23 de dezembro de 2015

Feliz Natal


Outro dia flagrei-me lembrando de certa véspera de Natal, lá pelos idos de 1992, quando encontrei nas areias finas da praia de Grumari, um grande amigo de infância; foi realmente uma enorme coincidência, já que estou falando de uma praia que se encontra numa reserva ambiental, que conta com a presença de poucos “points” e que é brindada com ondas em quase toda sua extensão (2,5 km). O encontro: estava na praia num dia ensolarado, dando minha corrida pela areia e esquecendo-me da advertência do médico a respeito do meu joelho bichado... Advertência esta que eu não deveria correr nem pela areia mais dura, perto do mar, muito menos pela areia fofa... de repente vi aquela prancha fincada na areia, ao lado de uma cadeira vazia e um guarda sol com estampa de cerveja. Reconheci a prancha e já voltei meus olhos ao mar. Lá estava o “brother”, surfando de jacaré, bem ao estilo de nossa meninice... sentei-me na cadeira, meu joelho “sorriu”, olhei novamente para o mar e assobiei... trocamos acenos e me ofereci à poesia. Ele, morador do Bairro Peixoto em Copacabana, era meu vizinho de bairro, andávamos na mesma turma e dividíamos as mesmas praias e namoradas... Ele, que sempre após a ceia na casa dele passava na minha para comer mais um pouco e beber mais um vinho, já avisou que naquele ano não seria diferente, deixando-me extremamente feliz. Nesse dia, nessa cena congelada na hora, e agora se congela na memória, começou meu mergulho no mundo poético, uma de minhas razões de viver. Um poema nasceu, amadureceu e se concretizou anos depois; o poema melhor lapidado e com respingos dos Natais que passamos juntos, sorrisos que dividimos e das opiniões e namoradas que trocamos...
Um poema de saudade, de falta e da sensação que deveria ter ficado mais datas ao seu lado... grande amigo.

O poema:
Acordei com uma lágrima;
No sonho bem claro o rosto,
De pronto sorriso me olhava;
Amigo de praias e farras
Que o vento levou sem aviso;
Deixando a doce lembrança,
Momentos que não amarelam,
E regam o verde singelo
Desse jardim da saudade.


André Anlub
BEM BRASILEIRO

Dois eufemismos bem brasileiros: “Me empresta?” e “Depois falo contigo”. Quando alguém diz me empresta? via de regra está querendo dizer me dá. Como me dá é uma forma pouco elegante, invasiva, quase agressiva e como também ela coloca o pedinte suma situação muito mais fragilizada do que o me empresta, o me empresta funciona como me dá. Legiões de pessoas sentem-se indignadas: Me pediu emprestado e nunca mais devolveu! Ou: Fui pedir de volta e ficou uma fera comigo, onde é que já se viu? Já se viu aqui mesmo, e a toda hora.
Assim o depois falo contigo. Está no lugar do não quero te atender, do isso não me interessa, do não tenho tempo pra isso, do não me aborrece. Fórmulas, evidente, que não dão face para ninguém. E este é o xis da questão: dar face aos envolvidos, para que o grau dos ressentimentos não ultrapassem determinadas medidas, dentro das quais todo mundo pode continuar pedindo emprestado sem devolver ou não querendo conversa sem que os atingidos por isso tomem o rumo norte e não voltem mais.

A experiência foi fazendo com que eu aprendesse. Quando me pedem “emprestado”, meu cálculo imediato é o do prejuízo caso a coisa (ou o valor) não volte mais. Se voltar, tudo bem, é lucro. Mas se ocorrer o “normal”, então eu já sabia que estava perdido mesmo e preparado para isso. Daí que não sou um grande emprestador, evidente. Já quando me dizem que depois falam comigo, dificilmente – a não ser que seja muito importante – volto ao assunto. Sei muito bem o que quer dizer “depois falo contigo”...

ROGÉRIO CAMARGO  

22 de dezembro de 2015

SÓ LHE DÃO SOLIDÃO

“À velhice só lhe dão solidão”. Joguinho bem interessante de palavras. No mérito da questão, o tratamento dado aos velhos. O estorvo que eles representam quase sempre está ligado a duas necessidades: atendimento e companhia. Dá trabalho atender, quando as dificuldades físicas do atendido exigem tempo, cuidado, até certo conhecimento técnico. Um entrevado precisa ser limpo, trocado, medicado, etc. Tudo isso chateia quem se sente preso, até mesmo explorado. As pessoas querem é a liberdade indispensável para gozar a vida. Trabalho é chatice. O trabalho sem retorno, então, anônimo, obscuro, é quase uma ofensa.

E também tem a companhia que, sendo uma pessoa não totalmente vegetalizada, o idoso reivindica. Também é chato, para grande parte dos que querem “ir adiante”, perder algum tempo dando ouvidos a assuntos quase sempre banais ou falando a ouvidos quase sempre distraídos. Ser considerado e tratado como um incômodo, então, passa a ser mais um dos inúmeros testes que a vida apresenta a todos nós. Olhar para tudo isso com olhos de compreensão e não ter nem que fazer o movimento de “perdoar”, por ter visto com clareza o que está acontecendo, é para muito poucos. Assim como ter de fato aprendido alguma coisa de real e indissolúvel valor também é para muito poucos. É por este reduzido grupo, no entanto, que tudo vale a pena: mais dia, menos dia, qualquer um de todos pode fazer parte dele.

ROGÉRIO CAMARGO  

21 de dezembro de 2015

NATAL TODO DIA

“Tenho certeza que se poderia fazer um Natal todo dia”. Pois eu tenho certeza que não. Mesmo afastando o lado cínico da interpretação, que seria o de uma diária troca de presentes: o comércio ficaria muito feliz, mas não haveria bolso para sustentar essa prática. Mesmo ficando só com o aspecto idealista da afirmação, que é muito ingênua. Acreditar nisso é acreditar que o ser humano pudesse ser perenemente “bom”, só sentir coisas “boas” pelos outros seres humanos, viver um espírito de “fraternidade” constante e retilíneo. Isso é pura fantasia. Mais lucra quem coloca aspas nesses cor-de-rosas que só atrapalham a admissão de que estamos muito mais perto da animalidade grosseira do que da sutileza angelical. As pessoas se têm em muito alta e equivocada conta. Até por instinto de defesa (ou por uma reaplicação dele) procuram evitar uma observação mais profunda e isenta em suas reações violentas, mascarando-as com o verniz de uma civilidade extremamente frágil. Em resumo, a humanidade não tem condições de sustentar uma coisa dessas, um Natal diário. Aceite-se, só para exercício filosófico, que o espírito natalino tão decantado nas propagandas não seja apenas condicionamento, não seja apenas vontade de que fosse mesmo de verdade os desejos de paz e felicidade trocados sem que se pense no que está sendo dito. Em dois tempos a cabeça, inquieta e satisfeita, estaria entediada com o repetismo. Não durava uma semana isso que, no sonho, deveria durar para sempre, a fim de libertar os pobres sofredores dos grilhões do sofrimento.
A propósito, ontem digitei o texto abaixo, para um próximo livro de minha mãe que estou preparando:

A maior utopia dos grandes idealistas é solucionar os problemas da humanidade. Dar ao homem, em toda a face do planeta, plenas condições de paz e prosperidade. E eu me pergunto: se tal fosse possível, o que essa paz e essa prosperidade fariam da humanidade? Como sobreviveria o homem sob a camada estabelecida de inércia? E quais os resultados desse acomodamento sobre a evolução do homem? Ninguém pensa que o homem tem exatamente o que precisa para não soçobrar irremediavelmente no empedramento e na anulação. Tire-se a mola propulsora que o impulsiona para frente e em pouco tempo teremos um estado de caos. E é tão fundamental no ser o desequilíbrio e a rebelião, que o próprio homem desfaria em segundos o que o sonho utópico conseguisse por ventura realizar.

ROGÉRIO CAMARGO  

20 de dezembro de 2015

Esperando a chuva


Esperando a Chuva

A dança da chuva funciona se todos os dias a dançarem; amarro-me ao relento com a corda mais sensata que houver (no grande cajueiro), nó cego impossível de desatar. Dos dias felizes valem os sorrisos congelados; das noites de amor valem pensamentos impuros.

Por todos os lados não há o proferir do absurdo, e sim palavras incoerentes (murmúrios e soluçados de amor). Nenhum amor é inútil - absolutamente o contrário - achado ou perdido, o amor é tesouro que extravasa por lendas e mitos... é água-viva no mar morto. 


Por obséquio: todo amor tem seu preço?
E por direito todos podem pechinchar?

André Anlub®

19 de dezembro de 2015

Na casualidade dos caminhos tortos

  
Na casualidade dos caminhos tortos
(André Anlub - 13/7/13)

Parece sinóptico tal gesto simples,
Esse teu, que brilha num todo.
Precata, de jeito torto,
Serem delicadas quaisquer escolhas.

Aberto o enorme fosso,
Que aos brados chama aflito.
Equidistante é carne e osso,
Pequena fenda que flerta,
Num zunido.

Vejo estática tua íris,
Por compreenderes tamanha epístola.
Voas, feito águia,
Tão majestosa tal qual a vida.

Há brilho demais no inconformismo,
Sufoca e cega.
Há equilíbrio e imagem,
E na miragem não há cegueira.

E qual atitude seria mais certa,
Senão entregar-te ao próprio destino?
Vai-te logo, fizeste o prólogo,
Sigo-te, em linha reta...
Feito menino.
ROESIAS

A pétala que a brisa beija
com o cuidado
de quem sustenta o mundo.

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A vida que descobre a vida
num olhar que descobre a vida
num olhar.

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A par seria
se a par ficasse
em vez de apartado.

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A marcha do progresso
como um batalhão
indo à guerra que já perdeu.

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O trabalho de não ter trabalho
sai ao sol
querendo ser o sol.

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Quase domingo.
Ainda terça-feira,
mas quase domingo.

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O lirismo viajante
por um roteiro
que já ter viajado inspira.

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O de dois
é de um
e de nenhum
nos dois.

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O mar que não tenho
é o mar que sempre terei
em ondas.

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A minha casa lá longe
e tão aqui perto
a minha casa em mim.


(Rogério Camargo) 

18 de dezembro de 2015

ROESIAS

A brisa da tua mão em meu rosto
e meu rosto sabendo da tua brisa
na brasa dele.

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Um sol
para que mar converse com a luz
e a luz converse com a pedra
que o mar conversa.

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Pode que você não acredite.
Mas eu preciso que você acredite?

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Forte como a esperança.
Não.
Forte como a certeza.
Não.
Forte como a força.

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Um dia de frente
para um dia de frente.
E os demais de menos.

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O texto muito estranho
que não ter escrito
escreveu.

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À beira do rio
e à beira do céu
que o rio reflete.

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Levarei meus excessos
até onde a beleza permitir
que leve meus excessos.

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O meu amor esperando
que o meu amor esperando
não seja apenas esperar.

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Todas as cores da árvore
que são apenas céu
para a árvore e só.


(Rogério Camargo) 

17 de dezembro de 2015

APROVEITAR ENQUANTO ESTÁ BOM

Há muito anos já eu uso o mote “vamos aproveitar enquanto está bom, porque vai ficar pior”. Digo isso geralmente quando alguém se queixa de uma situação ruim. Nunca ela é tão ruim quanto pode ficar mais adiante. E tudo indica que logo ali, mais adiante, ela vai ficar bem mais do que muito ruim. No cenário mundial a gente tem dois elementos cruciais: a ecologia torpedeada e os radicais muçulmanos. São duas energias que marcham firme para um objetivo comum: a destruição. O que sobrar das explosões terroristas vai ser consumido pela poluição. A morte do Rio Doce, no Brasil, é o atestado de que já podemos nos candidatar a sócios do clube. Não acredito numa ação vigorosa do IE em nosso país, mas, como tudo é possível, isso também é possível. O cenário interno estará conturbado mesmo é pela radicalização política. Seja qual for o resultado desta palhaçada que chamam de Impeachment – uma das coisas mais irresponsáveis que já se fez, depois da eleição de Collor –  o lado perdedor não vai deixar barato. Enquanto isso, a estrutura, frágil como é, vai cedendo nas bases. Uma mistura de inconsequência, alienação, oportunismo e cobiça está fazendo na política brasileira o que a lama tóxica fez no rio que mataram. Mas... vamos aproveitar enquanto está bom, porque vai ficar pior.

ROGÉRIO CAMARGO  
ROESIAS

Procurando
o sol no cinza que o sol deixou
que brincasse um pouco.

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Trago-te um sorriso cansado
mas aprendendo
a descansar.

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Todas as árvores
e mais algumas
que ainda não viram
minha floresta.

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Vou te falar de expectativa
e vais me falar também,
mas não será a mesma coisa.

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Nenhuma distância
maior do que estar longe
logo ali.

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Não sou menor que meu tamanho.
Mesmo que sejas gigantesco
diante de mim.

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Deixo-te a carta que jamais escreverei
junto com todas que te deixo sempre.

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O azul da tua noite,
o azul profundamente azul
da tua noite só tua.

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Um pássaro junto ao pássaro.
Os dois dizendo que não.
Os dois dizendo que sim.
E o céu também.

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A amiga longe
e o coração sabendo
que longe é logo depois de logo ali.




(Rogério Camargo) 

Ótima quinta


 Atravesse os mais tortuosos logradouros
Cobice as respostas e não os louros
Vire o mundo do avesso, como num desenho
Enfrente mandinga e sol quente, com muito empenho
Seja pigmento sólido ou pó solúvel
Transmita o que vive e pensa, em ínfimo espaço
No papel deixe sua vida e assine embaixo.

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.