25 de fevereiro de 2016

Ótimo fim de tarde

Um poema de Walt Whitman:

Na última vez em que lilases no pátio floriram 
(original aqui: “When Lilacs Last in the Dooryard Bloom’d“, por Walt Whitman)

               1

Na última vez em que lilases no pátio floriram
E a grande estrela cedo pendia no oeste do céu noturno,
Pus o luto – e continuarei em luto pela primavera de eterno retorno.

Ó, primavera de eterno retorno! certo tua trindade vem ao meu entorno;
Lilás a florir perene, e a estrela a pender no oeste,
E pensar naquele que amo.

               2

Ó, poderosa estrela caída do oeste!
Ó, vultos da noite! Ó, noite lúgubre e triste!
Ó, grande estrela desaparecida! Ó, a treva escura que esconde a estrela!
Ó, mãos crueis que me rendem sem forças! Ó, minh’alma indefesa!
Ó, nuvem áspera que me envolve e não liberta minh’alma!

               3

No pátio em frente a uma velha casa de campo, perto das cercas caiadas,
Se encontra o arbusto dos lilases, alto e crescido, com folhas de faustoso verde em coração
Com flores várias, a elevar, delicado, o forte perfume que amo,
Com cada folha um milagre……e desse arbusto no pátio,
Com flores de cores delicadas e folhas de faustoso verde em coração,
Um ramo, com flor, eu tiro.

               4

No pântano, em recessos reclusos,
Um pássaro tímido e oculto trina uma canção.

Solitário, o tordo,
O eremita, ensimesmado, evitando os acampamentos,
Canta sozinho uma canção.

Canção da garganta que sangra!
A vazão da morte na canção da vida – (pois bem, caro irmão, eu sei
Que se não tivesses o dom do canto, por certo morrerias.)

               5

Sobre o seio da primavera, a terra, entre cidades,
Entre alamedas e por antigos bosques, (onde há pouco as violetas vieram espiar do solo, malhando os cinzentos destroços;)
Entre a relva nos campos dos dois lados das alamedas – passando a relva infindável;
Passando a lança amarela do trigo, cada grão a erguer-se de seu sudário nos campos pardos;
Passando a golpes da macieira de branco e rosa nos pomares;
Carregando um corpo até onde repousará no túmulo,
Noite e dia viaja um caixão.

               6

Caixão que passa por alamedas e ruas,
Dia e noite, com a grande nuvem a ensombrecer a terra,
Com a pompa das bandeiras arriadas, com cidades vestidas de preto,
Com o desfile dos próprios Estados, como das mulheres em véus crepe, de pé,
Com procissões longas e sinuosas e os círios noturnos,
Com as incontáveis tochas acesas – com mar silente de rostos, e as cabeças desnudas,
Com o depósito à espera, o caixão a chegar, e as faces sombrias,
Com as elegias ao longo da noite, com mil vozes a se erguer, solenes e fortes;
Com todas as elegíacas vozes dos enlutados, despejadas ao redor do caixão,
Com as igrejas à penumbra e os trêmulos órgãos – Por esse meio você viaja,
Com o dobrar, o dobrar dos sinos, seu perpétuo tinido;
Aqui! caixão que lento passa
Dou-lhe o meu ramo de lilases.

               7

(Não para você, para um só, apenas;
Flores e verdes ramos a todos os caixões eu trago:
Pois renovado como a aurora – assim entoaria eu uma canção a você, Ó, sã e sacra morte.

Sobre buquês de rosas,
Ó, morte! Eu lhe cubro de rosas e os primeiros lírios;
Mas principalmente e agora floriu o lilás primeiro,
Copioso, eu tiro, tiro os ramos dos arbustos;
Com braços cheios eu venho, lançando-os por você,
Por você e todos os caixões seus, Ó, morte.)

               8

Ó, orbe do oeste, a velejar os céus!
Agora sei o que você quis dizer, que faz um mês desde que caminhamos,
Que caminhamos para cima e para baixo no azul escuro e místico,
Que caminhamos em silêncio pela noite sombria e transparente,
Que eu vi que você tinha algo a dizer, no que você se dobrava a mim, noite após noite,
Que você pendia baixa no céu, como se para o meu lado (sob o olhar de todas as outras estrelas;)
Que vagamos juntos a noite solene, (pois algo, não sei o quê, não me deixava dormir;)
Que a noite foi avançando, e eu vi nas beiradas do oeste, antes de você partir, como estava tão cheia de pesares;
Que eu estava sobre o solo a se elevar na brisa, na noite fria e transparente,
Que eu vi por onde você passou e se perdeu no ínfero escuro da noite,
Que minha alma em seu transtorno, insatisfeita, afundou-se como você, triste orbe,
Concluiu, caiu na noite e sumiu.

               9

Continua a cantar, lá no pântano!
Ó, cantor acanhado e terno! Ouço suas notas – ouço seu chamado;
Ouço – e venho depressa – eu lhe entendo;
Mas por um momento demoro – pois a estrela lustrosa me detém;
A estrela, meu camarada que parte, me mantém e detém.

               10

Ó, como trinarei meu peito pelo morto que amei?
E como talharei meu canto pela enorme e doce alma que partiu?
E o que deverá ser meu perfume, pelo túmulo de quem amo?

Maresias, a soprar leste e oeste,
A soprar do mar do leste e a soprar do mar do oeste, até lá nas pradarias se encontrarem:
Elas, e com elas, o alento de meu canto,
O perfume do túmulo de quem amo.

               11

Ó, onde as pendurarei nas paredes da câmara?
E quais serão as imagens que pendurarei nas paredes,
Para adornar o mausoléu de quem amo?

Imagens de medras da primavera, e lares, e sítios,
Com a tarde do quarto mês a se pôr, e a cinzenta fumaça lúcida e clara,
Com enxurradas do ouro amarelo do sol indolente e belo a afundar, ardendo e expandindo os ares;
Com ervas frescas e doces sob os pés, e folhagem verde e pálida abundante nas árvores;
Na distância o brilho fluido, o seio do rio, com ôndulas aqui e ali;
Com colinas a estender-se das margens, com linhas várias contra o céu, e sombras;
E a cidade à mão, com moradas tão densas e pilhas de chaminés,
E todas as cenas da vida, e as oficinas, e os trabalhadores às casas retornando.

               12

Vede! corpo e alma! esta terra!
Poderosa Manhattan, com suas cúspides, e, apressadas, as marés faiscantes, e os navios;
A terra variada e ampla – o Sul e o Norte à luz – as margens de Ohio, e o Missouri a brilhar,
E as pradarias se estendendo ao longe, cobertas de relva e milharais.

Vede! o excelentíssimo sol, tão calmo e altivo;
A aurora púrpura e violeta, com brisas recém-sentidas;
A luz gentil e suave, imensurável;
O milagre, a espalhar-se, banhando a todos – o zênite realizado;
A tarde por vir, deliciosa – a noite bem-vinda, e as estrelas,
Sobre minhas cidades iluminando todas, envolvendo homem e terra.

               13

Canta! canta, pássaro cinzento e pardo!
Canta dos pântanos, dos recessos – despeja seu canto dos arbustos;
Ilimitado, pelo ocaso, pelos cedros e pinheiros.

Canta, caríssimo irmão – trina sua canção flautada;
Alta canção humana, com voz do mais profundo pesar.

Ó, líquido e livre e terno!
Ó, selvagem e solto à minh’alma! Ó, maravilhoso cantor!
Só a você tenho ouvidos…..no entanto a estrela me mantém, (mas logo partirá;)
No entanto, o lilás, com dominante odor, me mantém.

               14

Agora enquanto eu me sentava ao dia e observava
No final do dia, com sua luz e campos primaveris e o fazendeiro preparando as plantações
No grande cenário inconsciente da minha terra, com seus lagos e bosques,
Na beleza aérea celestial, (após os perturbados ventos e as tormentas;)
Sob os céus arqueados da tarde ligeira a passar, e as vozes de crianças e mulheres,
As multimoventes marés, – e eu vi os navios a navegá-las,
E o verão chegando com faustosidade, e os campos ocupados em labores,
E as infinitas casas separadas, como elas prosseguiam, cada uma com suas refeições e as minúcias dos usos diários;
E as ruas, como latejavam seus latejos, e as cidades retesas – ó! ali e então,
Caindo sobre eles todos e entre eles todos, me envolvendo com o resto,
Surgiu a nuvem, surgiu a trilha longa e negra;
E eu conheci a Morte, seu pensamento, e o saber sagrado da morte.

               15

Pois com o saber da morte andando ao meu lado,
E o pensamento na morte por perto – andando ao meu outro lado,
E eu no meio, como companheiros, e como se dando as mãos a companheiros,
Eu parti rumo à noite acolhedora e velante, que nada fala,
Até às margens d’água, o caminho pelo pântano no escuro,
Aos cedros à sombra e solenes, e tão calmos os pinheiros fantasmais.

E o cantor tão tímido ao restante me acolheu;
O pássaro cinzento e pardo que conheço, acolheu a nós três camaradas;
E entoou o que parecia ser a canção da morte, e versos àquele que amo.

Dos recessos profundos, reclusos,
Dos cedros fragrantes, e tão calmos pinheiros fantasmais,
Veio a canção do pássaro.

E o encanto da canção me arrebatou,
No que eu segurava, como se pelas mãos, meus camaradas na noite;
E a voz de meu espírito fez-se gêmea do canto do pássaro.

               CANÇÃO DA MORTE

               16

Vem, suave e amável Morte,
Ondule em torno do mundo, serena chegando, chegando,
No dia, na noite, a todos, a cada um,
Mais cedo ou mais tarde, delicada Morte.

Louvado seja o insondável universo,
Pela vida e graça, e por objetos e o curioso saber;
E pelo amor, doce amor – Mas louvor! louvor! louvor!
E pelos braços de certo enrosco da frio-envolvente Morte.

Obscura Mãe, sempre a pairar por perto, com leve pé,
Ninguém jamais cantou por ti um canto de pleníssimas boas-vindas?

Pois eu o canto por ti – glorifico-te acima de tudo;
Trago a ti uma canção para que quando tiveres enfim de chegar, chega sem falta.

Aproxima-te, forte Libertadora!
Quando for assim – quando me tomares, eu canto alegre os mortos,
Perdidos no teu amado, flutuante oceano,
Banhados na enxurrada de teu êxtase, Ó, Morte.

De mim a ti alegres serenatas,
Danças a ti eu proponho, saudando a ti – ornamentos e festins a ti;
E as visões da paisagem aberta, e o céu aberto, são dignas,
E a vida e os campos, e a noite imensa e pensativa.

A noite, em silêncio, sob muitas estrelas;
A costa oceânica, e a onda de roucos sussurros, cuja voz eu conheço;
E a alma tornando a ti, Ó vasta e velada Morte,
E o corpo gratamente se aninhando em ti.

Sobre as copas eu alço a ti uma canção!
Sobre as ondas que se elevam e afundam – sobre a miríade de campos, e as vastas pradarias;
Sobre todas as densas cidades, e os cais e vias abundantes,
Alço esta canção com graça, a ti com graça, Ó, Morte!

               17

Ao gêmeo de minh’alma,
Alto e forte prosseguiu o pássaro cinzento e pardo,
Com notas puras, deliberadas, espalhando, preenchendo a noite.

Alto por sombrios pinheiro e cedro,
Claro no úmido frescor, no perfume pantanoso;
E eu com meus camaradas ali na noite.

Enquanto a minha visão presa aos olhos se descerrava,
Como se para longos panoramas de visões.

               18

De soslaio eu vi os exércitos;
E vi, como em sonhos sem ruídos, centenas de bandeiras de batalha;
Alçadas na fumaça das batalhas e perfuradas por projéteis, eu as vi,
E carreguei aqui e lá pela fumaça, e desfeito e ensanguentado;
E por fim com alguns retalhos sobrando nos mastros, (e tudo em silêncio,)
E os mastros todos em lascas e partidos.

Eu vi os cadáveres da batalha, miríades deles,
E os esqueletos brancos dos jovens – eu os vi;
Eu vi os destroços e destroços de todo soldado morto da guerra;
Mas vi que não eram como se pensava;
Eles próprios estavam em paz – nada sofriam;
Os vivos ficavam e sofriam – a mãe sofria,
E a esposa e os filhos, e o camarada pensativo sofria,
E os exércitos que ficaram sofriam.

               19

Passando as visões, passando a noite;
Passando, desatando o enlace das mãos dos meus camaradas,
Passando a canção do pássaro eremita, e a canção gêmea de minh’alma,
(Canção vitoriosa, canção vazante da morte, mas canção vária e sempre alterada,
Embora baixa e uivante, as notas claras, elevando-se e caindo, inundando a noite,
Afundando tristes e sumindo, como se a avisar e a avisar, e ainda assim estourando de graça,
Cobrindo a terra, e preenchendo a extensão do céu,
Como aquele poderoso salmo na noite que ouvi dos recessos,)
Passando, eu te deixo, lilás das folhas em coração;
Eu te deixo lá no pátio, a florir, retornando na primavera,
Eu cesso minha canção por ti;
De meu olhar a ti no oeste, diante do oeste, em comunhão contigo,
Ó lustroso camarada, de argêntea face na noite.

               20

No entanto, guardo toda, cada uma das coisas recobradas da noite;
A canção, o canto maravilhoso do pássaro cinzento e pardo,
E o canto gêmeo, o eco instigado em minh’alma,
Com a estrela a pender lustrosa, com as feições cheias de pesar,
Com o lilás alto, e suas flores de dominante odor;
Com os companheiros me acompanhando, mãos dadas, perto do chamado do pássaro,
Camaradas meus, e eu no meio, e sua memória para sempre eu guardo – para o morto que tão bem amei;
Para a mais doce e sábia alma de todos os meus dias e terras… e isso por ele, tão caro;
Lilás e estrela e pássaro, embrenhados no canto da minh’alma,
Lá nos fragrantes pinheiros, e os cedros de sombra e ocaso.

(tradução de Adriano Scandolara)

Desobedeça!


Fotografei a vaidade na antiguidade saudosa, numa 35 mm revelo o verso e prosa; fiz foco no amor verdadeiro, 
Fiz macro nos pequenos detalhes...
Vendo na semente uma rosa e na gota d’água meus mares.

Fotografei a vida nova, mas dessa vez no digital; são conquistas, são presságios, os naufrágios de uma nau.

Com a exposição mais longa, sem delongas de uma prosa.
No contraste se comprova que a nossa bossa nova se mistura ao rock clássico...
(é fantástico, abre a roda)

Meus versos são libertos, (não há musa, nem mordaça) não há um alvo que se faça. 
Às vezes eles voam e são de quem os pega, são de quem os abraça.

Engatinho na escrita e na arte, feito criança sapeca, levada; vou de encontro ao bolo ou a bola, entro de sola; mergulho no sonho, totalmente cego e sem ego, sem pretensão de ser nada.

Dê-me seu melhor sorriso. Aquele intenso, meio sincero, todo lero, mero siso; que mexe com meu brio, (benevolente e incandescente) que eu admiro.

24 de fevereiro de 2016

The One Minute Fish FIlletFilete De Pescado En Un MinutoViralMega.com - Credit: ViralHog
Publicado por Viral Mega em Terça, 23 de fevereiro de 2016


Esse e todos os meus livros lançados por aqui, no Clube de Autores, estão a preço de custo, sem comissão; penso e ponho em prática isso para assim os mesmos saírem mais populares possíveis, e com o simples, claro e salutar objetivo de entreter e levar meus escritos, e os escritos de amigos, ao maior numero de leitores. Nesse livro, em particular, tem mais suor, tem mais íntimo, mais imagens e desenhos nas letras. Esse veio do veio e despontou na folha como água que borra, que sacia a sede e entra na senda quebrando a solda mais atroz! Bom proveito e obrigado desde já pela opção de escolha.

Clube de Autores: https://clubedeautores.com.br/book/183472--PurO_OsSo#.Vs2ipfkrK00

23 de fevereiro de 2016

Ótima tarde de terça!

Sonhei com o Tibet

Umberto Eco che percorre la sua casa-biblioteca.(dal documentario "Sulla memoria", di Davide Ferrario. Clip via Stefano Crupi)
Publicado por La Repubblica XL em Sábado, 20 de fevereiro de 2016


Sonhei com o Tibet
(André Anlub - 30/3/13)

Por vezes penso em puxar a tomada,
Desligar-me de tudo,
Raspar a cabeça,
Limpar a consciência
E ir atrás da paz interior.

Sonhei com o Tibet!
E pra quebrar o tabu,
Sem quebrar a tíbia:
Vou tocar tuba, dentro de uma taba,
Deitado em uma tumba.
Descansando aqui no meu banco de pedra
Iluminado pela lua cheia
Que disputa importância com o poste de luz...

Novamente, bloco e caneta nas mãos
E um pouquinho de inspiração.

Tenho a sensação estranha
De estar tendo uma experiência
Tipo extracorpóreo.

Os cães latem ao longe
E pra longe se desloca meu pensamento...
Logo logo eu volto. (pelo menos a carcaça)

A vida pode ser farpa entre unha e carne
Um bambu que se enverga com o vento que varre
Ou estrelas que brigam com o raiar de um dia.

22 de fevereiro de 2016

Doido adoidado



Doido adoidado

Nas manhãs o sol piegas me prega uma peça:
Se esconde atrás de uma nuvem
E torna ainda mais glacial a água da cachoeira.

As novas selvas não são anfitriãs,
São as selvas de pedras e as de podres.
Vejo deusas anãs;
Vejo duendes gigantes.

Estou estafado; estou estufado; estou estatelado
Muita pimenta no pirão; muito pernil com paçoca...
Mas o pulso ainda pulsa.

Já contei algo assim, fatos mais que conhecidos;
Já debati mentindo; já me bati me debatendo.
Enganando a escória pisei na Lua e corri em Marte,
Fiquei corado e fui coroado um mártir maluco.

No final das contas,
Joguei os dados:
Fumei ópio no hospício,
E doido, 
Deu pra mentir adoidado. 

André Anlub
(21/2/16)

21 de fevereiro de 2016

Nuvens Novas

Nossos olhos


Nossos olhos

Nossos olhos em trocas
Na prévia sem privo...

Vai os braços em direção aos contornos do corpo... toda a beleza;
Sobem, descem, revezam-se e se sentem sortudos...
E são!
Velhos tempos de conquistas, novos tempos de colheitas...
Sujas e limpas mãos!
Ontem mel de abelha, hoje doce de melado... e a colmeia ilesa.

A fruta no pé, 
Pé descalço no chão;
Céu azul como outro dia, 
Dia com a ‘cuca fria’, 
Chá quente,
Cheiro de pão.

Havia mais na procura, deixamos assim pois assim está perfeito;
Cheiros instigantes, drinks elaborados e a observação de casais à beira mar...
Enamorados.
Lua em breve ilustrará o cenário,
Deixará seu brilho nos amores,
Nas areias e no mar...
E, quiçá,
Aos nossos olhos
Incendeia. 

André Anlub
(20/2/16)

20 de fevereiro de 2016

Ótimo Sabadão!


Morre o escritor italiano Umberto Eco
Filósofo e romancista morreu aos 84 anos em sua casa, diz 'La Repubblica'. Eco é conhecido como autor de 'O nome da rosa' e 'O pêndulo de Foucault'.

Mulher...

Quando é pra valer, o assunto ganha vida própria. Passa por timelines do facebook, por redações no ENEM, pela tv, pelo...
Publicado por Quebrando o Tabu em Quarta, 4 de novembro de 2015


Não há nada mais indomável do que uma mulher sem vaidade.

19 de fevereiro de 2016

Pássaro do meu Eu


Pássaro do meu Eu

Vai sem pressa à mesa – mas com firmeza, ao menos dessa vez.
Os pássaros estão inquietos:
O beija-flor parou seu beijo e ficou inerte, de butuca na sobremesa;
O Pintassilgo pinta a selva e voa.
Não há necessidade, tampouco idade, para se buscar ternura;
Há sim o sol escasso, pois morre um pouquinho todos os dias, 
Mas não perde as vigílias, mesmo lá ao longe no espaço.

Vem com pressa, pois há a recompensa que não condensa aos olhos da Condessa;
Eis os muitos sensatos planos, pois não são de roubos a bancos...
São planos no âmbito das paixões insanas, nas conjecturas sanhas,
Que recentemente e sempre falta/faltou coragem de um Eu que impeça.

Quer ter coragem para encarar o meu medo, é simples:
Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa;
Sou aquele pássaro que escapa da gaiola
E por dentro sai cantarolando “Wild Horses” dos Stones,
Mas pelo bico sai meu canto de ave mesmo;
É aquele animal em extinção que anda na lenha, no lema e na linha...
Aquele “ex-tição” que ganha brilho; é tal que tem tal de compaixão,
E com paixão põe à mesa e assopra as quarenta e quatro velinhas.

André Anlub
(28/1/15)

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.