12 de março de 2017

Uma semana fantástica a todos

A epopeia de Denise e do Dono (caixa de Pandora - 5/5/10)

Denise caminha em uma praia e mesmo que o sol não raia sua alegria insiste e num instante depara-se com uma caixa, um baú velho e pequeno. O abre, deixando escapar um vento, em vulto, um veneno.
A caixa: dentro havia um sonho que a remeteu a outros lugares; voava por entre vales, sentia na face leve brisa gélida; despiu-se de todos os seus disfarces, reviu todos que já se foram e todos que por ela eram amados e ela por eles. Viu a morte que passou tão rápida e inexpressiva que na verdade poderia se tratar de uma nuvem negra: nuvem pequena – inútil –, essa nuvem que não faz chuva, mas, dependendo do ponto de vista, pode tirar o reinado do sol. Voou sobre a ilha de Páscoa e sorriu para seus mistérios; atravessou deltas de rios, do Parnaíba ao Nilo. Ao anoitecer viu Paris, sentiu seus perfumes e por um momento os odores a levaram a campos, como se estivesse presa numa redoma de vidro; foi testemunha do nascimento de uma pequena aldeia: África. Os lugares voltavam no tempo, homens surgiam em grupos, perseguiam mamutes e comiam famintos... descobriam o fogo – violência – pretensão. Ninguém podia vê-la ou ouvi-la, e tantas coisas para ensinar e aprender. De repente, tudo foi simplificado a um só casal de humanos, uma árvore, uma fruta, uma cobra – voltando em segundos ao atual e normal. Pode ver tanta coisa e estar em tantos lugares, mas ao retornar desse sonho tão real a realidade maior a esperava: ela não pode encontrar quem seria prioritário, quem responderia suas recentes e antigas perguntas, quem a acolheria e daria afagos e força, quem a conhecia como ninguém... ninguém mais que, talvez... talvez, ela mesma.
O Dono: pulando de nuvem em nuvem, jogando bola com o sol, pintou o arco Iris de preto e mostrou a língua para o furacão; usou um vulcão de privada e o canal do Panamá de piscina, pode estar em qualquer estrada ao dobrar uma esquina. Usa a Itália de bota, bebe a Via Láctea no café; é Deus que troca Vênus pela Lua e se esconde onde quiser. Tudo pode e faz com sua criação; é poeta da tinta do espaço e dono da imaginação. Chora sem motivo e pode até chorar por você! Estende a mão a qualquer inimigo por não aguentar vê-lo sofrer. A lua e o sol se completam mesmo sem se tocarem, faz inimagináveis incógnitas pois é vulto por todos os lugares. Quebra a barreira do som, pode fazê-lo ou não, mas mostra o poder maior que é grande nesse seu dom. Fala línguas estranhas, olha por todos os ângulos, Dono de todos os tesouros e mestre das façanhas. O som das ondas é seu grito, refugio das manhãs tristes; um vulcão que sangra com seu sangue em dias felizes. Deita-se devagar vendo a terra tremer; sempre ao levantar, seu suor – orvalho; pisa na neve fazendo planícies e com poesia chora chuvas sem querer. Na escuridão de um fechar de olhos, pensamentos voam como falcão, vagueiam em um amor que nunca existiu – falhas de canyons – rachaduras do coração. Acordou um pouco cansado, pensou em apagar o sol; deu um sorriso mal humorado e foi caminhar dormindo acordado; bebeu toda água do rio Negro, usou uma nuvem como espuma de barbear; subiu no cume do Everest buscando sossego, mas já havia gente por lá; com uma pirâmide palitou seu dente, usou o lago Ness como espelho d’água; foi ao Aconcágua, mas também havia gente... e lá rio Tâmisa afogou suas mágoas. Pode ser o Dono, mesmo assim é gente; criou o universo, mas também se enfastia; vai já para Marte como um indigente gritar feito louco como uma gata no cio.

Folhas Amassadas 

Alguém, nesse exato momento, sentiu uma dor profunda no outro extremo da galáxia; eu garanto! E nesse planeta, onde tudo renasce, se crê e se inventa, trombetas soaram, corpos suaram, mentes sonharam e num sono inimaginável – num sopro – foi achada a cura, o soro que sara e que supre; o Eu clérigo, o Eu cor, o Eu nada, culpado, escalpelado e novamente esculpido, meu ‘mea culpa’, minha cópula, meu copo derramado de truculência, demência e desvio. É, já estava na hora, ou até passou da hora, vou esquentar a caneta; por que será que o tempo corre mais do que tudo e todos, até mais do si próprio? Vontade de mar. Bárbaros farejam, festejam e sorriem com as sangrias; com o vinho derramando do copo, pelo canto da boca – manchando a roupa, e os carneiros sendo preparados para o almoço, dando água na boca – manchando a roupa. O barbado fez sua barba, cortou seu cabelo e se disse brasileiro – bem feito (é um homem bonito). Pernas para quem te quero, pernas para o ar, o ar rarefeito, o defeito e o efeito borboleta que me trouxe, dos pés à cabeça, duas coisas: a sensação de isolamento e esse texto. É real, acho que talvez seja somente quase real; as legendas da vida passam lentamente, é final de temporada – já começando uma nova –, uma ova que ficarei parado, é a luz da lua nova que antecipa as jogadas; legendas passam, pisam e pesam, pisando em ovos, no meu pelo eriçado..., mas não há previsões. Ouço aquela música lenta que me marcou de jeito, feito gado, e eu languido, largado, alienado num tempo remoto, causando terremoto no espaço quadrado – agora quebrado – do meu plácido peito... A música deixa traços, como o rabo de um cometa ou aquela corneta desafinada. Isso é um sonho... linha reta com setas que insistem no óbvio e obscuro sentido. Estou bolado, estou abalado, sinto-me embalado em um grande e preto saco... E desço... e deixo... e desço rolando esse caminho, essa linha reta, que não periga dar em outro caminho, pois essa estrada é reta e também errada. Estradas erradas costumam ter um ótimo asfalto. Nada disso, tudo dito, mudo o disco: quero ser mais eu, mas sem a carne exposta, sem facada nas costas, encosto que encosta e fica... Zé mané! Abram as portas, janelas e chaminés, distribuam cafunés e massagens, coloquem uma música clássica, abram a caixinha e relaxem... hoje vai dar – ou já deu – pé. Toquei sua face, enxuguei o pranto, limpei seus lábios que mordeu e sangrou. Desfiz suas longas tranças – aquelas para nos salvar, descendo do nosso fantasioso castelo em chamas, pois esse farto fogo foi você quem ateou. Tudo muito claro, pintura e poesia em jogo, mais uma vez do jeito que almejou. As rimas muito falhas, telas e folhas amassadas parecem toalhas sujas que por fim deixou. O vento bate à porta, a torta de amora ficou pronta, a chave cai ao chão e o nosso fogo se apagou. Demonstro minha fraqueza, alguém logo me aponta, procuro em todo canto aquilo que você já achou. Seus dedos bulem minha ruborizada face de coitado mor, esnoba-me bem baixinho – rasteiro – ao pé do ouvido; trata-me como infeliz, como um qualquer, vil indivíduo... duvido que na sua vida não sou de ruim a pior. Enfim... os poemas saem sujos, magníficos detalhes, bandeiras perfuradas pelas flechas dos cupidos; carrancas dos navios, nada vazios, belos entalhes; os guerreiros Nórdicos nunca nos darão ouvidos. E nessas folhas, não tenho vergonha de dizer: muito antes de ser mania, moda, e para muitos, bonito... a nossa turma de rua fazia suas sobrancelhas! Eu, por exemplo, tenho cinco pontos na da esquerda e seis na da direita.

André Anlub

Ótimo domingo aos amigos

Teus Cantos

Quero agora tocar-te
Teu corpo de seda
Teus lábios de veludo
Quero voar em teus olhos castanhos
Trocarmos de línguas
Fazer-te um filho
Ou só ficar no tentar.

Quero meditar contigo
Ser o primeiro e o último
O maior e o melhor
O mais amado
O menos temido
Quero chamar-te de meu amor
Por entre carícias, pernas e braços
Relevos e aperitivos
Amar-te sem fim.

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Ah, esses namorados
são apaixonados interessantes
seus corações, seus romances
amor compromissado.
Fazem loucuras sem limites
paixões ardentes sem juízo
só aceitam improviso
não aceitam palpites.
Ah, esses amantes
é sem vergonha essa entrega
dizem que dá náuseas
dizem que dá raiva
e quase sempre...
causa inveja.

André Anlub 

11 de março de 2017

Néctar eterno


Néctar eterno

Vem à vista um conjunto de bons absurdos
Da conjuntura que compõe o mundo;
No salutar suga e cospe da seiva 
Há o próprio/impróprio que permeia.

Vem também docemente o claro/escuro bem-vindo,
Surgindo para os que arriscam e petiscam essa luta.
Nuvens nuas e magras; pássaro e porco num garbo dia gordo.
Absorto, o corpo nada abstruso; advinda, interioridade florindo.

Absoluta absolvição; entrega total e insana – abalo estratégico;
À cama a chama, ao chão o ser são e ao céu o que é seu e é só.
À morte, alérgico – à vida, estratégico – à alma, lisérgico;
Há fome e sede de continuar nesse fluxo – do pó ao pó.

Vai toda a aluvião alusiva das línguas vis indispostas,
Antes postas em pedestais; antes replicadoras bestiais.
Ficam as línguas festivas, vestidas de salivas amorosas,
Esputando poesias e rosas, volvendo deleites imortais.

André Anlub
(11/3/17)

10 de março de 2017

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Ao ver e ouvir um sabiá, ponderei:
Qual outro tamanho encanto 
Faz minha boca calar-se
Acarinhando meus olhos
Cantando aos ouvidos
Tão doce e frágil
Tão inesperado
Que voa pelos quatro ventos
E pousa sem alarde
Conquistando os corações?
Além do pássaro, o amor.

André Anlub®

Ótima tarde

Ferve de fevereiro (4/2/15)

Aquele céu azul turquesa em desvario me olhou sem fim, aquele pérfido desvio que abrolhou em mim;
tal tiro de festim que acerta minhas árduas cobiças,
meus veios, meus velhos/novos embustes e premissas.
Sou andarilho com zelo de outrora malandro sagaz,
sou saga, lenda, mito ou talvez nem e nada disso.
Abdico da necessidade de expor o que fui ou sou; já expondo; paparico a dona rica do amigo, bom, antigo, verde e grená alambique. Dito-lhe ao pé do ouvido:
“verde-bílis com preto, verde-bílis com branco, verde-bílis com verde-nilo, seu primo distante.” - Li isso em algum lugar; acho que poderíamos repintar e avivar os quatro cantos. O céu agora nublado e um assanhado sanhaço cantando, como um tablado branco e você dançando seus passos. Foram descentes decentes, goela abaixo, quatro copos “quentes”: (quatro pingas, quatro santos, quatro amigos, quarenta e quatro anos); peça imaginária, som e luminária, alma incendiária e (pra rimar)... ela – metade marcante da minha faixa etária.

André Anlub

E assim foi-se...

Eu poesia

Não seremos prolixos
Vamos falar de poesia:
Eu, meu eu lírico e o alter ego se exporão.

Poesia no âmago é cega
Um lince
Feia e linda.
Em sua saída
Abraçada na verve
Leva contigo tato e emoção.

Poesia pode lhe trair
Atrair e extrair.
Estimular muitos
Ou nenhum.
Ser alento
Veneno
Somar
Subtrair.

Levar aos sonhos
Ser foice perversa
Vertigem
Seu métier
Ócio
Dar ordens
Ser forte
Obedecer.

Em poemas libertinos
Que quase sempre em linhas tortas
Ficariam mortos, desatinos...
Mas comovem plateias
Alcançam destinos.

No arcano que é a poesia
Fazemos uma idolatria doentia;
Poesia pode ser menina traidora
Mentirosa:
Rima, rosa, sua, nossa, 
prosa, fossa, fina, grossa, roça, urbanista
Dividida, multiplicada, maniqueísta, enfadada
Enfeitada, nua, crua e temperada...

E mesmo que na ferida exposta da fossa
Ela roce, coce, sangre, derrame e assim desagua...
Batemos palmas
Damos guarida
Damos espaço e nossas almas.


André Anlub®

É, sou impostor vivente, 
Fantasioso e sensível.
Pinto com aquarela a imagem de um deus no céu,
Escrevo no papel minha quimera de um ser imbatível.

Escutarei a voz que vem de dentro,
Virá do centro e dará apoio, consertará o jarro.
O vozear poderá gritar mais alto,
Se houver necessidade.
Ela irá impulsionar-me para bons atos,
Para caminhos de paz – e quem sabe, de repente,
Até para o amor.

No seu olhar, além das colinas,
Onde o sossego descansa,
Existe o profícuo,
Existe a herança.
Aprumam-se as esquinas
Do livre arbítrio.

André Anlub®

9 de março de 2017

ótima tarde de quinta


Comunhão

Hoje o sol e a vida despontaram com mais fulgores
- Abram as janelas...
Há rumores reais que haverá farta rima;
Poesias, declamações, coisas brandas e belas
Vamos todos ao rumo, no cume
- Arrumem os tambores.

Haverá festança, explodirão os compassos;
No passo a passo se fez o laço – amizade e união.

Sempre sem nenhum desanimo;
Sempre sem qualquer lassidão.

Povos unidos, mãos dadas e foco ainda mais vivo;
Sorriso, arrepio, palavras cálidas de conforto.
Versos corretos e abertos, nada tardios
Os trens nos seus trilhos – todos forjados no aço.

Hoje a lua e as letras se abraçaram em aconchego
- Acendam as fogueiras...
Há apego e compaixão sob a luz da inspiração;
Hoje é toque de seda; hoje a aura é avivada
Não se emudece mais nada...
- Arrumem a casa! - haverá comunhão.

Mulher de beleza ímpar
Rainha de todas as cortes
Convicções e fidúcias infindas
Olhar de explosão poderosa
Corpo em calor quão o magma
Adorada
Feita e recitada
Em verso e prosa.

Não há nada mais indomável do que uma mulher sem vaidade. 

Andre Anlub

8 de março de 2017

À espera do sol


Van Gogh há 11 anos, quando acabou de ser adotado.

À espera do sol (16/1/16)

Talvez a resposta seja tão somente amar
Como se ama sem sequer saber do fato;
Quando o tempo ecoa do ralo e migra do pouco ao farto;
O corriqueiro abandona a imediata desesperança inesperada.

E o que falar das variáveis? Apenas não variam mais;
A não ser de vez em quando.
Um bando de aves tão ágeis, não levanta voo... por assim querer... 
E festejam dançando insanamente em volta da fogueira estimada.

E vão saber, e vão querer, e vão e voam...
As pedras antes atiradas agora descansam no chão;
Tudo é ar rarefeito; tudo é iniciação...
Costumes, costuras, culturas em adaptação. 

André Anlub

FELIZ DIA DAS MULHERES


#DiaInternacionalDaMulher

Falam de bailarinas,
De estrelas cadentes e flores.

Falam de amores,
De destinos, esquinas,
Borboletas e odores.

Mas poucos falam do artista,
Em seu mergulho no meio,
Sem medo e sem freio,
Num oceano de caos.

E ao unir os extremos,
Teremos, sem pressa,
A composição de um poeta,
Que beija na cópula,
O corpo e a alma
Do bem e do mal.

Ficaríamos a eternidade,
Ponderaríamos em múltiplos dialetos: 
Esperanto, mimica, outra louca,
Canto dos anjos, sinais de fumaça,
Em puras línguas e raças,
Dos baldios ou espertos
Até além da imortalidade.

Mas salivas não seriam gastas à toa,
Expondo as qualidades extremas
Da força da inteligência,
O poder do ventre e da cria
Ecoando ao vento e ao sempre.

A voz que nunca é pendente,
Nesse momento presente
Agarra a unhas e dentes
O direito de expor ao planeta
O que das mulheres pertence.

André Anlub 

#DiaDaMulher   

#InternationalWomensDay

7 de março de 2017

Meu Rio de Janeiro


Meu Rio de Janeiro
(André Anlub - 2/4/09)

Como pode alguém amar tanto um lugar:
Suas praias, montanhas, que emanam o amor;
Curvas das ruas e de suas crias,
Histórias, memórias, um glorioso legado.

O amor materno que sempre me banhou,
De pequeno até adulto do seu jeito fui criado.

Beleza bronzeada da cor do pecado;
O carinho do toque de sua maresia;
A visão e beleza do nosso senhor.

Fim de tarde (pés descalços) no arpoador.

Uma estrela do mar e uma do céu que os meus olhos saciam, 
Da primavera ao inverno no seu colo à vontade.
Quando a faca lhe fere também sinto a dor.

Digo em alto e bom som:
Como é bom querer sempre
Fazer parte da sua história... 

É salutar, mas periga ser um vício;
É no início, na essência onde bulo,
Reviro a memória, o mar e o orgulho
E vejo que nessa guerra vale a pena lutar.

Meu rio perfeito:
Quero-lhe bem, lhe quero sempre!
Mostre para todos, no mundo inteiro...
Que você nos ama (é fiel)... 
Amor verdadeiro.

6 de março de 2017

Ótima noite


A vida pode ser farpa entre unha e carne, 
um bambu que não quebra com o vento que varre, 
ou estrelas que brigam com o raiar de um dia.

Camélias brancas que transbordam a paz
Embelezam na alma os jardins de consensos
Das tolerâncias os incensos mais doces
Afogando os rancores em um amor mais intenso.

De repente se viu rei
Mas de nada serviu
Dia e noite acuado
Enterra sua liberdade
Em terra afogado
Quando o real vira pérfido
Do amor falsificado
Paixão é cadafalso
A forca é a realidade.

Dê-me seu melhor sorriso
Aquele intenso, meio sincero
Todo lero, mero siso
Que mexe com meu brio
Benevolente
Incandescente
Que eu admiro.

Com afinco me afogo em afagos
Canto meu amor aos quatro cantos
Otimismo e paixão me confortam
A candura constrói nosso castelo
A fidelidade faz a guarda na porta.

André Anlub®

Ótima tarde

Impulso do mundo (4/3/17)

A inquietação da língua fez-me escrever tais aforismos
Em inícios, meios, fins e afins no a fim de espairecer.
Ela, imensa, na mente a imagem intensa do meu bem-querer;
Sou assaz devotado e derrotado, o amor sem dor e egoísmos,
Venceu-me na guerra eterna e benquista da conquista. 

Na efemeridade não há enfermidade que não se queira,
Na gostosa zoeira arteira, o doce mel que derrama em brincadeiras;
Vi-me guri, lisonjeado e acolhido por ser o escolhido,
A flechada do Cupido, o culpado por toda alegria que vivo.

A solidão – agora quieta – não mais me abocanha a alma,
Aguarda calma sabendo que um dia chegará novamente sua vez.
A solidão é solícita para esfriar o corpo e esquentar a saudade,
Que faz sua parte apimentando – à parte – toda relação.

Vejo você no horizonte, o coração se faz fera e acelera,
Encerro minhas palavras, pois tais não são necessárias;
Sossego minha língua – antes convulsa –, reservo aos beijos...
O mundo quase sai de seu eixo, pois é esse amor que o impulsa.

Imensurável poeta (Vininha) (03/12/13)

Vem o brilho em sonetos, sonoros versos
Excesso em talento, boteco e afeto.
Vem à letra na essência expondo a maravilha
Na trilha do fulgor, garota de Ipanema.

Surgem poemas libertinos, divertido menino
Há partituras com antigos - novos amigos.
Surgem emoções que fervem no imo
E no pacto da vida - do cego ao lince.

Imensurável Marcus Vinícius
Escrevia o rito e o reto em tortas linhas.
Poetinha, poeta, escritor de aço
Compositor, dramaturgo
Diplomata, jornalista.

Foi-se a chama, ficou o legado
Engrenado em livros de poesia viva.
Há o eco em noites que a leitura cura
Há doce loucura de um imortal amado.

André Anlub®

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.