16 de novembro de 2016

Tempo de recomeço


Remédios para uma cabeça retrógrada: uma dose de “amanhã” pela manhã, uma de “acaso” no ocaso e outra de “ironia” ao fechar do dia.

Tempo de recomeço

Reconheço o seu segredo mal contado...
O faço no coração, em confidência. 
Absurdo de um Você alienado
Outrora oculto largado louco laico lascivo lenitivo
Dentro de um perfeito vulto, indefinido...
Tudo unido, de vida munido
Na profusão da excelência.

Em contramão pelos guetos, ruas e esquinas
Dentro de uma suntuosa berlinda
Seguem o amor e o tempo – atentos
Observando nossas rotinas.

Então, pois até, de súbito
O súdito surge cercado por lobos
Proclamando o júbilo
Dançando com a fé e os bobos
Numa tarde qualquer de julho.

Declamam poesias uns para os outros
Que as pegam sem logra
Que as soltam com a boca
Em um tal tempo absorto.

O segrego segregou-se
Saindo do sossego à verdade
Aniquilando a iniquidade
Num tempo ainda não morto.

André Anlub®
(16/11/16)


Me rotulem para o bem ou para o mal, não há problema. Só não deslegitimem meus sonhos e minhas lutas.


13 de novembro de 2016

ótima noite


Se ser feliz é clichê, largue seu crochê, pegue seu crachá, se sinta em uma creche bebendo uma Crush e ouvindo The Clash. 

A escolha


A escolha (20/10/14)

Milhões de besouros deslumbrados aos brados,
Nutridos e alienados;
Som hipnotizante, atemporal e famigerado.
Fotos estampadas em revistas,
Jornais e memórias,
Fazem da nossa história um pouco mais abençoada.

Mas tudo muda ao toque do botão...
Muda ou fala na opção escolhida,
Rompe-se a bolha e abre-se o inventário...

Por cada um, por cada muitos...

Não quero mais besouros pela sala,
Quero ouvir pedras rolando descendo o calvário.

André Anlub®

Tribos urbanas

Sentada à mesa ao jantar,
Perfeita na metáfora dos gestos;
Pegando o suco, 
Molhando os lábios,
Encanto abrupto
Nos calores honestos.
Sei dessa vida o meu vagar,
Sinto-me amar e vou dizer:
Tenho prazer nos excessos
Dos seus ardentes hinos,
Sendo inteiramente felina
Nas horizontais de prazer.

Tribos urbanas

O precipício perdeu boa parte do seu encanto,
Deixando fraco canto e a sensação de não ser mais original;
As estrelas tornaram-se muito mais convidativas,
E o amor na ativa, com sua calentura e seu interminável brilho,
Astuciosamente esculpe o seu brio:
Antônio Francisco Lisboa – atemporal.

Vem à luz amistosa,
A luz da Lua cheia, 
Faceira,
Que parece acariciar o vento;

Caminha pelas ruas de pedras através das sombras dos postes, dos bêbados e árvores,
Dobra as esquinas e passa de janela em janela, de porta em porta;
Passa pelas casas antigas, casas recentes e silentes,
Casas de Ouro Preto.

Por longas datas as bocas gritaram, cantaram e se tocaram em desejos,
Corações se uniram e se iluminaram em suas vielas;
As bocas deles e delas perpetuaram e protegeram todo o, e o de sempre, luar.

O lugar e o legado, agora foram contidos pelo silêncio.
Só por um instante:
- Um minuto de tributo!

Assim como ocas ocas, sem seus índios que saíram para caçar
E voltaram com a caça, com a raça e o ensejo para o ditoso festejo.

André Anlub®
(16/11/14)

11 de novembro de 2016

Ótima noite!

"Há 195 anos nascia Fiódor Dostoiévski, em Moscou. Relembre a conversa entre Francisco Quinteiro Pires e Joseph Frank, autor da mais importante biografia do escritor russo, publicada na CULT 163" 
#arquivocult

Revista Cult

Reminiscências


Reminiscências 

Veio vindo no tudo hermético da vanguarda,
Em longas ondas que surgiam através do tempo.
Nasciam ventos que intrigavam pensadores,
Como suas palavras minuciosamente planejadas.

No caminho as pernas se cruzando aceleradas,
Planos estampados nas lacunas das pranchetas.
Pianos pérfidos junto aos sons insuetos de cornetas;
Veredas vadias em aura, noite e estrela alaranjadas.

Por enquanto as chuvas caem delicadas,
Pelas escadas de Selarón – Arcos da Lapa;
E lá no brejo a moça beija em Santa Teresa;
E escancarada a Lua aclara toda a parada.

E cantam alto, cantam torto do Arpex ao Horto;
Saídas de praia, saias rodadas e sungas fartas;
Na madrugada xadrez e branco no banco da praça;
O alvoroço do velho moço no Bairro Peixoto. 

Foi-se a festa dentro de um êxtase do tempo ido,
Noites em claro, dias no escuro, tardes cinzentas;
A vida se inventa em faces felizes, redemoinhos;
E aves voando, mangas no pé – reminiscências.

André Anlub®
(11/11/16)

Leonard Cohen, cantor e poeta, morre aos 82 anos


"Artista canadense, que compôs sucessos como 'Hallelujah', tinha 82 anos. 
Último disco de sua carreira, 'You want it darker', foi lançado em outubro."



Só conheci a arte de Cohen quando fui ao cinema assistir Natural Born to Killers (Assassinos Por Natureza) em meados da década de 90! Paixão musical à primeira ouvida!

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.