19 de agosto de 2014

Há Lençóis...


Animal do bem e o tal
(André Anlub - 28/05/13)

São animais indiscretos e contemplativos,
Na mansidão imaginária e cada vez mais.

No hipotético paraíso na zona de conforto
Vão chegando, vão vivendo outros desafios,
Pés que não cansam de andar fora dos trilhos.

Vê-se os trilhos do bonde
No pé das frutas do conde,
No entorno do misto dos milhos
Com as doces e tortas espigas
Do conde de monte cristo.

Na ré do trépido bonde,
Tudo trepida e o vinho vai longe...
Entorna, esguicha e mancha
A roupa de linho da moça
Que o pranto fez poça (a olhos vistos).

São animais de cegos charmes
E quase sempre atrapalhados,
Na obsessão que alguém os agarre
Salvando-os do fortuito afogamento
Dos salgados e amargos mares.

São animais como nós,
Com nós nas vis ventas;
Que inventam o ar atroz
Logo após se lamentam.
Só cantava para o mar
aquilo que o mar
já cantava para si mesmo.

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Olho nos olhos da tarde
e vejo lá o brilho da manhã
já cansando.

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Estava tudo lá.
Então foi lá que fiquei
quando não quis mais nada.

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Vivi de viver.
Nada mais era essencial.
Nada era a resposta
para a pergunta que eu não fazia.

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Antes de me despedir,
cheguei à beira do penhasco
e ele era uma nuvem rosada.

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As estórias da História.
Quando me vejo em mim,
é um retrato falante.

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Eu cultivo rosas e rimas.
Quando forem outra coisa,
ainda serão rosas e rimas.

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Uma janela aberta
para outra janela aberta
continuar abrindo-se.

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O que me vens falar
me falar já veio
sem que me viesses.

(Rogério Camargo)

18 de agosto de 2014

Alterando ditados...

Alterando ditados para um futuro promissor (parte II) 

“Menino, você vai ser rico e vencer na vida”. 
- Não! Tentarei ser o que eu quiser para mim, o que me faça feliz e pleno; a vida é para ser vivida com muito amor; a vida não é uma corrida que se é obrigado a chegar em primeiro dentro de normas preestabelecidas.

“Menino, você será engenheiro, médico, advogado, jogador de futebol, pagodeiro, pastor, político e será muito rico”.
- Sim ou não, eu decido! Serei o que eu quiser ser, pois não nasci para viver a vida que projetaram em mim, a vida que outras pessoas queiram; tenho escolhas próprias e aviso desde já que a choradeira de todos está liberada.

André Anlub®
(17/8/14)

17 de agosto de 2014

UMA VEZ SÓ

Todas as vezes são uma vez só,
tudo tornando ao pó de onde saiu;
se não saiu, ainda resta ao pó,
que segue só por onde não partiu.

Poucas as vezes são de ver o nó
deste rondó de um baile fugidio
sumir, sumiu, sumido sem dar dó
de ficar só ante o que descobriu.

Caídas as amarras emperrantes
escarras como nunca talvez antes
as hesitantes leis em que te agarras.

Talvez se te ocupasses com a vida
deixasses toda morte adormecida
e aborrecida de afiar as garras.

(Rogério Camargo)

15 de agosto de 2014

Arte sempre é bom...




Alterando ditados para um futuro promissor (parte I)

“Cavalo dado não se olha os dentes” - Se olha sim, e tem que ter nota fiscal, saber se não é fruto de furto ou obtido de alguém que furtou. Enfim, saber toda a procedência.


André Anlub®

14 de agosto de 2014

Ode às que foram


Ode às que foram

O enganado:
Sou um enganado pelos sentimentos, principalmente pelo amor imposto,
Peregrino entre dores e tormentos, mas sempre em todo o momento,
Com muito gosto.

Me iludo, insisto e repito os mesmos erros;
É como uma desafinada melodia, cacofonia,
Falsete verdadeiro que sai altivo e em vão,
Para todos os ouvidos em sintonia,
Toda a plateia em agonia,
Ecoando para além do salão.

No passado:
Os amores (errados) passados de quase nada serviram, nada aprendi;
Com meu coração em cacos sempre estive de bem.
Conheci a vil ambição, conheci o pérfido amor (me perdi),
Mas também me comprometi com o verdadeiro,
Fiz inteiros os relacionamentos esculpidos na essência,
Salvos nas memórias, eternizados no que sobrevém.

No futuro:
O baldio fez a carne ser mais forte, fez o porte do cavalo raçudo;
Duas estrelas que brilham forte no agora e se apagam (ou não) num futuro.

André Anlub®
(21/8/14)

13 de agosto de 2014

Talvez não seja exatamente
o que tenho para te dar.
Nem eu sei exatamente
o que tenho pra te dar.

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Por trás do que há por trás
brincamos de estar sempre ali.

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Às vezes todo o meu carinho.
Outras vezes
o meu carinho todo.

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Se a minha mesa puder te receber
com o que eu tenho e com o que eu sou,
a minha mesa está posta.

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Quando o milagre
resolveu contar como e porque,
foi outro milagre.

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Quando eu quiser voltar pra casa,
não vou querer outra coisa
além de voltar pra casa.

..........................

Posso te falar do que não sabes
mas prefiro que escutes
o que não sei.

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A ânsia procurou o desespero
e os dois falavam ao mesmo tempo
o que não calavam ao mesmo tempo.

(Rogério Camargo)

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.