5 de dezembro de 2015

Poetar sincero

A few years back a fan posted a picture of Balls Pyramid on my FB page and asked if it could be jumped. When I saw the picture I couldn't believe the place was real. I thought it had been photoshopped. I then started doing a little research on google and found out the place was very real and next to an amazing island called Lord Howe. I sent the picture to my very good friend Luigi Cani and asked him if he thought this would make a good location for a project. He said absolutely and he started putting everything together to go there and fly wing-suits next to this amazing and beautiful location. It may be the single most beautiful place I have ever been. It really did feel like an alien landscape from another planet. @GoPro #gopro Pelican Products  Apex BASE
Posted by Jeb Corliss on Quinta, 16 de abril de 2015


O poeta foi assaltado
Por duas letras “A”
Que saltaram de sua folha
Repentinamente, 
E era dia de semana
Em plena Copacabana.
Levaram-lhe a inspiração
Lembrou-se das casas com luz e pessoas sem ler
Lembrou-se das mentes criativas censuradas pela lei
O poeta tocou a face e enxugou o pranto
Sabendo que tem muito mais da mesma...
Passou agora a distribuí-la.

André Anlub

Poetar sincero

Nunca basta
Nunca espero
Sempre há vida
Onde há esmero
A poesia sentida
Em um verso sincero

Querer não é luz
Ser é o forjar do ferro
Então faremos jus
Ao poetar sem erro.

“Escrevinhar” errado
Mas com legítima emoção
De certa forma é válido
Se alcança e toca de fato
Um exposto coração.

Não devemos cincar
Vamos tocar sem ferir
Registrando o sentir

Como poesia em adoração.

(Decimar Biagini e André Anlub)

Fábula dos Piratas


Claros Gemidos

Quebrando a monotonia dos dias frios de inverno
coração é lar
marco de uma linda biografia.
Todo barco é vida e procura o mais perfeito rumo
um encharque de amor
que é bem-vindo e “bem-indo”.

O fio que foi tecido pode ter sido aquele que me amarrou em você
pode querer que eu aceito
pode ser feito do que for...

Eu quero!

Você é meu lar
puro ar no meu naufrágio.
Doce abelha que se ateia o fogo carnal
um absurdo que pousa em um eu de mel
jovial perambulante por todo meu adágio.

Vamos delinear e saborear os momentos sem qualquer asco
abro você como um frasco
perfume dos mais caros.

Joia rara que enfeita o pescoço
em nada raro instante.
O montante da paixão guardamos em claros gemidos
ah, bem claros.


Fábula dos Piratas Parte II
   
Corsário sem rumo

No seu sorriso mais doce
Dá-me o sonhar acordado
Nau agridoce ancorada
No porto seguro de um réu.

O cerne mais íntimo partilhado
Como alado cavalo ao vento
Coice pra longe o tormento
Traz na crina o loiro do mel.

Mil flores a pulsar na razão
Vil dor e jamais compunção
Cem cores permeiam na libido
Sem rumo nem rum no tonel.

Pirata na dádiva do amor
Com a bússola do autêntico anseio
Nem proa, nem popa, nem meio
Voando em direção ao seu céu.


Parte III

Mar é moradia

Avança por mares revoltos
Reafirma sua total identidade
Navegador guerreiro, punhal nos caninos
Amante de tempestades e estorvos
Vento intenso e leme solto.

Olho ímpar e rubro no horizonte
Seguido por gaivotas e morcegos
Pernas magras de carne e cicatriz
No ombro, um incorrigível atroz falante.

Um náufrago o observa com ansiedade
Faz moradia numa ilha equidistante
Deu-lhe um susto farta bandeira de caveira
Sepultou sua esperança de três anos.

A solidão é uma amiga em comum
Veio a coragem de acender uma fogueira
E na fumaça o pirata avista a ilha
Dá meia volta, pois o mar é moradia.


Parte IV

Ilha da Prosperidade

Deixou pra amanhã e funcionou – sol nasceu
Dentre as belezas mais raras – lua bela
Acabou com a mesmice, foi além do amor.

Arriscou-se em sacrifícios,
enfrentou seus pesadelos,
encarou os pecados,
desmotivou a desunião.

Fez um primor de discurso
Quebrou o gelo, calou o berro
No manuscrito da alma
Consertou o leme, ajeitou o curso.

Pra ilha da prosperidade seguiu
Aumentou a tempestade
Multiplicaram-se os ventos fortes
Mais breve foi sua chegada.

Olhem por aí...
Deu certo!
A brisa chegou para refrescá-lo
O pesadelo morreu.

Nasceram os encantos e as poesias
Se for proibido não se cale
Se for legal, conte-nos mais.

André Anlub

4 de dezembro de 2015

Decapitação à francesa

A vida é um teatro e faz-se tudo para valer a pena; vivo na coxia, mas de quando em quando entro em cena. 







Decapitação à francesa (2012)

Por entre muros altos de pedras de arenito,
Esquivando-se das cruéis flechas em fogo,
Vejo-me invadindo a comarca inimiga,
Na insensatez de um lúgubre rito.

Somente digo quem sou...
Abrindo mão de descer por um ralo depravado.
Minha pulcra essência estará à mercê,
Sei que só assim farei parte do seu legado.


Tenho a alma transbordando nesse doce momento,
Um palpável amor que vai ao alto tormento.
A devoção é promessa que nunca se viu abalável,
Amparo é a certeza de jamais ser recusável.

Derramarei meu deleite ao máximo desatino,
Seguirei suas pegadas nas areias quentes do destino.
Em meus sonhos um querubim me confidencia...
“por trás dessa máscara negra há um mortal amável.”

Por fim verá uma decapitação à francesa,
Minha cabeça rolará por sobre o gramado,
Na minha boca um sorriso estampado,
Piscarei os olhos para a nobre condessa.

André Anlub®

3 de dezembro de 2015

Mãe dos libertos


 Mãe dos libertos

Lá tem tudo e é para quem tudo quer mesmo,
Tem aconchego para moleque travesso,
Também tem o avesso da escuridão.

Tem aquele odor de fruta madura
Que quando ainda verde lhe coube o flerte,
E assim, de repente, pousa contente,
Saborosamente na palma da mão.

Lá tem história com nostalgia,
Tem o poder da cria num belo cordão.

Tem lá o calor e águas de vida,
E intensa ventania, mas só quando há fervor.

Lá tem a mãe, tem a vó e a filha,
Tem a imaculada magia – procriação.

Existe o amor – alegria – harmonia,
Existe o sim e o certo ao ensinar com o não.

Enfim lá tem tudo na fidúcia do afetos
Aos olhos do reto (segurança e abrigo);
Onde prevalece a bonança não há oprimido,
Genitora dos deuses, mãe dos libertos.

André Anlub®
(10/5/14)

2 de dezembro de 2015

Ótima noite!

Quem é quem na mineraçãoA política do toma lá, dá cá também é responsável pelo acidente criminoso de Mariana-MGDeputados financiados por mineradoras são os que decidem as regras do setor mineral no Brasil.E não é a toa que as mineradoras como a Vale/Samarco/BHP operem sem qualquer plano de segurança, expondo trabalhadores e populações do entorno a riscos de acidentes graves como o ocorrido em Mariana.Leonardo Quntão - PMDB/MG, relator do texto do Novo Código da Mineração, teve 42% da sua campanha financiada por mineradoras. A quem serve este deputado? A quem serve o novo Código da Mineração?#ComunicaçãoComitê
Posted by Em Defesa dos Territórios Frente a Mineração on Quinta, 13 de agosto de 2015




Escrevinhador de inteira tigela


 Escrevinhador de inteira tigela

Não me observo mais em ingênuos instantes
só quando as toalhas molhadas estão em cima da cama.
Onde está o meu sonho de morar numa praia distante?
- perdeu-se ao preocupar-me com uns pedaços de panos.

Quero parar de procurar meus escritos perdidos
e  meus livros rasurados que foram jogados à toa.
Deixei a paleta sem tinta e o meu colorir sem aquarela.
Deixei vazia a panela, não fui pescar na lagoa.

Disfarço e não vejo meus textos sem nexo
nem os sonetos sem rima de um sentimentalismo perplexo.
O meu ser já perdeu a transparência intacta
sendo um homem de lata, sem coração nem reflexo.

Enfim, quiçá, eu seja insano escrevinhador,
que às vezes conduz a dor, deixando o amor conservado.
Mas naquilo com esmero, um deslumbrado sincero
que tem quentura e frieza no escrever que me presto.

André Anlub®
(18/04/13)

1 de dezembro de 2015

Ótima tarde




Woody Allen completa 80 anos neste 1º de dezembro com uma vasta carreira cinematográfica. Em sua homenagem, confira a lista dos dez filmes do diretor eleitos pelo TelaTela:

http://telatela.cartacapital.com.br/os-dez-melhores-filmes-de-woody-allen/

É nessa paz



É nessa paz

É nessa paz que me entrego
Navego
Desbravo
Envergo
Não quebro.
A paz de batalhas
Conquistas
Navalhas
Equilibristas.
Paz que me atrevo
Arrisco
Arisco
Rabisco
Meu trevo.
É nessa paz que escrevo
O que devo
Vejo
Viso
Piso.
É nessa paz o lampejo
Que ofusca
O fosco
Que se perde
Se busca
São todos
E Eu mesmo.

André Anlub®

30 de novembro de 2015

Armageddon II


 Armageddon II
(André Anlub®)

Caçadores de cobiças e amores perdidos
Senhores dos seus projetos de ações duvidosas
Jardineiro na ufania das flores de cera de ouvido
Decifram a nostalgia de ocorrências rigorosas.

Lenhadores brutamontes com os seus machados cegos
Filhos de escravas negras com índios
São brancos com seus olhos claros de guerra
Sem ego, mas com a ganância de buscar o infinito.

Se a chuva de meteoros chegar em má hora
E quatro cavaleiros lhe derem guarida
Com parcimônia de quem cultiva uma passiflora
Empunha a espada, dá meia volta e procura saída.

Vivendo em um singelo passado do agora
Azul que faz fronteira com um feio absurdo
Os vieses que ecoam aos ouvidos de muitos
Aquecem como o nome de Nossa Senhora.

29 de novembro de 2015

Sempre vivo




Sempre vivo   

Precisamos de dias mais longos,
cheios de ar, aves;
árvores por todos os cantos,
cantos açucarando os pesares,

Afagando aos ouvidos.

Ouvi dos sinceros seus sins,
som de detalhes.
De talhes simplórios,
corpos notórios,
felicidade e gemidos.

Precisamos de larga boca
e nada oca a mente.
Mente aquele que no medo,
em segredo,
no paladar do azedo,
expõe que não ama
e não segue passo à frente.

Por aqui, por ali,
o sol nasceu mais vivo,
vi você de repente,
menos breve e arredio
arrepender-se contente.

André Anlub®
(4/11/13)

Bom domingo!

“Pouquíssimas pessoas podem dar-se ao luxo de ser pobres” (George Bernard Shaw). Tradução: pouquíssimas pessoas estão inteiramente em paz, tranquilas, isentas de conflitos por estarem à margem da roda de consumos. Porque ser pobre não é nada mais do que isso: não ter condições de adquirir o que as vitrines da fantasia oferecem, no sistema de compra-e-venda de prazeres. Pouquíssimas pessoas não se recalcam ao ver que os outros podem e elas não. Pouquíssimas não se rotulam de “inferiores” ou de injustiçadas pela sociedade que as marginaliza. Parte delas pode até ter uma atitude proativa em relação a isso, tornando-se batalhadoras. “Fique rico ou morra tentando”, diz o rapper tomado por filósofo. Isso até que tem o seu valor. Não pelo objetivo perseguido, que é fraudulento, mas pela força pessoal que desenvolve. A maioria, no entanto, se deixa cair na vala comum dos “fracassados”. Quando fracassado, na verdade, é este sistema que separa as criaturas entre vencedores (os que podem comprar) e perdedores (os que não têm dinheiro). Pouquíssimas pessoas ficam em paz no segundo grupo pela simples razão de que são raros os que entendem realmente o grande logro que há nesta oferta de benesses artificiais e que por inteiro, sem sobras nem carências, adaptam-se ao que a vida lhes deu e, porque a vida lhes deu, é de fato delas.

Rogério Camargo
· Porto Alegre ·

(via Facebook)

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.