26 de novembro de 2016

Espadas da vida


Espadas da vida

Coisas se vão, coisas em vão, 
Casos a mais e a menos...
Coisas são apenas coisas;
Casos são meros momentos.

Ideias às cegas que surgem ligeiras,
Com esse vento quente de dezembro...
Dizendo-nos quais nós desatarmos
Nessa tarde que transborda em asneiras.

Ideias liquefazem-se em fendas,
Como fezes em fraldas;
Como amalgamas em águas;
Não antes de mostrarem-se valer a pena.

No espaço entre as cascas do tempo,
Onde forjam as lâminas; onde não cabe saída.
Enquanto o vento arrasta as folhas secas,
As ideias são postas em prática
Na pragmática e corriqueira corredeira
Que passa com pressa pelas veredas da vida.

Sorrindo e assobiando aos cantos
Nos cantos que os vivos se mostram;
Prostram coisas que não prestam,
Protestam posando de piegas. 

Guerreiros são meros guerreiros
Pois só cabem a eles as declarações:
O que são amores; o que são desilusões.

Duas espadas em batalhas distintas;
Duas espadas que só a imaginação enverga.

André Anlub
(25/11/16)

25 de novembro de 2016

Espadas da vida

Espadas da vida

Coisas se vão, coisas em vão, 
Casos a mais e a menos...
Coisas são apenas coisas;
Casos são meros momentos.

Ideias às cegas que surgem ligeiras,
Com esse vento quente de dezembro...
Dizendo-nos quais nós desatarmos
Nessa tarde que transborda em asneiras.

Ideias liquefazem-se em fendas,
Como fezes em fraldas;
Como amalgamas em águas;
Não antes de mostrarem-se valer a pena.

No espaço entre as cascas do tempo,
Onde forjam as lâminas; onde não cabe saída.
Enquanto o vento arrasta as folhas secas,
As ideias são postas em prática
Na pragmática e corriqueira corredeira
Que passa com pressa pelas veredas da vida.

Sorrindo e assobiando aos cantos
Nos cantos que os vivos se mostram;
Prostram coisas que não prestam,
Protestam posando de piegas. 

Guerreiros são meros guerreiros
Pois só cabem a eles as declarações:
O que são amores; o que são desilusões.

Duas espadas em batalhas distintas;
Duas espadas que só a imaginação enverga.

André Anlub
(25/11/16)

Bonifrate

Chegou a coletânea Sentimentos & Razões da Editora Alternativa! Um livro belíssimo, de super bom gosto! 


Avise-me quando tiver um tempo,
Caso eu não esteja, por favor, deixe recado.
Passo por maus bocados sem a menor notícia sua,
Vivo um grande tormento olhando os velhos retratos.

Bonifrate

Nem imagino por onde é o começo
Quiçá pela dor que corrói em saudade
Nessa idade que se iniciou o apreço
Que migrou para incontrolável vontade.

Decompondo o corpo de bonifrate (brinquedo)
Trazendo a pior das tramas do enredo.

O coração tornou-se ferro e ferrugem
Carecendo do óleo quente da amargura
Talvez o erro de almejar o impossível
Senão a demência de só ver a negrura.

Não tenho mais rotatividade na alma
Velho, meu coração anda torto
E o porto que há muito tempo vazio
Expõe os corais de um amor absorto.

André Anlub®

24 de novembro de 2016

ótima noite

É um novo tempo e a mais nova maquiagem
da engrenagem que a ferrugem não come.
A bondade sendo real ou miragem
é o mal travestido em nós (bicho homem).

23 de novembro de 2016

Ótima quinta!

Cheers  (Bar dos Poetas)
Dedicado as groupies do Brasil
(18/4/10)

(o berro - o bar - a brisa)
O copo brusco que vai ao chão
E não quebra.

Um velho bilhar
De embaralhar,
Às vezes deixa em sinuca...
(velho frio na nuca)

O jukebox é disputado,
Também o jogo de dardo
Que tem uma foto amarelada
Do Faustão (toda furada).

Esse bar não abre nem fecha,
É flecha sempre lançada,
Pois o coração do poeta
Não seca - não se afoga - não nada!

Absinto é homeopático,
Cerveja cria grande barriga,
O garçom pra lá de simpático...
Sempre serve uma dose extra
Com uma porção de linguiça.

Temos que chegar diariamente
Com uma pequena prosa,
Que fale de espinho ou de rosas
De um culpado ou inocente.

Com ela batemos o ponto,
Sairemos além de muito tonto,
Chamando urubu de meu louro
E deixando a freguesia contente.

Garçom, um Southern Comfort
E um copo cheio de gelo,
Aproveitando minha falta de zelo
Com meu fígado guerreiro.

Hoje trouxe esse conto
Amanhã venho com outro
Vou para uma taberna
(a prostituta me espera).

Tem sido a poesia que me invade, 
E em alarde e envaidecido 
Sigo saciado na sua maestria.

22 de novembro de 2016

Caixa preta


Caixa preta

Saboreio cada gesto como se fosse o último,
tento adivinhar o manifesto do seu pensamento
como se fosse o primeiro, como se fosse justo.
Nada é em vão.

A sua corrente quente me ajuda a nadar,
fico mais confortável e feliz.
Aquela força resistente me diz:
Atravesse o oceano e me beija.

Pelejas amigas, cantigas antigas,
caem bem, são bem recebidas.
Paixões passadas, cicatrizes fechadas,
caem bem, na caixa preta trancada.

Pela manhã molho o rosto e constato minha sorte,
perdi há tempos a necessidade de encenar.
A barba branca, o cabelo ralo
e da vivência o aguçado faro
- o voo mais acertado.

Limpo a poeira da caixa,
às vezes passo um verniz,
mas não abro.

O nosso presente já é tudo que me chega,
me cega e me cerca, fazendo coerente o amor.
Já não acolho vozes externas, demagogias,
orgias de picuinhas, não mais.

Enfim você chegou,
está ardendo àquela prometida fogueira,
com panos - papéis inúteis,
quilos de baboseiras...
E a velha caixa queimou.

André Anlub®
(9/9/13)

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.