18 de outubro de 2016

Folhas secas


Folhas secas (5/11/14)

Foram-se as folhas secas no curso do rio,
Vão mil destinos entortando nas pedras.
Como belas pernas no fluxo de um cio,
Cobiçam alento e afeto defronte à guerra;

Correm sozinhas, andam famintas, ficam distintas em terrenos baldios;  
Deixam sementes de adolescentes linhas; deixam famintas vidas...

Brisa menina caçoa das varas que envergam;
Vem do centro da terra o fulgor do suor que resseca.
Um encanto sapeca resiste em sobreviver;
O viver que persiste é a poesia mais fértil... e imerge...
Destaca-se no alvorecer.

Outra menina linda, outra menina sua e minha...
Garota garoa tornando-se chuva forte e bem-vinda;
Como perceptível delicadeza no céu uma folha de orquídea,
Flerte com a alma: no sonho – no assanho – no seio – no ser.

As águas levam as folhas e induzem às vidas...
Cantigas longas e antigas do clico do tal renascer;
Palavras dançantes, bocas falantes, musas nuas divinas.
Novas e velhas doutrinas dobram as esquinas de todo querer.

Correm sozinhas, andam famintas, ficam distintas em terrenos baldios;
Deixam sementes de adolescentes linhas; deixam famintas vidas...

André Anlub®

17 de outubro de 2016

Perdido no espaço


Perdido no espaço

Viajo por entre galáxias,
Centelhas, centenas 
De Estrelas cadentes
E buracos negros,
Na velocidade da luz.

Espelho-me em grandezas,
Aonde olhares se vão,
No infinito, no belo, bonito,
No fim de infindas certezas
Inclusas no tempo e na imaginação.

Contudo em disfarce me acho,
Me acabo, desfaço,
Perdido no espaço,
Sem pé nem cabeça
E com muita incerteza
De um ser que retorna
De volta ao chão.

Vejo-me inseguro, sem ano, sem hora,
Agouro e agora, tonto em perigo,
Meu próprio inimigo,
Poeira estelar em um eco obscuro,
Anéis de Saturno,
Construo um abrigo
Em um planeta vazio...
Sumo, amo, chamo de... meu Lar.

André Anlub

16 de outubro de 2016

vivos corais do mar morto

Os vivos corais do mar morto (haja hermenêutica)

A ideia vai e vem à paisana, ouço certo do outro lado da muralha e a imaginação não se esvai como um surto atípico; não me corta feito navalha nem me beija como o fim. Reaparecer requer confiança, é aceitar o dom que foi dado de herança sem nem mesmo querer receber. Tudo fica mais intenso e brilhante quando as barreiras caem; pode-se ver, ouvir e sentir o além, e quando vem a implacável esperança, ponho-me a escrever cada vez mais. O azar eu nocauteio com certeiro soco no queixo; a solução está no fundo do mar: prendo o fôlego e mergulho até lá, mesmo em plena maré cheia. Pude ver belos corais que fazem desenhos que completam os traços nos corpos dos peixes. O feixe da luz do sol incidente faz contentes as arraias que se entregam. Enfim, vou repetindo as dicas que venho recebendo na vida. Adaptar-se é fácil, complexa é a nostalgia; principalmente das farras em família, das ondas que vi o mar oferecer. As paixões incompletas estressam, surgem, mas não se deixam ver; ficam cobertas com o manto da noite e somem no mais sutil alvorecer. Minha candura ‘cascuda’ e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; pinto-me, perco-me e podo-me, moro em mim, mas costumo fugir de casa; tenho verve frenética em combustão instantânea. Sou um otimista sem utopia e um pessimista sem depressão. Prezo compreensão, perdão, amor; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina.

André Anlub

Haja hoje

Comunhão enxugando os prantos (haja hoje)

Hoje o sol e a vida despontaram com mais fulgores, -Abram as janelas... há rumores reais que haverá farta rima; poesias, declamações, coisas brandas e belas. Vamos todos ao rumo, no cume – Arrumem os tambores. Haverá festança, explodirão os compassos; no passo a passo, na sinceridade, se faz o laço: amizade e união.

Sempre sem nenhum desanimo;
Sempre sem qualquer lassidão.

Povos unidos, mãos dadas e foco ainda mais vivo; paz, sorriso, arrepio, palavras cálidas de conforto. Versos corretos e abertos, nada tardios; os trens nos seus trilhos – todos forjados no aço. Hoje a lua e as letras se abraçaram em aconchego – acendam as fogueiras... há apego e compaixão sob a luz da inspiração; hoje é toque de seda; hoje a aura é avivada, não se emudece mais nada... arrumem a casa, haverá comunhão. Toda a paz do mundo caindo em gotas de chuva; plena abundância do amor; reconstruída a fé e a esperança; saúde dando aos montes em cachos de uva. O ciclo de felicidade dando voltas no infinito e a cada segundo mais e mais sorrisos e gargalhada. Desarmadas todas as facções e exércitos do planeta, soldados com roupas de banho fazendo um churrasco. Só com uma luneta posso ver o mal que está no nada; crianças sem fome/sede e com um futuro abissal; empáfias, crueldades e cóleras morrendo asfixiadas... caem vis preconceitos, caem muros, etecetera e tal. Pessoas que estavam perdidas sendo encontradas, hinos de todos os países poeticamente cantados (à toa, só fazendo assim valer gastar toda a saliva). Presídios se tornando museus e teatros; retratos e pinturas só de natureza ‘viva’; “Guernica” se transforma em um realismo abstrato e toda a censura se foi, depois de descer do seu salto; não existe rabisco, a arte provém de um ínfimo traço. Todos têm o direito de subir em um palco, poetas surgem com os ventos, por todos os cantos; o ego e autoestima do homem se perdem no espaço... Poesia trazendo alegria e enxugando os prantos. (Se sabia o sentido da vida, pegou o caminho contrário. Só para se divertir.)

André Anlub

14 de outubro de 2016

Ziguezague – “ziquizira”


Ziguezague – “ziquizira” (24/8/14)

Na vida da dama os fulgentes ofícios
Dócil anjo do hospício que tingiu em sua vida:
Guaches, canções, letras, artifícios...
Do repente que trouxe delicada guarida.

Ziguezague de arranque, bucólico sentimento,
Mão dançante e frenética da mente produtiva.
“Ziquizira” que se rendeu ao faminto fomento
E no momento só enxerga a real perspectiva.

Andarilha no trilho, falcão de voo sucessivo,
Faz do seu trabalho o ato muito mais expressivo.
Do suor do seu couro nesse denso mundo raro,

Faz de seu rei no umbigo somente um detalhe.
Que a inspiração não suma, não durma e não falhe...
E se doe doce no eterno, açucarando o seu faro.

André Anlub

Declame para Drummond

"O projeto de circulação de poesia autoral mais democrático e criativo do Brasil, Declame para Drummond, vai ganhar as ruas do Brasil no mês de outubro de 2016 para celebrarmos os 114 anos do poeta maior, Carlos Drummond Andrade.
Iniciado em 2010 sob a coordenação da poeta e ativista lírica Marina Mara, mais de 300 poetas já participaram do Declame para Drummond e tiveram importante projeção na cena literária, principalmente em suas cidades, nas quais estamparam jornais, autografaram poemas.
Na prática o projeto funciona assim: você, poeta, envia seu poema de tema livre (não muito longo) para o e-mail declameparadrummond@gmail.com até o dia 08 de outubro. Os poemas participantes serão diagramados e enviados de volta aos poetas que se responsabilizarão por imprimir os poemas e distribuir pelo meio do camiho em sua cidade da maneira que te agradar. Pode ser em um sarau, pode ser no semáforo, no parque, na feira, na escola, pode ser feito um varal de poesia, aí quem manda é sua criatividade, poeta. Faça fotos de suas ações para divulgarmos nas redes sociais ligadas ao projeto."

SAIBA MAIS: Endereço no Facebook



Rapaziada, estou em mais um magnífico projeto! 
Prazer enorme poder ajudar com meus rabiscos e a divulgação dos amigos escritores.

13 de outubro de 2016

Dueto CXLII

Dueto CXLII

As lembranças se atropelam. Até existem sinaleiras e faixas de segurança. Mas elas não respeitam.
Andam cabreiras pelas ruelas das raízes do cabelo, sentem o cheiro da fumaça, do perfume e do odor e o doce aroma do shampoo de aveia.
Trânsito difícil, pesado. Muita impaciência dos buzinantes. E as memórias com carga urgente para entregar se enervam.
Há lembranças folgadas, com a mão espalmada acima da trombeta aguardando o sinal verde; mas também existem as leves e discretas, que andam, trabalham e passeiam de bicicleta.
Há lembranças flanando em roupas leves de verão. Há lembranças encasacadas e tossindo. Há lembranças com radinho de pilha no ouvido acompanhando o jogo. Há lembranças que nem vieram, com receio do trânsito caótico.
E lá no canto, escondido pela sombra do lóbulo da ore-lha, atrás do brinco e da tatuagem de borboleta, há na memória o seu olhar castanho claro, penetrante, meio de lado que ficou congelado desde a nossa separação.
Para ele não há guarda de trânsito, não há Código Nacional de Trânsito, não há nada além do meu mau trânsito por uma dor que apunhala.
É a buzina mais alta no sinal que não abre da carga extremamente pesada que se abraça ao achaque.
O ruído angustiante de uma freada brusca. O som assustador de uma batida violenta. O arrepio de um grito desespera-do. As lembranças se atropelam. E uma (a sua) me atropela.
Estendido no chão, beijando o chão que não me beija, peço/imploro a única bênção que me socorre entre tudo que me ocorre: amnésia!

Dueto CXLIV


Dueto CXLIV

O tempo valioso perdido aos ventos – no ar –, perdido na chuva que cai e banha e refresca.
A valia do tempo encontra-se com a valia da eternidade, que já se esfumou em nuvens que não mais.
Foram os tempos de leva e trás – sabor de júbilo na vei-a. Nos tempos de hoje o tempo vale ouro, mas o que é jogado fora se torna areia.
Areia espera água, água espera cimento. Nada é para sempre, mas tenta. Isso atenta.
O tempo que não volta atrás – frase difícil –, mas o pre-ocupante é o tempo que não segue em frente.
Pré-ocupação. Vem antes do que de fato existe. E o que de fato existe é tão passante como o que não se consegue pren-der com as mãos.
Como a água que passa entre os dedos – cai ao chão –, passa entre empecilhos e como um trem em tortos trilhos viaja e se mistura com a gravidade do tempo, terra do tempo, mar do tempo e areia.
No coração do coração há uma incerteza. E é exatamen-te o que dá certeza de viver. No coração do coração há uma insegurança. E é exatamente o que dá chão para viver.
Se o tempo for errado e absurdo, em breve passa num estampido mudo. Se há o tempo certo para tudo – ele fica e deixa fruto, aprendizado e acerto de quem um dia pode ter sido errado.
O que é “errado”, pergunta o tempo. E já passou. Se o errado não passa com ele, alguém está... errado.
O que é o “acerto”, pergunta o errado. E já acertou. Se há a curiosidade do esclarecimento.
Tudo isso o vento varre. Tudo isso é eterno já passando. O que fica é o que vai junto. O substancial é o que se desman-cha e vai junto.
Os ponteiros não param e a bola não cansa de girar – são duas certezas menos precisas que o próprio tempo que as move. “O tempo é o senhor da razão” – agora sim, os ponteiros e o mundo apostam suas fichas.
Apostam e perdem. Porque a razão pretende ser senhora do tempo quando diz que o tempo é o senhor da razão...

Excelente dia a todos!

"MOSTRE QUE SE IMPORTA - O Hemoce atende a 388 unidades de saúde em todo o Estado, oferecendo assistência às pessoas que necessitam de transfusão de sangue. Faça parte do Clube do Bem, mostre que se importa e venha ao Hemoce realizar a sua doação de sangue. SALVE VIDAS!"

12 de outubro de 2016

Dia das Crainças


Dueto LXXXVI

Rasgou seus conceitos, queimou ambições, fez orações e desfez julgamentos; agora pode ou não ser a opção sensata:
Continuar seu caminho com a sensação de barra limpa. Não se consegue uma sensação de barra limpa deixando de lado o retoque, a assinatura, a moldura e o último enfoque.
Penetrou lentamente no quarto escuro, que conhecia de olhos fechados, mas receava porque estava escuro.
Sentiu uma brisa morna e adocicada, cheiro leve de in-censo de âmbar; ouviu música com um coro e o choro de uma criança.
Seria ele a criança chorando? Talvez. Um passo e outro mais na direção da falta de direção e talvez encontrasse a criança. Queria encontrar a criança?
Lembrou-se de seus deprimidos problemas, e lembrou-se que deveria tê-los esquecido; mas mesmo assim, mesmo assombrado, seguiu acautelado.
Problemas não se esquecem, lembrou. Problemas se re-solvem. Esquecimento não é solução, é adiamento.
Encontrou o menino que o olhou firmemente e parou de chorar e sorriu; ele assustado implodiu... pois ali, à sua frente, era o seu pai quando guri.
Encontrar é encontrar. Estar perdido e encontrar é deixar de estar perdido.

#DiaDaCrianca #childrenfirst

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.