7 de janeiro de 2015

Despedida parte II


Despedida parte II

Dia cheio, dia quente, dia rente
Muita gente na frieza em Paris...
Fanatismo, “marquetismo”, dedo em riste;
Bala – vala – boletim – “baletum” – infeliz.

É cá e lá
É diz que não diz
É borogodó, balangadã
É melhor inquietar o tantan.

Chegou de repente à esperança
Trem bala do tempo,
O sol belo na varanda
O cedro puro e o verniz.

O coração faz seus cálculos,
No abracadabra das horas;
Lubrifiquei minhas dobras
Ensopei minhas válvulas.

Beijos soltos na terra, céu e mar,
Afogando bem no fundo as intolerâncias;
Zé Lideraesperança e João Deixaestar...
Adotei mais duas nobres crianças.

André Anlub®
(7/1/15)


Dueto da tarde (XXIX)

A coruja entortou o pescoço, olhou todos os lados, arregalou ainda mais os olhos e sorriu.
Havia visto ou sido vista, havia compreendido ou a compreenderam e ela gostou disto.
Para todos um dia qualquer, para ela não; carregava a sabedoria de saber que cada momento é ímpar.
Sem fazer par-ou-ímpar com a sorte, abriu suas asas de coruja e partiu em busca de seu destino
Avistou um menino, deduziu ser amigo (pelo sorriso); faz tempo que não sente medo, tampouco fome ou frio,
Um menino com uma pedra pesada e cortante em cada mão, um menino que sente medo, fome e frio.
Pousou em um galho alto, mas perto do iminente perigo; de repente veio um apetite e de brusco um arrepio.
O menino pondera a possibilidade. Tem idade pra saber do certo e do errado, pra saber do conveniente e do não. 
Talvez não tenha idade pra saber do belo e do delicado e do sutil e do diáfano que se escondem atrás das aparências, 
Mas há um vil desígnio no ar e há tensão e atenção; duas vidas em desafio nos ritmos estonteantes em união, 
Dois momentos possíveis. As mãos se crispam, apertando as pedras. Os olhos se estreitam, apertando a angústia. O coração acelera, apertado pela indecisão. É a vida.

Rogério Camargo e André Anlub
(7/1/15)

Moedas no fundo do poço




Moedas no fundo do poço
(André Anlub - 12/8/13)

Tudo mais claro e prático
Dentro do meu sorriso.
Fez o improviso arrepiar o pelo
E esquentar a alma.

Então exibo agora o nosso real
E o meu inventivo.
E pedindo eu viso que assim o faça
Sem mais ou mal...

Seja leve seja doce, assim como nossa melodia.
Seja a lua do meu dia e da minha razão o sol.

Nos anos de branco e preto só tenho que agradecer
A lealdade que migrou pra força e explodiu sincera.

Procurei a luz nos versos
De todo e qualquer resplandecer;
Topei com as mais vivas cores e amores
De uma nova era.

Vindo as noites frias já me aquecia
Nos seus lábios.

E nos alfarrábios com as poesias que levam ao alto.

Fiz do poço o salto
E do básico todo um universo.

Ilustrei meu inverso
E ao invés do trágico fitei o palco.

Sem obrigação a vida corre farta feito um rio
No calor e frio por entre rachas, por entre rochas.

Não há razão pra ter em tudo uma noção,
Nem resposta.
No oposto se faz aposta
E sempre haverá moeda
No poço de toda fossa.

------- x ------

Quem fala bem passa de jato ou de trem
Quem fala mal pega a cadeira e o jornal.

------- x -------

O sujeito é tão egocêntrico que passa e repassa 
Os dias todos querendo se ferrar.

------- x -------

O corpo pode até viver melhor com doutrina e rotina, mas a imaginação não.

6 de janeiro de 2015

Mar de doutrina sem fim


Mar de doutrina sem fim
(André Anlub - 12/5/14)

Houve aquele longo eco daquele verso forte desafiador;
Pegou carona na onda suntuosa de todo mar agitado:
- fui peixe insano com dentes grandes e olhar de bardo;
Fui garoto, fui garoupa, fui a roupa do rei de Roma...
E vou-me novamente mesmo agora não sendo.

Construo meus barcos no sumo da imaginação:
(minhas naves, pés e rolimãs),
E como imãs com polos iguais, passo batido... 
Por ilhas virgens – praias nobres – boa brisa;
Quero ancorar nas ilhas Gregas, praias dos nudistas e ventos de ação.

Lá vem novamente as velhas orações dos poetas,
A tinta azul no papel árduo
E vozes roucas das bocas largas,
Mas prolixas: mês de maio, mais profetas.

E houve e não há, o que foi não se repete;
Indiferente das rimas de amor – vem outro repente...

O mar calmo oferece amparo:
- sou Netuno e esqueci o tridente,
Trouxe um riso com trinta e dois dentes;
Sou mistério que mora no quadrado de toda janela,
O beijo dele, dela, da alma ardente que faz o mar raro.

Despedida (Parte I)




Despedida (Parte I)

De tudo que foi vulto, agora é muito, 
Que é céu, e é seu, e é meu, que me cerca e cega...
Num todo!
Procuro tumulto, e acho... porém, não gosto,
Mas finjo que gosto e me enrosco (chega a ser tosco).

Vejo a verdade e abraço; 
Vejo o regaço e trago no laço;
Procuro agora calmaria: 
Amizade de João; o desenho de Maria (um dia foi fosco)...
Num nada!

De tudo que foi concreto, continua sendo,
Continua a sede da procura;
Achando a miragem viu-se verdadeiro,
Beijou o insano,
Do assanho foi/é o primeiro (aquele dia foi pouco)...
Qualquer dia é pouco.

Vejo o que vejo, e já basta;
Vejo o que resta de um festejo.

Preparo as asas para a travessia,
E já que não podia...
Acabei não sendo (foi até muito)...
Num todo!

André Anlub®
(6/1/15)

Dueto da tarde (XXVIII)

A pedra que fica perto da areia que fica perto do mar que fica perto da floresta olhava o céu.
“Olhar de pedra” – pessoas olham outras assim; mas não tão naturais como a pedra.
Natural natureza: a pedra olha e o céu se deixa olhar como o que nunca tem fim, como o que nunca vai acabar
E nesse ciclo milenar há equilíbrio, há calmaria, há flerte em uma espécie de melancolia.
A pedra pensa em rolar, volta e meia. Mas dá meia volta sem sair do lugar e retorna a sua contemplação muda.
O céu pensa em rugar, vez ou outra. Mas sabe que é indispensável, que é inspirativo e a morada dos olhos metediços e apaixonados.
Controle de impulsos incontroláveis, contenção de ânsias criando voos na imobilidade, ir e vir sem nunca partir
É a alcunha do amor recíproco (nosso amor – coração), como pedra e céu; uma palpável e sólida, outro gigantesco e vulnerável; trocando às vezes de lugar, mas guardando o seu lugar sempre.

Rogério Camargo e André Anlub®
(6/1/15)

5 de janeiro de 2015

Obrigado Macy...

Dueto da tarde (XXVII)

Vivi verão e vi; assim como quero ver e viver muitos outros mais, 
Mesmo que eles voltem atrás e revoguem minha licença: não compensa pensar nisso,
Quero compromisso em não viver submisso pra isso ou aquilo, ou o que possa vir
Do que já veio, lembranças com receio ou com recheio de coisa boa.
É, sou assim mesmo; provo do meu próprio veneno só para ver se vou me envenenar,
Viro do avesso para brincar de recomeço, dou um salto adiante, desastrado ou galante, tudo no mesmo aqui e agora
Refaço minha aurora e pinto com outro enredo, tipo um arremedo de uma conhecida música clássica.
Clássico: venci, vi e vim. Com o verão pela proa, meu barco é uma cidade e eu sou o perfeito prefeito
Nesse mundo em trejeitos, sinto o abraço do vento, aquele que esquenta e refaz o refeito; corpo bronzeando-se ao relento 
No sol da noite completa é uma completa declaração de amor ao amor e verão que o verão responde, porque eu vim, venci e vi.

Rogério Camargo e André Anlub®
(5/1/15)





Cantar do futuro

(André Anlub - 28/9/13)

Na trilha do som e do cheiro,
Entre outros planejes,
Já havia o longo tempo de um asilo.

E saiu, enfrentou,
Nisso e naquilo,
Foi certeiro.
Conhecia um pouco de tudo
E de todos a prudência do cantarolar;
De cor (tão-somente) do sábio sabiá.

O verde vivente evidente
Fez nuance nos raios dourados do sol
Que surgiam e sumiam
Ao bailar de folhas,
No cair de sementes
Da jabuticabeira.

E a comunhão com a quietude
Ao chegar o negrume,
O que estaria por vir?
E os motores aos ouvidos em dores;
Os odores do carbono a calhar;
O cruzar de mil pernas;
As janelas com visão limitada;
E a empreitada de ser e estar.


Nua em pelo, no pulo e num palco




Nua em pelo, no pulo e num palco
(28/11/13)

Nadando no gélido lago foi encontrada
(Feliz e pelada)
Com os pelos arrepiados,
Seus belos cabelos negros cacheados,
E como seria imaginável...
Cantarolando aquela lacônica balada: 
“...you can’t always get what you want...”

- olhos esbugalhados, olhar simplório.
Perfil de romântica rebelde
Com a sensação de estar nada errado.

- Seria assim que eu a descreveria
E é assim que ela é!

Entre os dias que se passaram em sua vida,
Estão de um lado algumas horas que se petrificaram
Na sensação de não seguir um vil modelo.

Na outra ponta da história (não menos importante)
Fica o momento: 
- replay - déjà vu
- oposto de um pesadelo.

Quase sem querer, de repente por estar mais magra,
A aliança caiu no ralo.

(num estalo a lágrima sem jeito a seguiu).
O próspero havia recebido conserto
E a velha flecha no seu peito
Enferrujou e ruiu.

Os olhos agora mais secos
Caçam felicidade;
E a sombra não se encontra
Por aí, vagando.

(meramente sumiu)

A alma quer plateia, quer zelo, 
nada de estar sozinha; 
ela quer que outros olhos 
curtam seu curto vestido decotado, 
o sorriso do rosto com duas covinhas... 
E todos (mas todos) os seus pelos eriçados.

De longe, longe, chegaram os berros de amor:
Profundo, nobre e precioso... 
Abraçaram as nuvens, beijaram o sol,
Tiraram as ferrugens, criaram a mudança...
Fizeram valer o desafio, o anseio por um fio... 
E um coração frio, novamente, tomou-se de esperança.

Tenho seus poemas tatuados para meu longo conforto 
(às vezes os leio a esmo), 
desmanchando possível mácula, 
dentro de uma garrafa de fino gargalo torto, 
com as letras distorcidas que renasceram de um cálido aborto. 
Leio um romance barato que se tornou simpática fábula.

Boa semana aos amigos...

4 de janeiro de 2015

Dueto da tarde (XXVI)

A lua passeava por um céu que não era o dela, olhando as coisas com seus olhos de lua, cheia.
Seu reflexo sempre foi belo, tenro; no vai e vem do mar na areia, ia deixando trêmula imagem, espelho de sereia
Que o mar cantava encantado, que os marinheiros bebiam em sonho, que os sonhos desenhavam em luz
Ostras formavam letras que unidas tornavam-se poemas; na maestria da cena via-se que tormentas surgiam:
Era o ciúme do tempo, que não queria passar sem levar a lua junto,
Eram o coração e o amor, adjuntos, no mais absoluto e impetuoso fomento
De uma busca de cor na cor, de som no som, de toque no toque
No enfoque do samba e jazz que migram para o rock and roll,
Lua de todos os ritmos numa só harmonia, de todos os compassos numa só bateria.
Ela não só passeia no alto como dá saltos na terra, no céu que não é dela, mas que abrange a esfera, o universo, o verso e inverso de toda a aquarela que o sol não sabe que há dele nela.

Rogério Camargo e André Anlub® 
(4/1/15)

Mais tolerância em 2015 e sempre...



Nas cores que se misturam
Nos mesmos sexos partilhados
Sem altivez e preconceito
Nascem a excitação e tonalidade
Nasce alucinadamente...
Aquele amor na verdade.

André Anlub®

3 de janeiro de 2015

Buraco da agulha




Buraco da agulha
(3/2/14)

Passou pelo pequeno buraco da agulha,
Como um raro e sensato camelo franzino. 
Deixou ao relento seu ego sozinho
E jogou num bom vento os versos nas ruas.

É no amor, e não há impossível,
No verossímil da batalha à vitória.
Fez de fulgentes momentos, o invisível,
E na equação da paixão, a auréola simplória.

Sim, eu conheço, sei bem dessas fábulas;
Sei qual o seu curso, bons e maus imprevistos.
Falam de alguns vícios, falam de absurdos,
Não provaram na língua o que dizem amargas.

Qual o passo difuso em logradouros de deuses?
O que fez um sol confuso no louro da Nêmesis?

E agora um velho e sábio seguia adiante,
E passou novamente pelo buraco da agulha.
Ficou na agrura, pois não era um camelo...
Ao se olhar no espelho viu somente um gigante.

O som do sino




O som do sino

Surge o estalo disso ou daquilo, 
Parte “Stalin” com o princípio de um novo;
A poesia e a guerra se encontram no inicio,
O precipício é o belo corte de adaga.
Ser visível é risível, já que se apaga
Se ficar retido na essência d’um ovo.

Todos se divertem assim na batalha:
As águas rubras surgem regando, passando,
Molham os pés e vão subindo aos joelhos;
Os coelhos saem das cartolas,
Voam sem rumo às cartas da mesa;
O público aplaude de pé a beleza
E a destreza do mágico mago de Angola. 

A peleja fortaleceu o Bento e a Benta,
Amor que abaixa a mão, indo ao resguardo;
No apreço que se funde a compaixão
Faz do mundo elevação, redesenhado.

Submersos, todos reagem ao afogamento,
Já que as águas chegaram à cabeça.
Já sem limites, sem distinção,
A epiderme torna-se clara ou negra;
Sem rodeios, sem interlocução,
Vão se os “nãos” e ilumina-se o momento.

Somente só e dó dormente pó,
Ser e estar do outro lado.

Das ruinas ergueram-se castelos,
Tocaram as nuvens com suas altas torres;
Lá em cima não é sonho o som do sino,
Voa e ecoa para cá em baixo em desatino...

Mais agudo, abrupto, e mais agrado,
Mais afino, continuo e adorado.

André Anlub®
(5/9/14)

Dueto da tarde (XXV)

Lá na velha praça, os bancos de madeira têm histórias pra contar. 
A paciência e a distensão que neles acomodarem o sonho têm histórias para ouvir.
Houve um velho sábio que jogava milho aos pombos, sorria muito e era viciado em ler.
Houve uma babá que levava um bebê e um beabá para ensinar-lhe sobre pássaros e árvores.
A monotonia, com sua quase lobotomia, mesmo com insistência, nunca fez residência por lá.
Nem os vagabundos fizeram residência por lá: sempre havia uma ocupação para o olhar de todos os vagabundos.
Houve um velho e belo lago que quase secou, mas hoje é casa de centenas de caranguejos e sapos
Convivendo com modorrentas tartarugas que a meninada sempre quer para si e os pais sempre explicam por que não é possível.
Sempre passa um lixeiro para catar as folhas com sua vassoura de ponta de prego... mas as folhas odeiam ser catadas
E sempre há mais e sempre há mais, em seu grito de liberdade. A ponta de prego também fisgou uma carta de amor, uma vez.
A carta falava eu amo você e você era a praça, com todas as suas coisas e todas as coisas suas.

Rogério Camargo e André Anlub®
(3/1/15)




Leia mais...

Na juventude, quis entender o mundo; atualmente, só a mim; no futuro, sei que estarei completo.

Livros chegaram hoje, voaram pra mim aqui no Rio. Estão impecáveis! A capa (arte) de Márcio Carneiro ficou show! Parabéns Alcione Gimenes e a trupe da Futurama Editora e Grafica. 


2 de janeiro de 2015

O amanhã...

Não sei se amanhã o céu estará mais azul,
Nem saberei se estará encoberto, escondido.
Pela minha janela ele é um pequeno, gigante, idoso, menino...
Fico observando-o; e ele a mim e a todos;
Há belas nuvens que estão chegando e acariciando esse céu glorioso,
Cobrem parte dele;
Fazem da intimidade exposta, um “nem tanto”.
Há agora um misto de azul, branco e pontos pretos...
Pássaros mansos que sobrevoam,
Mas apenas pontos (aos olhos secos do homem).

André Anlub 
(2/1/15)

A esperança me recebe de pé


A esperança me recebe de pé

Na busca pela lucidez, deparei-me com teu farto sorriso,
Mesmo que escondido no retrato da folha de papel.
Sorri para uma lua de mel num céu limpo, solitário e mudo
E com olhos encharcados de escuro, nada mais pude ver.

Idealizo o beijo largo em sua calma boca;
Irrealismo é minha alma, sendo louca – pouca – desnuda.
Sentindo-me agora uma pluma que sem vento é só o que é,
Atravesso continentes a pé e dou ré no relógio inconcluso;
O tempo vira inimigo, mas a esperança me recebe de pé.

E assim vem uma pergunta: o que há de se fazer?
Assistir-me no espelho e ter medo de não me reconhecer?

Nada disso importa, sabemos que o momento jamais descansa,
E a cada dia nossa andança dá um passo além do alvorecer.

André Anlub®
(1/1/15)

1 de janeiro de 2015

Dueto da tarde (XXIII)




Dueto da tarde (XXIII)

Às vezes parece que o dia vai nublar, e isso vai prolongar-se até sua presença
Apresentar-se, apresentando o que não vi quando não me via
Restaurando a inocência e dando licença para ele ser como está. 
Saio das nuvens que eu mesmo fabrico e procuro nos bolsos a luz que guardara,
Os pés flutuam, ouço sua fala e minha visão já tardia tenta alcançá-la:
Está logo ali e está do outro lado do mundo, o mundo que creio e descreio com a facilidade dos astronautas boiando no azul
Belo em mim em qualquer infinito, a vigília que tenho por saber ser e procurar
Entre os presentes da sua presença o que não tenho e tenho sempre, o que não ganho e sempre me é dado.
Contigo só tenho que me preocupar em estar intacto, sendo voo bem alto ou sendo mergulho profundo no mar.
O resto, e todo o resto, arrasto comigo e conosco para a festa do sol pleno mesmo em dia nublado.

Rogério Camargo e André Anlub®
(1/1/15)

É dia 1°




Quem viver verá verão
(André Anlub - 13/5/11)

Flutuam ainda mais doces os seus vocábulos,
Pairando sobre o ar quente de versos corretos
E rimas concretas.
Os projetos
Leio em nuvens, fuligens, leio em lagos.

Num simplório paraíso é o começo do estalo;
Vejo no “big bang”, bela rosa – você...

Bem-te-vi - bem-me-quer - bem-querer.

Eis a paixão que arde por toda a esfera,
Afronta a tormenta, enfrenta a fera,
Vai além das vidas - além de eras
Escalando muros - largas heras.

Quente no conforto, no forno do sentimento,
Cálido se for de gosto, assim querendo.

Sempre adiantando os passos, céu de brigadeiro,
O vento varre as névoas, intenso lixeiro,
Espanta as chuvas fortes, a insensatez,
E a sequestra de vez num amor inteiro.

É dia primeiro, é verão.

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.