3 de dezembro de 2015

Mãe dos libertos


 Mãe dos libertos

Lá tem tudo e é para quem tudo quer mesmo,
Tem aconchego para moleque travesso,
Também tem o avesso da escuridão.

Tem aquele odor de fruta madura
Que quando ainda verde lhe coube o flerte,
E assim, de repente, pousa contente,
Saborosamente na palma da mão.

Lá tem história com nostalgia,
Tem o poder da cria num belo cordão.

Tem lá o calor e águas de vida,
E intensa ventania, mas só quando há fervor.

Lá tem a mãe, tem a vó e a filha,
Tem a imaculada magia – procriação.

Existe o amor – alegria – harmonia,
Existe o sim e o certo ao ensinar com o não.

Enfim lá tem tudo na fidúcia do afetos
Aos olhos do reto (segurança e abrigo);
Onde prevalece a bonança não há oprimido,
Genitora dos deuses, mãe dos libertos.

André Anlub®
(10/5/14)

2 de dezembro de 2015

Ótima noite!

Quem é quem na mineraçãoA política do toma lá, dá cá também é responsável pelo acidente criminoso de Mariana-MGDeputados financiados por mineradoras são os que decidem as regras do setor mineral no Brasil.E não é a toa que as mineradoras como a Vale/Samarco/BHP operem sem qualquer plano de segurança, expondo trabalhadores e populações do entorno a riscos de acidentes graves como o ocorrido em Mariana.Leonardo Quntão - PMDB/MG, relator do texto do Novo Código da Mineração, teve 42% da sua campanha financiada por mineradoras. A quem serve este deputado? A quem serve o novo Código da Mineração?#ComunicaçãoComitê
Posted by Em Defesa dos Territórios Frente a Mineração on Quinta, 13 de agosto de 2015




Escrevinhador de inteira tigela


 Escrevinhador de inteira tigela

Não me observo mais em ingênuos instantes
só quando as toalhas molhadas estão em cima da cama.
Onde está o meu sonho de morar numa praia distante?
- perdeu-se ao preocupar-me com uns pedaços de panos.

Quero parar de procurar meus escritos perdidos
e  meus livros rasurados que foram jogados à toa.
Deixei a paleta sem tinta e o meu colorir sem aquarela.
Deixei vazia a panela, não fui pescar na lagoa.

Disfarço e não vejo meus textos sem nexo
nem os sonetos sem rima de um sentimentalismo perplexo.
O meu ser já perdeu a transparência intacta
sendo um homem de lata, sem coração nem reflexo.

Enfim, quiçá, eu seja insano escrevinhador,
que às vezes conduz a dor, deixando o amor conservado.
Mas naquilo com esmero, um deslumbrado sincero
que tem quentura e frieza no escrever que me presto.

André Anlub®
(18/04/13)

1 de dezembro de 2015

Ótima tarde




Woody Allen completa 80 anos neste 1º de dezembro com uma vasta carreira cinematográfica. Em sua homenagem, confira a lista dos dez filmes do diretor eleitos pelo TelaTela:

http://telatela.cartacapital.com.br/os-dez-melhores-filmes-de-woody-allen/

É nessa paz



É nessa paz

É nessa paz que me entrego
Navego
Desbravo
Envergo
Não quebro.
A paz de batalhas
Conquistas
Navalhas
Equilibristas.
Paz que me atrevo
Arrisco
Arisco
Rabisco
Meu trevo.
É nessa paz que escrevo
O que devo
Vejo
Viso
Piso.
É nessa paz o lampejo
Que ofusca
O fosco
Que se perde
Se busca
São todos
E Eu mesmo.

André Anlub®

30 de novembro de 2015

Armageddon II


 Armageddon II
(André Anlub®)

Caçadores de cobiças e amores perdidos
Senhores dos seus projetos de ações duvidosas
Jardineiro na ufania das flores de cera de ouvido
Decifram a nostalgia de ocorrências rigorosas.

Lenhadores brutamontes com os seus machados cegos
Filhos de escravas negras com índios
São brancos com seus olhos claros de guerra
Sem ego, mas com a ganância de buscar o infinito.

Se a chuva de meteoros chegar em má hora
E quatro cavaleiros lhe derem guarida
Com parcimônia de quem cultiva uma passiflora
Empunha a espada, dá meia volta e procura saída.

Vivendo em um singelo passado do agora
Azul que faz fronteira com um feio absurdo
Os vieses que ecoam aos ouvidos de muitos
Aquecem como o nome de Nossa Senhora.

29 de novembro de 2015

Sempre vivo




Sempre vivo   

Precisamos de dias mais longos,
cheios de ar, aves;
árvores por todos os cantos,
cantos açucarando os pesares,

Afagando aos ouvidos.

Ouvi dos sinceros seus sins,
som de detalhes.
De talhes simplórios,
corpos notórios,
felicidade e gemidos.

Precisamos de larga boca
e nada oca a mente.
Mente aquele que no medo,
em segredo,
no paladar do azedo,
expõe que não ama
e não segue passo à frente.

Por aqui, por ali,
o sol nasceu mais vivo,
vi você de repente,
menos breve e arredio
arrepender-se contente.

André Anlub®
(4/11/13)

Bom domingo!

“Pouquíssimas pessoas podem dar-se ao luxo de ser pobres” (George Bernard Shaw). Tradução: pouquíssimas pessoas estão inteiramente em paz, tranquilas, isentas de conflitos por estarem à margem da roda de consumos. Porque ser pobre não é nada mais do que isso: não ter condições de adquirir o que as vitrines da fantasia oferecem, no sistema de compra-e-venda de prazeres. Pouquíssimas pessoas não se recalcam ao ver que os outros podem e elas não. Pouquíssimas não se rotulam de “inferiores” ou de injustiçadas pela sociedade que as marginaliza. Parte delas pode até ter uma atitude proativa em relação a isso, tornando-se batalhadoras. “Fique rico ou morra tentando”, diz o rapper tomado por filósofo. Isso até que tem o seu valor. Não pelo objetivo perseguido, que é fraudulento, mas pela força pessoal que desenvolve. A maioria, no entanto, se deixa cair na vala comum dos “fracassados”. Quando fracassado, na verdade, é este sistema que separa as criaturas entre vencedores (os que podem comprar) e perdedores (os que não têm dinheiro). Pouquíssimas pessoas ficam em paz no segundo grupo pela simples razão de que são raros os que entendem realmente o grande logro que há nesta oferta de benesses artificiais e que por inteiro, sem sobras nem carências, adaptam-se ao que a vida lhes deu e, porque a vida lhes deu, é de fato delas.

Rogério Camargo
· Porto Alegre ·

(via Facebook)

28 de novembro de 2015

Dos Pragmatismos

Isso sim é ADRENALINA mané !!! 8|Curta Canal D2M Não esqueça de se Inscrever no Canal  !!! https://goo.gl/cfCLGn
Posted by Canal D2M on Quinta, 26 de novembro de 2015


Dos Pragmatismos

Na sua cabeça a filosofia deveria estudar somente o que faz diferença na vida; descobrindo com isso vários âmbitos de largada, limitando-se então a um ponto de chegada. E se não houver um efeito prático para tudo... não há saída. Não consegue se olhar no espelho, o mesmo não significa absolutamente nada, é só perda de seu precioso tempo; e na calada da noite é só mais um insone hipocondríaco. Não escreve emoções, até duvida de tal coisa; caso pinte um quadro... Será nada além de tintas, cores, em uma tela branca. Seu bom dia é frio como o inverno mais gélido; o maior desafio é uma perda, dor... Ainda não aprendeu a lidar com isso. É contra a ciência só para desenvolver a ciência, tem que haver um objetivo social coerente; na sua experiência de vida discorda de ideias inatas, pensa que hipóteses são inexistentes. Enfim descobre que esse frenesi mental pode deixá-lo doente, uma praticidade do exato que não é nada prático. Bertrand Russel considera a filosofia pragmatista estreita... Disse: “Rouba da vida tudo que lhe dá valor e torna o homem menor, desprovendo o universo de seu esplendor”. Sei não, mas é melhor deixar quieto... é o Bertrand né! É o Bertrand!

André Anlub

Mesmo que anjos tenham umbigo



Mesmo que anjos tenham umbigo

Mudei de século,
Moldei o crédulo,
e passei a sonhar com as Valquírias.
Vi um mundo sem máscaras,
sem muita diplomacia.

Eis as tardes que caem
afogadas em grandes bacias.
Eis as mães com suas filhas
fazendo de alvo o profícuo.

Delineei o passado
no caso mais que perdido.
Etiquetei os bandidos
ao som de música clássica.

Para um espanto em vão,
bandeiras viram fogueiras,
e as duras madeiras de lei
amarrotam o nosso irmão.

As fidúcias rasteiras,
já velhas, trapos manchados,
silenciam os zangados,
servindo de panos de chão.

No auge da contradição
os ouvidos não ficam entupidos,
ecoam os belos grunhidos,
do cão são da imaginação.

Eis o século moderno
de horizontes pintados,
em pergaminhos eternos,
e jovens audaciosos e belos:
- nos banquetes,
nos sovacos,
as baguetes.

Haverá um menino
e tornar-se-á bem sabido,
verá tudo se repetindo:
- sem dono o umbigo quer briga.

Sorridente - indiferente,
e a alcunha de sobrevivente,
sentará feliz lá na praça
jogando milhos pras garças:
- o umbigo no meio da barriga.

André Anlub®
(4/10/13)

27 de novembro de 2015

No final...

No final das contas, quando acabar o espetáculo, as lonas forem recolhidas, o circo enfim desarmado... a mulher barbuda faz a barba, o mágico erra a mão no fim trágico, o elefante faz dieta e fica magro, o leão bobo e domesticado, o equilibrista inebriado... com a garrafa de pinga no sovaco, o anão vira rei num seriado, o atirador de faca é esfaqueado; no final do espetáculo... o único incorruptível é o Palhaço.

 

Bonifrate

 
Bonifrate

Nem imagino por onde é o começo
quiçá pela dor que corrói em saudade   
nessa idade que se iniciou o apreço
que migrou para incontrolável vontade.

Decompondo o corpo de bonifrate (brinquedo)
trazendo a pior das tramas do enredo.

O coração tornou-se ferro e ferrugem
carecendo do óleo quente da amargura
talvez o erro de almejar o impossível
senão a demência de só ver a negrura.

Não tenho mais rotatividade na alma
velho, meu coração anda torto
e o porto que há muito tempo vazio
expõe os corais de um amor absorto.

André Anlub®

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.