11 de setembro de 2017

Chegou o meu novo rebento, Gaveta de Cima, patrocinado pela Darda Editora.


Sorriso de orelha a orelha! Chegou o meu novo rebento, Gaveta de Cima, patrocinado pela Darda Editora... Em breve mais detalhes! 

PREFÁCIO

Considerando a condição de neófita no universo da literatura, confesso minha surpresa e lisonja em ser convidada por André Anlub para prefaciar sua mais nova obra poética.
Todavia, pude compreender seu elevado gesto, em oportunizar aos iniciantes, essa tarefa desafiadora, o que que me fez, de pronto, ensejar esse desafio.
É com um misto de orgulho mas também de cautela, que me proponho a colocar na vitrine literária, a obra de alguém que já tem suas digitais, para além, de credenciadas no universo da poesia.
Reconhecido pela vasta contribuição à literatura nacional, com seus livros solo e ampla participação em Antologias Poéticas publicadas e em e- books, André Anlub é também integrado a diversos movimentos culturais e detentor de extensa premiação nacional. 
 Seu estilo versátil e a universalidade temática adotada, elenca seus versos nos patamares dos mais diferenciados anseios literários.
Além de autodidata das artes plásticas, cultiva uma incomparável paixão pelo Rock, Blues, Jazz, bichos e poesias.
André Anlub se define como cidadão do mundo: “não nasci nem aqui, nem acolá, nem além ou aquém, sou melhor ou pior que ninguém. Vivo o amor, temor e arte (...) Sou do mundo mas de nenhuma parte” 
Considera-se um entusiasta pela vida, um quase “poète maldit” e “bon vivant.” 
 Na sua célebre afirmativa: “Moro em mim, mas de vez em quando saio de casa,” André denuncia o processo alucinatório que compõe a vida e enriquece sua obra, tese também reforçada, na propriedade do verso: “A realidade concorre com minhas vertentes e elas, rápidas, saem na frente. Faço roleta russa com minha imaginação”
Considera-se um “rabisqueiro” do mundo, um eterno aprendiz.
Entre as obras consagradas destaque para Poeteideser na qual reúne poesias, acrósticos, duetos e trovas – 2009; Puro Osso Duzentos Escritos de Paixão – 2015 e A Luz e o Diamante (Duetos) – 2015 entre outras.
Organizou em sua GAVETA DE CIMA, textos seletos nos quais abusa da criatividade e de uma linguagem ricamente metafórica, induzindo o leitor a um mergulho mais profundo na essência dos textos, forma garantida de se garimpar suas verdades e propostas da “terceira camada”.
Fugindo do lugar comum, exibe um vocabulário rico e diversificado, por vezes exótico, nos desafiando a estudar sua obra com zelo e sem parcimônia.
A Gaveta de cima, de André Anlub, está locupletada das experiências do autor num, quase, autorretrato registrado da janela da vida em distintas etapas. Desse modo, a obra expõe um autor inquieto, apaixonado, ora reflexivo, ora entusiasta e esperançoso e sempre sedento em desvendar os mistérios que o cercam e desafiam. De forma crescente, vai tecendo dos sonhos e ilusões, realidades mais cristalinas dos fatos, intensamente, vividos.
Compartilha de um passado errante, como em “Prisioneiro Deposto” cujos versos denunciam facetas peculiares de uma etapa vencida: “Já me vi na latrina latente e na obscuridade incurável do ser”(...)
Contudo, no encantamento e paixão pela poesia o autor descobre sua grande panaceia e a brilhante luz sobre a obscuridade da alma: “A poesia desenredou-me livrando-me dos sujos poços (...) E a alma que até então perdida, renasceu”
“Meus veros são libertos (...) Às vezes voam e são de quem os pega, de quem os abraça”, construção que denota a estatura alcançada na sua arte, transcendendo as expectativas de alvos definidos.
Mas é no amor, em suas diferentes facetas, que o poeta fulcra sua obra, emprestando-lhe um colorido e beleza ímpares como “No Teatro da Vida”, palco em que celebra a paixão inconsequente e aventureira, numa das suas mais inspirativas construções: ”Amanheceu a paixão já fez a cama, tomou café, leu jornal e foi-se embora(...) Pois no agora fecha a cena, encerra o drama”
Beleza e singularidade são também expressas nos versos de “Nossos Litígios”: (..) “Deixo o amor navegar à deriva, sem remo e sem velas por sobre a aquarela conturbada, valorosa e eterna maré da vida”
Em solos de amor traquino, amor lisonja, imprevisibilidade, paixão ardente, poesia e liberdade, André Anlub, hasteia, a tremulante bandeira do amor, em toda a sua obra.
Tece, também, em seus versos, a saga do homem simples do campo, das traiçoeiras relações humanas, das experiências dolorosas do sofrer, e das exclusões individuais e coletivas.
Reconhece que na vida nem tudo é poesia, e rejeita “a mesmice que rasteja o chão”.
Se propõe a ser rio, que “deflore caminhos e alimente de esperanças os vilarejos, água cristalina potável e benvinda em ”Turbilhão do Viver”
Em Gaveta de Cima- textos seletos- o autor nos brinda com uma obra rica e incitante que provoca no leitor o desejo de aprofundar o entendimento da sua mensagem, nem sempre explícita.
Aqui apenas um ligeiro aperitivo da riqueza que esse livro encerra. Desafio o leitor para, atrás da letra, descobrir a pura essência de uma obra para profundas e memoráveis reflexões.

Angélica Figueiredo
Médica, escritora e poetisa

10 de setembro de 2017

Das Loucuras (sebo nas canelas, “fióti”)


Das Loucuras (sebo nas canelas, “fióti”)

Olhos para veem e pernas para quem te quero...
Águas deslocam-se para o Sul e águias para o Norte,
O fato é que correm sempre para aonde bem querem.

A sede não acaba e nunca se perde tempo descansando, 
Pois os desencantos não criam raiz em cemitérios.

Suor que cai todo dia é nada de demente “on demand”...
Longas lágrimas que há tempos sumidas, sofridas,
Surgem suaves encantando vidas no corriqueiro das rimas.

Vermes disputam lugar com as lombrigas (barrigas com gases)...
O ego e o talento querem se apoderar de todo indivíduo (não duvido).
Fogueira acesa e pés descalços na areia enterram qualquer pejo...
Mas é sonho, sonhar acordado, não passa de um vil desejo.

Agora se vê verso firme da forma que veio para a briga (e não são fases)...
Nada de arrogante senhor de poesia; nada de arrotar monotonia.
O filhote poético nasceu, cresceu, morreu e ressuscita...
Se ofuscando e poetizando disfarçada no nosso próprio lampejo.

André Anlub
(10/9/17)

Das Loucuras (bípede implume que voa)


Das Loucuras (bípede implume que voa)

Ao lado a sombra assombrando como um fantasma;
Amor mal resolvido que me confidencia ao ouvido algo inusitado.
Circula pela veia aquela adrenalina do inventado, malcriada:
Memoria criada em êxtase que se estranha com minhas entranhas.

Sou bípede implume que voa;
Tiro e dou linha pra pipa – assim vivo –,
E passo o cerol quando é preciso.

A mente teima em se contradizer,
Não se aceitar humana (e o faz por fazer);
Quer ser mundana de um modo diferente,
Assim, de repente: sem aval, sem alvo, sem aviso.

Tudo legal, mas hoje almeja uma mutação;
Algo sublime, porém patético; contumaz, porém inédito...
Cão interno, feroz cão louco que abraça a alma...
E expõe em combustão sua carne mais fresca.

Imagina se a sombra não iria querer viver isso;
Flertar com o osso, fitar o fosso e fundir-se em sorriso.
Pense no faz e desfaz da desfaçatez
E o voo se fez nessa amplitude de uma alma dantesca. 

André Anlub (10/9/17)

9 de setembro de 2017

Ótima noite de sábado


Mais uma vez me apaixonei em um sonho (manhã de 3 de junho de 2015)

Sonhar com o futuro, com algo futurístico, é simplesmente incrível. Sonhei ser jovem novamente, em um futuro não muito distante. Dava para entender que eu estava há poucos dias trabalhando com artes e em uma loja enorme, de roupas sociais e esportivas e também acessórios em geral. Loja com três ou mais andares, com muitos vendedores e pessoas de criação, computadores, salas de relaxamento, áreas de criações, bronzeamento, cafés, refeitório e uma vista para lindas e verdes montanhas com carros em formatos de naves, que voavam e passavam a todo o momento ao redor. As paredes eram todas de vidro, até as escadas e os elevadores que levavam aos outros níveis, também eram transparentes. As pessoas andavam de um lado para o outro com seus Tablets nas mãos e telefones estilo telemarketing. Tinha um ar de quartel general de serviço secreto. Mas não era. Algumas pessoas eu conhecia e trocávamos um sorriso mais longo aos cruzarmos. Outras aquele breve sorriso de pessoa pouco conhecida. Eu estava muito feliz, dava para sentir. Mas dava também para perceber que tinha pouco tempo de casa, e aquilo ainda me assustava um pouco. Tudo era inovador: desenhos de moda e cenas de filmes passavam no ar em uma projeção holográfica. E nós, as pessoas da firma, conforme caminhávamos, atravessávamos por dentro deles. Não tinham compradores, era uma grande área de criação, mas que ficava em local público. Como que se houvesse a necessidade das pessoas (consumidores) olharem que estávamos produzindo. Era tudo novo e fascinante. Eu usava uma roupa bem moderna, mas que se enquadraria perfeitamente nos anos 80. Infelizmente não vi o meu rosto – fiquei pensando nisso boa parte da manhã (depois de acordado). Até ai é um sonho fantástico, diferente, interessante e que quis que durasse muito mais... Mas sonhar que está apaixonado e a paixão ser recíproca é que me deixa realmente intrigado. Havia uma pessoa, uma amiga íntima que compartilhávamos de um amor intenso – apesar de ainda não estarmos juntos – ela trabalhava comigo e trocávamos muitos olhares, nos falávamos com frequência, pois ela era uma espécie de supervisora geral que ia de sala em sala, de área em área, apara trocar informação. Ela era misteriosa, mas extremamente simpática, diferente, sempre alegre. Pegava-me pela mão para mostrar cada novidade, pedindo minha opinião – meu olhar –, a cada ideia criada por outros, a cada coisa inusitada que acontecia... Ela, a princípio, é minha melhor amiga; dá para entender que foi ela quem me convidou para aquele emprego. Descobri durante o sonho que a gente não se conhece de anos, vamos nos descobrindo com o tempo. Cada vez mais ela vem à minha sala para ver como estou me saindo e pedir opinião em algo que faz. Descobri também que ela é a única pessoa, além de mim, que é heterossexual da loja. Há nela uma timidez absurda quando se comenta da sexualidade de todos, pois há bissexuais, há gays, há pessoas que não se consegue descobrir o sexo, e ela sempre indiferente não vendo importância no fato. E, no fundo, realmente não havia. Havia, no geral, homens e mulheres à vontade, que andavam nus na parte de cima do corpo, mostrando os corpos sempre quase magros, mas nunca fortes; alguns excessivamente magros, bronzeados e só com uma roupa íntima de baixo (eu era um deles). A empatia, a troca de sorrisos, a comunicação maior foi justamente com ela. No sonho tento ao máximo não demostrar o amor, mas logo os amigos comentam comigo em tom de brincadeira e apoio. Até que chega um momento que estou correndo em uma esteira e ela chega com um sorriso diferente, me pega novamente pela mão, saímos da loja com todos olhando, vamos andando em uma espécie de shopping e ela me chama para almoçarmos em algum lugar distante... Mas antes nos encaramos um pouco, olhamos sérios e diretamente nos olhos, com as bocas a menos de oito dedos de distância, e o beijo é inevitável. O sonho se acaba e fica a sensação de “quero mais”, de que estaria porvir; ficam as perguntas: quem é ela e de onde eu a conhecia? Ficam as curiosidades: em qual época foi aquilo e como foi nosso passado antes do inicio do sonho? Fica a impressão estranha de eu ter acordado, já ter ido ao banheiro, lavado o rosto, feito o café e o amor ainda estava no corpo – como se estivesse esquecido de acordar – e segue com o tempo, a cada segundo se esvaindo e indo para uma outra dimensão ou era. O esquecimento de tudo vem tomando conta aos poucos com a verdade e o tempo da vida real. 

Poetas (releituras)


Amor cego é besteira passional;
Ódio cego é absurdo cancerígeno.

Poetas (releituras) 

- verve frenética, combustão instantânea
Poeta empresta sua alma
Pecador com inocência
Se doa na essência
Fictício - açoitado
Nem por isso coitado
Nem por isso vazio
Mas fazedor de cena no mundo de Alice.

Poeta sonha sempre, isso é certo...
Mas só se atêm nos sonhos que tem com olhos bem abertos.

Poemas na pequenez de um periperiaçu
Palavras tépidas de aço
Versos de paixão para o amado ou amada
Na paz perseguida pintada
Passo a passo no compasso.

Poeta... por aqui, por ali,
Assim o sol nasceu mais vivo...
Viu você de repente,
Menos breve e arredio,
Falar mal da poesia,
Mas arrepender-se contente.

Nos rascunhos da vida uma mímica
Expostos ao mar de conceitos;
Nau de papel frágil à mercê
Em corações atentos ao leito...
Seja no rio, no sexo, na cama, no seio...

Mas...

Poetas respiram e piram
Poetas respeitam e “peitam”...
Uns são pais e todos são filhos
Conspiração da ação do impulsivo.

E a fila anda (21/5/13)


E a fila anda (21/5/13)

Há um famoso ritual de ajuntamento,
Como uma nau à deriva em forte vento.
Acalora o frio e inerte coração,
Faz do branco e da verdade o indumento,
Pois tem na alma e no sim a comunhão.

Já é sabido, vez ou outra ela chega,
A paixão que abstraí e deixa aéreo...
E no mistério a implicação de ficar cego,
Os olhos fulgem no clarão do seu interno.

Há também um procedente paradoxo
Que trafega entre o ditoso e o lascivo.
No flerte que transmuta em aversão
E a ternura que se afoga em puro vício.

Não sabe dizer se traição é inerente
Ou se é pisar com cinco dedos no respeito.

E já sem jeito estufa o peito e sorridente
Atrás vem gente, é melhor andar direito.

8 de setembro de 2017

Matéria Kibada


- Copiado da Revista Digital Vice

"O longo caminho rumo à ciência das bad trips

Por DANIEL OBERHAUS 
Traduzido por ANANDA PIERATTI
Jun 6 2017, 1:30pm 

Antes que as drogas psicodélicas sejam usadas em tratamentos psiquiátricos, é preciso desvendar os mistérios das viagens ruins.

Em 1968, Thomas Ungerleider e Duke Fisher, dois psiquiatras da Universidade da Califórnia em Los Angeles, nos EUA, viajaram até o subúrbio da cidade para testemunhar os rituais de uma seita focada no consumo do LSD. A dupla havia recentemente dado uma palestra sobre o que viria a ser conhecido como " bad trip", uma expressão genérica usada para designar possíveis complicações decorrentes do uso de substâncias psicodélicas, indo da ansiedade leve até surtos psicóticos e delírios persistentes.

Enquanto os palestrantes respondiam as perguntas do público, um membro particularmente revoltado da plateia tentou ler um manifesto em defesa do consumo ilimitado de LSD. Ao fim do evento, o mesmo homem abordou os psiquiatras, insistindo que muitas pessoas tomavam LSD sem ter nenhuma reação adversa. Na verdade, o homem fazia parte de um grupo religioso que se denominava como "Os Discípulos" e que alegava consumir ácido toda semana sem grandes problemas.

Os pesquisadores ficaram intrigados. Após os Discípulos se certificarem de que eles não eram policiais, Ungerleider e Fisher foram autorizados a visitar a sede do grupo e observar o uso ritualístico do LSD. Nas palavras dos pesquisadores, no local eles encontraram:

... cerca de doze pessoas morando numa casa espaçosa, localizada em um terreno grande. Eles estavam arando a terra quando chegamos, e a decoração da casa era psicodélica. Nas paredes haviam imagens de Buda e Jesus. Toda quarta-feira, o grupo se reunia para um culto mais tradicional, focado em orações e meditação. Os rituais lisérgicos aconteciam nos finais de semana.

Ao observar e entrevistar os participantes desses "rituais de amor", os pesquisadores descobriram que muitos dos Discípulos eram ex-presidiários ou dependentes químicos que haviam adotado o LSD como forma de tratamento. Muitos desses indivíduos afirmavam ter encontrado Deus graças ao uso ritualístico do LSD. E o mais importante: nenhum havia sofrido qualquer reação adversa à droga.

Essa afirmação chocou os psiquiatras. O que diferenciava esse grupo daqueles que haviam sido internados em hospitais psiquiátricos após ingerir a mesma substância? Em outras palavras, quais seriam os fatores que, juntos, resultariam numa bad trip?

"A complexidade dessa reação — que não pode ser prevista nem pelos melhores testes ou dados clínicos — significa que não compreenderemos as reações adversas ao LSD tão cedo".

Para responder essa pergunta, os pesquisadores iniciaram um estudo que comparava as reações de 25 Discípulos às de 25 pacientes que haviam sido hospitalizados em decorrência de reações adversas ao LSD, entre elas "alucinações... ansiedade que beirava ao pânico... depressão, muitas vezes associada a pensamentos suicidas ou tentativas de suicídio, e... confusão mental". Em 1968, a dupla publicou os resultados da pesquisa no Journal of American Psychiatry , marcando assim a primeira tentativa científica de identificar as causas da bad trip.

O estudo revelou não haver diferenças significativas entre os dois grupos em termos de gênero, raça, idade, educação formal ou "privação afetiva precoce". Quarenta e quatro por cento dos pacientes (comparado com apenas 24% dos Discípulos) possuía algum histórico de transtornos psiquiátricos, mas isso não foi considerado como fator decisivo para uma experiência psicodélica traumática. Dentre os membros do grupo religioso com um histórico de transtornos psicológicos, não houve relatos de experiências negativas com o LSD.

"Não identificamos nenhum elemento histórico ou aspecto clínico recente particular a qualquer um dos grupos", concluíram os pesquisadores. Curiosamente, Ungerleider e Fisher foram uns dos primeiros a propor uma possível interação entre o LSD e "tendências esquizoides", uma hipótese que seria confirmada por pesquisas posteriores. No fim, os autores chegaram à conclusão de que "a complexidade dessa interação — que não pode ser prevista nem pelos melhores testes ou dados clínicos — significa que não compreenderemos as reações adversas ao LSD tão cedo".

Chegamos, pois, a um impasse: para que as drogas psicodélicas saiam dos laboratórios e entrem nos consultórios, precisamos investir em pesquisas que desvendem os mistérios da famosa bad trip. 

*

O estudo das drogas psicodélicas está passando por um renascimento. Recentes estudos sobre drogas como o LSD, o MDMA e a psilocibina (encontrada em cogumelos alucinógenos) indicam um possível uso terapêutico dessas substâncias. Pesquisas sugerem que substâncias psicodélicas podem diminuir o risco de suicídio, auxiliar no processo de luto, controlar o vício em narcóticos e aliviar a dor causada pela cefaleia também conhecida como "dor de cabeça suicida".

Qualidades à parte, as substâncias psicodélicas não são perfeitas. Meio século após o estudo revolucionário de Ungerleider e Fisher, ainda estamos longe de ter qualquer compreensão empírica sobre as reações adversas a psicotrópicos. Graças ao caráter subjetivo dos efeitos dessas substâncias, é praticamente impossível prever se — ou quando — alguém terá uma bad trip. Por isso, hoje os pesquisadores estão mais preocupados em prevenir essas experiências negativas e atenuar seus efeitos do que em prevê-las.

Quando o assunto é evitar bad trips, profissionais de saúde mental e psiconautas sugerem uma abordagem que pode ser resumida em duas palavras: "cabeça" e "local". Popularizado por Timothy Leary, falecido professor de psicologia de Harvard e defensor do LSD, a ideia por trás do mantra "cabeça e local" é que, caso você esteja preparado psicologicamente para ter uma experiência psicodélica e esteja em um local confortável, a probabilidade de ter uma experiência traumática ou difícil torna-se significativamente menor.

Para aumentar suas chances de ter uma boa experiência psicodélica, é preciso alcançar um bom equilíbrio mental antes de ingerir a substância em questão. Além disso, estar em um local confortável e cheio de rostos familiares é uma forma de garantir que sua viagem psicodélica não acabe com, digamos, você vagando sozinho pelas ruas de Nova Iorque.

Mais dicas valiosas: no vídeo acima, Terence McKenna, falecido etnobotânico, psiconauta e defensor do consumo responsável de drogas psicodélicas, diz que cantar é uma boa forma de neutralizar os primeiros efeitos de uma bad trip . Ele também recomenda dar um ou dois tragos em um baseado bolado previamente.

Embora esses conselhos sejam uma das bases da comunidade psiconauta, uma política de redução de danos voltada para as drogas psicodélicas só começou a ser esboçada nos anos 70. Um dos primeiros artigos sobre o tema, publicado na edição de julho de 1970 do Journal of the American Medical Association , tratava do "controle de 'bad trips' em um público consumidor cada vez maior".

Os autores do artigo defendiam que a "terapia racional" poderia ser uma forma de evitar comportamentos perigosos entre pessoas sob a influência de drogas psicodélicas. A defesa do diálogo em detrimento da aplicação forçada de tranquilizantes em pacientes em crise era uma postura extremamente progressista para a época, quando muitos psiquiatras não hesitavam em usar calmantes para interromper uma bad trip.

No mesmo ano, o governo americano aprovou o Decreto Abrangente da Prevenção e Controle do Abuso de Drogas. O decreto classificava grande parte das substâncias psicodélicas como Tipo 1, classificação que incluía substâncias viciantes e sem valor medicinal perante a lei. Mas apesar do combate a essas substâncias, o uso de drogas psicodélicas não diminuiu — e tampouco as bad trips.

Em 1977, William Abruzzi, um médico de Nova Iorque, publicou um artigo intitulado "5000 Bad Trips" no International Journal of Addiction no qual ele narrava sua experiência auxiliando milhares de desconhecidos a lidar com psicodelias traumáticas. Na época, Abruzzi já tinha uma experiência considerável com bad trips. Em 1969, ele havia convocado 81 médicos assistentes, clínicos e enfermeiros para atuar no Festival de Woodstock, onde eles atenderam "25 casos de reações adversas a drogas psicodélicas por hora".

Nos anos seguintes, Abruzzi continuou a frequentar shows de rock para cuidar de doidões em crise, experiência que daria origem a seu famoso artigo. Nele, Abruzzi defende a presença de centros de atendimento em festivais de música e prevê os programas de redução de danos que viriam a se tornar parte essencial de festivais contemporâneos como o Burning Man, o Lightning in a Bottle e o Coachella.

*

A retomada desses programas de redução de danos foi encabeçada pela Associação Multidisciplinar de Estudos Psicodélicos, que, por meio do Projeto Zendo, criou espaços — normalmente tendas — onde frequentadores de festivais que estão tendo uma bad trip podem relaxar ou receber assistência médica.

Esse interesse renovado na redução de danos vêm atraindo pesquisadores de diversas instituições, muitos dos quais estão envolvidos em estudos sobre substâncias psicodélicas. Na vanguarda dos estudos psicodélicos está a Universidade John Hopkins, que nos últimos anos vêm conduzindo pesquisas sobre o uso terapêutico da psilocibina, o componente psicoativo dos cogumelos alucinógenos.

Na última MAPS Psychedelic Science, uma conferência de temática psicodélica que acontece em São Francisco, Darrick May, um psiquiatra de Hopkins especializado em medicina do vício, apresentou os resultados do maior estudo sobre bad trips já conduzido. Nesse estudo, 2000 voluntários completaram um questionário extensivo sobre reações negativas à psilocibina. Assim como Abruzzi, May já passou dias trabalhando na área de redução de danos de festivais como o Burning Man, além de ter conduzido cerca de 40 experiências sobre a psilocibina no hospital universitário de John Hopkins.

"Acredito que essas experiências negativas acontecem, de certa forma, ao acaso".

Segundo May, o estudo concluiu que experiências psicodélicas anteriores não aumentam a probabilidade de ter uma experiência psicodélica negativa. Por outro lado, segundo o estudo, pessoas mais jovens tendem a ter experiências mais negativas com a psilocibina. May aponta, no entanto, que essa observação "deve levar em conta a ideia de que quanto mais difícil a experiência, mais positivo seu resultado". Em outras palavras, experiências negativas são interpretadas retroativamente como uma oportunidade de crescimento pessoal. 

Além disso, a equipe responsável pela pesquisa descobriu que pessoas que relataram ter buscado ajuda de profissionais de saúde mental após o consumo de cogumelos tinham o dobro da probabilidade de ter buscado algum tratamento psicológico antes dessa experiência. Mas isso não significa que exista uma relação entre bad trips e transtornos psiquiátricos preexistentes. Na verdade, essas pessoas podem ser apenas mais acostumadas a buscar ajuda profissional, ou simplesmente ter dinheiro suficiente para fazê-lo.

"Acredito que essas experiências negativas acontecem, de certa forma, ao acaso", disse May durante a conferência MAPS. Embora o estudo sobre a psilocibina não tenha identificado nenhum fator como decisivo na incidência de bad trips, ele estabeleceu uma boa base para outras pesquisas sobre esse fenômeno. "Agora temos uma ferramenta psicométrica que pode ser utilizada para analisar diferentes aspectos dessas experiências, de forma que agora podemos melhor estudar a experiência em si", acrescentou May. "Para que haja uma padronização entre estudos psicodélicos, é necessário que essa ferramenta seja adotada em todas pesquisas sobre o tema".

Mesmo com tantas pesquisas, ainda não se sabe o que causa as bad trips. Alguns pesquisadores estão menos preocupados com a causa dessas experiências negativas e mais focados em controlar seus efeitos, um processo conhecido como integração.

No final de 2015, o Center for Optimal Living, uma instituição nova-iorquina, lançou um Programa de Educação Psicodélica e Tratamento Continuado após uma série de psicólogos e especialistas em redução de danos apontarem a necessidade de um local voltado para o tratamento de experiências psicodélicas negativas. Segundo Ingmar Gorman, um de seus criadores, o programa tem sido um sucesso.

Duas vezes por mês, o centro oferece sessões de integração psicodélica que recebem em média de 10 a 15 visitantes, embora Gorman já tenha presenciado sessões com até 45 participantes. Durante estas sessões, os visitantes trabalham em conjunto com profissionais e outros participantes a fim de superar suas experiências traumáticas em um ambiente seguro e confidencial. Segundo Gorman, muitos dos frequentadores dos encontros apresentaram efeitos adversos após cerimônias de ayahuasca má conduzidas. No entanto, ele também afirma que muitos participantes frequentam os encontros para apoiar uns aos outros e para aprender mais sobre a redução de danos pós-uso de substâncias psicodélicas.

John*, um dos membros do grupo, começou a frequentar os encontros no meio do ano passado. Após testemunhar os ataques terroristas de 11 de setembro, John começou a sofrer de cefaleias em salvas. Essas crises debilitantes ocorriam frequentemente mas de forma aleatória, durando cerca de uma hora e chegando a acontecer várias vezes em um único dia. Elas costumavam terminar com John na emergência de um hospital, onde médicos o enchiam de analgésicos que pouco aliviavam suas dores.

Segundo ele, a dor é "como se Freddy Krueger esquentasse a lâmina do dedo do meio e a enfiasse no meu olho esquerdo".

Alguns anos atrás, John soube de um estudo da Universidade de Harvard sobre pessoas que sofriam de cefaleias em salvas e estavam sendo tratadas com doses de psilocibina. Embora ele nunca tivesse tomado nenhuma droga psicodélica, estava disposto a testar qualquer coisa que pudesse apaziguar suas dores excruciantes. Após a dificuldade inicial de encontrar algum revendedor de psilocibina, John finalmente conseguiu comprar a droga e fazer o famoso chá de cogumelo. Para sua surpresa, suas dores de cabeça acabaram.

Nos últimos dois anos, John vem tomando doses moderadas de psilocibina de meses em meses. Nesse meio tempo, John teve apenas uma crise de cefaleia, ocorrida após ele passar três meses sem conseguir comprar cogumelos. Embora John tenha começado a frequentar os encontros no centro para saber mais sobre substâncias psicodélicas, recentemente, após sua primeira bad trip, ele afirma ter também encontrado nessas sessões um alento terapêutico.

"Esses encontros me permitiram olhar para mim mesmo e pensar sobre como coisas como o 11 de setembro mudaram minha vida", conta John. "Ainda estou trabalhando a parte da integração, mas o que eu gosto nesses encontros é que eles tem uma abordagem científica. Ninguém vai falar para você procurar um xamã que vai resolver todos seus problemas. Tudo falado aqui tem uma base científica".

Segundo Gorman, o Center for Optimal Living ainda não realizou nenhum estudo sobre seus visitantes, mas ele afirma que a próxima etapa do programa é investir em pesquisas que podem vir a contribuir para o tratamento de seus pacientes.

"Damos prioridade à abordagem empírica, e por isso valorizamos pesquisas", disse Gorman por email. "Estamos começando a consultar outros estudos, mas estamos sendo cuidadosos com nossa coleta de dados porque não queremos conduzir um projeto que exponha nossos clientes".

Bad trips são um assunto delicado, não apenas por causa do tabu que cerca o uso de substâncias psicodélicas, mas também devido à ideia de que a bad trip seria uma externalização de um trauma profundo. Embora essa ideia tenha como origem a popularização da psicanálise em meados do século passado, ela está começando a ser corroborada por estudos clínicos: um dos usos mais promissores de substâncias psicodélicas foi descrito, por exemplo, em testes sobre o uso de MDMA no tratamento de veteranos de guerra com estresse pós-traumático. Por sua vez, pesquisadores da Universidade John Hopkins descobriram que a psilocibina é particulamente eficaz em controlar o medo da morte em pacientes com doenças terminais.

De qualquer forma, esses testes estão adicionando provas empíricas à crença mística de que o que muitos veem como uma bad trip pode não ser uma experiência tão ruim.

Experiências psicodélicas como a dissolução do ego, que podem ser assustadoras para aqueles que não estão preparados, são comprovadamente uma das formas mais eficientes de lidar com eventos traumáticos. É por isso que psiconautas e pesquisadores como Darrick May abandonaram o termo " bad trip" dando preferência a termos como "experiência difícil" ou "desafiadora". Como muitos estudos acadêmicos e inúmeros testemunhos publicados na internet sugerem, muitas vezes as experiências psicodélicas mais angustiantes trazem os maiores benefícios.

É óbvio que o uso de substâncias psicodélicas não deve ser feito de forma indiscriminada. Nenhum pesquisador sério concorda com os Discípulos que em 1968 defendiam que todos deveriam ter acesso ilimitado ao LSD. A fim de compreender como essas substâncias interagem com transtornos psiquiátricos preexistentes, entre eles a esquizofrenia, e para reduzir a probabilidade de sequelas permanentes, serão necessários mais estudos sobre os mecanismos neurológicos das substâncias psicodélicas. Para isso é preciso ir além da bad trip: alguns pesquisadores estão tentando desvendar as causas do transtorno perceptual persistente por alucinógeno, também conhecido como flashback, um fenômeno que, embora longe de ser aceito como um transtorno em si, vem sido descrito há décadas.

Enquanto isso, pesquisadores corajosos estão elaborando manuais de suporte a usuários de substâncias psicodélicas; publicando guias de atendimento clínico para outros pesquisadores; e trabalhando de forma voluntária em festivais na tentativa de apaziguar os efeitos de uma experiência difícil. 

Ao que tudo indica, essas reações adversas irão continuar a cortar nossa lombra por tempo indeterminado — mas isso não significa que toda bad trip seja necessariamente ruim.

* Nome fictício."

O gato preto


O gato preto (17/2/12)

Brusco eu busco por todos os telhados,
Sou seu resguardo, seu gato preto da sorte.
É de morte morrer atropelado;
É de praxe viver rindo da morte.

Arrepiado no encalço dessa gata,
Afio as garras numa estrela próxima.
A resposta para aquela sua carta
Pus no correio... pode fazer uma aposta.

No horizonte olhos brilham de terror,
E com pavor de sete vidas, matemática;
Subo na árvore como quem pega elevador,
Uso o miado – esse é o som da minha temática.

E meu forte pular de lado a lado
É liberdade escolher onde é meu norte.
É de morte morrer atropelado;
É de praxe viver rindo da morte.

Salto bem rápido... bem mais célere que o vento;
Invento caras para conquistar a felina.
Ela me faz viver mais o meu momento,
E com você quero esgotar a minha sina.

É de morte morrer atropelado;
É de praxe viver rindo da morte.

6 de setembro de 2017

Poema Futuro


Poema Futuro (4/9/13)

Um homem joga o seu jogo mais brilhante,
Se for conciso é um tom preciso e crucial.
Sendo o mais temido caçador, poeta e amante,
Que com unha faz tatuagem da alcunha de imortal.

Até o momento ninguém aqui teve tanta sorte,
O clima sempre bom e o vento às vezes forte,
O solo produtivo e ao longe os tambores,
Rufam os amores de um hoje acontecido.
E vão saudades e ficam sonhos.
E vão estranhos num tempo amigo.

A lua saiu com frio e tão pálida,
Pensamos que estivesse acamada.
Veio a nós pelo mar,
Tremendo
Até chegar à praia...
E assim deu-se o beijo.

A lua olha por todo o lado,
Chora por quaisquer dores,
Explica a atual loucura
De não mais existir o pecado
E nascer cada vez mais pecadores.

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.