24 de abril de 2018

Pensando


Pousando na realidade dos princípios, meios e fins, sem a presunção do perene; com a benção do meu cerne; voo novamente feliz e quando quero, dentro de absurdos devaneios, fora de obtusos horizontes, na serenidade que me confere. Não, não sou filósofo, nem profeta, minha linha não é nada reta; às vezes sou prólogo e prolixo, com muitas marcas e metas, enfrento, flerto e afago as cacholas abertas. Sou anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas minhas loucuras.


Se conhecer é acender um incenso ‘corta inveja’ para combater não só as invejas alheias.


Branca paz, vermelho sangue e azul turquesa
Sobre a mesa fria... Uma marmita e um finado
Uma carta em uma trincheira e o soldado
Traição, vida e morte são realezas.


A frieza de tal ser mostrava-se tão imensa dessa vez,
Que se deu no espelho ao perceber que era amado e nada fez.


Não se venda ao Sistema; não aceite ser trem e voe.


Empatia é quase ser irmão, ser amigo;
Simpatia é quase ser utópico, ser Pollyanna.

André Anlub

21 de abril de 2018

Das Loucuras (come churros com cheetos e toma sustos)


Das Loucuras (come churros com cheetos e toma sustos)

O problema é o dilema que existe na dúvida ancorado...
Entre o ser, ser feliz ou não ser; entre o sim, o talvez e o não.
Já sendo, vai com saúde arrumar no sol um trocado;
Não sendo, deixarei o comentário para outra ocasião...
Pois se vê enrascado na sutileza do mundo cão.

Pega fôlego, está sôfrego; pega fila, está fulo...
Mergulha fundo até ver o fecundo.
Em cima do muro têm ideais moribundos
Que não voam com os maribondos,
Ficam aprisionados em seu turno, soturnos,
Em sátiras satânicas muito além do cinema:

No coração do mar – sempre!
Coração e alma – poesia!
No coração da loucura – aos repentes!
Coração valente – nem tanto!
Coração satânico...

Doce lágrima com gosto de sal
E batata-frita insossa – dilema.
Pipoca para aquele filme da sessão da tarde,
Já vão tarde todos os seus problemas.

No baú empoeirado da memória,
O mais perfeito retrato;
Aquele embrulhado no lenço,
Ainda ensopado do choro.

Tem em mão a antiga fotografia do sossego,
Que só cego e morto não puderam ver...
Mas puderam sentir – é a paz de outrora!

Agora, mesmo desfigurada,
Amarelada e quase imperceptível...
Reorganiza a vida, reurbaniza a estrada,
Enterra as moléstias, acerta a hora.

André Anlub®
(20/4/17)

20 de abril de 2018

Das fagulhas


Das fagulhas

As fagulhas da vida
Acendem as fogueiras mais esquecidas
Aquelas que pareciam extintas
Renascem reabrindo feridas.
Com o andar certeiro e sereno
Atravessa-se a estreita ponte;
Olhos firmes através do nevoeiro
E nas mãos um livro de poesias.

Dentes que querem morder;
Pesadelos que querem morrer;
Os músculos não são minúsculos;
Ainda resta muita coisa a fazer:
Sinto e conto os segundos...

Estabelecido os limites,
Os lamentos derramam-se aos litros;
Criando inícios,
Possíveis meios e novos fins.
Há enfim o vulcão que explode por dentro e queima por fora...
Foi-se a aurora:
Põem-se ao por do sol as sublimes asas... 
E que asas.

Tempos de açúcar e sal,
Mel e alguns temperos destemperados...
Mas a solução na contramão do tempo,
Sem lamento ou consentimento.
Atrelado no meu sonho de ter um barco
Há um poder colossal;
Ponho no papel – em primeira pessoa –,
A brincadeira que faço com as palavras.

André Anlub
(27/05/17)

19 de abril de 2018

Das Loucuras (ama as borboletas, mas mata as lagartas)


Das Loucuras (ama as borboletas, mas mata as lagartas)

De repente tal coisa não seja incompreensível,
Apenas sua capacidade de cognição não a alcance.
Doa os joelhos, pois dor de cotovelo e tão démodé...
Crer para ver, ver e crer e acreditar que na cartola há coelho...
É saber que tudo é cru e verossímil, inclusive esse lance.

Adaptar textos, ouvir vozes,
Gritar em seitas, abrir exceções...
Não fazem nascer coerência,
Tampouco te redime às transgressões.

O amor é tão simples, belo e fulgente,
E não cabe em oportunas moldagens;
A dor que dói em outro e na gente
Faz parte da vida e suas engrenagens...

Assim, a luta deve ser respeitada e entendida,
As mãos devem ser estendidas – não às palmadas...
Mas para oferecer abrigo e coragem,
Para ser irmã, mãe, amiga.

Tudo bem e tudo firmeza em suas majestades,
Já vou-me tarde, vomitei no carpete.
Lá vem bronca – Bronco Billy no oeste...
Eastwood está velho, mas já deu suas cacetadas.

Sempre fui caçador;
Foi para isso que me presto
E é isso que me resta,
Agora chegando ao patamar da vida
Com as soluções nas mãos,
A visão ligeiramente cega
E tudo corretamente bem resolvido.
Morrerei lapidando meus olhos 
Olhos de um pretenso poeta;
Visão de um “auto absolvido” 
Miragem que erra e acerta*. 

*Fragmento modificado do poema do autor “Soi-disant”

André Anlub®
(19/4/18)


Patativa do Assaré (Fortaleza/CE)

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.