30 de dezembro de 2014

Para pensar:

Somente dando vazão a todo o teu querer é que vais te entender. Sem se deixar levar por impulsos passageiros, nas horas de crise, mas devagar e sempre, como uma caminhada em busca de um destino seguro.
Não há nada que emocionalizamos mais do que a perda. Não sabemos perder, e quanto mais caro for o que perdemos, mais sofre o emocional. A dor de uma mãe, na perda de um filho, não há o que console. O emocional sangra nessa punhalada fatal e só o tempo vai cicatrizar a ferida.
Água fresca e pura, quisera banhar em tua brandura a dor dos que sofrem as chamas que tonteiam a razão e desequilibram o emocional. Água luminosa, banhada de sol, quisera mergulhar em teu calor maternal a dor criança que não se acalma, presa a ideias tristes, sem coragem para reagir.
Gostava de passear, sair sem destino, sempre que houvesse oportunidade. Diminuía, assim, um bom tempo de encerrar-se em casa, onde nada lhe parecia bom ou bonito. Era no brilho das ruas, nas novidades das vitrines, no encanto que encontrava na janela dos coletivos que embelezava sua vida vazia. Fabricava imagens com o contemplado e seu emocional vibrava com a vida que forjava.
(Hayede)

Torta de amora




Torta de amora
(André Anlub -14/11/13)

Renasce com o dia a serenidade,
Que buliu com o ontem fazendo o momento,
Esculpindo o hoje de um modo mais tenro,
Fundindo o amor e rejuvenescendo.

Seduzido no deserto pela miragem,
Fica quase abolida a palavra “sozinho”.
Mil dentes surgem sem prévia censura,
Fazendo abrigo no corpo vizinho.

Fez-se vida no horizonte do sortilégio,
Jogada ao vento no intento da vela.
As águas singelas, um sol amarelo,
Nos pés os chinelos de couro bem velho.

Há aquela clara linha que guarda e guia,
Caminho dos senhores, dos guris e gurias,
Alegrando o coração no calor da emoção,
Tornando a ação repleta e divina.

A essa linha tênue se deixa um pedaço:
- Não da paz, não do corpo, da alma tampouco.
O pedaço que nutre, que fleuma e flora
Com a cor e o sabor de uma torta de amora.

Uma terça fantástica a todos

24 de dezembro de 2014

Um Brinde...




Cheers  (Bar dos Poetas)
Dedicado as groupies do Brasil
(18/4/10)

(o berro - o bar - a brisa)
O copo brusco que vai ao chão
E não quebra.

Um velho bilhar
De embaralhar,
Às vezes deixa em sinuca...
(velho frio na nuca)

O jukebox é disputado,
Também o jogo de dardo
Que tem uma foto amarelada
Do Faustão (toda furada).

Esse bar não abre nem fecha,
É flecha sempre lançada,
Pois o coração do poeta
Não seca - não se afoga - não nada!

Absinto é homeopático,
Cerveja cria grande barriga,
O garçom pra lá de simpático...
Sempre serve uma dose extra
Com uma porção de linguiça.

Temos que chegar diariamente
Com uma pequena prosa,
Que fale de espinho ou de rosas
De um culpado ou inocente.

Com ela batemos o ponto,
Sairemos além de muito tonto,
Chamando urubu de meu louro
E deixando a freguesia contente.

Garçom, um Southern Comfort
E um copo cheio de gelo,
Aproveitando minha falta de zelo
Com meu fígado guerreiro.

Hoje trouxe esse conto
Amanhã venho com outro
Vou para uma taberna
(a prostituta me espera).

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.