11 de outubro de 2014

Ótimo Sábado...

Todo mundo tem certo preconceito, é hipocrisia absoluta falar que não! Há o preconceito por trauma, por indução e por ignorância. Agora: "Tenho um amigo que amo no Sul, então vai falar bem de lá; tenho outro que amo no Norte, então idem... " tá errado. Ninguém deve ter necessidade de afago barganhoso (neologismo), de dizerem que teu sotaque é lindo, aquele cantor do seu estado é ótimo, etc. Temos que viver nossas vidas e sempre com muito respeito. Pois de nada adianta você nascer em uma Cidade, Estado, Pais Rico, de gente "bonita" se não nasceu com respeito. Mau caratismo não tem fuça, nem sotaque, nem cor ou religião! No mais, se gostam de você "venha beber um chope", se não gostam "um abraço e beijinho no ombro".

André Anlub®

(10/10/14)

10 de outubro de 2014

ALGUNS MINICONTOS

Dómilo reclamava que Pinitto já sabia há muito tempo das traições de Cânina e não lhe contara.
- Que grande amigo você é, hein? Já podia ter me contado há três anos, no mínimo.
- Três anos em que você foi feliz, não foi?
- Baseado em uma mentira!
- E baseado em quantas mentiras você está sendo infeliz?


Alguma coisa no olhar de Amino Reus dava conta de que ele tinha visto alguma coisa. Mas alguma coisa nos receios de Gusto Bamps não queria saber coisa alguma do que Amino Reus tivesse visto. Amino Reus olhava e olhava. Gusto Bamps não via e não via.


O Roteiro incluía visitas a Votucaran. Eu não quero visitar Votucaran, bradava Alfonso Meira. Vou ficar no hotel dormindo. Não pode, você tem que ir, é a regra!  Não quero, se eu for, vou incomodar o tempo todo. Alfonso Meira foi e incomodou o tempo todo, mas para isso também havia regras.


O poema a quatro mãos não tinha quatro pernas. Mesmo assim correu feliz para dois abraços.


Jóbilo lamentava-se por não estar fazendo nada. O que não era bem verdade. Jóbilo tinha o seu dia inteiramente ocupado, como quase todo mundo. Ao mesmo tempo, não estava fazendo nada. “De valor”. Que “valesse a pena”. Jóbilo era daquelas pessoas para as quais não adianta só viver. Só viver é não fazer nada.


- Zebélia, vê se tem algum poema florindo no jardim, por favor.
- Tem dois, Dona Su. Quer que colha?
- Não. Quero que você regue com aquele perfume que eu trouxe do Meu Sonho e depois me conte o que aconteceu.


Remédios? Havia três ou quatro. Todos eficientes. Mas Taulino queria sentir a dor, ora essa, o que é que os remédios tinham a ver com isso?


Ninguém sabe ainda, mas Abobil vai ser feliz dentro de quarenta minutos. Depois Abobil vai ficar eufórico porque ficou feliz. E bem depois Abobil vai sentir uma saudade danada. Mas ninguém sabe ainda.


É tão bom sentir-se bem que Murvina jurou a si mesma que ia parar de tentar e ia conseguir.


O Muito Engraçado tinha umas ideias muito engraçadas que o Muito Deprimido considerou de muito mau gosto ele expor logo agora, quando o pessoal finalmente começou a ficar triste.


Plóvio não queria mais.
- Eu não quero mais!
Mas isso não era o suficiente.
- Isso não é o suficiente!
Ele não sabia o que fazer, no entanto.
- Eu não sei o que fazer!
Este era o seu problema.
- Este é o seu problema!


De cada vez que Mureka arrumava as coisas, Porínio não achava mais nada.
- Por favor, não mexa mais aqui!
- Mas como é que eu vou deixar tudo desarrumado?
- Deixa que eu arrumo.
- Só pra você poder encontrar as coisas? Tem graça!


De cima da nuvem, a nuvem olhava a nuvem por baixo da nuvem e pensava que as nuvens são engraçadas, com essa coisa de ficar por baixo. Nisso veio o vento.


- Nunca mais te vi lá!
- Então somos dois, porque eu também nunca mais me vi lá...


Ela estava muito triste nas fotos. Nenhum sorriso, nenhuma distensão. Sempre um olhar pedindo socorro ou clemência. Ele olhou as fotos uma por uma duas vezes. Depois guardou-as na gaveta onde já estavam há quinze anos e por mais quinze anos ficariam.


- Eu acho tudo isso muito idiota.
- Talvez tudo isso também te ache idiota...
- Você acha?
- Eu disse talvez. O que também não muda nada em lugar nenhum.


Alguma coisa inteligente foi feita em algum lugar, não se sabe onde. Mas alguma coisa inteligente está sendo feita a respeito, não se sabe onde.


Quando se entusiasmou, Dora Mirna soltou dez gritinhos, deu vinte pulinhos e arrumou quinze vezes os cabelinhos. Quando se decepcionou, Dora Mirna soltou dez gritinhos, deu vinte pulinhos e arrumou quinze vezes os cabelinhos.

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.