1 de maio de 2017

Miúda, Van Gogh e Matisse

Miúda, Van Gogh e Matisse (2008)

Meus cães são meus amores
Senhores, donos da situação
Não guardam rancores
Nunca me deixam na mão.

Vivem com a língua pra fora
Felizes, mendigando carinho...
Brincar? - Só se for agora...
Odeiam ficar sozinhos.

A Miúda peguei na estrada
Estava molhada e com frio
Com certeza foi abandonada
Por algum individuo sombrio.

Van Gogh adotei pelo GAPA
Grupo de Assistência e Proteção Animal
Eles cuidam de “meninos” abandonados
Fazem um trabalho super legal.

Matisse é o rebento dos dois
Cresceu parrudo e saudável
Cão lindo e bondoso
E tem um humor instável

Assim sigo com os meus filhotes
Dando carinho, ração e amor...
Sou uma pessoa de extrema sorte
Por deles receber todo esse calor.

30 de abril de 2017

Manhã de 6/4/16


Manhã de 6/4/16

Obstinado pelo obscuro, fecho os olhos e tudo fica mais claro; como a marca de ferro quente no lombo do boi, deixando a cicatriz do ‘V’ de vitória. Ouço um canto, e todo canto causa curiosidade; torna o verde mais verde, os pássaros não tem nem metem medo; fui e voltei, junto a eles, em lugares perdidos, terras de zés achados e zés ninguém. Exercitei as alegrias, aqueci as salvas de palmas, alegrei almas em fantasias... no cinema da vida tudo é replay, mas é sempre novo e mais deleitoso o rever. Há pessoas exibindo sorrisos (talvez sinceros; talvez de ocasião). E vai vento, é vento na venta, o ar mais puro, pulmão limpo, incenso de maça, oxigênio, alegrias, amigos, poesia... tudo para se dizer: vivendo. Voei por cima da angústia, sobre a rua Augusta focando no Caos; voei como nunca havia voado antes; voei em pêndulos retos e traços tortos; voei agora pelo Bairro Peixoto, em Copacabana. Nada mais que eu fale narraria com merecimento à emoção; talvez levantar as mãos ao alto e – num gesto ingênuo e sincero – pedir perdão. 

29 de abril de 2017

Aos Poetas do meu tempo


Homenagem do amigo Luiz Carlos Valle

Aos Poetas do meu tempo
(LCPVALLE - 25/02/10)

Nunca li Machado de Assis
Podem até achar que é truque
Mas li Wasil Sacharuk

Não li Ferreira Gullar
Espero não gerar ciúmes
Mas li Andréa Iunes

Não lembro se li Drummond
Nem sei se é da Academia
Mas li Diogo Dias

Olavo Bilac? Sei lá!
Será que você me entende?
Mas li Celso Mendes

Falam de Cecília Meireles
Também não li, nem um dia
Mas li Márcia Poesia

Não li Augusto dos Anjos
Não é que seja insalubre
Mas li André Anlub

Jamais li Kahlil Gibran
Dizem que é "das arábias"
Mas li Rodrigo Arcádia

Também não li Pablo Neruda
Acredito que seja legal
Mas li Michelle Portugal

Fernando Pessoa eu não li
A não ser em sala de aula
Mas li Alexandre de Paula

Álvares de Azevedo? não sei...
Se li, já me esqueci
Mas sei que li Rosemarie

Baudelaire? Talvez...!
Mas não prestei atenção
Mas li Aline Brandão

Allan Poe? Não lembro...!
Se li, foi pela metade
Mas li Juleni Andrade

Não, eu não li Vaz de Camões
A alma minha que se exploda
Mas a obra de A.R.S?
Essa eu já li, quase toda

Maiakóvski..., ih! Ficou russo
Será que ele é dos grandes?
Mas li André Fernandes

Não me atrevi a ler Bocage
Por ele ser meio traquina
Mas li Janete Palestina

Não quero ler Cervantes
Por medo de ficar insone
Mas já li Raquel Ordones

Nunca li Bashô Matsuo
Ler em japonês? Não tem jeito
Mas por aqui, li o Creito

Aconselharam ler Júlio Verne
Do fundo da terra e dos ares
Mas li Rui E.L.Tavares

Arthur Rimbaud foi poeta?
Não conheci o seu brilho
Mas li o Marçal Filho

Não li José Saramago
Falam que é mestre da prosa
Mas li Neide Escada da Rosa

Não quero ler William Shakespeare
Dizem ser um erro tamanho
Mas eu já li AL Ceccanho

Tantos poetas famosos
Não li nenhum. Imagine...!
Mas li Decimar Biagini.

28 de abril de 2017

Tribos urbanas


Tribos urbanas (16/11/14)

O precipício perdeu boa parte do seu encanto,
Deixando fraco canto e a sensação de não ser mais original;
As estrelas tornaram-se muito mais convidativas,
E o amor na ativa, com sua calentura e seu interminável brilho,
Astuciosamente esculpe o seu brio:
Antônio Francisco Lisboa – atemporal.

Vem à luz amistosa,
A luz da Lua cheia, 
Faceira,
Que parece acariciar o vento;

Caminha pelas ruas de pedras através das sombras dos postes, dos bêbados e árvores,
Dobra as esquinas e passa de janela em janela, de porta em porta;
Passa pelas casas antigas, casas recentes e silentes,
Casas de Ouro Preto.

Por longas datas as bocas gritaram, cantaram e se tocaram em desejos,
Corações se uniram e se iluminaram em suas vielas;
As bocas deles e delas perpetuaram e protegeram todo o, e o de sempre, luar.

O lugar e o legado, agora foram contidos pelo silêncio.
Só por um instante:
- Um minuto de tributo!

Assim como ocas ocas, sem seus índios que saíram para caçar
E voltaram com a caça, com a raça e o ensejo para o ditoso festejo.

27 de abril de 2017

Ótima noite!


Tudo o que nos irrita nos outros pode nos levar a uma melhor compreensão de nós mesmos.
(Carl Gustav Jung)

Sobre o amor?
- Sim, eu conheço, sei bem dessa fábula
sei qual o seu curso, bons e maus imprevistos.
Falam de alguns vícios, falam de absurdos
não provaram na língua o que dizem amargas.

Construo meus barcos no sumo da imaginação:
Minhas naves, pés e rolimãs;
Como imãs com polos iguais, passo batido... 
Por ilhas virgens – praias nobres – boa brisa;
Quero ancorar nas ilhas Gregas,
Praias dos nudistas e ventos de ação.

25 de abril de 2017

Ótima terça

O mapa da alegria em branco
Deixou os corações frígidos.
Só um abraço pra aquecer a vida.

Os que pecaram, ou nunca pecaram, não atirem pedras.
Desde a antiguidade muitos já faziam bom proveito delas.

Quem fala bem passa de jato ou de trem
Quem fala mal pega a cadeira e o jornal.

Sabe, existe um país que tem mais reis que qualquer outro; 
o curioso é que esses reis não colocam a coroa na cabeça, põe no umbigo.

Será mesmo que importa se alguém faz a boa ação para se sentir bem e atender ao ego, se mostrar altruísta e abrilhantar sua imagem para seu vizinho, amigos e parentes? 
Bem, para os que têm fome e frio garanto que não!

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.