazeada" poética...

Leonardo DiCaprio anuncia doação de mais de 15 milhões de reais para a conservação dos oceanos
Fundação criada pelo ator, que queria ser biólogo, já havia doado 6,75 milhões de reais a ONG líder em preservação marinha...



Saiba mais: http://revistamonet.globo.com/Celebridades/noticia/2014/06/leonardo-dicaprio-anuncia-doacao-de-mais-de-15-milhoes-de-reais-para-conservacao-dos-oceanos.html

17 de junho de 2014

Se vai ter Copa, não sei... Mas vai ter Livro:


E se faltar voz... Que grite a sensatez

Não vai ter copa, não vai ter cota,
Não se amarrota, pois está passada;
Não importa a massa, tampouco a raça,
Não vai ter praça, não vai ter graça...

E se faltar razão... Ódio é de graça.

Se vai ter copa, se vai ter cópula
E quem arrota comeu caviar,
São novas dívidas com velhas dúvidas,
Se só com guerra se vai quitar.

Não vai ter coma, a saúde é boa
Não foi à toa que o gigante acordou.
Nossa grama também é verde
E a nossa gente não é nada mau.

E só sobrar razão... O perdão entoa.

Procurando a lógica acha coerência
E se pecou na inocência: É normal.
Não teria lógica a guerra, terra e sina
Se só a dois beneficia: você e o mal.

André Anlub®
(17/6/14)

16 de junho de 2014

Gatilhos errantes


Gatilhos errantes

Já vai à guerra fazer o que é preciso,
Com esse brioso dom, com esse sétimo sentido,
Breve e incrivelmente leve em tal comunhão;
A sua mente, o grito grato expondo a dor
E o corpo frio que levantam do chão.

A lua untuosa ilumina o caminho,
Pés calçados na chinela velha de um guerreiro nato,
Na mão empunha a espada ao alto 
E a outra que quase esmaga
Um garrafão de vinho barato.

Hilário no seu imaginário
Com muito peixe – com muito lago
Sem vil aquário...

É pescador e nômade,
É gigante navegador,
Senhor de diamantes
Das ricas pedras sem esse valor.

Emblemática a fábula dos seres pensantes,
(no oitavo sentido)...
Bichos do mato abraçados ao calor do amor;
Flutuam como pássaros em palácios de sonhos (passam batido)
Esquivam-se dos ínvidos gatilhos errantes.

André Anlub®
(16/6/14)

15 de junho de 2014

Ponderação noturna...

Vou dar uma volta no quarteirão de carro e falando no celular para ver se dá algum barato, algum delírio ou até mesmo alcançar o "nirvana".

André Anlub®



Vem assim no repentino

O amor qualquer de qualquer uma pessoa,
Visto num lugar abandonado,
Esparramado com folhas secas e sombras anêmicas.

As árvores já estavam nuas,
Céu nublado e o vento seco;
Era de dar medo tal quadro,
Causava transtorno já em pensamento,
Faria tortura se estivesse realmente acontecendo.

O amor nessa brenha largado,
E as aves que aqui já deixaram abandonados seus velhos ninhos;
O sol, coitado, só batia de lado,
Tímido e afastado
Quase que sentindo frio.

O amor nesse terreno baldio,
Cercado por uma cerca velha e enferrujada,
Que em toda sua extensão
Servia de apoio para uma parreira.

Há um portãozinho branco descascado,
Empenado, torto, caído,
Pálido, podre, cheirando a lenha velha,
Louco para ser queimado, ser alforriado,
Mas para os cupins ainda com serventia.

E o amor ainda lá, deitado,
Quem sabe aguardando a chuva
Ou talvez a uva da parreira ao lado.

E de repente o amor lá, sorriu,
Avistou o pão, o vinho...
Viu alguém andando sozinho,
Vago, com a cabeça baixa e o rosto cálido;
Novamente riu e gargalhou
Avistou seu alvo, sua vítima,
Ajustou sua mira e arrebatou.

André Anlub®
(15/6/14)

Anéis de ouro branco


Anéis de ouro branco
(27/7/13)

Teus anéis de ouro branco,
Brilham como os dourados;
São de dureza feito ferro,
Redondos como o globo.

Anéis como tu és:
Valiosos e únicos,
Carregados com gosto,
Mas que ostentam a penúria
De serem vistos e terem utilidade.

Tu viajas onde divagas,
Devagar, reages.
Vives na teia da aranha que abraça o todo:
O mundo, as pessoas e os desejos.

Na elegância que tens, 
Encontras versos na ponta do lápis.
E todos tem dito:
- como é bom ler-te, cada letra,
cada frase, cada verso...
A união das palavras em coito vivo.

Está ai, pra quem quiser ver:
- a paz e o amor!
Que saem do coração e derramam
Em delírio, em choro e grito.

Falaste que a inspiração
Havia encontrado o fim,
Perdendo o ritmo, sem voz no coro.
Os anjos não voavam nos sonhos,
E loucos, sem as flechas, em vestes brancas,
Riam das caretas das carrancas.

André Anlub

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.