14 de maio de 2015

Não é hobby – não é trabalho... É o “escambau” e ponto final.

O Primeiro livro com 150 Duetos já está disponível no Clube de Autores a preço de CUSTO. E, modéstia à parte, a capa e o conteúdo estão impecáveis.



Não é hobby – não é trabalho... É o “escambau” e ponto final.
(Manhã e tarde de 14 de maio de 2015)

Foi pela manhã, pelo canto do galo, a bola girando e ninguém preocupado com o atum em extinção e o gelo derretendo nos polos. Ainda um pouco cedo para quem ficou lendo, trabalhando em projetos e foi dormir lá pelas duas da matina. Antes de acordar ainda ouvia dentro do sonho o telefone tocando... Finalmente acordei, sai correndo e ainda atendi; era um telefonema da vice-presidente de uma das academias de letras na qual faço parte. Era de assunto burocrático, um tanto pragmático, a respeito de um projeto que estou participando e blá, blá, blá... Tudo na mais perfeita ordem... Aleluia; pois então terminei a conversa, lavei o rosto, escovei os dentes com gosto de ontem na boca; uma mordida no cereal e o café rápido de máquina para depois fazer o “oficial”... E na minha meditação matinal algo inusitado me ocorreu: resolvi então não chamar mais minha escrita de hobby; bem, o que é a “minha escrita”? – Minha escrita é a dedicação aos textos, aos poemas, redes sociais, aos amigos poetas, as mais de cinquenta antologias que participei, aos livros dos amigos que divulgo, meu site, livros que doei, livros que vendo e muitas vezes brindo, com bastante carinho, e alguns deles com certeza ficam enfeitando as estantes (arrisco dizer que alguns até estão servindo de apoio para móveis). Minha escrita é isso e mais alguma coisa que não vou colocar aqui/agora para não ser prolixo. Despontei da meditação com duas certezas: (1) não quero mais chamar de hobby e (2) a escrita é trabalho e trabalho árduo – e muito prazeroso, diga-se de passagem –, mesmo sem um retorno financeiro sólido e significativo (falta bufunfa – cascalho – dindin). É triste constatar que o escritor, poeta, artista plástico, músico, compositor ou qualquer outra profissão embutida nessa arte de criar e/ou ensinar não tenha o seu valor apropriado, justo e satisfatório. No nosso país, e em muitos outros, é deprimente ver que o professor – ofício determinante e de suma importância na criação de qualquer individuo – não tem a quinta parte do valor que merece. Pulando a manhã, pois passei-a toda com o meu antigo hobby na cabeça; havia dias que eu não dava minha caminhada vespertina: ir ao banco, na lotérica, ir na praça, no mercado ou simplesmente gastar sola de sapato. Hoje fui dar uma andada e deparei-me com um amigo muito distinto, que prezo muito (corro o risco de ele estar lendo essas linhas nesse momento); vizinho simpático, que adora meus livros e o que escrevo, amigo bom de copo e de papo inteligente. Conversamos sobre o próximo negócio dele, pois o mesmo já foi dono de um restaurante no centro que foi muito criticado, pois o taxaram de boêmio, de boa vida, de quem só abriu e administrou o restaurante para se auto intitular trabalhador (herdeiros apontando dedos a herdeiros – hipocrisia pura). O restaurante em questão só conheci por nome e em diversas histórias de outros amigos e conhecidos de copo (nessa época eu não residia por aqui). No momento ele quer abrir uma padaria. Mas não aquela padaria convencional, de filas de pessoas em direção ao caixa com suas notinhas nas mãos e uma pressa e calor terríveis; não aquela com frangos girando, iogurtes baratos, salgados oleosos e massudos iguais os rostos dos funcionários. Mas sim uma padaria com uma boa gama de cafés, uma música ao fundo (pensei num jazz), opções imensas de pães e frios, um bom padeiro e entregas em domicílio. Sim, a domicílio. Confidenciou-me que essa ideia da entrega veio da minha boca há cinco anos. Na época conversávamos na rua André Cartaxo, onde eu residia, e eu atrasado cortei o papo pois queria ir comprar o pão ainda quente na rua da perimetral. Comentei a ele que não entendia o porque de nenhuma padaria fazer entregas de moto ou até mesmo bicicletas, pois tinham corriqueiramente um grande movimento  naquele horário de fim de tarde. Passados tantos anos e agora fiquei feliz com a lembrança da ideia, pois até eu mesmo sendo o “autor” da mesma só recordei depois que fui lembrado. Sai da conversa e lembrei-me dos meus pensamentos pela manhã, de como a energia negativa é perigosa e temos sempre que ficar preparados para quaisquer imbróglios do caminho. Também me banhei com energias boas e com a certeza de uma coisa: não importa como as pessoas olham seu ofício, como irão falar aos ouvidos abutres, quantos dedos apontam para você quando se está de costas... Não importa! Essa é a sua labuta e ponto final. Então, só de sacanagem, resolvi voltar a chamar de hobby.

André Anlub

Tapete vermelho do amor



Tapete vermelho do amor
(André Anlub - 22/5/13)

Saiu a lista dos apaixonados do ano
nem sicrano, nem fulano
meu nome estava lá.
Foi magia
em primeiro lugar, quem diria.
- mas por favor, não vão me alugar...

Já era de praxe
peguei pesado no sentimento
amei além da imaginação.
Não teve um sequer momento
que eu não tenha acertado na mão.

fiz o bê-á-bá certinho
o arroz com feijão.
Rezei conforme a cartilha
e para não perder-me na trilha
segui cada pedaço de pão.

Comecei como homem de lata
levei na lata, fiquei em frangalho.
Nunca levei jeito pra espantalho
sobrou muita coragem pro leão.

Por causa da inspiração
deixei de me acabrunhar num fosso.
Tornei-me de cerne, carne e osso
e fiz da poesia oração.

Dueto da tarde (CLIII)

A natureza é encantadora!Climatologia Geográfica
Posted by Climatologia Geográfica on Terça, 12 de maio de 2015


Dueto da tarde (CLIII)

Hei você, essa estrada é difícil, íngreme e costuma ter cobras.
Você não precisa de binóculos, bússola ou protetor solar. Você precisa de atenção.
Há caminhos fáceis com portas abertas e muros baixos, uns até tem tapete vermelho.
Há caminhos tão fáceis que você nem precisa caminhar: eles te levam sozinhos. Essa estrada não é um deles.
Já vi gente indo voando como pássaro, mas quando saíram do transe estavam parados no mesmo lugar.
Já vi gente caindo como pássaros sem asas. Humanos são pássaros sem asas. Humanos têm estradas para andar e pés.
Ali, há um atalho... Naquela rua vagabunda e insalubre, onde mortos-vivos caminham tropeçando e pitando seus cachimbos malditos.
Ele vai dar num beco, o beco vai dar num brete, o brete vai dar num labirinto, o labirinto, depois de uma vida inteira, vai dar num atalho.
Posso até levá-lo no meu lombo de meio homem forte meio cabrito forte. Mas vai custar o olho da cara... Mas somente um. Ainda terá o outro para enxergar.
Mas pense bem: eu posso ser um atalho... Largue binóculo, bússola, protetor solar e preste toda a sua atenção: eu posso ser um atalho...
Há de se reafirmar esse contrato comigo, como novo amigo e aspirante contratante. Há, por um instante, a necessidade da troca de espírito... Somente por um dia.
Um dia pode ser uma vida. Uma vida pode ser uma eternidade. Uma eternidade pode ser a falta de tinta para reafirmar esse contrato.
Hei você, volte! Ainda não terminamos nossa conversa. Por que arregaçou as mangas e calçou suas chinelas? Tem certeza que vai encarar esse caminho?

Rogério Camargo e André Anlub
(14/5/15)

13 de maio de 2015

Corsário sem rum(o)

Jhonathan Florez filming me flying the Barn Line in Switzerland a few years back   :)  I really do love training at this location and will be back again this year to practice for the Great Wall stunt in September   :)  @GoPro #gopro @pelicanproducts @muzikofficial
Posted by Jeb Corliss on Terça, 12 de maio de 2015


Corsário sem rum(o)       
(André Anlub - 3/5/12)

No seu sorriso mais doce
Dá-me o sonhar acordado,
Nau agridoce ancorada
No porto seguro de um réu.

O cerne mais íntimo partilhado
Como alado cavalo ao vento,
Coice pra longe o tormento,
Traz na crina o loiro do mel.

Mil flores a pulsar na razão,
Vil dor e jamais compunção,
Cem cores permeiam na libido,
Sem rumo nem rum no tonel.

Pirata na dádiva do amor,
Com a bússola do autêntico anseio,
Nem proa, nem popa, nem meio,
Voando em direção ao seu céu.

Como nasce a inspiração


Kelly Slater e John John Florence hoje no Posto 5 de Copacabana.
Posted by Tribo Surfon on Quarta, 13 de maio de 2015


Como nasce a inspiração (Noite de 13 de maio de 2015)

Os mestres vieram prestar suas condolências; morreu à tarde, em um final de tarde majestoso, o sol fantástico, que esquentou muito bem o meu dia. Morreu mergulhado em um alaranjado dégradé com um vermelho vivo com tons de amarelo e abóbora, e com direito a uma revoada de periquitos nervosos e gritantes... Simplesmente algo estonteante. Maré mansa; é assim que estou. Ouvindo um som antigo, Pink Floyd e o álbum “Animals”, um dos primeiros LPs deles que tive. Deixo-me levar nessa maré da calmaria e serenidade. A inspiração pelas tintas e desenhos anda me cutucando;  hoje tirei um tempo para fazer uns desenhos para um trabalho em um livro, no qual farei uns traços para ficarem abaixo do texto, e acabei rabiscando horas e horas. Acho que é assim que funciona com o Deus inspiração; ele levanta de seu trono, coça os testículos, pega seu cajado de ouro branco, que tem uma espada em aço raro, embutida, camuflada, e anda com aquela pança um pouco grande e seus dois metros e meio de altura, com uma roupa branca, com uma capa enorme que corre pelo chão feito um rio de leite; tem uma grande barba  e cabelo ruivos, as mãos cheias de anéis com diversos símbolos de guerra e de paz; anda descalço com duas pulseiras em cada tornozelo, cada qual carregando pingentes e dentes de saber e outros animais; ele anda calmamente, com o olhar plácido que sai de seus olhos hipnotizantes – um escuro como o breu mais profundo e o outro metade laranja claro e outra metade verde esmeralda – e ele segue resmungando baixo até a sala com as portas grande de madeira talhada e que ficam sempre abertas. Antes passa na cozinha e pega uma coxa de avestruz, enorme e suculenta, pega um cálice de vinho e continua sua caminhada, passa pela porta até chegar a um imenso salão, com telas desde bem pequenas até as gigantes, com mais de trinta metros; há tintas, um teto feito a Capela Sistina, também pintado por Michelangelo; há o chão colorido, cheio de penas de asas de anjos e restos de aquarelas e tintas ressecadas, alguns borrões e pingos ainda em fase secante; há marcas de pés e pagadas para todos os lados, rastros de cobras, pincéis de todos os tipos e tamanhos; ao final da sala encontra-se uma enorme janela e uma grande luneta, onde Anjos observam os funestos homens mundanos e suas pressas, de lá para cá. E de lá de cima escolhe um e outra ou outros, prepara sua flecha invisível, em formato de pena, de mira impecável, e de modo inesperado, ou nem tanto, atira e com certeza acerta seu alvo pelas costas... Assim o faz nascer e acordar à inspiração.

André Anlub 

Na casualidade dos caminhos tortos

Pământul văzut de sus! Imagini uimitoare asupra Terrei!Pământul văzut de sus! Vei rămâneam mut când vei vedea uimitoarele imagini asupra Terrei!
Posted by Libertatea.ro on Quinta, 5 de dezembro de 2013


Na casualidade dos caminhos tortos      
(André Anlub - 13/4/13)

Parece sinóptico tal gesto simples,
Esse teu, que brilha num todo...
Precata, de jeito torto,
Serem delicadas quaisquer escolhas.

Aberto o enorme fosso,
Que aos brados chama aflito.
Equidistante é carne e osso,
Pequena fenda que flerta,
Num zunido.

Vejo estática tua íris,
Por compreenderes tamanha epístola.
Voas feito águia, tão majestosa,
Tal qual a vida.

Há brilho demais no inconformismo,
Sufoca e cega. 
Há equilíbrio e imagem
E na miragem não há cegueira.

E qual atitude seria mais certa,
Senão entregar-te ao próprio destino?
Vai-te logo, fizeste o prólogo,
Sigo-te, em linha reta, feito menino.

Manhã de 13 de maio de 2015



Se o amanhã chegasse mais cedo (Manhã de 13 de maio de 2015)

Vade retro maçarico do cão! Manhã quente e os olhos passeiam no belo céu das seis da manhã. Fugindo do assunto: Quando fiz minha primeira tatuagem, em 1989, lembro-me de haver muita rejeição por parte dos mais conservadores ou aqueles que se preocupam muito com a vida alheia e esquecem a própria... Foi aquele velho discurso: o corpo (pele) é a casa de Deus. Ô meu irmão... – e vai continuar sendo – se assim ele quiser –, mas se vai morar na casa tem que entender que o “dono” tem o poder de arrumá-la e adorná-la do jeito que lhe convier. Voltando ao assunto: “cadê o retorno?”. Os cães já elétricos e espertos procuram o lugar certo para fincarem suas nada cheirosas marcas, sólidas e líquidas. A grama ainda molhada pelo orvalho (agora também por uma urinada), o cheiro de verde que invade e a vontade de estar mais perto possível de uma paz qualquer... Aquela minha. Falando em paz: nunca fui um cara de gostar de paz. Me identifiquei muito com a roqueira Pitty, a qual gosto muito, quando a mesma falou que podem desejar tudo à ela, menos paz; ela não quer paz, ela gosta de agitação; e deixou bem claro na música “A sombra” quando escreveu: “Enquanto há desejo não há paz.”. Voltando ao rabisco e continuando falando de paz: “cadê o retorno?²”. Mas eu quero paz nesse momento e foi isso que fiz... Hora certa para uma meditação ao ar livre, um banho frio e em seguida um café quente, torrada e queijo coalho e atum, e a leitura das notícias até as oito... Quando os pés procuram a rua. Nessa alma nova e nua estacionei meu altruísmo, esculpi no oportunismo de um novo homem toda a estátua nada inerte, toda extra móvel e reticente; fiz nova armadura de aprendiz. Nesse chão novo o mármore importado dos melhores (sou eu que piso e imagino como quero); à cama nova há uma convidativa habitação, um leito quente e macio de fazer criar raiz. Ah, e tem a rede, para leituras, ouvir um som e apreciar o céu, as estrelas, a lua ou o sol. Agora o liso torna-se ondulado e vem ondulando em ondas médias, da causar inveja de beber cerveja sem álcool e ficar bêbado. Chega à mente a música perdida no ar, na atmosfera, na estratosfera ou somente na minha cabeça. Bate continência! Eu obedeço! Bate a cabeça na parede! Assim não! Nem tanto! A música chega embriagando, sedenta, chega batendo forte, boxeando e derrubando gigantes. Caso existissem. Aliás, existem... Tenho um amigo com um metro e noventa e tantos. A boca antes ressecada e amargurada agora se deleita em fundas águas, em mel e leite, em pão de queijo e goiabada, em um pedaço de cocada, pé de moleque, gengibre... Ou só em eucalipto e alfazema. Poderia até ser um problema... E é! Há diversos estereótipos muito comuns no nosso peregrinar pela bola; há alguns selos que tentam colocar em nossas costas. Na busca do acústico deitando sereno no ouvido, peguei o “hang drum” e tentei acompanhar um som que ouvia. Fiasco! Acho que a ferrugem do ouvido para acompanhar me atropelou. “cadê o retorno?³”.

André Anlub

Dueto da tarde (CLII)

Is it YES or is it NO? A conceptual sculpture by #MarkusRaetz!www.artFido.com/popular-art
Posted by artFido - fetching art on Quarta, 13 de maio de 2015

Dueto da tarde (CLII)

A pétala dormia serena seu sono de orvalho quando foi sacudida por um vento elétrico.
“Vento de maio rainha dos raios de sol” – de repente agora se dava início sua larga e aguardada jornada. Sempre quis se soltar das irmãs.
Leva consigo o perfume e a saudade, mas entrega-se à aventura com o furor dos descobridores de novos mundos.
Pétala que cai no rio é pétala que tem sorte. Pode passear por um extenso caminho, enfrentando correntezas, vendo novas margens, novas árvores, na certeza de tudo ser incerto.
Mas ela não sabe se vai cair no rio. Não sabe mesmo o que é um rio. No momento apenas embriaga-se com a sensação de engolir o mundo enquanto mundo a engole.
Se dopa com seu próprio cheiro, se enfeita com sua própria cor; entre trejeitos de uma princesa ela despenca sem nenhum pudor.
Cai entre as pedras de um calçamento árido. Passos apressados e indiferentes pisoteiam o passeio. São como compassos de uma música sem estrutura. Ela ouve e não entende.
A pedra esquenta seu corpo e o foco perde-se na aparência; a mente mistura as letras: tudo se torna gigante mesmo antes gigante já sendo.
Não demora alguém lhe pisa em cima. Ela não sabe o que é “alguém”. Mas acaba de saber o que é ter o peso de alguém em cima.
Vê-se carregada colada em um sobe e desce frenético; agora é pétala que pedala, entregue ao léu e deus dará... Sem patoá nem patuá.
Já conheceu o mundo nas asas do vento, vai conhecer o mundo numa sola de sapato.

Rogério Camargo e André Anlub
(13/5/15)

12 de maio de 2015

O passado que passou e foi tarde

abowwww
Posted by Mavi Kocaeli on Segunda, 25 de agosto de 2014


O passado que passou e foi tarde      
 (André Anlub - 28/05/13)

Fita uma rota, faz uma bola,
Amassa, arremete, amarrota;
Na lixeira dos olhos no mundo
Vendo tudo e uma untuosa esmola...
Que pelos dedos escorre.
Conformismo e coração rejeitado
Condomínio de um domínio absoluto.
Há coisas especiais que se ama e preza.
Há verdades, há reles coitados.
Já foi, é ou será cedo assumindo tal culpa, nesse sol nascendo. Admito: Estou envergonhado e avermelhado com tamanha beleza. As pegadas são honestas, prolixas, mas reais. Nas folias que me aceitei de palhaço no meu coração ficaram dois traços
Um xis de açúcar e sal. Enfim, já foi o passado,
Ficou a lembrança das derrotas e talhas ;
Distintas batalhas, lapidando o brilhante da paixão como herança.

Noite de 12 de maio de 2015



Que despertem todos os loucos (Noite de 12 de maio de 2015)

Assim caiu a noite e caiu à sombra de um pensamento elusivo e obsessivo. Fatos, versões e aversões que documentam o invisível e irremível dentro de um nada vácuo cerebral. É o etecetera e tal, e o bem e o mal em formatos optativos de visual e auditivo. 
Daqui a pouco vem alguém e me diz que já sabia de tudo, que era absolutamente previsível. 
Ah, vá... Daqui a pouco surge o além me convidando para um chá e uma visita. 
Ah, tomar... Assim levantou o dia, dia simples de sol bem forte, de café bem forte, de ajeitar o forte, os soldados e a bandeira; já é hora do xarope para a gripe e a estirpe fazendo sinais de fumaça, dando-me alergia, mas com a alegria da presença de todos. Fito e fixo os olhos naquele pontinho no horizonte. Aquele farol que indica aonde não se pode estar. Fito e fico admirando e mirando minha alma, com os dedos apontados, e a mente lubrificada para um novo e arisco rabisco, um voo ao nada e ao desnudo. Ficam os versos e palavras bem redondinhas, bem lua cheia, bem roda de ciranda, bem no vício em aliança que nunca mais se quebra (solda boa). Vem à enchente – vem à peia – em laços que ofereço em cantos calorosos de encher minha vida, regar meus jardins com águas de “sins” e peixes saborosos no atum e no ato sem fim, num fim sem começo e assim mesmo mereço... Tudo isso é um pouco de mim. É maio, é meio, é mês cinco. O tempo passa apressado para todos, não há como negar. Passa na pressa para quem cria e é criado, para criação e criatura, para primitivos e magistrados, o estéreo e o fecundo. Não mexo em casa de maribondo abandonada, só as ocupadas – gosto de ação. Não deixo meu cavalo na chuva, pois periga um resfriado e alçar voo, meu cavalo alado, pode se cansar à toa. Não me farto em panela velha, com cabo já despedaçado, pois tenho um medo danada de ter uma má digestão. Chegou fim da linha, agora é céu. Chegou à beira da praia, agora é estrada. Não adianta, pois nada segura quem vai quem sai e arregaça as mangas para um mundo novo ou velho (não importa) o importante é ultrapassar a porta e se deixar ir. Ah, vá... Conta outra. Ah, tomar... Água de coco. 

André Anlub

Onde anda você?



I
Não é adulto e nunca quis ser:
Devia dedicar sua vida a cuidar dos filhos;
Devia tentar exterminar todo o mal do mundo;
Deviam ver o verde e não amar o amarelo
E pintar na mente todas as rosas de rosa.

II
Não é ninguém além de um louco
Querer ação é fazer por onde...
Nesse caso é errado se contentar com pouco
E sendo louco acha pouco querer só atenção.

III
Caminhamos como poetas novos, largando a soberba, o estorvo, no fluxo de um novo povo e nosso suor que não amarga. O alvo é claramente certo, de peito escancaradamente aberto, o coração de um bardo onde o esquecimento é adaga.

IV
Um pesadelo muito incomum, andando no terreno do capeta, não existia uma só letra, sem poesia, sem alento; tentava achar rimas corretas, palavras abertas voando sem vento sem dono... um tormento para o poeta, Rei sem Rainha e trono. Os pensamentos não se encaixavam, quebra cabeça faltando peça, uma remessa de contra tempo, um contra tempo sem muita pressa. Mas logo me vi de olhos abertos e muito espertos de inspiração, não quero mais sonhos incertos, quero viver plena imaginação.

- André Anlub

Manhã de 12 de maio de 2015



Manhã de 12 de maio de 2015

Sempre fui réu confesso e um pouco individualista na escrita, pois ultimamente tenho falado muito de mim (com uma pitada de imaginação, claro). Não nego, não resisto, não reajo nem justifico, – assumo meus defeitos e meu modo de viver a vida –; assumo minhas ignorâncias e qualidades – diferenças e igualdades – minha alta e baixa estima; assumo minha hipocrisia, mas com ela há peleja, há briga feia de faca afiada (sempre fui bom com facas). Assumo meu caráter singular de viver, meu mundo físico e metafísico, meu mundo ou mundinho ou mundão; este que flerta com a realidade fora da escrita e também nessa realidade é casado, sincero, honesto, fiel e feliz... Sou isso, nada além ou aquém, pronto e ponto. Não suporto pensar em viver uma falsa ou verdadeira vida para olhos alheios; só me vejo vivendo o que desejo e desejei. Não tenho tudo que quero, confesso. Mas estou na batalha, sem pressa e sem tormento, para conseguir. Sigo e vivo cada dia, tarde e noite, cada letra que escrevo e invento, aproveitando minha sorte e de uma maneira simples e sem grandes ambições (maneira esta que sempre almejei e trabalhei minha psique arduamente durante muito tempo para isso). E assim começo o rabisco de hoje: provem de caminhos percorridos, escolhas certas e erradas, lugares, muros derrubados, muralhas construídas, bolhas (per) furadas e esculturas cruas ou pré-fabricadas que foram sendo novamente talhadas para tornar-se outra imagem/escultura. Este ser que aqui registra saiu incólume da primeira fornada da vida. Há de se convir que os perigos foram devidamente procurados por mim. Flertei com a morte por inúmeras vezes e de maneiras e em épocas diferentes. Escalei montanhas íngremes e enfrentei mares revoltos, aguentei bocas malditas, falas vis de pessoas atrozes de mal com a sua vida e com a vida de quem não lhe ofertava muito... Passei batido e tranquilo, passei a régua e hoje regurgito lembrando essas “estrumidades” de pernas, bocas e olhos curiosos e sempre a postos para barganhar, fofocar e lançar intrigas e raivas. Estrumes de carne, osso e desgosto que possuem uma espécie de chorume que deixa o seu cheiro ruim, e uma lembrança carregada por meses, mesmo há quilômetros de distância. Depois de um tempo evapora, some, desfaz-se e é substituída por uma leve e doce fragrância de alfazema. Basta manter distância corpórea. Hoje em dia, com o advento da internet e seus infinitos recursos, fica impossível ver/ouvir/ler só o que agrada. Mas deve-se sempre tirar proveito da informação, mesmo que negativa. Ao final do dia a gente faz uma limpeza nos “cookies” e “cocôs” que acumulamos ao longo da navegação. Afinal de contas, dos cantos e dos contos: prisão de ventre não é bom para o corpo. A internet atualmente vive sua era faroeste. Inóspita, terra de ninguém – porém, sem um Xerife. É solo onde cobiçam o ouro e a fama; onde há raros duelos “mano a mano” de igual para igual, pois na maioria das vezes atiram pelas costas. São de uma covardia ímpar, insalubre, que testa nossa pachorra, opinião e argumentação constantemente. Cobram sem dar em troca, ou, caso deem é resultado que uma procura extrema, extensa de finíssima peneira. São insetos com intentos de perfeccionismo às avessas.

André Anlub

Pássaros que vem e que passam também são pássaros que ficam


Vejam o que este homem de 61 ainda faz. INCRÍVEL Ele tem 61 e eu me sentindo velho... Incrível 8|Créditos do ClipeVídeo original► https://www.youtube.com/watch?v=b0eFx5a-FMgArtista: The Moth & the Flame
Posted by Compartilhável on Sábado, 9 de maio de 2015


Pássaros que vem e que passam também são pássaros que ficam
(André Anlub - 14/7/13)

Indo bem mais profundo no nosso universo habita o ponto cego da felicidade. Ela vive numa espécie de vilarejo antigo de casebres de pedra, dias tranquilos de sol dócil, ar sempre puro e vida que se vive. Às vezes cai leve garoa, pois há a tal da nostalgia. Nada combina mais com melancolia do que uma garoa acompanhada de um pouco de vinho e frio. Para explicar melhor: fica na triangulação da apatia, a razão e o amor. Alguns poetas sabem exatamente onde fica, e alguns filósofos escondem... Mas existe, e algo me diz que é por lá, numa casa, que terminarei os meus dias. Tem inúmeros pássaros que passam os dias rondando a região, mesmo sabendo que há comida suficiente por lá. Já me vejo numa velha poltrona de couro, alguns tragos e um bom queijo – mas me contentaria com castanhas. Vejo alguns vasos caros, com belas flores – mas poderiam ser de argila – comuns. Ao surgir da lua cheia e expectativa da inspiração; sentaria na pequena varanda, na velha cadeira de balanço com meu novo cão companheiro. Pegaria minhas folhas e lápis e debaixo da mesma lua de anos escreveria algo realmente interessante. Depois, num gesto de saudação... Soltaria ao vento.

Vídeo original:

Dueto da tarde (CLI)

Since we were just talking about Amy Winehouse yesterday. Check out this acoustic performance of "Back To Black" from Silver Bullet TV.bigheadtodd.com#BHTM
Posted by Big Head Todd and the Monsters on Sexta, 3 de abril de 2015


Dueto da tarde (CLI)

Os balões estavam cheios, a banda afinadíssima, aperitivos e drinques em dia e os convidados a caminho.
Talvez fosse a festa. A intenção era de que fosse a festa. Mas seria a festa? 
A pergunta ecoava pelo silêncio e o vazio do salão, onde de antemão a banda havia ensaiado.
Uma tensão de expectativa percorria os olhares, crispava as mãos, entesava as costas. E um sorriso tremia nos lábios.
A projeção era tamanha que a cabeça foi pouca para tantas suntuosas, perfeitas e interessantes imagens:
O perfeito fracasso, a perfeita frustração, o perfeito insucesso, o perfeito fiasco, a perfeita decepção...
A insegurança há tempos ultrapassou o pessimismo – saiu em disparada –, fez a curva do desespero e deixou lá trás o talvez que queimou a largada.
São noites dentro de dias. Algumas com lua cheia. Outras cheias de luas minguadas. Em quanto isso, a música espera.
São dias fora de dias. Alguns com sol sedento. Outros com fome de mingau salgado de sol. E por agora nada de música.
Afinados instrumentos que desafinam intenções, que descompassam objetivos. Atentas leituras fora da pauta, diapasão desconexo.
Para a alma inteiramente encabulada e o ar que queria o banho da música só resta aceitação; todas as energias junto à doação ficam bem guardadas para a próxima ocasião.
Talvez amanhã, talvez ano que vem, ou mesmo agora, que as pessoas começaram a chegar e parecem tão felizes...

Rogério Camargo e André Anlub
(12/5/15)

Gurufim



Gurufim
(6/5/14)

Principiou-se o gurufim do fim das horas,
E príncipes negros, índios e gurus
Aplaudem fora.

Já foi tido o caminho com trilhas fáceis
E tão hábeis são ditos sábios ao atravessá-las.

Leram em pergaminhos com preconceitos,
O mito e o medo, a carne e o osso,
São peças frágeis.

Alguns quiseram viver em museus de idos tempos
E oprimindo seus inimigos se sentem bravos.

Lá no alto, bem no alto, da mais baixa montanha,
Avistaram o ser importante com sandálias velhas.
Descia lento e cantava baixo um antigo mantra,
Sentindo a brisa, notando o novo, suando o samba.

E caem as primeiras gotículas álgidas das chuvas,
De uma nuvem única que bailou com o sol
- Arriscando a luta.

Voaram as aves brancas, negras,
Pardas e as aves raras,
E ao se verem vivas e ralas 
– ao se verem importantes e análogas...
Tornaram-se plumas.

11 de maio de 2015

Mesmo assim

"Vou mostrando como sou / E vou sendo como posso"Compartilhe se você é MUITO fã de Novos Baianos e não deixe de...
Posted by Canal Brasil on Segunda, 11 de maio de 2015


Mesmo assim           
(André Anlub - 19/1/15)

Agora mesmo a alegria passou por uma rua,
Ela estava nua, estava fula, estava atormentada e vadia.
Olhou em todas as portas, portões, porteiras;
Olhou por cima dos muros e em murmúrios
Resmungou algumas asneiras... eram loucuras, coisas cruas...

Ela abriu janelas e meteu a mão nos cestos de frutas
E nas caixas dos correios...
(pegou algumas contas, cartas de amor, maças, peras).

A alegria soprou uma brisa, apagou algumas velas,
Espalhou a fumaça dos charutos e incêndios;
Atrapalhou as preces, os cantos nos terreiros;
Atrapalhou enterros e desacelerou as pressas.

Agora mesmo senti seu cheiro de mato lavado,
Senti seu ar gélido, fresco, encanado;
E como um refresco me afagou por dentro...
Acalentando meu mundo e meus imundos pulmões.

Vi alegria em multidões, senti suas fragrâncias...
Mas novamente vi a dor;
Senti o odor do suor dilapidado
Pelo horror de intolerância.

Mesmo assim a alegria me deu “bom dia”,
Concomitante que media o tamanho do estrago, 
Tragada e hipnotizada pela hipocrisia
Da constante desarmonia dos cínicos embargos
Nos livres-arbítrios de nossas/fossas vidas.
Mesmo assim a alegria me deu “bom dia”.

Houve um tempo

Eduardo Coutinho sempre será um dos principais documentaristas do Brasil!Em homenagem aos 82 anos que ele completaria...
Posted by Canal Brasil on Segunda, 11 de maio de 2015


Houve um tempo          
(André Anlub - 20/1/15)

Um homem saiu para procuras utópicas
Longe de pessoas estigmatizadas 
Com tatuagens internas do interesse e da cobiça;
Focou os fulanos que não apontam dedos,
Vivem livres de julgamentos,
(amores, famílias, conhecidos – pérfidos);
Vivem presos a coisas próprias,
(autoconhecimento).

Houve um tempo que a vida era quente,
Saborosa, bem passada, ou no ponto, ou al dente.

A vida abraçava o fulano, ofertando beijos,
E nesses beijos o vendava;
Ao invés do breu ele assistia a um filme,
Sentia o vento, saboreava vinho,
Vida com ritmo, alegria entorpecente.

Fulano se conhecia muito bem... 
Defeitos – qualidades
Força – fraqueza.
Foi um homem como muitos outros,
Apenas não desistiu, não entregou o jogo.
Cresceu, mas continuou criança,
Seguiu na andança além dos delinquentes.

Fulano gostava dos paradoxos da vida, 
Das antíteses do ser, do estar, do viver;
Gladiava-se com algumas sombrias sombras
Festejava com algumas brancas brumas.
Houve um tempo e esse tempo se foi.
Há o hoje com pintura, com moldura, 
Com belo verniz e cores vivas.
Tela pendurada na muralha,
Com solidez...
Pois no presente há a arte armada até os dentes.

Não coloco o pé na estrada. Ela vem a mim.

Poesia é meu divisor de águas, carro-chefe da vida, bazófia ao meu cerne, cão de rua de raça e de briga, e cão de casa sem raça sempre “sussa”; não aponta dedos, e sim lápis, saboreia letras e trutas, embriaga-se com versos e viços, cheira pó de aragem e até ar viciado que quer deixar o vício; é norte sem ego e corte cirúrgico cego e assíduo; assobia e bebe cana, fala de boca cheia de ideias, come caviar e arrota fritas e usa roupa de quinta em pleno fim de semana.

- André Anlub


O PÔR DO SOL EM MARTE É AZUL
[Nasa]
"A Nasa acaba de divulgar a primeira foto a cores do pôr do sol em Marte, tirada pelo rover Curiosity.Ao invés das algo opressivas fotos diurnas, com o famoso céu avermelhado, o que aparece é o azul-escuro. Segundo os cientistas, o tom se deve às partículas de poeira na atmosfera filtram as cores em outras partes do espectro, mas deixam o azul passar. Quando o sol está se pondo, a luz precisa fazer um caminho mais longo, e o efeito acaba se tornando mais intenso. De, fato, em Marte, o pôr do sol é exatamente oposto ao da Terra: azul perto do sol, avermelhado em outras parte do céu."

Tarde de 11 de maio de 2015


Tarde de 11 de maio de 2015 (como vida, bebo água, cheiro ar e não arroto caviar)

A vida vai seguindo comboiando-se a todo instante, de passagem e visitante, de quem fica à morte lenta, de quem não sabe a morte longe e de quem vai à morte além. A vida ficou mais frágil? Talvez... Mas nós estamos mais sábios, temos plena consciência de que não estacionamos no tempo, nos comodismos dos dias e/ou nas ilusões dos cenários e cenas. Tudo no devido lugar, e o lugar no devido lugar, e o devido a quem é devido o lugar de estar no lugar. Não vou por o pé na estrada, no momento ela vem até mim; não vou me armar de armadura, minha dureza está na essência; não vou falar em poesia, a poesia é que falará por mim; não me obstruo em êxtases mundanos, pois são imundos e sempre sem fim. Janelas batem com o vento, vaso de planta, vaso de terra, maré cheia, baixa, vazante, têm vazaduras e secas, mentes, vesículas, versículos, esdrúxulos, esguios, sorrisos e lamentos, de joelhos, deitado, em pé. Abrem-se e fecham-se olhos, livros, portas, cabeças e comportas... Pouco importa se quer ou não quer. Nuvens correm e outras não; criam-se filhos, fornalhas, rinhas, falsários, salários, fé. Olham-se o João e o André. O céu ficou mais franco, e o frio, e a fraqueza do resfriado que foi pego na beira do rio, banhando-se em calafrios ou em prantos. Na sua melhor fase tudo assusta: a grama muito mais verde e o céu limpinho como uma folha estendida e passada em azul; as águas frescas e a mente flertando com o melhor que há no momento e no que estará porvir; e tudo assusta. Tudo e tão muito que pode se tornar pouco; tudo começa a fazer sentido e o sentido por si só está fora de controle. Hora de bagunçar. De lambuja a luz do abajur queima, nota-se a lua que trabalha insistente, noite após dia, sem ganhar nada por fora, nem um suborno sequer... Somente a admiração dos que veem, sentem, amam e vivem. Tudo que vier é lucro quando não se aposta alto tendo aposta de sobra. Tudo é paradoxo e até se torna imposto se diante do espelho da alma houver a negação de ser o dono do corpo, o dono das decisões. A vida vai seguindo, de repente até não. O relógio não para, só quando a corda lhe falta. Escrevendo de corpo e alma; de repente só com o mecânico mesmo. A vida vai se ajeitando como as águas das cachoeiras desenhando as marmitas. Leva tempo, mas há precisão. 

André Anlub

Dueto da tarde (CL)



Dueto da tarde (CL)

A luz olhou para o diamante e disse: "Vai, Carlos, ser gauche na vida".
Em um tom num dom de um prisma de amores fez-se então a disseminação da branca luz nas constâncias do espectro aos olhos... Produzindo cores.
E daí a luz disse: “Volta, Carlos, de ser gauche na vida”.
Em um som num “bum” de uma batida de tambores à Nick Mason, desfez-se então a transformação: o arco-íris volta a ser feixe luminoso.
Carlos, entre ir e voltar, nunca esquecerá deste acontecimento na vida de suas retinas tão fatigadas.
Criação e criatura – interligadas – como a vida que desenha/colore – embranquece/apaga.
A tela primeiro é nenhuma; e tudo está ali. Depois a tela também é nenhuma; e tudo continua ali. 
A respiração é assim: a plena musa música da natureza imprime as cores da natureza que por sua vez inspiram o som que expira em cores.
Carlos pergunta: “E agora, José?” Mas José também se perdeu no que vem depois do diamante.
Empacam por um instante na inconstância da situação: a natureza fez escasso o diamante e abundante a luz; José faz caro o que lhe é raro e Carlos faz barato o que lhe é farto.
Há uma pedra no meio do caminho dos dois. Talvez esta pedra seja o diamante, mas nada se pode ver ainda. Há um homem por trás dos óculos (Carlos, José, qualquer um), mas ele ainda não os abriu. 
É noite e a lua se esconde atrás de uma nuvem escura. Põe-se junto à luz que descansa um pouco por mais um dia árduo de trabalho.

Rogério Camargo e André Anlub
(11/5/15)

10 de maio de 2015

Feliz Dia das Mães


Tarde de 10 de maio de 2015

Ariano Suassuna...vc acredita em Deus?Olhem a sua resposta...
Posted by Paulo Leon on Sexta, 24 de abril de 2015


Tarde de 10 de maio de 2015 (como ninho de ovos, doces ou não)

Imerso em um mundo baldio que me faz encarcerado do meu próprio Eu inventivo, com um algema prateada, estilo seriado americano, apertada, enferrujada, tentando me impedir de escrever... Mas isso eu duvido. Não faz sentido ser tido como poeta e ter a poesia nem sequer por um minuto longe do ser. Acho que deve ser o cansaço; quiçá o cagaço de nunca mais escrever. Acho que pode ser o bagaço da laranja que já foi suco, chupada e espremida, a casca virou doce e agora tudo dá às caras e mostra o que sobrou: seus caroços... Quem sabe algo novo está para nascer... Quem sabe tudo isso é um pró-bônus; quem sabe um resquício de um prólogo tentando mostrar que algo melhor estaria porvir. Fico no aguardo e guardo a caneta e o bloquinho... Fico a observar os assíduos pássaros, dançando num indo e vindo, como vento, com suas palhas no bico – e eu aqui colocando uma placa de “manutenção” no meu ninho.

André Anlub

Manhã de 10 de maio de 2015



Manhã de 10 de maio de 2015 (como hippie que dança rap sendo “happy”)

Resolvi pintar, eram duas e vinte da madrugada. Uma água gelada, uma tela média e nua e rumo à varanda. Noite calma de lua escura, céu nublado e gatos passeando pelos telhados. Noite bucólica trazendo pensamentos com cheiros de saudade e maresia; noite minha extremamente minha, céu meu amenamente meu; sossego absoluto e o som baixo e fleuma do breu. Todavia, por toda vida me entreguei ao vasto. Não existia meio termo, ou era branco ou era preto; o cinza não estaria no meio, pois simplesmente não existia. Atualmente adaptei meu ser no colorido do mundo, como um cego que volta a ver. Posso então tirar pássaros e elefantes da cartola, não só coelhos; posso então abrigar a alma, e ter amigos dentro do coração e não somente mergulhados em boemias e copos. Faço uma amizade menos presente mas mais autêntica, sem barganhas e bagulhos, sem armadilhas de egos, vista grossa ou criação de cobras. A vida se expôs e expôs opções nada parcas... Eu abracei-as com veracidade, gratidão e doação... Então assim pude/quis finalmente me conhecer por quase completo... Por mais terrível que pudesse ser. 
As marcas das pinceladas rápidas começaram a surtir efeito na tela, eram tons dominantes de azul turquesa (que gosto muito) com gradações mistas de marrom, branco e variantes de azul escuro e verde musgo. Tudo isso só para recriar um mar bravio que estava na tela da mente –, na parte por de trás da testa –, como costumo dizer. Em um pesadelo me vi obsceno de cabelo seco, um hippie dançando rap e sendo “happy”... Acordei e reparei que o sonho era bom – talvez até ótimo – pois nele eu estava feliz, realizado, dançando e festejando; penso eu que quando se está alegre a gente se pega dançando e cantando sem saber o porquê, meio – ou inteiro –  “Olhos nos olhos” do Chico.

André Anlub

Dueto da tarde (CXLIX)

Há 415 anos (17 de fevereiro 1600), um frade dominicano chamado Giordano Bruno foi queimado na fogueira por heresia....
Posted by Climatologia Geográfica on Domingo, 10 de maio de 2015


Dueto da tarde (CXLIX)

Vejo-te diante das flores e não sei mais quem é quem. E nem importa.
Mesmo que importasse, não importaria. Mesmo que soubesse, não saberia: há sempre algo além do quem é quem.
Este amor teu me faz menino; me nina, me guia e orienta o meu olhar à tua formosura e para o que há de formoso no mundo.
Vejo as flores diante de ti e não contenho a onda de ternura. Nela surfa meu coração encantado. 
Certo que às vezes revivendo o passado crio um presente paralelo, um mundo ainda mais belo caso escolhesse por outro caminho. Seria então um egocêntrico ainda mais feliz.
Tu ris disso, às vezes. E às vezes gargalhas disso. Mas agora não. Agora me olhas como se quisesses adivinhar o que adivinho.
Tu choras comigo, quase sempre, para me fazer companhia. Sei que de nenhuma melancolia é composto teu ser.
Eu também choro comigo. Mas é por não ver o que sei estar lá, contigo e com as flores que são tu o tempo todo em meu jardim de angústias.
Quero viver tempos de dança e de bajulo com a vida, pois tu já és banhista, sambista, alquimista que larga a terra e se embrenha no oceano sem engano e sem economia.
Quero e fico querendo. O que é teu é teu e não posso avançar sobre. Pratico o que me permito praticar: praticamente, o reconhecimento da nossa distância.
Percebo-te como uma bela ilha que fito com os olhos, é fato em meus sonhos, mas, pela distância, impossibilita o meu nado.
Não me afogo porque nem tento. Atento para o impulso e tomo pulso de mim: Sei onde estamos quando quero estar onde não posso estar.
És ilha que amo cercada por tudo que amo – céu e mar; fazes da deselegância da minha total entrega o teu porto aos barcos outros, ao barco meu e a quem desejar.
Se isto não é suficiente, nada mais é suficiente. É quando a insuficiência senta a meu lado para olhar-te diante das flores e ambos vemos.

Rogério Camargo e André Anlub
(10/5/15)

Fulano, Sicrano, Beltrano

Samba Rock com Dendê em uma versão exclusiva pra vocês. Compartilhem à vontade!Ju Moraes - Voz e UkulelêAnderson Teles - CavacoIgor Cerqueira - BaixoDurval Santos - PandeiroMarlon Brazil - Teclados
Posted by Ju Moraes on Quinta, 7 de maio de 2015


Fulano passou quase o baile todo perturbando as meninas... era tal de “não” aqui, “não” acolá; o “não” ecoava pelo salão.
Faltando dez minutos para acabar o festejo ele levanta e brada: Sempre fui um defensor atroz do celibato.
(21/10/14)

Sicrano disse que iria votar num tal deputado que prometeu a ele dez quilos de carne... Colocou o n° do político, tirou a foto para provar seu voto e cancelou. Outro candidato concorrente do primeiro lhe prometeu quatro engradados de cerveja...
Sicrano seguiu o mesmo raciocínio anterior, e assim o fez com mais uma penca de candidatos... Sicrano garantiu seu churrasco de domingo com fartura, e ainda chamou muitos amigos. Ah, e como não gostava de nenhum dos candidatos... no final votou em branco. (5/10/14)

Beltrano vivia dizendo:
- Não publique, guarde suas ideias ou as coloque em efêmeras redes sociais; é besteira publicar, pois seu livro ficará enfeitando estantes e só parentes vão comprá-lo; você vai se decepcionar ao publicar seu livro... 
Beltrano pode até não ser um bom escritor, mas entende bem de negócios, pois já estava no seu 8° livro publicado! 
(22/9/14)

9 de maio de 2015

Morre no Grande Recife a cantora Selma do Coco, aos 85 anos



"Ela estava internada há 28 dias, por causa de uma fratura no fêmur.
Artista sofreu parada cardíaca e depois falência múltipla de órgãos.
A cantora Selma do Coco, 85 anos, que estava internada desde o dia 11 de abril, morreu neste sábado (09). A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do Hospital Miguel Arraes, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife. Ainda não há informações sobre velório e enterro.

De acordo com nota divulgada pela unidade de saúde, ela morreu depois de ter sofrido "uma parada cardíaca, sendo reanimada, e seguida por falência múltipla de órgãos". A família de Selma do Coco precisará liberar o corpo da cantora no Instituto de Medicina Legal. "Como a paciente deu entrada na unidade de saúde com uma fratura por causas externas, o corpo foi encaminhado para o IML", informa o documento." 

Link: http://g1.globo.com/pernambuco/noticia/2015/05/moree-no-grande-recife-cantora-selma-do-coco-aos-85-anos.html

Dueto da tarde (CXLVIII)



Dueto da tarde (CXLVIII)

Era uma lua muito tímida que amava seu sol com paixão fervorosa.
Afeição desastrosa, mas real e recíproca que lembra o filme “O feitiço de Áquila”.
Um não pode, o outro não pode e os dois querem. A lua ama o sol na lua. O sol ama a lua no sol. E o céu assiste.
Daqui de baixo é contemplação, aplausos e uma nova fábula; falar nos dois é corriqueiro, mas como disse o poeta: “quais são as palavras que nunca são ditas?”.
Nunca são ditas as palavras que não cabem nas palavras. O que não é palavra e as luas dizem que não é palavra dizendo que não é palavra.
Dizer muito falando pouco, ou coisa nenhuma... Eis ai um dilema/teorema antigo que bate de frente com o prolixo e enfrenta no braço o banal.
A timidez da lua, o ardor do sol: tudo a dizer calado, tudo calando aos berros. E nos enterros os prantos em sutis silêncios; e nos incêndios as chamas que queimam inquietas.
O céu desce do céu nessas horas e estende as mãos para colher a precariedade. Colhe, aconchega e volta a subir aos céus.
A lua e o sol tomam conta da “casa” enquanto vagalumes de pedra passam com a pressa de sempre.
A lua lava roupa no córrego da súplica; o sol arreia o cavalo no celeiro da inquietude. O céu não se mexe mais: já fez a sua parte.
Na coxia o cochicho dos atores, o cenário inédito e a peça são improvisos; as cortinas da manhã se abrem; vai começar o espetáculo.
Não se sabe quem vai estar presente para aplaudir, criticar, ir embora, voltar para a próxima sessão. Lua, sol e céu também não sabem. Mas é com eles.
Os ingressos foram entregues, mas as portas e janelas ficam abertas; não há reprise – não há cancelamento, e quando alguém não pode mais estar presente é porque já faz parte do elenco.

Rogério Camargo e André Anlub
(9/5/15)

Lucíola Alencar

Daniel Csobot é um incrível cineasta e fotógrafo que conseguiu capturar essas lindas imagens mostrando a completa germinação de sementes. É um verdadeiro show da natureza! Seu trabalho foi, basicamente, tirar milhares de fotos, dia após dia, e juntá-las, formando o impressionante vídeo. Confira mais sobre seu trabalho no site www.danic.me
Posted by JornalCiencia on Sábado, 19 de julho de 2014


Lucíola Alencar         
(André Anlub - 6/10/14)

Em tempos idos:
Lucíola teve passado penoso,
De dia a dia rigoroso, aqui e acolá em diversos puteiros.
Sua mãe analfabeta e agricultora e seu pai pedreiro;
Faltava dinheiro, comida, estudo, faltava quase tudo...
Até que, de repente, o “tudo” veio:

Em tempos meios:
(tomei a liberdade de não rimar nessa parte)
A gravidez de trigêmeos caiu como tempestade,
Aquela louca vontade de ser mãe 
– aquela sóbria visão de que precisava ser algo mais;
Largou a labuta de prostituta e entregou-se aos livros...
Venceu empecilhos, derrubou preconceitos.

Em tempos de hoje:
Mulher guerreira, mãe solteira, ex-meretriz,
Sessenta anos e três filhos criados:
Uma médica, um famoso escritor e um advogado.
Lucíola Alencar é dona de casa
E de uma rendosa barraca na feira,
Agora com “eira” e com “beira”
É também dona do próprio nariz.

Adoro sentir o orvalho e a chuva do final da tarde,
Namoro a lua em alarde com cheiro de pão de alho.
Sei que no abissal, onde habitam a alma e a verve,
Só se banha e se ferve quem comete o mergulho imoral.

8 de maio de 2015

Ponderações “nas internas II”

Sensacional♫ Por: Orquestra Sinfônica Brasileira.
Posted by Cifras on Terça, 5 de maio de 2015


Ponderações “nas internas II”

Ah, esses namorados, são apaixonados interessantes; seus corações, seus romances (amor compromissado).
Fazem loucuras sem limites, paixões ardentes sem juízo, só aceitam improvisos, não aceitam palpites.
Ah, esses amantes, é sem vergonha essa entrega; dizem que dá náuseas, dizem que dá raiva e quase sempre causa inveja.

“Medo de ser feliz” isso não é verossímil, não existe o invencível; se a tristeza persiste, me persegue e não desiste: eu ponho meu dedo em riste, pois se é preciso temer algo, tenho medo é de ser triste.

A perspectiva de um admirável amor faz bater o peito num ritmo frenético... é diurético no sangue que corre ligeiro, feito um vírus bom, que se espalha e entorpece.

O amor é assim: chega e me cerca, aperta e acerta o que já seria certo no cerne.

Meus versos são libertos, não há musa, nem mordaça, nem há um alvo que se faça. Às vezes eles voam e são de quem os pega, são de quem os abraça.

Sobre o amor?
- Sim, eu conheço, sei bem dessa fábula; sei qual o seu curso, bons e maus imprevistos; falam de alguns vícios, falam de absurdos, mas não provaram na língua o que dizem amargas.

Dueto da tarde (CXLVII)



Dueto da tarde (CXLVII)

Flagro-me com os pés descalços na grama e os pensamentos dispersos, aéreos.
Uma viagem por mim mesmo levaria aonde? Não sei. Mas seria interessante.
Rasgo-me com a fé que andava distante e agora me acompanha como cachoeira de dia, feito aguardente na noite.
Descolo os olhos da retina retida, desamarro as mãos das amarras amadas, limpo os pés no rés do chão de nuvens e, em frente, enfrento.
Ao olhar a fronte do fronte de frente infrinjo suas leis e transformo-me em fera. O fronte me olha alheio, indigente – indiferente –, vira as costas e volta à guerra.
Cotidianamente, o dia-a-dia. Rotineiramente, a rotina. Ninguém para te dizer “agora!” O tempo todo todo mundo te dizendo “agora!”
Vejo-me inerte no espelho d’água do rio que corre... Não o desço; o que se vai são as cicatrizes da vida, páginas viradas, portas fechadas e algumas lágrimas.
“Chorar faz bem para os olhos”. Comer formiga também. Coceira na palma da mão é dinheiro. Pisar em cocô na rua dá sorte. O Jogo do Contente está sempre à disposição...
Não sei aonde a viagem por mim mesmo me levou, mas já estou pensando em retornar. A água já ferveu para o café e não o chá; o Zé já me chama para cavalgar, mas vou a pé.
A pé com os pés descalços. A areia quente quer assunto com meus dedos. Meus dedos fingem interessar-se pelo assunto da areia quente.
A grama marcada pelo peso do meu corpo me olha enciumada e clama meu retorno.
É para lá que eu vou. Mas tenho muita areia pela frente – e sob os pés – ainda.

Rogério Camargo e André Anlub
(8/5/15)

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.