21 de fevereiro de 2017

ótima noite

Dê-me seu melhor sorriso
Aquele intenso, meio sincero
Todo lero, mero siso
Que mexe com meu brio
Benevolente, incandescente
Que eu admiro.

Para 2017 não tenho previsão, mas sim provisão. Muitos livros para ler e degustar! 

A lança e a estrela (de vento em popa)
A plena ponta da lança aponta na direção qualquer de uma estrela; ao som suave da corneta, sua meta – ao sol. Sim, é o giro do mundo girando insano em fleuma, saindo dessa baldia engrenagem “careta”. Nos velhos veios, sangue intenso, vinho – vermelho; foi traçada na vida e na raça, em brasa, a paixão. Intensa tração nas subidas, gordas bigornas nas quedas... faz do branco, do preto, do cinza, da sina: aquarelas. Põe-se para assar na ponta da lança, o camarão; põe-se na balança a alma assaz infinda, porém breve; a consciência torna-se extremamente leve, mas não há – ‘de jeito maneira’ – maleficência que leve. É de praxe o que se presta ser implícito e querer exposição... essencial no pensamento, ignição que nunca é em vão; na fisiologia subjetiva, na filosofia, no simples, no afago, na dor, no corriqueiro, no fantasioso, na lança que alcança a estrela: amor. Na liberdade verdadeira há muitos fantoches e fetiches, mas é concorrência, é gangorra, Sodoma e Gomorra, vertigem... a incoerência e o paradoxo existem em se prender com prazer em tudo, pois os defeitos e achaques que te alimentam, também são os que te consomem. É hora, ao som de um Blues, canto para subir em voz baixa; consenso, sintonia, alma e mente salivantes... na língua, café. Tudo em cima, no clima, no ritmo, os pés estão na estrada, e a entrega enterra quaisquer angústias, astúcias de uma fé. Após o dobrar da esquina surge uma íngreme subida, encaro! Vou-me à rua da calmaria, ambiguidade. O corpo folgado no sentido “calmático” (é a idade); a verve folgada no estado “marrático” (é a saída). A busca sempre existe, e quem insiste permanece; nada inerte, tudo flerte; cada um na sua e na do outro. É na sincera alavanca que se avança ao próximo quadrado; é passando graxa na engrenagem que se cria o novo. Passou da hora, mas reinvento o tempo no tudo; qualquer absurdo não assusta o intento, nem tenta! A força vem de dentro, um “calvático” (a tinta é instrumento).

Tempo de recomeço



Tempo de recomeço

Reconheço o seu segredo mal contado...
O faço no coração, em confidência. 
Absurdo de um Você alienado
Outrora oculto largado, louco, laico, lascivo, lenitivo
Em concessão – obediência.

Dentro de um perfeito vulto, indefinido...
Tudo unido, de vida munido e mantido
Na profusão da apropriada excelência.

Em contramão pelos guetos, ruas e esquinas
Dentro de uma suntuosa berlinda
Seguem o amor e o tempo – atentos
Observando nossas novas e arruinadas rotinas.

Então, pois até, de súbito
O súdito surge cercado por lobos
Proclamando o júbilo (lembrei-me de Júlio)
Dançando com a fé e os bobos
Numa tarde qualquer de julho.

Declamam poesias uns para os outros
Que as pegam logo, sem logra
Que as soltam ocas, com a boca
Em um tal tímido tempo absorto.

O segrego segregou-se
Saindo do sossego à verdade
Aniquilando a iniquidade
Num tempo ainda não morto.

André Anlub


O reinado em Pasárgada


O lampejo veio
Assim: de repente!
Breu nunca foi visto
Milhões de pensamentos 
Debelam as mentes
É inspiração
É poesia
Alegria
Um êxtase misto.

O reinado em Pasárgada

Tens todo o direito de errar
Fracassar, andar para trás.
Tens todo direito de não achar,
Calar – não ter opinião.
E se o acaso te fizer parar de escrever
Não irás dever nem um vintém
Nada, a ninguém.

Mas com o teu dom tens um pacto
A necessidade de expor sentimentos
Vomitar teus momentos
Teus tons, tuas lágrimas e sinas
Sair da rotina de um ser intacto.

Nunca temas as vozes
Algozes – atrozes
Travestidos de pouco caso.

Não és o rei deposto
Ainda tens um reinado
E coroado de alento
Tens a rainha de gosto.

Tens o direito de realçar o planeta
Desenhar o sorriso no papel
Tirar da prancheta
E colar num rosto.

André Anlub®

20 de fevereiro de 2017

Ótima tarde


Ao ver e viver teu choro
Da falida fumaça danada
Senti-me com uma facada
Uma dor aguda nos ossos
Na alma, no ideológico e no peito.

Nos olhos cáusticos as pupilas dilatam
E na lata, a vermelhidão do sem jeito...
Pela carência do ar da incoerente armada;
Pela amada paz mal amada e inocente;
Pela dúbia, vil e torpe imposição do respeito.

- André Anlub

Sarau mobiliza moradores de favela em apoio a Rafael Braga no Rio

Link do caso: http://ponte.cartacapital.com.br/o-primeiro-e-unico-condenado-das-manifestacoes-de-junho-de-2013/

Link do Sarau: http://ponte.cartacapital.com.br/sarau-mobiliza-moradores-de-favela-em-apoio-a-rafael-braga-no-rio/


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Tem gente que vive com os porcos
Com esperança de jogarem as pérolas.

O louco, o felino e um filme (2/2/14)

Fez lobotomia, portanto torna-se um nobre louco
Que faz o lobo miar, mas é pirado e ainda acha pouco.
Não sabe o que pode acontecer no agora que advém a poesia
Que mostra com maestria ao sair da boca do bicho-do-mato
E tornar-se canção majestosa, ilustrando o eco da vida.

E na selva se embrenha – anoitece
E um ponto vermelho – enlouquece.

Antigamente uma erva na mente e nos olhos cansados do felino
Refletia a imaginação de um lobo velho e birrento.
Agora, não mais desconjuntado, dá-se calmo e cândido menino
Que abre as verdadeiras asas da alma o limpamento.

E na selva se veste – amanhece
E um ponto de apoio – uns versos.

Cavalos selvagens pra domar ou deixa-los livres
No não padecer da escolha - parecer da escolta - poder da escuta.
No deflorar da coragem, segue acertado a passos firmes
Como um filme que lhe foi “caguetado” ao ouvido.

André Anlub®

19 de fevereiro de 2017

Ótima semana

Alguns perguntam o porquê de apoiar uma manifestação, uma passeata; o porquê de tanta raiva e inconformismo... Se há educação e comida na vida de todos que ali estão. 
É nessa hora que notamos os muitos que não foram corrompidos, os muitos que se preocupam com o bem-estar geral, não só com satisfações particulares, ganhos e conquistas pessoais.
Ainda existe e resiste o humanismo. E não são os corações que vivem para bombear o sangue frio e aguado ao corpo; são corações que batem pelo calor humano, pra amparar e abraçar, por amor à vida e ao próximo.

As paixões incompletas estressam
Surgem, mas não se deixam ver
Ficam cobertas com o manto da noite
E somem no mais sútil alvorecer

Amo ver-te
Nua em sedução
Onde passeia minha paixão
Que toca tua alma faceira
Beleza que tonteia
Minha cálida e pálida visão.

Coloque mais um prato na mesa
Mais lenha na lareira
Ajeite a cama
Convide-a para um chá
Faça as pazes com a vida
A felicidade quer ficar.

Coração
Louco coração
Ponderado na batida
Organizado na percussão
Vive um amor proibido
Tal qual num paraíso
Tentação
Dote de beleza
Boca como doce de maça.

Ao ver e ouvir um sabiá, ponderei:
Qual outro tamanho encanto 
Faz minha boca calar-se
Acarinhando meus olhos
Cantando aos ouvidos
Tão doce e frágil
Tão inesperado
Que voa pelos quatro ventos
E pousa sem alarde
Conquistando os corações?

André Anlub®

Tempo de ser coruja


Tempo de ser coruja

E é mais ou menos assim:
Todo ser noturno tem dons...
E uma espécie de bússola na mente
É inerente também a delicadeza do silêncio
Junto com a irreverência da escuridão.

Com olhos bem abertos, bem espertos
Vê tal mundo azul marinho, azulado sombrio
Engana-se quem pensa que vive sozinho
Há uma multidão no breu que o cerca.

A solidão é como um ser noturno
Muitas vezes fere de surpresa
Provém do escuro – não há defesa
Mas tenta-se sempre se proteger e evitar.

Falsidade e traição são como vaga-lumes
Ficam no escuro e na luz ao mesmo tempo
O despojo não fica bem visível, bem funesto...
Está-se coruja – finalmente há defesa...
Os belos olhos abissais.

André Anlub

18 de fevereiro de 2017

De encontro à vida


Se habituar a tudo na vida: flexibilidade;
Se habituar com constância: comodismo. 

A vida é muito curta para entre uma rotina e outra ficarmos preocupados com hábitos rotineiros.

Às vezes vivemos uma vida inteira em uma pequena época.  E ela passa, e acaba, e não volta; então mais tarde se percebe que vivemos felizes uma vida inteira, mas dentro de uma época que se foi.

De encontro à vida (25/1/15)

É, é missão; é, é improviso, concepção, papel e caneta na mão...
Deixem estar, deixem “star” – noite escura e quente de verão;
Vejo as nuvens brancas e cinzas, em degrade – jazem no céu,
Aqui jazo eu, caso continue o branco desse funesto papel.

Há um estalo, sobe pelo ralo o cheiro de uma fragrância estrangeira;
Há frequência, talvez de rádio, talvez aquela vizinha louca indo ao bordel;
Ela vive sozinha, aparando seu Bonsai – (vejo pela janela),
Vez ou outra ela acende uma vela e reza nua em pelo 
– (vejo pelo basculante do banheiro).

Ensaio todos os dias uma conversa (estilo Sartre),
Pode até ser perversa, se for para me tirar do ostracismo,
Passar a conhecer mais a mim, dar-me bem mais importância;
Quero escalar a parede desse abismo que mergulhei e não tem arremate.

É, foi missão; é, foi de supetão; preenchi o papel em branco,
Enterrei o ranço sendo franco e fui de encontro à vida.

Lembra? vale ressaltar: até se derramam as tintas, até se misturam as cores, até não se pintam amores – mas a tinta não pode acabar.

André Anlub

17 de fevereiro de 2017

Ótimo final de tarde!

Belém, saudade de tuas mangueiras, comidas, domingueiras e épocas idas.

Dama de fé

É dama de fé famélica
Vive o amor como um deus
Suas ações são suas vozes
São seus céus, versos e véus.

É dama que simplesmente faz 
Jamais quis fazer parecer
Silencia e desmascara os atrozes
Que respondem com vis falações.

Pros falsos profetas macabros
Ela sorri com suas benevolências
Pois são profetas de mero vocábulo
Que voa sem asa, nem rumo
E pousa na injúria de castos
No deserto das aparências.

André Anlub®

A ilha em êxtase


A ilha em êxtase (releitura)

A vida não é um coito de Fadas!

E agora, estava mais que na hora, o ânimo veio,
No veio sumido e assanhado de quem somos;
No envelhecido clichê de quem deveríamos ser.

No abstrato da tela, em aquarela, aquela ilha...
Confiando no absinto para encarar o abismo;
Na retrospectiva da vida, um céu de bel prazer:
A perplexa perspectiva a nosso ver.

Somos quem somos, fomos e seremos (os tais)...
E já estava na hora do abrigo de um alento amigo.
Publiquem nos anais e jornais, em letras garrafais: 
Nossa vultosa vida vivida não é particular...
Então, s'il vous plaît, mostrem o que há de divertido.

Exponham em íntimos olhos de ourives:
Tudo de todos tarda, e sempre soará peculiar...
Então tão assim – e assado – é para se mostrar.

O tempo alçou e alcançou o próprio tempo,
Como a serpente doente comendo seu rabo.
Na frase eu me acabo; no vento você me inventa;
Eu como a cobra com pimentão, pepino e pimenta.

Fecho os olhos e vejo um mar na nossa avenida;
Obro os olhos e vejo que sou um belo peixe...
Largue o preconceito e ao meu lado deite-se;
Deixe-se levar e leve a todos para sua ilha da vida.

André Anlub

Setembro/2013 - Tronco de cajazeira esculpido por mim. Madeira resistente, dura, pesada, de mais ou menos 150 kg, medindo 110 cm extensão por 30 cm de circunferência. Detalhe da rolha na lateral que fecha a "cápsula do tempo": anotações, fotos, rascunhos e um cartão de memória SD. Nos cavaletes as telas esperando tinta, no meu atelier em Itaipava/RJ (2006)





16 de fevereiro de 2017

Versos jovens...


Versos jovens, versos encanecidos... Sempre uma nova leitura (Manhã de 8 de junho de 2015)

Explodiu a verdade de modo ímpar e madrepérola; denotou a beleza com a certeza da simplicidade. De intensidade absurda ecoa uma expressão de amor... Os planos estavam na mesa, à bebida, o alimento, a lente de aumento para entender as entrelinhas, e charuto cubano de cheiro maldoso. O verso voa de forma clara para o entendimento total; o verso pousa de forma absurda, obscura, para o entendimento total. Liberal ou não, algo raro estava no pedaço. Projetei em você um Eu ainda perdido; mas não deu certo. Desenhei em você o mapa da mina perdida; também não funcionou. Quis realeza... e tive. Quis destreza... e tive. Quis até o que nunca quero... e tive. Tive o cuidado de querer somente o possível... Pelo menos aos domingos, no resto da semana não. Abri o vinho mais caro, fiz o meu melhor prato, deixei o rato roubar as migalhas e os pássaros à vontade cantarem; deixei no forno um assado; deixei na panela um guisado. O mais gozado sou eu mesmo rir da minha cara, enquanto você séria sorri apenas de lado. O olhar manso lembrou-me um rabisco: Está aí o andarilho solene que faz de outros momentos as paixões e excitações, deixando o vil preconceito que persevera em ser perene. Num dia de sol ardente que valha, a muralha que por baixo é gigante, não protege seu corpo franzino num palco de versos ululantes de bons bordões qual malária. Afiando a ponta da língua, anabolizada ao som de sereias, poemas escritos em areias e músicas e rosas e tintas. Vê-se a razão que não mingua; fala-se em matrimônios – mistérios, infindos sem afins nem começos – assim dá-se o nome de vida. E lá se foi solene andarilho, buscando a grandeza que ensina e fazendo da vivencia uma causa na cauda da coruja divina. Tragam vozes e resmas, tragam versos e temas, porque meu amor pela praia passeia. Na orelha uma açucena, emoção é plena. O coração tá sereno e o olhar tá sereia.

André Anlub

Líquido sagrado de Baco

À morte, alérgico – à vida, estratégico – à alma, lisérgico.

Líquido sagrado de Baco (15/5/13)

Rigoroso esse tempo bom na tela do céu azul,
Enorme pingo quente dourado, 
Mas amargurado ele caminha sem Norte (também sem Sul).

Só esperou o cair da noite e foi-se frenético abraçar a boemia:
Nas mesas bambas dos piores bares sentiu-se bem, satisfeito,
Era aquilo ali (Alá, a luz, além) que ele queria.

Com as paredes descascadas e encardidas, 
Banheiros de intolerável cheiro ruim;
A meia luz...
A farra no garrafão de vinho barato que esvazia:
Todo feio se faz tolerável;
O detestável é a alegoria da vida.

Com três palitos de dente se faz um xadrez psicológico,
De deixar Freud confuso e Confúcio fã de Pink Floyd.

O que eu faria em uma atmosfera assim? 
Além do porre corriqueiro:
De janeiro e meu aniversário;
De ver estranhos saindo do armário;
De tudo que é falso tornar-se verdadeiro.
O que eu faria?

Largaria o último copo e voltaria ao primeiro,
Desde onde a mente vai demudando,
O tom de voz aumenta, palavrão atroz vira salmo,
E enterra-se qualquer tormenta.

O que eu faria?
Vou voando – bem calmo ao terreno estrangeiro.
A insanidade das horas perdidas no líquido sagrado de Baco:
Com uma mão vai afundando o barco
E com a outra fornece o salva-vidas.


André Anlub®

Dos desvelos

Dos desvelos (como som melancólico que segue invadindo) 

Até coloquem palavras em minha boca... Mas que nasçam poesias.
Abrasador ao íntimo – sem dor – toca e preenche e compreende ao completo;
Na mais alta altitude que o anseio ressoa, e é tênue e desconcertante.

Toda uma terra estremece em todo o corpo que balança
E merece o céu no sol e a luz da lua na luz do teto do tato e do tudo.

Namoro e sinto e choro e aprovo e comprovo o sopro e aguardo, e você.
Mas é mais mar que observo e sou servo ao todo... E amo.

Vem, vem como variante, pé e pé, paz e paixão, marcando no solo – selo;
Como ao chão e ao sentimento é um sucinto sinal sagrado, afetuoso,
Pois não censura, nem corta nem cura, o soco solitário do colosso:
O banho ao calor em chamas, supina alma à sua presença... E amo.

Solos secos castigados, que fenderam em frangalhos de raios antigos...
Ficam no aguardo das águas em rios em milagres em lágrimas em circo em cio...
E vieram e vigeram e ficaram e fincaram... E amo.

André Anlub

15 de fevereiro de 2017

Dueto LXXVII



O livro de duetos 'A Luz e o Diamante', André Anlub e Rogério Camargo, lançado em março de 2015, e o recém saído do forno: Sarau do Beco & Convidados e minha logo marca - Poeta Hei de Ser (Poeteideser) - registrada ® em 2010

Dueto LXXVII

O escuro abriu a porta para a escuridão e ela dava para o que ele não queria ver,
Sentia-se acuado, queria seu corpo diáfano, queria o si-lêncio do espaço e somente do som o ínfimo traço – a voz de seu pai.
Vinha de longe, um eco distante da sensação de acon-chego e proteção.
Onde estará a mão forte de pedreiro e a alma de guerrei-ro tentando construir e ajeitar o planeta num brado lúgubre de oposição?
O escuro não sabia responder. Mas abrira uma porta pa-ra a escuridão e, tropeçando, foi entrando no que não queria ver.
Sentiu-se no útero, em casa, no conforto; não havia con-torno, aborto, suborno nem desgosto; sentiu-se bem-vindo, ob-servado, nutrido e cuidado.
O medo que tinha era o medo de ter medo, então. O medo que tinha da porta fechada era o de abrir a porta.
Agora pode ouvir a voz pueril de seu pai, que foi crian-ça um dia; agora pode sentir o carinho de sua mãe que cedeu espaço no seu corpo para sua estadia.
Lentamente escuridão vai sendo iluminada pelo senti-mento de presença. Lentamente o medo dela percebe que não estar é que apavora.
Pode dar as costas, ir embora de encontro ao dia, mes-mo sabendo que na luz feneceria; pode resgatar importâncias, calar-se ao atentar a infância e e talvez sorrir aguardando com paciência um novo breu.

André Anlub e Rogério Camargo



Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.