25 de setembro de 2014

VARAL DE POESIAS - MG 2014

"De graça, o público pôde conferir o “Sarau no Parque” coordenado pelo cantor e compositor 
Mario Noya e seus convidados, juntamente com o projeto " Varal de Poesias", apoiado pelo cantor e coordenado pela poetisa Larissa Vaz. Às vésperas da primavera, o Parque das Mangabeiras, localizado na Serra do Curral, maior reserva ambiental de Belo Horizonte, foi palco para a apresentação de diversos compositores em fase de divulgação de seus CDs e de novos músicos que estão se formando pelas escolas Oficina de Música Cavallieri (BH) e Escala (Sete Lagoas). Evento integrante do projeto “Caminhão Palco Itinerante” (desde 2009), de Mario Noya, o Sarau propiciou a apresentação de compositores com os quais o artista Mario Noya encontra interseções e parcerias. São eles: Geraldo Carvalho (RN), Dillo Daraújo (DF), Tuia Lencioni (SP), Jefin Joanes (BH), Marco Damarita (BH), João Vianna (Vil Metal –BH), dentre outros. Com alguns destes compositores Mario acaba de se apresentar em Londres (UK) em evento que marcou o encerramento da Fifa World Cup Brasil, no Floripa London, através de intercâmbio apoiado em Lei de Incentivo (DF). No dia 21 de setembro, em evento que durou o dia inteiro, o público conferiu toda a riqueza de seu  último CD - “Meu Pop é Assim” – e o trabalho de novos compositores da cena MPB Nacional. A banda de apoio é formada pelos músicos Mario Noya nos vocais e guitarras, Carlim Olliveira (guitarras e vocais), Jefin Joanes (baixo), Piazza (percussão) e Robinho Batera na bateria e percussão. Acontece também um Varal de Poesias sob a coordenação e curadoria da poetisa mineira Larissa Vaz. Participaram os poetas André Anlub (RJ), Larissa Vaz (MG), Marcus Viana(MG), Denise Moraes (ES), Rogério Camargo (RS), Maria Júlia Pontes(SP), Mateus Rabelo(MG), Danniel Valente(AM), Antônio Roberto(MG), Antônio Galvão(MG), Maria Tereza Rafael Rogel(SP), Avelino Acácio da Cunha (Portugal); e os designers Cyda Lyra e Eliani Maria de Paula." (Larissa Vaz)








A cena da sina em cinco tempos


A cena da sina em cinco tempos
(19/3/14)

Deixei um abraço pro lago Paranoá,
Fim de tarde dos mais belos,
E o sol batendo o ponto pra descansar.

II

Se não fosse a paixão, simples,
Teria outro nome:
- Fez-se atração ao limite do suportável.
Mais uma vez grito! E o grito sai assim:
- Meio confuso, meio dominado.
É a saudade, é o deslumbre;
É o lume da liberdade...
São pontos, luzes da minha cidade;
Vejo o mar com imponência e atitude.

Olho pela janela do avião e concluo:
- Será uma enorme coincidência de também meu corpo físico estar nas nuvens?

Não há tempestade que me atinja;
Não há cor ou mancha alguma que me tinja.
Hoje - agora - amanhã...
Sou camaleão!

III

Olhos cheios d’água,
É noite e as luzes refletem na minha íris.
Vejo minha terra, minha mãe
Desse filho adotivo, birrento,
Que amamentou em seu seio,
(ama de leite)
Banhou-se no seu mar
E no seu sol aqueceu-se
De um acaloro que vem de dentro
Expressivo – decisivo – poetar.

IV

Agora é êxtase de lisonjeio e satisfação;
Pus a mão na arte, na autoridade de uma academia;
Animo de energia – passo a frente – mira ativa.

Fiquei maravilhado aos pés de Iguaba...
E não me gabo desse flerte;
Como diria Caê:
“Adoro ver-te...”.

V

No retorno, e torno a teclar nessa tecla;
Abraço deuses, mestres e magos.
Ponho-me à mercê da alegria,
E a vida me fecha em afagos.
Novamente sobre outros lagos
E largo sorriso ecoando.
Saudade da casa e entornos,
Contornos de tempos mais calmos.

Saudade dos bons e maus que com o sol fazem a lua;
Saudade da música sua, e a língua dançante dos cães.
Quero a água gelada, as bocas recitando versos,
Novos escritos discretos e poças com estrelas nuas.

A nuvem negra se foi no horizonte,
Tempo que a fez merecer.
Meio termo, temor inteiro,
Do dilúvio que não irá acontecer.

Da sombra se faz um poeta
Da seta de mão/contramão.
Do sonho no rabo do cometa
Se meta, poeta hei de ser.

A finura precária faz o homem sensato criticar a todos;
a finura mediana faz o homem sensato criticar a si próprio; a finura abundante faz o homem insensato permanecer calado.

André Anlub®

24 de setembro de 2014

Para pensar:




De bobó vendo Sassá
(este é para poucos)

Foram e já foram épocas em diferentes gracejados
Nos gingados de danças leves, livres e levados... que tanto lavam:
Ampolas de cevadas – embolias de folias.

Aquele todo o sol, sim,
Aquele sol diferente,
Aquele sol como teto,
Tinha o chão ébrio de areia
Com a mais perfeita limpidez;

Abaixo viviam vidas sem vaias
E no ar o perfume que provém de sereias...
Vidas vividas em autopistas,
Sem placas, beiradas,
Sem pistas ou margens,
Que cercavam o sensato
Num ato de fantasia.

Companheira súbita da bobeira (bobó),
Vendo e vivendo a besteira (Sassá)...
Clara embriaguez!

Deram-se muitos ruídos – compilados assobios,
Sons de chamados em hinos – estonteante agudez.
Apareciam aos montes: bicicletas, carros, motos, pernas...
(“ratatá – vaquinha”)
Confrades amigos, todos um só umbigo,
Abrigos de trevas e luz.

E assim foi-se, assim foi o que prestou e presta:
Guerreiro abatido – sobravam-lhe mãos.
Guerreiro venceu – mais outra festa.

Sobram são memorias, abraços de bom-dia...
Sobra também a empatia que eternizou a afeição.

Foi-se um tempo mais claro, 
Mais belo e farto – faca afiada,
Que na mais pura verdade:
É a saudade que ainda corta o coração.

André Anlub®
(21/9/14)

Elos escritores

Bom dia amigos, boa quarta! 

Nós, Elos escritores, recebemos um "puxão de orelha" da querida amiga/poeta/divulgadora Perola Bensabath sobre a pouca divulgação desse fantástico livro. Bem, já havia feito a divulgação, mas senti-me imbuído de fazê-lo novamente... 

(sic)
"Queridos elos-escritores:

Vejam a magnífico trabalho do nosso elo-escritor Comendador José Araújo.

Ele já está, antes da posse, comprometido com os ideais ALB.E entusiasmado com a coletânea.

Vamos divulgar a capa da nossa coletânea Elos Literários e honrar a eficiência do José Araújo.

Solicito que divulgem no Facebook e principalmente em sites literoculturais.

Carinho, 
Pérola Bensabath
Presidente Pro Tempore ALB-BA"


22 de setembro de 2014

Convite:

Soninha Porto e demais amigos da Agei - Associação Gaúcha dos Escritores Independentes, estou demasiadamente honrado! Sempre quando se fala em alguma causa de cunho didático que una crianças, poemas e livros, sinto-me na obrigação extrema de, no mínimo, voltar minha atenção e se possível abraçar o projeto com dedicação, idoneidade e carinho.



Beltrano vivia dizendo:

Beltrano vivia dizendo:
- Não publique, guarde suas ideias ou as coloque em efêmeras redes sociais; é besteira publicar, pois seu livro ficará enfeitando estantes e só parentes vão comprá-lo; você vai se decepcionar ao publicar seu livro... 

Beltrano pode até não ser um bom escritor, mas entende bem de negócios, pois já estava no seu 8° livro publicado!

André Anlub®
(22/9/14)

21 de setembro de 2014

Mil poemas para Vinícius

Há alguns tempo perguntaram-me sobre onde ler/comprar o livro dessa magnífica homenagem... Bem, agora há a possibilidade de lê-lo online ou baixá-lo grátis... Prazer enorme estar nessa empreitada e ter a chance de homenagear, do meu modo peculiar/singelo, esse grande e saudoso poeta que foi (e sempre será) o "poetinha" Vinícius de Moraes. 

LINK:  http://www.librovirtual.org/book/N1408568761/Homenaje-a-Vinicius-de-Moraes

"Racismo é burrice"




Tenho alma em aquarela
alma fundida, misturada
afável e zen.
Alma branca, negra, amarela...
às vezes com tons de cinza
mas não só cinquenta!
São pra lá de cem.

André Anlub®

20 de setembro de 2014

Curriculum Poético




(Curriculum Poético - do livro “Poeteideser”)

Começo pelo modo mais fácil, 
Entrego o meu ser por inteiro.
Espero uma solução instável,
Busco o dito amor verdadeiro.

Nunca fui exigente demais,
Também não sou perfeccionista.
Visto a camisa da paz,
Não vivo a vida seguindo uma lista.

Não traio e não suporto traição,
Atraio para mim uma forte energia.
Dispenso qualquer tipo de apresentação.
No sexo faço a dois a minha orgia.

Amo a natureza em geral,
O mar, sol, lua - o sul e o norte.
Penso que recíproca é uma coisa normal,
Não temo, nem subestimo, a morte.
Dinheiro para mim não é tudo,
Contudo, tê-lo não faz mal a ninguém.
Grandeza muitas vezes é absurdo
E humildade sempre receberá nota cem.

Não sou nenhum vegetariano,
Amo um bom filé mignon.
Faço aniversário todo ano
Não minto minha idade em vão.

Não me importo com cor, religião ou time.
Sou uma pessoa fácil de conviver.
Não me chateio se falam que meus versos não rimam,
Mas fico triste se a pessoa não ler.

André Anlub®
(3/5/09)

Domingo tem VARAL DE POESIAS em Sarau no Parque!


Membro Correspondente ALB

Muito me honra participar dessa mais nova seccional da ALB (Academia de Letras do Brasil)

19 de setembro de 2014

Homenagem á Jacques Azicoff


Leonard Cohen faz 80 anos nesse Domingo

Leonard Norman Cohen (Montreal, 21 de setembro de 1934) é um cantor, compositor, poeta e escritor canadense.

Embora seja mais conhecido por suas canções, que alcançaram notoriedade tanto em sua voz quanto na de outros intérpretes, Cohen passou a se dedicar à música apenas depois dos 30 anos, já consagrado como autor de romances e livros de poesia. 

Novo do Leonard Cohen para streaming por tempo limitado: 
http://www.openculture.com/2014/09/leonard-cohens-new-album-popular-problems-is-now-streaming-free-for-a-limited-time.html



Velho demais (Leonard Cohen - tradução de Wagner Miranda)



Estou velho demais

Para decorar os nomes

Dos novos assassinos

Este aqui

Parece cansado e ataente

Devotado, profissional

Ele se parece muito comigo

No tempo em que ensinava

Uma forma radical de Budismo

Para os insanos sem salvação

Em nome da velha

Mágica sagrada

Ele ordena

Que famílias sejam queimadas vivas

E crianças mutiladas

Ele provavelmente conhece

Uma ou duas de minhas canções

Todas elas

Todos que banharam suas mãos em sangue



E os mastigadores de vísceras

E escalpeladores

Todos eles dançaram



Ao som dos Beatles

Todos adoraram a Bob Dylan

Prezados amigos

Poucos de nós restaram



Silenciados



Tremendo sem parar

Escondidos em meio ao sangue –

Fanáticos chocados

Enquanto testemunhamos uns aos outros

A velha atrocidade

A velha e obsoleta atrocidade

Que levou para longe

O apetite ardoroso do coração

E acanhou a evolução

E vomitou preces

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.