31 de outubro de 2015

Do sexismo

Há 5 temporadas, o melodioso violoncelo de Jaques Morelenbaum compõe a trilha sonora do programa Sangue Latino. Hoje, ...
Posted by Canal Brasil on Sábado, 31 de outubro de 2015


Do sexismo
(André Anlub – 2012)

O homem tem que sustentar a família?
A mulher tem que ser dona de casa?

Coisas ultrapassadas que ainda estão presentes em muitos lares...
Enquanto garrafas e copos bailam nas mãos dos maridos nas mesas dos bares.

Os sexismos estão bem mais próximos do que se imagina.
E às vezes a violência está ligada diretamente a eles
Algumas mulheres em suas minissaias rodam bolsas na esquina
Enquanto homens saem nas ruas, espancam pessoas a troco de nada.

De repente para provar ser alguém, a testosterona é a fagulha que falta
Vem aquele velho clichê: não sei se eu caso ou se compro uma escada.

Que houve uma conquista grande da mulher, ninguém contesta
Mas quem não gostou? ficou tatuado na testa de muito machista;
E o sexista se faz de artista e se diz oprimido
Pois ser o coitadinho, o pobre sofrido, e tudo que lhe resta.

Por outro lado, foi há tempos provado, que a mulher ser fraca é uma grande falácia...
O parto já é um grande fato de sua força externa ser evidente e extrema;
E a pureza? Tem do primeiro alimento – sendo macho ou fêmea – o seu leite no peito.

30 de outubro de 2015

Venha ler poesia...

Logo no início da bateria, Filipe Toledo levou um 10 e garantiu a vitória em Portugal. Valeu, Italo Ferreira! #BrazilianStorm no topo em Supertubos!
Posted by Canal OFF on Sexta, 30 de outubro de 2015


A priori a certeza vem e fica

Os olhos negros, ressecados
daqueles que observam os indecisos.
O sapato novinho, engraxado
o uniforme impecável, passado.
Sem esquecer-se da pólvora no colarinho.

Por outro lado...
Um homem com mais conteúdo era taxado de insano
à toa, perdido na praça.
Mas é apenas um filósofo sortudo, gente de raça
com seus versos de paisagens, amores e enganos.

Dois homens em duelos
dois encargos de diferentes elos.

De um lado do ringue o opressor
dos senhores, senhor
de árvores raras, lenhador.
A criatura ignóbil.
No lado oposto a emoção
que não alimenta rótulos
nem quer ser oprimido
tampouco opressor.
O quebrador de invólucros.

A espada é erguida 
em alguns pontos do planeta.
Logo em seguida
freneticamente
derrama-se tinta...
Da lança chamada “caneta”.

André Anlub®
(7/6/13)

29 de outubro de 2015

Dia do Livro

 ""Poesia é uma ou duas linhas e atrás uma imensa paisagem" (1990), Ana Cristina Cesar por João Moreira Salles. Um curta metragem em homenagem à poeta Ana Cristina Cesar através da evocação de seus poemas e dos autores que admirava."



Leia mais: http://revistacult.uol.com.br/home/2013/11/uma-possivel-ana-cristina-cesar/

Breu da madrugada




Breu da madrugada

Segue-me nos segundos
dentro do casco, no coração
até mesmo na cálida alma
por que não?

Como música cadenciada
mas sem compromisso
talvez um jazz.

Desenhando meus passos
indicando a direção
e indo além.

Deliberando os sentimentos
e minhas paixões...
Por onde e com quem.
Decidindo os espaços.

Diferencia o mal e o bem
arma-me com espada forjada
na fidelidade
do mais puro e raro aço.

É regra que quer ser quebrada
No mar, é feixe de luz desviada.

E do nada...
forma um arco-íris mais belo
de fogo abrasador e esmero
visível no breu da madrugada.

André Anlub®

28 de outubro de 2015

Ótima tarde com poesia

O que é liberdade para você? E o quanto desfruta dela? Às vezes falta coragem, tempo e até vontade. Mas quem...
Posted by Canal OFF on Quarta, 28 de outubro de 2015


Brisa que abre o portão
Vem do vai e vem das ondas
Ultrapassando o varal
Acalentando as roupas.

Moveu o barco pesqueiro
Mudou de lugar uma duna
Fez levitar uma pluma
Dispersou o nevoeiro.

Brisa gélida de inverno
Alegrou o dente de leão
Soprou ao rosto
Encheu o pulmão
E nas manhãs corriqueiras
Espalhou o aroma do pão.

André Anlub®

Só nos nossos sonhos


Só nos nossos sonhos
(André Anlub® - 2012)

Só nos melhores sonhos
Flutuamos por sobre os rios
Podemos ver pela purificação da água
O verde fluorescente dos limos
Peixes que brincam
E o bailar das algas.

Só nos mais extensos sonhos
Engravidamos e os gêmeos nascem
São criados com demasiado carinho
Crescem e seguem seus rumos.

Só nos mais avivados sonhos
Pintamos imensos afrescos com as mãos
Transmutam para um belo arco-íris
Atravessando todo o céu
Multicolor, surreal e hipnotizante.

Só em sonhos, os mais reais
Corremos e não saímos do lugar
Perco-me e você se perde
Não nos reconhecemos
Papeis e sentimentos voam com o vento
Tentamos compreender o tempo
Déjà vu de caminhos...
Vou acordar desse amor.

27 de outubro de 2015

Manhã de 27 de outubro de 2015



Manhã de 27 de outubro de 2015
Em tempo, vão-se os papéis, drivers, pen drivers, nuvens e véus... mas ficam os enredos.

Da minha boca sai dublagem, mesmo calada é dublagem; sai dublagem feito fuligem da minha seca boca. Inerte, costurada, sonífera, boca que sai poesia e fala às avessas, aos maltrapilhos e aos ‘becados’ de fraque e relógios de ouro. Línguas estranhas, saídas frenéticas, a ansiedade torna o indivíduo impaciente e até mesmo antissocial e egoísta; há de se não ter vergonha de assumir o problema, buscar tratamento e assim melhorar o convívio com o próximo. Mas a língua continuará por lá, em ‘stand by’ aguardando o tiro de largada. Os lenços estão limpos, novamente brancos, com nossas iniciais bem no cantinho. Comi uvas, cenoura crua e picada, atum delata e pepinos frescos, milhos, tomates cerejas... sujei meu divino divã imaginário... mas já limpei; contei meus segredos segregados... mas já espanei; já suguei todo sangue dos malvados... mas ainda não regurgitei. Palavras já ditas e frases feitas vindas de um louco menino. Algo do meu feitio pode ser feito, feio e fechado, arquivado em meio aos mistérios, fino no meio fio. Ponho-me a explorar o Cosmos, algo assim: desconhecido. É estranho, é ambíguo... é verdadeiro, sadio verdureiro e bem antigo... coisas de feiras livres. Saudade das feiras livres, do pescado, das frutas frescas e da xepa com hora certa... Amo o Brasil, beijo-o e flerto com suas mulheres, suas praias, maresias, suas poesias, favelas e botecos; apesar de muitas vezes concordar com os complexados vira-latas que bradam contra o Brasil – até achar que eles podem estar sendo sinceros – acho que o que dizem pode soar um misto de oportunismo, auto vanglorização, ingratidão e evidente menosprezo com o lugar onde nasceu. É aquela história de comer aipo: foi provado cientificamente que a energia gasta na mastigação é menor que a energia que o aipo lhe dá. Da minha boca não só sai dublagem... na fala se gasta energia... então, ao menor sinal de insatisfação tento melhorar a coisa, tento opinar para uma evolução, pois sei que apontar dedos de nada adianta. Super simples, acho que escrevi algo assim, a boca no transverso e no travesso e em anexo, o verbo; bebo e verto, inverto o abeto, embebo, indexo e enlouqueço... planto a árvore e grito com a voz rouca sem fim, o mesmo lamento em asas de um anjo jovem. O que foi feito foi nada feio (aliás, foi belo). As ruas limpas, os rios descem rapidamente sob o sol quente e brilhante. Era assim, é assim e acho que será assim no futuro próximo e também no bem longe. Todo dia a noite me beija quente e me desafia – fico feliz; toda noite o dia me grita doce e baixo que me espera para limpar a baba do beijo da noite. Se isso será sempre assim, arrumadinho? Não sei dizer! Morcegos amigos, asas negras, orelhas compridas, olhar certeiro na cegueira bem vista. O interlocutor se perdeu, gaguejou, borrou as calças e desencantou... aquela fala pormenor até queria ser entendida, ai de mim – por bem, por mal, ai de ti... e quem fica? Só fica bem na praia da Boa Vista (em Paraty). 

André Anlub

26 de outubro de 2015

Na saliva da vida

Pepe Mujica completa 80 anos hoje.


Imaginação em aquarela
verve que grita
canta os pássaros
coração palpita
e a pureza que se acredita
olhando nos olhos dela.

Na saliva da vida
(André Anlub - 06/04/13)

Sem rumo, faz do instinto sua bússola
anda com a cara e a coragem
não mata um leão por dia
mas encara a besta macabra.

É dono dos prós e contras
um pé na frente e outro atrás
constrói seus moinhos de vento
ao som de um clássico do Jazz.

A cada lua minguante
pinta um cômodo da casa
e rega o jardim das camélias
que vibram, nas águas, dançantes.

O cachorro deitado num canto
e o canto dos pássaros belos
o pica-pau e o trinca-ferro
o bem-te-vi e um melro
dão mais vida ao montante.

O voo da tranquilidade
num céu azul de espaço
abraço da vida em liberdade
é o beijo na sede no riacho.

Não mais submerso em vil fachada
brinda os versos da mãe natureza
em aquarelas muito além das janelas
que atravessa seguindo as pegadas.

Agora, não são mais quimeras
novas paixões o esperam
sem sonho, sem pouco, sem mera
nas mil opções de chegadas.

Na pretensão da esperança, com ares de ressurreição, na alegria e na bonança, na arte que se expande em criação. Busca no cerne o que é certo: gosto, saliva, devoção. É relíquia, é procura, de joelhos, minha jura. Tira da face crua a amargura, põe o que lhe é de direito... Na estatua de um santo, na reza em um terreiro, no altar ou outeiro, vale a gota do pranto. 

André Anlub®

25 de outubro de 2015

Decapitação à francesa


Tenho recebido muitas mensagens aqui na página perguntando sobre este poema. Aos que não conhecem, aí vai. Bom fim de domingo a todos.  Viviane
Posted by Viviane Mosé on Domingo, 25 de outubro de 2015


Decapitação à francesa

Por entre muros altos de pedras de arenito,
Esquivando-se das cruéis flechas em fogo,
Vejo-me invadindo a comarca inimiga,
Na insensatez de um lúgubre rito.

Somente digo quem sou...
Abrindo mão de descer por um ralo depravado.
Minha pulcra essência estará à mercê,
Sei que só assim farei parte do seu legado.


Tenho a alma transbordando nesse doce momento,
Um palpável amor que vai ao alto tormento.
A devoção é promessa que nunca se viu abalável,
Amparo é a certeza de jamais ser recusável.

Derramarei meu deleite ao máximo desatino,
Seguirei suas pegadas nas areias quentes do destino.
Em meus sonhos um querubim me confidencia...
“por trás dessa máscara negra há um mortal amável.”

Por fim verá uma decapitação à francesa,
Minha cabeça rolará por sobre o gramado,
Na minha boca um sorriso estampado,
Piscarei os olhos para a nobre condessa.

André Anlub (2012)


Pequenas empáfias

Outubro é o mês de conscientizar e alertar as mulheres sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câ...
Posted by Canal OFF on Domingo, 25 de outubro de 2015


Pequenas empáfias

Aves que voam no além-mar
A dois, três, metros da água
Sentindo a salinidade existente
Liberdade de tocar a epiderme da vida.

Aves migratórias de voos extensos
Atravessam continentes com suas asas enérgicas
Veem de um modo que nem em sonho o homem vê
A brisa é sua amiga e confidente.

Tudo se torna fácil na simplicidade
O belo, salutar e o generoso são corriqueiros
O natural é unicamente natural
E nada faz falta ter o intelecto.

Alguém lá em cima sorri
Ri de nossa soberba
Ri quando vemos um colibri
Ri quando voamos em asas de aço.

André Anlub (2012)

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.