31 de dezembro de 2014

Feliz Ano Novo...


Feliz Ano Novo [Parte 2]


Feliz Ano Novo [Parte 1]

Dueto da tarde (XXI)


Dueto da tarde (XXI)

A luz que está faltando chega-lhe ao coração apertado como uma obrigação descumprida.
As pernas compridas, desenhadas, o cabelo bem feito e um batom vermelho
Que reflete, acanhado, o vermelho dos olhos que choraram tudo e ainda choram
É a ausência de um enigma, pois tão evidente é sua própria vida e sua tormentosa história.
Menina esquecendo de ser menina porque menina já não pode ser,
Já carrega o pesado fardo, como se vestisse a farda de um general qualquer
No front de uma guerra que emperra, que enterra os sonhos e as ilusões entre os frêmitos da carne.
Tão largos e fartos os prantos; tão logo o raiar de um dia na cama de um desconhecido, no trilho que não finda; tão longe o horizonte perdido.
Se algum dia houve um horizonte achado, perdeu-se na obrigação criada pela obrigação malcriada.
É o fato exposto que mesmo com evidentes transtornos vai-se empurrando a vida com o seu amargo gosto.
Seus passos escusos com o coração escuro na calçada escura da noite escura vão empurrando a vida até mais ali
E ali o pensamento estaciona, pois na real telona ela está com a barriga vazia, problemas no ar, contas a pagar e um cliente em mira para resolver o seu dia.

Rogério Camargo e André Anlub®

Dueto da tarde (XXII)




Deixo à mercê da vida o objetivo de estar onde estou
E cobro dela que não me leve aos passeios mais bonitos, às viagens mais encantadoras,
Que se esvaeçam em brancas nuvens de sorrisos todas as possíveis atribulações
E que a felicidade seja mais que um substantivo perdido entre adjetivos ou parte de uma canção de Natal.
Tem que ser assim, deve ser habitual: a benevolência caindo do céu, no seu – no meu – nas nossas felizes essências.
Se não for assim, é a cobrança, a garganta seca gritando às areias secas do deserto, as mãos de dedos com unhas querendo agarrar tudo e nada.
Se não vier do interno, não vem da alma; aceitamos as metáforas dos mergulhos lá de cima, mas sabendo que é de dentro para fora.
De fora para dentro é informação. De fora para dentro é dos outros ainda. Mesmo que seja de Deus, é dos outros ainda.
Chegar chegará com ações, bons aforismos e foco na visão; à felicidade dá-se permissão
E a felicidade aproveita a permissão como o Natal aproveita a árvore, como o Ano Novo aproveita o calendário.

Rogério Camargo e André Anlub®
(31/12/14)

Post Vitam




Post Vitam
(André Anlub - 28/3/13)

É intrusão essa voz na minha cabeça
Repetindo por horas e horas
Em diferentes idiomas.

São crianças, mulheres,
Homens e idosos.
Vozes roucas – vozes loucas
Sussurros e gritos.

Às vezes emudecem,
Mas em curto tempo voltam.

Vozes eufóricas que dizem coisas desconexas...
Falavam de amor,
De entrega;
Falavam de salvação,
Companheirismo,
Tudo que pra mim já estava enterrado.

Criticavam-me – bajulavam-me,
Jogavam rosas e depois pedras.

Por fim, desisti!
Aceitei as vozes e seus conselhos,
Deixei cair minhas máscaras.

Saí do meu ostracismo egoísta,
Fui me arriscar com mais afinco,
Viver mais intensamente.

30 de dezembro de 2014

Para pensar:

Somente dando vazão a todo o teu querer é que vais te entender. Sem se deixar levar por impulsos passageiros, nas horas de crise, mas devagar e sempre, como uma caminhada em busca de um destino seguro.
Não há nada que emocionalizamos mais do que a perda. Não sabemos perder, e quanto mais caro for o que perdemos, mais sofre o emocional. A dor de uma mãe, na perda de um filho, não há o que console. O emocional sangra nessa punhalada fatal e só o tempo vai cicatrizar a ferida.
Água fresca e pura, quisera banhar em tua brandura a dor dos que sofrem as chamas que tonteiam a razão e desequilibram o emocional. Água luminosa, banhada de sol, quisera mergulhar em teu calor maternal a dor criança que não se acalma, presa a ideias tristes, sem coragem para reagir.
Gostava de passear, sair sem destino, sempre que houvesse oportunidade. Diminuía, assim, um bom tempo de encerrar-se em casa, onde nada lhe parecia bom ou bonito. Era no brilho das ruas, nas novidades das vitrines, no encanto que encontrava na janela dos coletivos que embelezava sua vida vazia. Fabricava imagens com o contemplado e seu emocional vibrava com a vida que forjava.
(Hayede)

Torta de amora




Torta de amora
(André Anlub -14/11/13)

Renasce com o dia a serenidade,
Que buliu com o ontem fazendo o momento,
Esculpindo o hoje de um modo mais tenro,
Fundindo o amor e rejuvenescendo.

Seduzido no deserto pela miragem,
Fica quase abolida a palavra “sozinho”.
Mil dentes surgem sem prévia censura,
Fazendo abrigo no corpo vizinho.

Fez-se vida no horizonte do sortilégio,
Jogada ao vento no intento da vela.
As águas singelas, um sol amarelo,
Nos pés os chinelos de couro bem velho.

Há aquela clara linha que guarda e guia,
Caminho dos senhores, dos guris e gurias,
Alegrando o coração no calor da emoção,
Tornando a ação repleta e divina.

A essa linha tênue se deixa um pedaço:
- Não da paz, não do corpo, da alma tampouco.
O pedaço que nutre, que fleuma e flora
Com a cor e o sabor de uma torta de amora.

Uma terça fantástica a todos

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.