5 de janeiro de 2016

Agradecendo pelos votos de felicidades e alegrias em 2016




Até tu, Google?! rsrs

Madrugada de 1 de janeiro de 2016

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Posted by Josi Paula on Quarta, 11 de novembro de 2015


Madrugada de 1 de janeiro de 2016 - Nada como um peixe após o outro – um anzol no meio – e nada bem. Depois dos percalços vividos ficam calos e vestígios. Carrego os ossos do ofício com mais cálcio e cuidado; na minha vida não entre sem aviso! Já na estrada, na esteira estreita do caminho desconhecido, voo de encontro ao mar e a mim mesmo; vou mergulhar nos mistérios de algo novo que na verdade é eco presumidamente vivido e esperado. Talvez absolvição, quiçá apenas passo à frente, colocando um tijolo na parede e milhões de batidas no coração. Chegou minha vez, outra vez, já é quase sempre; sorriso de orelha a orelha no misto de querer a vez com a poesia em excelência e essência. É bom demais, é gratidão, é usufruto, é ‘usufarto’. Olhar por cima do muro é xarope de bom humor concentrado, em estado sólido, massageia a alma e retoca a alegria; é o presente que se auto desembrulha. No final das contas, quando acabar o espetáculo, as lonas forem recolhidas, o circo enfim desarmado, a mulher barbuda faz a barba, o mágico erra a mão em fim trágico, o elefante faz dieta e fica magro, o leão domesticado, o equilibrista inebriado com a garrafa de vodca no sovaco, o anão vira rei num seriado, o atirador de faca é esfaqueado; no final do espetáculo... o único risonho é o Palhaço. Minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; a vida é um teatro e faço de tudo para valer a pena; vivo na coxia, mas de quando em quando entro em cena. O Sol canta de galo; a lua canta de Gal. Não se fala em outra coisa; pelo menos aqui dentro da cachola redonda em cima desse pescoço cilíndrico, em cima da boca falante, sem educação; em cima das tatuagens matreiras, do corpo que já foi magro, foi trato, foi gordo; e assim roubou o sonho que havia sonhado, o bando bandido de aves que se diziam bem-vindas, traídas e atraídas ao céu enevoado. Estavam ligadas ou não no lance? Metendo o bico aonde não foram chamadas? Aves tudo podem! Há uma crença do cresça e apareça, depois meça sua largura, some com sua altura e esqueça o resultado... apenas descubra se o lago transborda... e quando as águas rolarem e os peixes sufocarem, apenas exponha se ainda é bem quisto ou preferia continuar sendo menino. Vê-se o translouco atravessando a ponte; só se é louco de perto, pois de longe se é pouco – não se importuna – ou se é monge, ou se ruge a face, rubra o rosto, range os dentes ajeitando os dedos: não se fala em outra coisa; pelo menos nesse passar das horas de supernovas, de supernovos, que seja pouca, mas a voz até que sai; no início fez-se o sacrifício de ser tudo sem nada ser; no meio tempo eram máscaras que caiam, disfarces, Descartes e sua filosofia certeira; no fim o grito não saiu vazio, o som se fez em música indo à noite, indo à cama, na farra, no banho sem sonho, sem rumo e sem par. Minha base é estar voando parado em tudo quanto é lugar; não se pensa em outra coisa.

André Anlub

4 de janeiro de 2016

QUANDO NÃO ADIANTA EXPLICAR

Há cerca de uns trinta anos atrás, meu irmão estava em seu ateliê pintando um quadro e eu em volta, curtindo o ambiente e o bom papo. De repente ele se irritou e soltou uns palavrões. Ué, o que foi, perguntei. Essa nuvem aqui, ele apontou. O que tem ela, eu quis saber. O que ele respondeu me serve até hoje como alegoria para enquadrar determinadas situações: Se tu não consegues ver, não adianta te explicar.

ROGÉRIO CAMARGO  

Na violência do fluxo e da força


Na violência do fluxo e da força
(inspirado no livro 'violência' de Slavoj Žižek)

Nunca mais tive amor por ninguém, 
Mas falo de amor mesmo – aquela paixão de amor, 
Mão suada, pensamento obsessivo, 
Viver sonhador em voos corriqueiros... 
Quase um pesadelo bom, bom horror;

Por diversas pessoas tenho afeições inquietantes e derradeiras,
Tenho apegos, mil admirações, contemplações, tesões e besteiras...
Mas não é amor;

Não quero que pareça justificativa,
Querer ficar bem na fita, 
Mostrar-me sempre feliz...

Mas de que adianta fugir? 
Pois até a não justificativa existe, 
Mas não condiz.

Amor mesmo, de verdade, só tive um;
Foi soberbo e sombrio, 
Maltrapilho e massacrante...
Amor de decepção abissal e humilhante:
Cadafalso – emudecendo-me os lábios – calafrio...

Tal qual aquele filho desgarrado,
Que passa a infância e a juventude contemplado,
Vendo ao espelho do mundo e do quarto
Traços parecidos com seus pais: 

Aquele jeito de olhar da sua mãe, 
Os olhos, sorriso, o mudo,
Aquela pequena aptidão por tudo. 

E no pai vê aquele rigor com o vocábulo, 
Aquela covinha proeminente no mento, 
Orelhas quase coladas no couro pelado, 
A altura, a forma do corpo, as sobrancelhas...

E mais tarde, mais adulto, 
Ao cair de uma tarde qualquer
Descobre ser um filho adotado.

André Anlub
(4/1/16)

3 de janeiro de 2016

OS FOGOS DO ANO NOVO

Na primeira e única vez em que tentei participar da Festa de Natal que a Agência Central promovia para quem trabalhava lá, não aguentei cinco minutos. Era no restaurante. Entrei, e estando com sede, fui pegar um refrigerante no bar.  Ali estavam os funcionários – serventes, cozinheiras, etc – convocados para trabalhar no evento. Enquanto sorvia o meu guaraná, escutava as conversas cheias de despeito, ressentimento, recalque, inveja que vinha deles. Aquilo me chocou de tal forma que nunca mais aceitei participar da tal “confraternização”.

Ao ler sobre a quantidade de policiais convocados para garantir a segurança dos que desfrutavam os festejos de fim de ano, mundo afora, os desocupados que saíram  de casa para assistir a queima de fogos (em alguns lugares mais exagerada que indumentária de dondocas), senti a mesma vergonha pela estupidez da raça humana. Estupidez, grosseria, inconsciência, egocentrismo obtuso. É o que redime: a falta de lucidez. Como diria o nosso amigo aquele: Perdoa, porque não sabem o que fazem. Uma cabeça incapaz de perceber a degradação que é passar bem à custa do trabalho quase escravo de quem sustenta a estrutura que lhe permite passar bem é digna de duas coisas tão somente: de pena e de tempo/oportunidade para que venha a aprender algo de verdadeiro.

ROGÉRIO CAMARGO  

2 de janeiro de 2016

Imaginação mestiça


Imaginação mestiça

A imaginação dentro de seu raro aço,
Desembaraço das peças da adivinha,
Das vinhas – o vinho e o ‘barato’ – num corte
Espadas, esporas, gumes de facas
Os escárnios dos abstêmios, todavia...

Faz louca e bem-vinda toda a vida,
Sua moradia em peles ambíguas:
Branco no brando do plácido coelho;
Ao réu e aos ratos é cingido na cor cinza...
E impura e sinistra e baldia.

Bombas ao baixo, mãos ao alto, bom dia
Violência chorando na esquina chuvosa...
O touché na esgrima fez pontada na costela;
Eu e ela, vale a rima do nosso arrimo, nebulosa,
Sutileza e sangria e doce e vinho – melancia.

De aprontado feitiço nascem como hortaliças,
Nas ruas as nuas imagens em paragens insanas;
São fálicas e frígidas, finas piolas nada pulcras.
Tudo ao teor do amor e do terror da fantasia.

Esculpidos e arrazoados vemo-nos em vigília 
Ao renascerem belas múmias e inspirações extintas 
No horizonte o assombro de um alto monte 
Ao montante o tanto não vale a sombra no vale...
A imaginação eclode da sua armadura mestiça. 

André Anlub
(2/1/16)

Poesias Encantadas Vol: 9


Um primor de trabalho, que a cada dia, a cada tomo fica mais redondinho, mais nos trinques! Abraços Luciano Becalete e Editora Becalete - http://www.editorabecalete.com/

Vale a pena recordar...

Mensagem do ministro do STF emociona internautas e viraliza no Facebook

Luis Roberto Barroso foi patrono de uma turma de formandos em Direito e fez o discurso durante colação de grau.Foram 47 mil curtidas em apenas dois dias.
Leia o texto na íntegra:
A vida e o Direito: breve manual de instruções
I. Introdução

Eu poderia gastar um longo tempo descrevendo todos os sentimentos bons que vieram ao meu espírito ao ser escolhido patrono de uma turma extraordinária como a de vocês. Mas nós somos – vocês e eu – militantes da revolução da brevidade. Acreditamos na utopia de que em algum lugar do futuro juristas falarão menos, escreverão menos e não serão tão apaixonados pela própria voz.

Por isso, em lugar de muitas palavras, basta que vejam o brilho dos meus olhos e sintam a emoção genuína da minha voz. E ninguém terá dúvida da felicidade imensa que me proporcionaram. Celebramos esta noite, nessa despedida provisória, o pacto que unirá nossas vidas para sempre, selado pelos valores que compartilhamos.

É lugar comum dizer-se que a vida vem sem manual de instruções. Porém, não resisti à tentação – mais que isso, à ilimitada pretensão – de sanar essa omissão. Relevem a insensatez. Ela é fruto do meu afeto. Por certo, ninguém vive a vida dos outros. Cada um descobre, ao longo do caminho, as suas próprias verdades. Vai aqui, ainda assim, no curto espaço de tempo que me impus, um guia breve com ideias essenciais ligadas à vida e ao Direito.

II. A regra nº 1

No nosso primeiro dia de aula eu lhes narrei o multicitado "caso do arremesso de anão". Como se lembrarão, em uma localidade próxima a Paris, uma casa noturna realizava um evento, um torneio no qual os participantes procuravam atirar um anão, um deficiente físico de baixa altura, à maior distância possível. O vencedor levava o grande prêmio da noite. Compreensivelmente horrorizado com a prática, o Prefeito Municipal interditou a atividade.

Após recursos, idas e vindas, o Conselho de Estado francês confirmou a proibição. Na ocasião, dizia-lhes eu, o Conselho afirmou que se aquele pobre homem abria mão de sua dignidade humana, deixando-se arremessar como se fora um objeto e não um sujeito de direitos, cabia ao Estado intervir para restabelecer a sua dignidade perdida. Em meio ao assentimento geral, eu observava que a história não havia terminado ainda.

E em seguida, contava que o anão recorrera em todas as instâncias possíveis, chegando até mesmo à Comissão de Direitos Humanos da ONU, procurando reverter a proibição. Sustentava ele que não se sentia – o trocadilho é inevitável – diminuído com aquela prática. Pelo contrário.

Pela primeira vez em toda a sua vida ele se sentia realizado. Tinha um emprego, amigos, ganhava salário e gorjetas, e nunca fora tão feliz. A decisão do Conselho o obrigava a voltar para o mundo onde vivia esquecido e invisível.

Após eu narrar a segunda parte da história, todos nos sentíamos divididos em relação a qual seria a solução correta. E ali, naquele primeiro encontro, nós estabelecemos que para quem escolhia viver no mundo do Direito esta era a regra nº 1: nunca forme uma opinião sem antes ouvir os dois lados.

III. A regra nº 2

Nós vivemos em um mundo complexo e plural. Como bem ilustra o nosso exemplo anterior, cada um é feliz à sua maneira. A vida pode ser vista de múltiplos pontos de observação. Narro-lhes uma história que li recentemente e que considero uma boa alegoria. Dois amigos estão sentados em um bar no Alaska, tomando uma cerveja. Começam, como previsível, conversando sobre mulheres. Depois falam de esportes diversos. E na medida em que a cerveja acumulava, passam a falar sobre religião. Um deles é ateu. O outro é um homem religioso. Passam a discutir sobre a existência de Deus. O ateu fala: "Não é que eu nunca tenha tentado acreditar, não. Eu tentei. Ainda recentemente. Eu havia me perdido em uma tempestade de neve em um lugar ermo, comecei a congelar, percebi que ia morrer ali. Aí, me ajoelhei no chão e disse, bem alto: Deus, se você existe, me tire dessa situação, salve a minha vida". Diante de tal depoimento, o religioso disse: “Bom, mas você foi salvo, você está aqui, deveria ter passado a acreditar". E o ateu responde: "Nada disso! Deus não deu nem sinal. A sorte que eu tive é que vinha passando um casal de esquimós. Eles me resgataram, me aqueceram e me mostraram o caminho de volta. É a eles que eu devo a minha vida". Note-se que não há aqui qualquer dúvida quanto aos fatos, apenas sobre como interpretá-los.

Quem está certo? Onde está a verdade? Na frase feliz da escritora Anais Nin, “nós não vemos as coisas como elas são, nós as vemos como nós somos”. Para viver uma vida boa, uma vida completa, cada um deve procurar o bem, o correto e o justo. Mas sem presunção ou arrogância. Sem desconsiderar o outro. 

Aqui a nossa regra nº 2: a verdade não tem dono.

IV. A regra nº 3

Uma vez, um sultão poderoso sonhou que havia perdido todos os dentes. Intrigado, mandou chamar um sábio que o ajudasse a interpretar o sonho. O sábio fez um ar sombrio e exclamou: "Uma desgraça, Majestade. Os dentes perdidos significam que Vossa Alteza irá assistir a morte de todos os seus parentes". Extremamente contrariado, o Sultão mandou aplicar cem chibatadas no sábio agourento. Em seguida, mandou chamar outro sábio. Este, ao ouvir o sonho, falou com voz excitada: "Vejo uma grande felicidade, Majestade. Vossa Alteza irá viver mais do que todos os seus parentes". Exultante com a revelação, o Sultão mandou pagar ao sábio cem moedas de ouro. Um cortesão que assistira a ambas as cenas vira-se para o segundo sábio e lhe diz: "Não consigo entender. Sua resposta foi exatamente igual à do primeiro sábio. O outro foi castigado e você foi premiado". Ao que o segundo sábio respondeu: "a diferença não está no que eu falei, mas em como falei".

Pois assim é. Na vida, não basta ter razão: é preciso saber levar. É possível embrulhar os nossos pontos de vista em papel áspero e com espinhos, revelando indiferença aos sentimentos alheios. Mas, sem qualquer sacrifício do seu conteúdo, é possível, também, embalá-los em papel suave, que revele consideração pelo outro. 

Esta a nossa regra nº 3: o modo como se fala faz toda a diferença.

V. A regra nº 4

Nós vivemos tempos difíceis. É impossível esconder a sensação de que há espaços na vida brasileira em que o mal venceu. Domínios em que não parecem fazer sentido noções como patriotismo, idealismo ou respeito ao próximo. Mas a história da humanidade demonstra o contrário. O processo civilizatório segue o seu curso como um rio subterrâneo, impulsionado pela energia positiva que vem desde o início dos tempos. Uma história que nos trouxe de um mundo primitivo de aspereza e brutalidade à era dos direitos humanos. É o bem que vence no final. Se não acabou bem, é porque não chegou ao fim. O fato de acontecerem tantas coisas tristes e erradas não nos dispensa de procurarmos agir com integridade e correção. Estes não são valores instrumentais, mas fins em si mesmos. São requisitos para uma vida boa. Portanto, independentemente do que estiver acontecendo à sua volta, faça o melhor papel que puder. A virtude não precisa de plateia, de aplauso ou de reconhecimento. A virtude é a sua própria recompensa. 

Eis a nossa regra nº 4: seja bom e correto mesmo quando ninguém estiver olhando.

VI. A regra nº 5
Em uma de suas fábulas, Esopo conta a história de um galo que após intensa disputa derrotou o oponente, tornando-se o rei do galinheiro. O galo vencido, dignamente, preparou-se para deixar o terreiro. O vencedor, vaidoso, subiu ao ponto mais alto do telhado e pôs-se a cantar aos ventos a sua vitória. Chamou a atenção de uma águia, que arrebatou-o em vôo rasante, pondo fim ao seu triunfo e à sua vida. E, assim, o galo aparentemente vencido reinou discretamente, por muito tempo. A moral dessa história, como próprio das fábulas, é bem simples: devemos ser altivos na derrota e humildes na vitória. Humildade não significa pedir licença para viver a própria vida, mas tão-somente abster-se de se exibir e de ostentar. Ao lado da humildade, há outra virtude que eleva o espírito e traz felicidade: é a gratidão. Mas atenção, a gratidão é presa fácil do tempo: tem memória curta (Benjamin Constant) e envelhece depressa (Aristóteles). Portanto, nessa matéria, sejam rápidos no gatilho. Agradecer, de coração, enriquece quem oferece e quem recebe.

Em quase todos os meus discursos de formatura, desde que a vida começou a me oferecer este presente, eu incluo a passagem que se segue, e que é pertinente aqui. "As coisas não caem do céu. É preciso ir buscá-las. Correr atrás, mergulhar fundo, voar alto. Muitas vezes, será necessário voltar ao ponto de partida e começar tudo de novo. As coisas, eu repito, não caem do céu. Mas quando, após haverem empenhado cérebro, nervos e coração, chegarem à vitória final, saboreiem o sucesso gota a gota. Sem medo, sem culpa e em paz. É uma delícia. Sem esquecer, no entanto, que ninguém é bom demais. Que ninguém é bom sozinho. E que, no fundo no fundo, por paradoxal que pareça, as coisas caem mesmo é do céu, e é preciso agradecer".

Esta a nossa regra nº 5: ninguém é bom demais, ninguém é bom sozinho e é preciso agradecer.

VII. Conclusão

Eis então as cláusulas do nosso pacto, nosso pequeno manual de instruções:
1. Nunca forme uma opinião sem ouvir os dois lados;
2. A verdade não tem dono;
3. O modo como se fala faz toda a diferença;
4. Seja bom e correto mesmo quando ninguém estiver olhando;
5. Ninguém é bom demais, ninguém é bom sozinho e é preciso agradecer.
Aqui nos despedimos. Quando meu filho caçula tinha 15 anos e foi passar um semestre em um colégio interno fora, como parte do seu aprendizado de vida, eu dei a ele alguns conselhos. Pai gosta de dar conselho. E como vocês são meus filhos espirituais, peço licença aos pais de vocês para repassá-los textualmente, a cada um, com toda a energia positiva do meu afeto:
(i) Fique vivo;
(ii) Fique inteiro;
(iii) Seja bom-caráter;
(iv) Seja educado; e
(v) Aproveite a vida, com alegria e leveza.
Vão em paz. Sejam abençoados. Façam o mundo melhor. E lembrem-se da advertência inspirada de Disraeli: "A vida é muito curta para ser pequena".

Leia mais: http://cbn.globoradio.globo.com/editorias/pais/2015/04/22/MENSAGEM-DO-MINISTRO-DO-STF-EMOCIONA-INTERNAUTAS-E-VIRALIZA-NO-FACEBOOK.htm

1 de janeiro de 2016

Feliz 2016


Natalie Cole

Morre Natalie Cole, Filha de Nat King Cole aos 65 anos - 01/01/2016




A cantora e compositora norte-americana Natalie Cole morreu aos 65 anos de insuficiência cardíaca congestiva causada por complicações de um transplante de rim e hepatite CEla ficou conhecida por interpretar 'This will be' e 'Unforgettable'. . Assessora de Natalie, Maureen O'Connor afirmou à agência Associated Press que a cantora morreu na noite desta quinta-feira (31).
Saiba mais: http://g1.globo.com/musica/noticia/2016/01/natalie-cole-morre-aos-65-anos-diz-site.html 

A REFORMA DA CASA

Meu irmão comandou uma ação notável. Ele foi o cérebro e o centro nevrálgico da reforma de nossa casa. Até aí, parece banal. O grande detalhe é que nós o tempo todo continuamos morando nela. Uma casa de madeira, enorme, complexa, ser transformada em uma casa de material sem que em momento algum tivéssemos nos afastado dela é façanha reconhecida por várias pessoas ligadas ao ramo da construção. E quem viveu isso tudo sabe muito bem o quanto estivemos, em vários momentos, andando no fio da navalha. Nós sempre com o orçamento apertado e contando apenas conosco para mão-de-obra, era preciso decisão, firmeza e lucidez, quando não inspiração.  Era preciso saber o que fazer e ter a força capaz de aplicar. Em não poucas situações, meu irmão teve que antes estudar o caso, pressionado pela urgência, porque nunca na vida tivera qualquer experiência na área. Em resumo: ele não sabia nada de construção até começar a construir. E aqui estamos, numa residência sólida  que atende perfeitamente às exigências de nossa modéstia. Olho para a situação do mundo e reconheço, em ponto maior, a mesma circunstância. É uma casa cheia de problemas, quase caindo aos pedaços, clamando por uma reforma geral – sem que os moradores saiam dela para que as obras ocorram. Nossa pequena mostra de humanidade deu conta do recado. Com isso, mostrou que é possível. Resta saber até onde a totalidade desta mesma humanidade vai ter os atributos necessários para realizar façanha igual.

ROGÉRIO CAMARGO 

31 de dezembro de 2015

MUNDINHO DO CINEMA

“Já estive em Paris, França, e Paris, Paramount. Prefiro Paris, Paramount” (Ernest Lubitsch). Se eu fosse obrigado, a boca de fuzil, a fazer uma escolha, escolheria Paris, França – pela qual não tenho a menor simpatia, mas apenas e tão somente porque seria mais real, mais viva, menos alucinação e delírio do que Paris, Paramount. Já é difícil manter os dois pés na realidade. Já é difícil não se perder em fantasias. Optar deliberadamente por um universo fantasioso é dar um tiro no pé, se a intenção é a de viver alguma coisa fora da ilusão. Mas quando a ilusão se torna um valor inestimável, quando não é só uma fatalidade, por tudo que a mente já faz sozinha, mas igualmente um bem de raiz, aí não adianta nem argumentar. Aliás, quase sempre argumentar é uma grande perda de tempo, só serve mesmo para o argumentador pensar coisas boas de si mesmo – que é um cara atilado, mentalmente organizado e de “boas intenções”, já que deseja mostrar “a verdade” para os outros. Isso é, outra vez, Paris, Paramount, é o mundinho do cinema dentro da cabeça da gente.

ROGÉRIO CAMARGO 

Feliz 2016

Em 2016 vamos tentar não reclamar de barriga cheia! 


Ação Corrente do Bem



"O que nos une? O desejo sincero de ver um mundo onde todos tenham a consciência da verdadeira unidade... afinal, todos somos um. 

Um mundo aonde solidariedade, respeito, igualdade, fraternidade, compaixão e caridade não façam parte de um dicionário utópico, mas sim da chama que move nossas ações no dia-a-dia. Um mundo onde todos saibam o significado da palavra empatia, mais ainda, que a tenha como uma de suas mais preciosas qualidades.

Um mundo aonde não enxerguemos a casca, o rótulo, o adjetivo aparente, mas sim as qualidades internas, as ações de bondade, as palavras de ternura. Um mundo onde não existirá negros, brancos, amarelos, gays, héteros, transexuais, evangélicos, católicos, ateus, espíritas, países do Norte ou do Sul, do Leste ou do Oeste, mas onde existam SERES HUMANOS, IRMÃOS, no contexto mais sublime da palavra.

Um mundo onde magoar, violar, ofender, maldizer, prejudicar o outro é inadmissível em todas as nações, coisas de um passado distante que todos os seres humanos deixaram para trás, e se lembram somente para se felicitarem por sua própria evolução.

Um mundo onde possamos rir de felicidade, das pequenas coisas da vida, rir de amor, rir de satisfação, rir ao ver alguém sorrir. Um mundo aonde não precisemos mais ver nosso irmão cair, sofrer, ser humilhado, discriminado para sorrirmos...

O que nos faz Cidadãos Do Bem? Convertemos esse desejo em ação todos os dias retirando uma por uma as ervas daninhas do preconceito, da discriminação, da intolerância e do ódio do coração das pessoas. Por vezes somos guerreiros, defendemos pessoas que não conhecemos por não tolerarmos ver um ser humano sofrer... Mas na maior parte do tempo somos agricultores, que plantam amor, tolerância, consciência, fraternidade, igualdade, justiça e bondade em nossos próprios corações e no coração do próximo.

Isso é amor, talvez seja mesmo a prática do amar incondicionalmente. Não nos importamos se você foi preconceituoso, intolerante, maldoso, fomentador da discórdia, do mal no mundo... De verdade, não nos importamos... Nos importamos sim com aquilo que você pode ser, com o seu potencial divinamente humano de ser bom, de se superar e de se unir a nós, deixando o passado para trás e olhando somente para o futuro, e temos certeza que estará ao nosso lado quando começarmos a colher os frutos de todo o amor que plantamos neste planeta.

Juntem-se a nós, compartilhem amor, tolerância, respeito e união...

Lutar pelos seus direitos é digno. Lutar pelos direitos de todos é DIVINO!!!"

Adriana Pasquinelli

O preconceito é uma prova de inferioridade. O combate ao preconceito é obrigação de todos!

30 de dezembro de 2015

Soberbas lanças


Soberbas lanças

Na despedida da justa causa da vida
Com raro aroma de quero mais
Faço da presunção inimiga
E digo ser gratificante a paz.

Uma nebulosidade me persuade
Fico com receio de satisfazer meu arroubo
Mas meus pés nesse solo quente que arde...
Não conseguem permanecer sem meu voo.

Sabendo que tenho como objetivo o empíreo
Muito além que os olhos dos normais alcançam
Quero deixar aos mortais o extermínio
Que provem das minhas soberbas lanças.

André Anlub®
A INFLAÇÃO E OS INFLADORES

Não lembro bem quando foi a última vez que fui ao podólogo. Quero dizer, a última vez foi ontem, falo da vez anterior ainda. Paguei 85 reais pela consulta – um trabalho de 45 minutos, diga-se de passagem. Não fosse um calo super incômodo que me nasce no mindinho do pé direito, gastaria esse dinheiro com outra coisa, certamente. Mas digamos que tenha sido há seis meses. Tiveram tempo de achar que o preço deveria subir para 100 reais. A frase é chavão mas eloquente: É por isso que o Brasil não dá certo! O que justifica aumentar o preço de um serviço em quase vinte por cento num intervalo tão curto? A inflação está na casa dos dez ao ano, e isso há muito pouco tempo. Ninguém faz esse cálculo quando reajusta suas mordidas, todo mundo o que faz é morder o máximo possível. Desencadeia um efeito cascata, evidente. Não há quem queira ficar pra trás. Se dispara a histeria de correr pra chegar antes, o desespero de não ser o último provoca atropelamentos. E, naturalmente, a culpa é do(s) governo(s), que não “controla(m) a inflação”. Para controlar a inflação era preciso controlar os infladores...

ROGÉRIO CAMARGO  

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.