23 de abril de 2017

Das mudanças (releitura)




Das mudanças (releitura) 

Acordei com desejo de tocar-te
Ver teus olhos abrindo devagar... meus baluartes;
Sentir o calor de teus abraços – acalorar do corpo
Beijar tua boca até dar câimbra no maxilar... meu escopo.

Acordei sabendo que laços podem arrebatar
Sendo todos pintores do arco-íris... íris só para enxergar-te;
Responsáveis, loucos motivados... deuses e réus;
Tecemos a seda dos nossos próprios céus.

No mundo que os olhos são quatro,
És minha deusa, sagrada e áurea... pacto;
Tens-me em estendidas palmas... entrega;
Sou uma espécie de servo confesso, podado à rega. 

Acordei mais livre, luvas descalçadas,
Com novos aforismos; com novas alçadas.
Poderei te amar com tenacidade... pela nossa cidade;
Na igualdade e empatia de sermos um só.

Nó cego de vontade própria,
Imprópria a olhos rasos – sem amores;
Vasos que podem até se quebrar,
Mas que refletem o mar e acolhem flores.

Está no sol, mas nem percebe; está na chuva e passa sede.


Está no sol, mas nem percebe; está na chuva e passa sede. 
(madrugada de 11 de junho de 2015)

Todos dizem em voz alta, em alto e bom som, em tom de pura sinfonia com enorme euforia, sem ironia e sem sabotagem, com emoção e pura paixão. A palavra sai solta no ar no caminho que foi imposto... como um castigo. Conjecturas à parte: quatro letras, quatro lindas estrelas.  Presunções à parte: se divide corretamente em duas vogais e duas consoantes. Apoia-se no democratismo, se abriga na coerência das suas idiossincrasias; seja noite – seja dia, dança e canta conforme a música. Tem sonolência, tem ansiedade, há a vontade de estar à vontade para sempre estar. É a hora de se deitar e relaxar; vir e ver o buscar de uma nova meta, de certa cota de colossal comprometimento e entusiástica razão. Há casos raros: entre enormes muros de pedra, na sombra e quase sem água, nascem rosas. No subconsciente está no mar, aquele mar calmo de sonho bom. Agora foi ao parque comprar algodão doce, salsichão e tomar sorvete... Diverte-se. A vida é curta de tempo escasso, e ao levantar o braço ao acaso o relógio pesa. Os olhos procuram acordar para a realidade irreal, colocar a pitada de sonho em tudo, colorindo e enfeitando a grande farsa da vida aos dentes. Bem no estilo vingativo – dá e recebe –, vai levando sua vida empurrando com a barriga e às vezes com as mãos mesmo. O corte foi preciso, e foi preciso cortar e cortar os desgastes. Cai do céu uma chuva, será que molha? Será que seca? Acho que ele sabe o segredo mais bem guardado... o segredo que foi gritado aos quatro cantos, em voz alta e bom som. Somos vítimas e não culpados, somos armados de um lado com a disposição de amar, do outro a imaginação de um mundo armado como um circo. Somos a voz alta e o jogo de dados e não as fichas. 

22 de abril de 2017

Despedida X

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Despedida X (11/1/15)

A vida é assim:
De repente a batucada do Olodum;
De repete um “pam” e tchau.

Foi nesse pensamento antigo
Que começou a abraçar excessos.
Nessa sensação de trem expresso
Que já vai chegar, já está chegando.

Usava como sombras a boemia,
Nostalgia e a arruaça.
Ontem ele era um pouco doido,
Hoje continua sendo,
Apenas segue fazendo
Um pouco menos de alvoroço.

Foi cachorro louco,
Daqueles que despontam nas esquinas,
Com alma de menino
E pensamento torto.

Hoje ele é mais ponderado,
Muito mais “na dele”;
Hoje segue na trilha
De trem Maria Fumaça,
Sentindo na alma e na pele
O que deixou no passado.

A vida é assim:
De repente acaba o repente,
Acaba o velho e o novo,
Acaba a sobra e acaba o ouro...
É nesse estouro que se vai um corpo:
(casca de ovo no galinheiro de um Deus).

21 de abril de 2017

Luzidio


Luzidio (2011)

Seu amor é luzidio
Intenso e ao mesmo tempo brando
Franco, quase doce suicídio
Vida vencida, algoz após extinção.

Busco no cerne, no coração esmiuçado, o soluto...
Busco o calor absoluto, mas a energia térmica é fria.

Calafrio, calo e ouço, calabouço
Não sinto nada, aguado, magoado e minguado...
Não sinto nem dor.

Meu amor é breu
Não é seu nem meu,
Apogeu do asco
Cego que só nego...
Tudo que seu amor me deu.

Mas juntos nosso amor é neutro
Uma soma do sincero com corriqueiro
Céu ou inferno... não importa
Nossas tortas portas sempre abertas...
Dão passagem ao amor inventivo e verdadeiro.

André Anlub 

20 de abril de 2017

Do chão ao empíreo


Pássaros que vem e que ficam também são os pássaros que passam.

Do chão ao empíreo (29/03/13)

Vou fiscalizar nosso termômetro da relação
Tem que permanecer além de quarenta graus.
E nossos complexos e imensos litorais
Sempre agitados com grandes furacões.
Mas está tudo de bom
Gostamos assim.
Devemos manter sempre os pés no chão
E deixarmos tranquilamente o girar da bola.
Mesmo com as areias quentes, queimando
E nada mornando o mormaço na cachola.
Deixei a vaidade ir embora
E na raça e coragem
Apertei o cinto e a embreagem
Engrenei a quarta
Arregacei as mangas
Pois já passava da hora.
E voltando ao furacão
Que carrega tudo por onde passa
Demolindo paredes sólidas
Abalando alicerces
“liquificando” a massa
E deixando escombros no chão...
A queda nos obriga a levantar a cabeça
Reconstruir com paciência
Cada passo, cada tijolo,
Cada pecado e cada inocência...
Erguendo-se mais rígido e harmônico
Com o cimento da convivência.

19 de abril de 2017

Imponência

- Que fatalidade: ao fechar seu zíper, Zappa perdeu seu Zippo; ficou com o fumo, mas sem consumo, sem fogo, sem fósforos; ficou famélico e – quem diria – com fisionomia de abstêmio, perfume de absinto e sorriso de feijão-fradinho... Mas com uma caixa cheia de barrinhas de cereal sabor chocolate com avelã. 

- Rótulos são para todos que gostam; conteúdo é só para quem o procure e mereça.

Imponência

De uma forma deveras palpável
A grafia renasce no arcabouço 
Vindo de uma sensação mutável
Tornando-se finalizada ante o esboço.

As letras jamais envelhecidas
Amareladas com rigidez perene
Órfãs sem jamais terem nascidas
Lapidadas pela sutileza do cerne.

Apólogo nas mentes funcionais
Decreto soberbo dos irracionais
É boa imprecação em todas as formas.

Sem acatamento diante da alusão
Dona de si perante comunhão
Jamais dará ouvidos às normas.

18 de abril de 2017

Poema Invictus

Invictus
de William E. Henley "Do fundo desta noite que persiste A me envolver em breu - eterno e espesso, A qualquer Deus - se algum acaso existe, Por mi'alma insubjugável agradeço. Nas garras do destino e seus estragos, Sob os golpes que o acaso atira e acerta, Nunca me lamentei - e ainda trago Minha cabeça - embora em sangue - ereta. Além deste oceano de lamúria, Somente o Horror das trevas se divisa; Porém o tempo, a consumir-se em fúria, Não me amedronta, nem me martiriza. Por ser estreita a senda - eu não declino, Nem por pesada a mão que o mundo espalma; Eu sou dono e senhor de meu destino; Eu sou o capitão de minha alma."




Todo amor



Quando fui moleque
Andava com minha magrela
No cemitério São João Batista
Entre as tumbas e vielas.

Nunca tive medo de morto
Mas tenho de vivos desgraçados:
Os com pensamento torto

E políticos com discursos aprontados.

Todo amor (1/3/15)

É redundante, mas esse atroz falante vai se alongar:
Já não bastavam os anos vividos? 
- não!
Quero mais do nosso Rio – me beije e me abrace,
Beije-nos e nos abrace;
Aproveito o gancho e abuso da deixa, 
E do remelexo não me queixo:
Quero mais do Brasil, já é de praxe,
Quero um dez, um cem 
– quero um mil e nada mais, nada mau.
E num pisco eu pesco o Carioquês
E canto o karaokê – já vai dar peixe: “Rio 40 graus”.
Ver de verde e o azul de mar 
E o amar de amarelo e o branco da paz:
E o que apraz? 
– nas praças ver crianças sorrindo;
E o que é estrela? 
– o sol raia na beleza de uma praia (Arpoador);
E o que se almeja? 
– ver comida nas mesas – e à beça, e abusa.
Cristo – nosso senhor – redentor.
É redundante, mas não cansa:
Quero a paz indo à praia de biquíni fio dental;
Assim eu rio, é o Rio, assim nós rimos, 
Reinamos e rimamos:
É amor, é todo amor.

Jorge Luis Borges

Jorge Luis Borges: Outro Poema dos Dons
(Tradução: Rolando Roque da Silva)

Graças quero dar ao divino labirinto
dos efeitos e das causas
pela diversidade das criaturas
que formam este singular universo,
pela razão, que não cessará de sonhar com um plano do labirinto,
pelo rosto de Helena e a perseverança de Ulisses,
pelo amor que nos deixa ver os outros como os vê a divindade,
pelo firme diamante e a água solta,
pela álgebra, palácio de precisos cristais,
pelas místicas moedas de Angel Silésio,
por Schopenhauer, que decifrou talvez o universo,
pelo fulgor do fogo
que nenhum ser humano pode olhar sem um assombro antigo,
pelo acaju, o cedro e o sândalo,
pelo pão e o sal,
pelo mistério da rosa, que prodiga cor e que não a vê,
por certas vésperas e dias de 1955,
pelos duros tropeiros que, na planície, arreiam os animais e a alba,
pela manhã em Montevideu,
pela arte da amizade,
pelo último dia de Sócrates,
pelas palavras que foram ditas num crepúsculo de uma cruz a outra cruz,
por aquele sonho do Islã que abarcou mil noites e uma noite,
por aquele outro sonho do inferno,
da torre do fogo que purifica
e das esferas gloriosas,
por Swendenborg, que conversava com os anjos nas ruas de Londres,
pelos rios secretos e imemoriais que convergem em mim,
pelo idioma que, há séculos, falei em Nortúmbria,
pela espada e a harpa dos saxões,
pelo mar, que é um deserto resplandecente
e uma cifra de coisas que não sabemos
e um epitáfio dos vikings,
pela música verbal da Inglaterra,
pela música verbal da Alemanha,
pelo ouro que relumbra nos versos,
pelo épico Inverno,
pelo nome de um livro que não li: Gesta Dei per Francos,
por Verlaine, inocente como os pássaros,
pelo prisma de cristal e o peso de bronze,
pelas raias do tigre,
pe1as altas torres de São Francisco e da ilha de Manhattan,
pela manhã no Texas,
por aquele sevilhano que redigiu a Epístola Moral
e cujo nome, como ele teria preferido, ignoramos,
por Séneca e Lucano, de Córdoba,
que antes do espanhol escreveram
toda a literatura espanhola,
pelo geométrico e bizarro xadrez,
pela tartaruga de Zenão e o mapa de Royce,
pelo olor medicinal dos eucaliptos,
pela linguagem, que pode simular a sabedoria,
pelo esquecimento, que anula ou modifica o passado,
pelo costume, que nos repete e nos confirma como um espelho,
pela manhã, que nos depara a ilusão de um princípio,
pela noite, sua treva e sua astronomia,
pelo valor e a felicidade dos outros,
pela pátria, sentida nos jasmins, ou numa velha espada,
por Whitman e Francisco de Assis, que já escreveram o poema,
pelo facto de que o poema é inesgotável
e se confunde com a soma das criaturas
e jamais chegará ao último verso
e varia segundo os homens,
por Frances Haslam, que pediu perdão a seus filhos por morrer tão devagar,
pelos minutos que precedem o sonho,
pelo sonho e a morte, esses dois tesouros ocultos,
pelos íntimos dons que não enumero,
pela música, misteriosa forma do tempo.

Despedida XIII

A vida pode ser farpa entre unha e carne, um bambu que não quebra com o vento que varre, ou estrelas que brigam com o raiar de um dia.

Despedida XIII - (12/1/15)
(cozinheiro de banquetes)

Quando busca a inovação encontra o aconchego,
Não tem medo, e o mergulho é de cabeça.
Na sinceridade da devoção pelas letras, na fé na escrita,
Na aflição esquecida, morta, afogada na tinta,
Mergulha... e de cabeça.

Solve a arte, respira até pirar, come a arte,
Sente, brinca, briga e se esbalda.
Balde de água fria, quando ele quer que seja;
Balde de água quente, quando ele quer que ferva.

Na construção das linhas, ele sonha...
É um gigante em solo de gigantes (é um ser igual).
Nada é pequeno ou menos, mas ele é gigantesco;
Nada é estranho no pensamento sereno. (a mente é sã)

Criou algo mais do que o passo à frente,
Excedeu-se, ousou – usou e abusou.
Chegou a ser inconsequente...
Até achou que passou rente do perfeito (foi bem feito),
Pois assim tentará mais e mais, e irá tentar sempre.

E aquele gigante, aquele ser igual?
Foi para terras inóspitas e foi jogar novas sementes,
Agarrar novidades e desbravar castos campos.

E aquele cozinheiro?
(sonhou e se levou)
Cozinhou pratos raros e fabricou azeites,
Adornou a mesa com belos enfeites,
Chamou parentes, chamou amigos,
Encarou os indigestos...
Assim tornou-se quase um guerreiro,
Escritor, amigo, artista, rico e mendigo,
Cozinheiro de banquetes, ritos e festas...
Tornou-se gente e verdadeiro.

17 de abril de 2017

Talvez um louco


Coloco nosso “amor” ente aspas
Para que em cada dia que nasça
Possa ter uma definição diferente. 

Posso ser um hipócrita, ou, talvez, um louco... mas tenho uma enorme fé; admiro o Budismo como filosofia e chego bem próximo  do Deísmo como “religião”, mas nem um tanto o outro interferem nas minhas escolhas (podem até interferir nas minhas opções). Faço o que acho certo - sem pisar nos outros -, sem medo de castigos ou "infernos"... tento ser bom.

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.