12 de agosto de 2017

Nos olhos dela


Nos olhos dela

Tiramos férias dos problemas
Da equação sofisticada
Inexplicável teorema
Da alma não lavada
Infiéis amores
De um falso poema...

Tiramos ferrenhas férias das pérfidas cores,
Em tons errados, “ferrados”, penosos matizes...
Como Matisses falsos, altivos dissabores. 

Mas jamais tiramos férias
Da imaginação em aquarela
Verve que ferve e grita
Canto dos pássaros
Paisagem da janela
De um coração que palpita
Da pureza que se acredita
Olhando nos olhos dela.

Tema-me

Perder a esperança não é bom
Há de se armar melhor
Não falo só de roupas camufladas
Nem armas ou armaduras.
A guerra é covarde
E a vida é única.

Ouço o grito de Hades
Aprisionado no limbo
Jogando xadrez com si próprio
Com sua maldade sinistra.

Me sente e me olha
Pisca, coça o nariz e chora.

Minha foice o assombra
Minha sombra foi-se.
Estou em pesadelos
Em gigantescas tempestades
Na não salvação e não zelo.

Sou presença
Minha sentença é derradeira
E na cachoeira da sorte
Sou a seca
Sou a morte.

10 de agosto de 2017

Imaginação mestiça


Derramo-me ao extremo no chão, no choro, no corpo e no copo...  Mas só por você.

Imaginação mestiça (2/1/16)

A imaginação dentro de seu raro aço,
Desembaraço das peças da adivinha,
Das vinhas – o vinho e o ‘barato’ – num corte
Espadas, esporas, gumes de facas
Os escárnios dos abstêmios, todavia...

Faz louca e bem-vinda toda a vida,
Sua moradia em peles ambíguas:
Branco no brando do plácido coelho;
Ao réu e aos ratos é cingido na cor cinza...
E impura e sinistra e baldia.

Bombas ao baixo, mãos ao alto, bom dia
Violência chorando na esquina chuvosa...
O touché na esgrima fez pontada na costela;
Eu e ela, vale a rima do nosso arrimo, nebulosa,
Sutileza e sangria e doce e vinho – melancia.

De aprontado feitiço nascem como hortaliças,
Nas ruas as nuas imagens em paragens insanas;
São fálicas e frígidas, finas piolas nada pulcras.
Tudo ao teor do amor e do terror da fantasia.

Esculpidos e arrazoados vemo-nos em vigília 
Ao renascerem belas múmias e inspirações extintas 
No horizonte o assombro de um alto monte 
Ao montante o tanto não vale a sombra no vale...
A imaginação eclode da sua armadura mestiça. 

“Bora nessa”


“Bora nessa” (10/8/14)

Vou caminhando com total certeza:
No fundo, no fundo, você está em mim.
Não a vejo, entretanto consigo ver o belo,
Os olhos fracos ainda enxergam.

Ouço tal música (aquela nossa)
Os ouvidos estão indo bem;
Mesmo sem você escrever uma só linha,
Como nunca, sinto sua poesia,
Pois ela também é minha...
(admiração eterna).

No fundo, no meio e no raso,
Meu escuro – meu escudo
Meu jardim – meu cenário.

Nos olhos de janela,
Cada casto colorir de aquarela,
No vácuo, no vasto, no espaço,
Em cada música,
Em cada arte que faço
Em, absolutamente,
Todos os meus passos e traços...
Você está em mim.

9 de agosto de 2017

O íntimo


O íntimo (18/2/15)

Via no tédio o remédio das disparidades de um vil covil,
Colocando fogo no palheiro para assim ver surgir uma agulha.
Com punho e a alcunha de justiceiro: foi-se o cunho e foi-se o pulha...
Talvez no terreiro, um terceiro/quarto ou um sexto do quarto copo.

O íntimo quer mostrar a cara: fica para a próxima.

Atiro-me ao escopo: atiram-me, apunhalam-me, sequestram-me;
Eis os que orquestram como feras rugindo, como tréguas surgindo,
Como falta de filtro nas palavras que lavram num (in) coeso destino...
Ferem amigos, ferem coelhos brancos na noite – alvos fáceis;
Desumanos, desalmados.

Os motores de arranque estão quentes; há febre adolescente na mente.
Pudores caem, chuvas de verão; jamais nos verão tão impetuosamente.
Gruda chiclete no dente, queima a carne no espeto, o medo adota a senhora.

O íntimo que foi ínfimo é posto à prova: uma ova que para tudo tem hora.

Atiro-me à festa nesse exato momento: falta a farta cominação de acatamento.
Reviro-me e me viro para voltar ao começo;
Esqueço o preço que é estar do avesso: ver vultos dos fantasmas,
estafas formando estufas que vão aquecendo as cabeças;
ouvir melodia melancólica, pudica e melosa,
da noite ao dia – de trás pra frente – o ano inteiro.

O íntimo já está exposto e posto ao privo: um ovo que se quebra à fome.

8 de agosto de 2017

Ótima terça


Física Quântica explica!

7 coisas que afetam a sua Frequência Vibracional.* Vibração na física quântica significa que tudo é energia. Somos seres vibracionais. Cada vibração equivale a um sentimento e no mundo “vibracional”, existem apenas duas espécies de vibrações, a positiva e a negativa. Qualquer sentimento faz com que você emita uma vibração que pode ser positiva ou negativa. 

1ª – *Os Pensamentos*. 
Todo pensamento que você possui emite uma frequência para o Universo e essa frequência retorna para a origem, no caso, você! Então se você tem pensamentos negativos, de desânimo, tristeza, raiva, medo, isso tudo vai voltar para você. Por isso é tão importante que você cuide da qualidade dos seus pensamentos e aprenda a cultivar pensamentos mais positivos.

2ª – *As Companhias*.
As pessoas que estão a sua volta influenciam diretamente na sua frequência vibracional. Se você está ao lado de pessoas alegres, determinadas, você também entrará nessa vibração, agora se você se cerca de pessoas reclamonas, fofoqueiras e pessimistas, tome cuidado! Pois elas podem estar diminuindo a sua frequência e como consequência te impedindo de fazer a lei da atração funcionar a seu favor.

3ª – *As Músicas*. 
Músicas são poderosíssimas. Se você só escuta músicas que falam de morte, traição, tristeza, abandono, isso tudo vai interferir naquilo que você vibra. Preste atenção na letra das músicas que você escuta, elas podem estar diminuindo a sua frequência vibracional. E lembre-se: você atrai para sua vida exatamente aquilo que você vibra.

4ª – *Coisas que você Assiste*. 
Quando você assiste programas que abordam desgraças, mortes, traições, etc. seu cérebro aceita aquilo como uma realidade e libera toda uma química no seu corpo, fazendo com que sua frequência vibracional seja afetada. Assista coisas que te façam bem e te ajudem a vibrar numa frequência mais elevada.

5ª – *O Ambiente*. 
Seja na sua casa ou no seu trabalho, se você passa grande parte do tempo num ambiente desorganizado, sujo, feio, isso também afetará a sua frequência. Melhore o que está a sua volta, organize e limpe o seu ambiente. Mostre ao Universo que você está apto a receber muito mais. Cuide do que você já tem!

6ª – *A Fala*. 
Se você reclama ou fala mal das coisas e das pessoas, isso afeta a sua frequência vibracional. Para você manter a sua frequência elevada é fundamental que você elimine o hábito de reclamar e de falar mal dos outros. Então evite fazer dramas e se vitimizar. Assuma a Responsabilidade pelas Escolhas da sua Vida!

7ª – *A Gratidão*. 
A Gratidão afeta positivamente a sua frequência vibracional, esse é um hábito que você deveria incorporar agora mesmo na sua vida. Comece a agradecer por tudo, pelas coisas boas e ruins, por todas as experiências que você já vivenciou. A gratidão abre as portas para que >as coisas boas fluam positivamente na sua vida. Você já agradeceu hoje?" 

(Autor Desconhecido)

Viver, o crime


Viver, o crime (30/3/17)

As solas dos sapatos são selos de vida... 
E, goste ou não, já estão gastas;
Os pés andam firmes no pensamento lúdico...
Mesas lisas; mesas fartas.

Vê-se um filme antigo no inaugurado cinema novo...
O nada pouco povo pobre fica de fora;
Encareceram o acesso público,
Esclareceram que já não é de agora.

Sendo em suma maior de idade:

A cachoeira gelada convida ao banho;
A cachorrada quente convida ao assanho.
Tanto uma como a outra fazem parte de um todo,
Do que lambe e limpa o lodo da desigualdade.

Sendo em sonho menor de idade:

Vamos queimar gordura e arrepiar os pelos,
Pelos novelos novos; pelo não cair dos cabelos.
Os direitos não estão direitos:
Vai-se o nosso tempo;
Os deveres se graduam a esmo:
Devora-nos a realidade.

Os pés já andam descalços,
No encalço da felicidade.
A igualdade é dinossauro utópico,
Junto ao ópio de mediocridade.

O cinema pegou fogo,
Colocando inveja ao circo.
Tem pão, mas não tem o ovo,
Fazendo do viver seu crime.

Esfera serena (27/05/17)

No papel que pela vida é dado,
Numa novela mexicana frenética;
Em canetas que sangram as tintas
E abraçam as ideias e abrem as janelas.

Há vivas uvas ainda nos cachos
Na esperança de tornarem-se vinho;
No absinto de um achismo moderno:
Eterno feitiço, perene façanha, farto fascínio.

A vivência dos que não veem a violência,
Na indecência do luxo de serem cegas;
Clamam em plumas, rimam e pregam...
Vozes roucas em uma aquarela sem cor.

Há pequenas películas transparentes
Nas paredes de prisões confortáveis;
Há nuvens brancas em céus instáveis,
Anunciando olhos e sonhos fugazes.

Veem-se excelências e suas essências vorazes
Cantarolando alto por todas as partes,
Canções novas de um velho compositor,
Aquele redentor que constrói novos lares. 

Em pífias poses do desconforto do pleito,
Fazem-se modelos de suas próprias fotos;
Criam fatos, criam fetos, creem em feitos...
Dentro do falso globo sereno e perfeito.

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Homônimo disse ao Sinônimo: 
- seu redundante!
O Sinônimo rebateu: 
- sou prolixo, pleonástico, tautológico, mas não tenho várias caras, rostos, faces...


O interesse e a adoração caminham de mãos dadas e às vezes trocam as máscaras!

Ótima terça a todos


Na casualidade dos caminhos tortos

Parece sinóptico tal gesto simples,
Esse teu, que brilha num todo.
Precata, de jeito torto,
Serem delicadas quaisquer escolhas.

Aberto o enorme fosso,
Que aos brados chama aflito.
Equidistante é carne e osso,
Pequena fenda que flerta,
Num zunido.

Vejo estática tua íris,
Por compreenderes tamanha epístola.
Voas feito águia, tão majestosa,
Tal qual a vida.

Há brilho demais no inconformismo,
Sufoca e cega. Há equilíbrio e imagem,
E na miragem não há cegueira.

E qual atitude seria mais certa,
Senão entregar-te ao próprio destino?
Vai-te logo, fizeste o prólogo,
Sigo-te, em linha reta, feito menino.

7 de agosto de 2017

Hora do recreio


Hora do recreio no sofá de uma sala (releitura mista 2013)

Quem será o guardião desse coração
Tão intenso, raro e quente?

Nesse vai e vem do povo a cólera passa rente...

Tentando roubar o puro, 
Esconder o tesouro, 
Cavando um túmulo
E matando os loucos.

Tudo se transforma na fala
Da saliva da ponta da língua.
Na palma da mão que entorna a raiva,
Perdendo-se no céu anfitrião.

Sendo o alicerce mais forte,
Fez-se o castelo - nasce o coveiro...
Que rompe vis elos,
Enterra as contendas.
Encarcera o faqueiro que insiste no corte.

A verdade mostra para que veio
E o ópio evapora na veia.
Surge a sorte pisando na morte,
Tornando o instante um instante perfeito.

O som é mais ameno,
No feliz badalar dos sinos
Para a hora do recreio.

O amor é a maior das certezas
E mesmo assim acontecem infinitos equívocos.

Não se fala em outra coisa
Em todos os lugares:
Em bares, ginásios, tablados,
Basílicas, praias, boates,
Iates, aviões ou carros.

A bola gira, cabelo cai,
O amor derrotado.
Flecha no peito, faca nas costas,
O bobo da corte coroado.

A imagem escureceu,
Os braços ficaram pesados
E nada mais se pode fazer.

Há um enorme e frio buraco,
Onde o eco cantarola sua fala
E no perceber que chegou ao profundo
Vê-se sentado no sofá de uma sala.

Inocente e réu


Inocente e réu (21/12/10)

Andei por caminhos difíceis
(sombrios e íngremes)
Descobri a esperança e o renovar de cada andança
(caridades e crimes)
Peregrinando e observando no caminho
Pássaros que vão e vem
E seus gravetos nos bicos.
Lembro-me de outras épocas,
Ninhos de cantos e gemidos...
Vida de baixos e apogeus.
Ah! sinto saudade, sinto o perdão que outrora não conhecia. Aprendi durante esses anos vividos
A amar e saciar a quem me sacia.
Aprendi a doar-me mais e cobrar menos,
Ser moderno amando o eterno e ser bom aprendiz.
Aprendi a conter minha raiva, ter paciência,
Pisar em ovos e passar feliz.
Nesse caminho, sob a luz da lua, declamo mansinho os Versos teus... 
O vento mexe as margaridas
Campos de trigo - minha vida (baú de amigos).
Em outra vida devo ter sido rei, 
Talvez um nobre, 
Bobo da corte ou um plebeu.
(de nada importa!)
Na paisagem de tua janela, de frente ao lago, o pôr do sol.
E no crepúsculo, ouvindo os sapos, os violinos, clave de sol.
Sinto o toque divino no verde e no azul piscina do céu,
Vejo que ainda sou menino e sou desde pequeno
Inocente e réu.



O Desenho


O Desenho (6/2/10)

Apenas desenhei seu rosto
Com sombra e luz, com ar de desgosto,
A melancolia que te conduz.

Comecei pelos cabelos: completamente lisos,
Tom de fogo na madeira que deixam de paixão
A atração em teus vários vestígios.

Os olhos: de pantera, brilhantes, verdes.
Esfaqueiam de repente meu desejo, minha quimera.

Boca: não tem igual, toque de refúgio sensual...
Se movem em câmera lenta,
Cria um desenho na beleza que ostenta.

Depois de pronto fui ao extremo,
Beijei ardentemente tua face de papel,
Tintas me borraram todo o rosto
E por gosto, fui de palhaço ao céu.

6 de agosto de 2017

Mundo das Poesias


Lista dos participantes da antologia Mundo das Poesias (Livro com 310 páginas)

01 – ADRIANO FERRIS Adriano Ferris
02 - ADMILSON FARIA (ANGOLA) Admilson Faria Faria
03 - AFRICA GOMES (ANGOLA) África Gomes
04 - ALESSANDRA CRISTIANI DOS SANTOS WagnereAlessandra Generoso
05 - AMAURI SALES Amauri Sales
06 - ANA ANGÉLICA Ana Angélica
07 - ANDRE ANLUB André Anlub
08 – ANDREANE CUNHA Andreane Cunha
09 - ANTONIO MONTES Antonio Montes
10 - BENEDITO CARLOS Beneditocarlos Gonçalvesdelima 
11 - CAIO GARCIA Caio Garcia
12 - CARMEM HADDAD Carmen Haddad
13 - CLAÍSE DE ALBUQUERQUE Claíse de Albuquerque
14 - CLÁUDIA SIMÃO SEMEDO (ANGOLA) AfryClaudia Anjo Semedo
15 - EDI ALMEIDA Edi Almeida
16 - ELAINE S SANTOS Elaine S Santos
17 - ERICO ALMEIDA Erico Renato Almeida
18 - EROS AFONSE Elias Rosa Fonseca
19 - FRANCISCO FERREIRA Francisco Petrônio
20 - FUTURO DA COSTA (ANGOLA) Manuel José Constantino José
21 - GABRIEL SANTANA SANTOS Gabriel de Santana
22 - ISVANIA MARQUES Isvânia Marques Ocampos
23 - JONNATA HENRIQUE Jonnata Henrique
24 - JORGE LUIZ ROSA Poeta Jorge Luiz Rosa
25 - JORGE MANUEL RAMOS (PORTUGAL) Jorge Manuel Ramos
26 - KAINHA BRITO Poetisa Kainha Brito
27 - KITY ARAÚJO Kity Araújo
28 - LADY INUYASHA 
29 - LANE DIAS Lane Dias
30 - LIN QUINTINO Lin Quintino
31 - LUIZA SENIS Luiza Senis
32 - M. M. SIMÃO MMSimão
33 - MANUEL TIMÓTEO DE MATOS (PORTUGAL) Manuel Timóteo de Matos
34 - MARCOS NASCIMENTO Marcos Nascimento
35 - MAURÍCIO DUARTE Mauricio Swami Divyam Anuragi Duarte
36 - MAYANNA VELAME Mayanna Velame
37 - MIRIAM BRILHÓ Miriam Bilhó
38 - NAZARÉ FERREIRA Poetisa Nazaré Ferreira
39 - NILLO COSTA Nillo Costa
40 - OLIVER FABIO Oliver Fábio
41 - PAULO MAX 
42 - POETA JARDIM Sergio Almeida
43 - RAUL THOMPSON 
44 - SOARES BARBOSA Soares Barbosa
45 - SRTA CHAGAS Ítala Fernanda
46 - VANTI VYRENA Vanti Vyrena
47 - VIRGÍNIA DE OLIVEIRA Virgínia de Oliveira
48 - WALDIR PHILHO Walldir Waldir De Melo Filho

Ótimo domingo


Algumas (des)ponderações e frases de (d)efeito

Falaram sobre o Titanic: "Nem Deus afunda esse navio". Penso cá com meus botões o porquê de Deus querer afundá-lo! Mas também penso que o Diabo, sabendo que já teria um bode expiatório, foi lá e fez.


- E vida após a morte?
- Acredito. Só não simpatizo com a ideia de eu o dia todo sorrindo, vestindo branco num jardim florido.
- Por que?
- Branco me engorda muito.


- Dou mais valor ao artesão de rua do que ao Picasso!
- Você compra muita arte de rua?
- Quase nunca!
- Você deve odiar o Picasso.


- Negócio brega e antiquado escrever RIP quando alguém morre!
- Fica tranquilo, quando você morrer escreverão: JFT (Já Foi Tarde)


Nas lacunas entre os "sins" e os "nãos" existe tal vez; essa tal vez do povo novamente entrar pelo cano.


Nos teus olhos pareço escutar o amor que ecoa sem fim; há de abafar o sombrio, o nublado, o vazio, o banal, o chinfrim.


Amor verdadeiro não foca em anel e nem todo Coco é Chanel.


correndo, o bicho pega
ficando, o bicho come
ignorando, é alienado
poetizando, o bicho é rango.


Insanidade de horas perdidas no 'líquido sagrado de Baco': com uma mão vai afundando o barco, com a outra fornece o salva-vidas.


"Brasil, ame-o ou deixe-o!"
Mas se você tiver bastante dinheiro, 
pode odiá-lo e ficar por aqui mesmo!


O sujeito se diz Capitalista, adora feriado prolongado, curte um atestado médico falso, reclama do seu trabalho e do seu salário.


Virou modismo se auto-elogiar: "sou pessoa de bem!". 
É porr@ nenhuma, falar é fácil, queremos ver na ação!


Mais uma sobre o autoelogio:
– Sou o Super-homem!
– Não! nem é um pássaro, tampouco um avião; é só um humano prepotente mesmo!


Prometo que essa é a última sobre autoelogio: 
tenho um amigo que chega a falar muito, 
mas muito bem dele mesmo na terceira pessoa.

Indo ao brio


O corpo se contorce nas belas curvas do mistério,
E meu universo se entorpece em um minuto;
Vejo minha vida, sua verve - seu externo,

Rogo amor eterno e me completo absoluto.

Indo ao brio (6/8/14)

Pousa para dar pé, pausa para um café;
Asa em construção – voo em atuação;
Ao distante a verve chamando, pois...
Incitante é a vida entoando:
Ela está insatisfeita (sem motivo),
Vive questionando o próprio talento,
Diz que é como um cágado...
Está lenta:
- não consigo agora chegar, ou, talvez, me virar no improviso.

Pausa para ter fé, pousa para outro café;
Pena, papel, ideia e silêncio...
Deixou bem longe a peleja, a amnésia,
A ausência de novo pensamento...
A inércia.

Alçando voo desbancando o frio, cruza o vale e o rio,
Voa com os sãos falcões peregrinos, aves de rapina, 
Sente quão facões na espinha, rasgando a carne e a alma...
A inspiração que lhe ataca, 
Afaga, assanha... e, na manha, a eleva ao brio.

Acesso da Fantasia (31/07/11)

Milhões de vozes que chamam
Atrozes escritores que banham
Terror e beleza de sonhos! Mensageiro nas portas
Comporto a inspiração derradeira

Tu és a única, esperança do divino
Fazes soltar tintas em papéis
Mas me engano ao pensar que perecerás
Pois sempre precede o silêncio da balbúrdia dos sinos!

Portas que tu abres chaves que nunca perdes
No engodo do fracassado, tu renovas, acordas a cada letra
Fazendo valer o som das trombetas

Trazendo harmonia as flautas que ergues.

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.