26 de outubro de 2016

Nova vida


Nova Vida 

Veio forte batendo de frente, cadenciando o coração...
Aceito então! Com os devidos encargos.
As ações estão evidentes, transparentes e pensadas;
As emoções vêm dispostas, bem-vindas e em explosão.

Erros passados são páginas viradas;
Erros novos são novas desconstruções.

Estaciona, faz a casa e alimenta de cor os dias;
Massageia com mãos de Fada, sublimemente, sublinha a mente.
Evidente: o cuidado se faz presente com seu frêmito,
No aspecto do recíproco, do respeito, do respiro.

Leve e esplêndido como pluma que só sobe,
Em frenética calefação, em ação e em rodopio.

Acertos novos são páginas adornadas, reescritas, 
Na ponta do lápis que desenha e escreve nova vida.

André Anlub
(26/10/16)

25 de outubro de 2016

Marcando touca


Marcando touca

E aquela folha se solta, se livra, se vai com o breve vento,
Se vai com o tempo como a lágrima esquecida no rosto...
Resseca, desaparece, e é esquecida, pois é consequência,
E já foi... num sopro.

O fim aparece e se disfarça de sombra,
Torna-se parte da vida, da caminhada,
Do respiro, do sono, da alegria e da raiva,
E a leva...

E o fim é assim, como um trem errado que se embarca,
Não percebendo o erro ou que não há mais nada a ser feito,
E já foi... num frêmito.

Numa tarde quente de verão,
O Fim decidiu ter um novo começo:
Largou sua labuta, seu fardo,
Sua maleta cheia de agonias e acasos;
Largou suas metas, suas retas que mais pareciam curvas,
Suas negritudes e suas alvuras...

E uma folha que já estava se tornando pó, 
Reconstituiu-se,
Tornou novamente folha seca,
Levantando voo do chão,
Como se voltando no tempo,
Regressou à árvore e encaixou-se no galho,
Ficou amarelada, alaranjada, esverdeada,
A seiva percorrendo seu corpo,
Como sangue novo
E tornou-se novamente moça...

O solo junto com a vida (marcando touca),
Perderam seu adubo.

André Anlub®
(5/8/14)

Aquém e além de alguém


Aquém e além de alguém

Além do mais a vida avolumou ainda bem mais,
Cartas nutridas de paixão, letras borradas com lágrimas.
A saudade cantava como uma cantora de jazz.

No mais de um faz-de-conta, fez de conta uma paz;
Num céu espaçoso, a tempestade que chega...
Azul celeste jocoso de um novo amor que apraz.

Horizonte criado, fantasiado à mercê que se perca no seu;
O sorriso, o Sol na frieza e a promessa de uma Lua que aqueça.

O sonho acaba; os lábios fechados; os dentes imergem no breu;
O mundo aguarda; o jazz que se cala; as cartas queimadas na mesa.

André Anlub
(25/10/16)

Declame para Drummond 2016


Já estão 'voando' as poesias do projeto Declame para Drummond 2016

24 de outubro de 2016

Indo ao brio


Indo ao brio

Pousa para dar pé, pausa para um café;
Asa em construção – voo em atuação;
Ao distante a verve chamando, pois...
Incitante é a vida entoando:

Ela está insatisfeita (sem motivo),
Vive questionando o próprio talento,
Diz que é como um cágado...
Está lenta:
- não consigo agora chegar, ou, talvez, me virar no improviso.

Pausa para ter fé, pousa para outro café;
Pena, papel, ideia e silêncio...
Deixou bem longe a peleja, a amnésia,
A ausência de novo pensamento...
A inércia.

Alçando voo desbancando o frio, cruza o vale e o rio,
Voa com os sãos falcões peregrinos, aves de rapina, 
Sente quão facões na espinha, rasgando a carne e a alma...
A inspiração que lhe ataca, 
Afaga, assanha... e, na manha, a eleva ao brio.

André Anlub®
(6/8/14)

20 de outubro de 2016

Quem é você?

Quem é você? (André Anlub - 20/6/13)

Quem é você que me sacode,
Me tonteia; que é meu norte,
Meu sangue na veia?

Desenhou asas em minhas costas,
Fez-me voar sobre obstáculos;
É meu oráculo, meu preto velho;
É minha ponte aos anjos fortes.

Quem é você que me dá sua voz,
Canta ao meu ouvido,
O som da manhã delicada?

Tema de aura renovada,
Força e esperança de viver.
Quem é você que entra no meu corpo,
Faz-me novamente pintar o sete,
Ou talvez o oito?

(...) Que colore meus dias
E desbota de vez o medo,
Escancara o segredo
Que vai além da vida.

Quem é você? Mas não me diga agora...
(...) Que ecoe à próxima aurora,
Pois não ter a resposta é a porta de toda entrada,
É a chave de toda saída.

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.