27 de maio de 2016
Só o sol é feliz sozinho
Só o sol é feliz sozinho
(André Anlub - 14/6/13)
Quero voar, mas não ver tudo de cima,
Gosto de ver de dentro, todos abraçados ao vento,
Dentro do sorriso de lua minguante.
Quero o olhar de cão manso,
Quando quer entender o homem,
Pois desde quando me entendo por gente,
Só compreendo o mar batendo no corpo.
É sim, se encara de pé e de frente,
Com absoluta fé no abc do amor.
As conquistas estão por aí,
Do seu jeito, cada uma,
Nas qualidades, nos defeitos,
Confrontando com os rubros e anjos.
Cada passo de cada vez,
E sempre, e firme, e forte.
A mão da paixão que toca,
Vai arranhando e colorindo corações,
Deixando a voz rala e turva,
Mas com a excelência de um fulgor,
Que vai esculpindo emoções.
Mas não é o amor que fala?
No que valha do tempo,
O gozar dos momentos,
Pois o mesmo cala diante de si,
E assim é agrado e é sagrado
Vendo o sol viver feliz solitário.
26 de maio de 2016
(sem título)
Ligue 180 - Central de Atendimento à Mulher (ONU Mulheres Brasil)
(releituras de mim)
Falam de bailarinas,
De estrelas cadentes e flores.
Falam de amores,
De destinos, esquinas,
Borboletas e odores.
Mas poucos falam do artista,
Em seu mergulho no meio,
Sem medo e sem freio,
Num oceano de caos.
E ao unir os extremos,
Teremos, sem pressa,
A composição de um poeta,
Que beija na cópula,
O corpo e a alma
Do bem e do mal.
Ficaríamos a eternidade,
Ponderaríamos em múltiplos dialetos:
Esperanto, mimica, outra louca,
Canto dos anjos, sinais de fumaça,
Em puras línguas e raças,
Dos baldios ou espertos
Até além da imortalidade.
Mas salivas não seriam gastas à toa,
Expondo as qualidades extremas
Da força da inteligência,
O poder do ventre e da cria
Ecoando ao vento e ao sempre.
A voz que nunca é pendente,
Nesse momento presente
Agarra a unhas e dentes
O direito de expor ao planeta
O que das mulheres pertence.
André Anlub
25 de maio de 2016
Memórias da Guerra
Memórias da Guerra
(André Anlub - 19/4/11)
Em meio a fumaça cinza com um toque avermelhado,
Embaixo de um céu que é testemunha:
Vejo ferros retorcidos, destroços,
Corações calados, que gritam...
Vejo o tempo congelado.
Em meio às ruas esburacadas
Vejo pertences abandonados (abrigos)
Vejo um rio frio...
Rio de cartuchos que tiveram seus projéteis deflagrados,
Todos com nomes - objetivos
Calar um peito inimigo,
Um corpo latente a ser alcançado,
Silenciando-o e roubando-lhe sonhos.
Como o corte de uma navalha,
Como quem tira o doce de uma criança,
Como quem tira o amor e a esperança,
Em troca de uma medalha.
Ainda bem que ninguém taxou de domínio
Pois com o meu cheiro, marquei o terreno
Mostrei os caninos ao meu cruel inimigo
Dediquei-me na íntegra a ser feliz ao extremo.
Foto: Tronco de cajazeira esculpido por mim; madeira resistente, dura, pesada, de mais ou menos 150kg, medindo 110cm extensão por 30cm de circunferência. Detalhe da rolha na lateral que fecha a 'cápsula do tempo': Anotações, fotos, rascunhos e um cartão de memória SD
24 de maio de 2016
Antologia 'Viver de Poesia'
Chegou a Antologia "Viver de Poesia" do Beco Dos Poetas, a qual eu e os amigos do Beco fazemos parte. A capa está fantástica, enigmática e metafórica, e o conteúdo tenho certeza que também está show de bola. Meu abraço aos amigos.
Com o perdão que outrora não conhecia, aprendi a amar, ser feliz
E saciar quem me sacia; aprendi a controlar minha raiva, doar-me mais,
E cobrar menos; aprendi a ser moderno amando o eterno,
Aprendi que serei sempre aprendiz.
Aves que voam no além-mar, sentindo a salinidade existente, liberdade de tocar a epiderme da vida; aves migratórias de voos extensos que atravessam continentes com suas asas enérgicas;
A brisa é sua amiga e confidente. O homem aqui embaixo, plantado! - confinado na inveja.
A taça fina que ao rodar do dedo canta; ouço o som mais doce e apaixonado. Junto ao seu cálice que me acompanha:
- fecho os olhos, embarco e me entrego.
Uma linda nebulosa me persuade, fico com receio de satisfazer meu arroubo;
Mas meus pés nesse solo quente que arde, não consegue permanecer sem meu voo.
A vida pode ser farpa entre unha e carne, um bambu que não quebra com o vento que varre, ou estrelas que brigam com o raiar de um dia.
Ponderações “nas internas VI”
Ponderações 'nas internas'
A Mentira de pernas curtas, médias, longas, maratonista ou lerda, um dia se enfastia e acaba sendo alcançada.
Posso ser um hipócrita ou, talvez, um louco, mas tenho uma enorme fé; admiro o Budismo como filosofia e chego "bem próximo" do Deísmo como 'religião'; mas nem um tanto o outro interferem nas minhas escolhas (podem até interferir nas minhas opções), faço o que acho certo - sem pisar nos outros -, sem medo de castigos ou "infernos".
Vogo, envergo, vejo e vivo em excelência quando tu estacionas teu pensar vago na vagabunda vaga da minha essência.
Já se foi o pássaro por entre os coqueiros e a maresia...
Deixando um dedo apontado ao infinito junto ao sorriso no rosto da menina.
O sol está sempre penteado, perfumado, bem vestido...
Também cortês, fotogênico e amigo;
Ao se pôr, diz: “Jusqu'à demain, bonne nuit!”
O sol por detrás dos negrumes ilumina as colinas mais altas... justamente onde o amor não faz falta.
Não quero paixão egoísta, profunda feita poça de chuva fina, nem paixão quente feito água que o bacalhau se banha; a paixão que quero deixou pista:
Muito beija, muito afaga, não apanha e não amarga...
É brincadeira de criança... pera, uva, maça e salada mista.
Aquela gota corriqueira que pinga da torneira é como minha lágrima, amiga, salgada, Temperando meus lábios nesses dias sedentos, pelas lembranças e vazios momentos... sem você.
Vou-me para Pasárgada, recado para o Manoel?
Levarei vinho e resma para grafarmos na mesma
Poesias inebriadas.
22 de maio de 2016
Ótima semana
Animal do bem e o tal (28/05/13) São animais indiscretos e contemplativos na mansidão imaginária e cada vez mais. No hipotético paraíso na zona de conforto, vão chegando, vão vivendo outros desafios, pés que não cansam de andar fora dos trilhos. Vê-se os trilhos do bonde, no pé das frutas do conde, no entorno do misto dos milhos com as doces e tortas espigas do conde de monte cristo. Na ré do trépido bonde, tudo trepida e o vinho vai longe... entorna, esguicha e mancha a roupa de linho da moça, que o pranto fez poça (a olhos vistos). São animais de cegos charmes e quase sempre atrapalhados, na obsessão que alguém os agarre, salvando-os do fortuito afogamento dos salgados e amargos mares. São animais como nós, com nós nas vis ventas; que inventam o ar atroz e logo após se lamentam.
Ao amor livre (17/2/13) São muitas as trajetórias do amor, notórias escolhas, erradas ou certas. O sentimento que navega em diversas veredas, em caravelas sem rumo, nos mares inóspitos, sob o fogo e as flechas. Há a calmaria do coração silencioso, inimaginável adaptação da estrada. Por onde em sonhos andamos felizes, cantando e admirando a natureza. Também há aquele amor que irrita e fica na mira dos dedos apontados... dos velhos julgamentos, das incontestáveis indelicadezas e umbigos gigantes. A inveja que beira o pérfido; a repugnância e a avareza. Mas de nada adianta, pois é sobre o amor que se fala, e em decorrência dele vivemos. Eis a paixão palhaço, em que coloca-se alegre o nariz vermelho, armando o circo no leito e apertando o peito, de jeito (suando as mãos) e livre dos “nãos” e dos preconceitos.
Marte hoje
AO VIVO: Marte na maior proximidade com a Terra dos últimos 13 anos
"22/05/16 - Há muito tempo que Marte não se mostrava tão brilhante no céu noturno! Você tem visto o Planeta Vermelho ultimamente?
O Planeta Vermelho não se mostrava tão brilhante no céu noturno já há muito tempo! A olho nu, sem o auxílio de qualquer equipamento, podemos vê-lo brilhar próximo da estrela Antares e do planeta Saturno, que também está visível a olho nu.
E hoje, dia 22 de maio, Marte está em oposição, ou seja, oposto ao Sol. Nesse momento, podemos formar uma linha reta entre Sol, Terra e Marte. A oposição de cada planeta ocorre em períodos diferentes. No caso de Marte, a oposição acontece uma vez a cada 26 meses.
Confira os maiores eventos astronômicos desse mês
Quando um planeta está em oposição, ele nasce a leste ao mesmo tempo que o Sol se põe a oeste, e vice-versa. Isso faz com que o astro em questão se torne visível durante toda a noite. E não é só isso que fará Marte chamar a atenção.
Além de estar em oposição, nesse dia 22 de maio Marte também atinge o "perigeu", ou seja, o ponto mais próximo da Terra. E dessa vez, Marte não está apenas na maior proximidade com a Terra do ano, mas sim dos últimos 13 anos! [Como seria viver em Marte?]
Transmissão ao vivo - Marte mais próximo!
A transmissão ao vivo de Marte trará imagens em tempo real, feitas com grandes telescópios instalados em locais remotos do planeta Terra, uma cortesia do nosso parceiro Observatório Slooh. O evento está programado para ter início nesse dia 22 de maio, às 21h00 BRT (00:0 UTC), e estará disponível logo abaixo!" - AQUI!
--------------------------------------- // -------------------------------------------Pequenas divagações...
Pequenas divagações...
Filha chave de cadeia tomou chá de sumiço,
Experimentou um chouriço.
A mãe há nove meses, com o compromisso,
Toma chá de cadeira.
É com você meu excesso!
Cada rima faz a lima que esculpe,
Cada lume é o grito na ideia.
A sina e a saudade tomam a forma que apetece:
O blá, blá, blá de normas e métricas já tarde falece.
Abril em festa?
Pela fresta infesta o olhar da inveja.
Com a porta semiaberta ela observa:
Não há mais breja, não há igreja,
Queimou-se a floresta,
Abril banal.
Se ser feliz é clichê
Largue seu crochê e pegue seu crachá
Se sinta em uma creche bebendo uma crush
E ouvindo the clash.
Agora o sol despontou no oceano,
(Só porque você quis assim)
Os raios vão cozinhando em fogo brando,
Desentupindo os enganos.
(Só porque você está a fim)
Corsário sem rum(o)
Corsário sem rum(o)
No seu sorriso mais doce
Dá-me o sonhar acordado,
Nau agridoce ancorada
No porto seguro de um réu.
O cerne mais íntimo partilhado
Como alado cavalo ao vento,
Coice pra longe o tormento,
Traz na crina o loiro do mel.
Mil flores a pulsar na razão,
Vil dor e jamais compunção,
Cem cores permeiam na libido,
Sem rumo nem rum no tonel.
Pirata na dádiva do amor,
Com a bússola do autêntico anseio,
Nem proa, nem popa, nem meio,
Voando em direção ao seu céu.
21 de maio de 2016
#DiaMundialDaDiversidade
A arte e o tempo se vão – vontades e desenhos de pele ficam.
(Manhã de 7 de junho de 2015)
Trouxeram-me os Anjos alguns rabiscos nessa madrugada. Eram folhas sem nada, em branco, mas tudo ali continham. Foi o mundo ao avesso no desapresso das pressas. O pensamento ligeiro deixava nas nuvens rastros de onde nunca passou enquanto o mar, meu amigo, me aguardava em uma próxima e breve visita. Os olhos fechados em sonhos iam aquém e além do tempo presente; pude ver tão claramente um fato nunca consumado. Por onde estaria um quadro chamado “chupa cabra” que pintei e presenteei uma amiga? Onde estaria essa amiga? Pois é. As flores belas nos cantos da sala, as velas queimando e perdendo seu corpo; as flores ainda com cheiro delicioso e as velas ainda tinham muito a queimar. Um poço de água doce e limpa em formato de lembrança... Uma água nunca bebida e uma sede que sempre houve. Vejo agora elegantes elefantes com seus passos gigantes, pesados e lentos... Em um santuário que faz qualquer santo voar. Versos me rodeiam e anseiam serem pegos e “usados”. As pedras, cá para baixo – pedras duras e cascalhos – lisas e pontiagudas – formam dores antigas e novas e, como não poderia deixar de ser, também fazem parte do cenário. A peça de teatro já – já irá ao ar. Em um abre/fecha de cortinas, rotineiras rotinas e acasos em novidades... Tudo para alegrar a alma. Vou pensar sobre o assunto e tirar minhas próprias conclusões (novamente). Expus o que era para ser exposto, e com gosto. Pus-me o que era pus e cicatrizou em uma casca mais forte e duradoura. Escrevi somente para fazer graxa e engraxar o texto... dar brilho. As cachoeiras me chamam (sejam elas quais forem), as águas me chamam, o sol está no ponto e o céu bate seu ponto... Ainda mais azul do que nunca. Canhões e soldados sedentos, tempestades e terremos (querendo), chuva ácida – frio e gelo. O frio perdeu a guerra, mas ainda não se deu conta disso (ainda bem). Agora dou uma puxada forte no meu inalador Vick, cheiro de cânfora e mentol... O tempo ficou lento e o som no mínimo, lamentos enterrados e lamúrias aos ventos... A distância entre o entrosamento e o ensejo é um breve momento... As cortinas de todas as cores e formas se fecham... Hoje houve sonho, como sempre há. #DiaMundialDaDiversidade
Confira a mensagem de Irina Bokova, diretora-geral da UNESCO, que destaca o papel central da cultura para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, a serem alcançados até 2015.
“A menos de mil dias para o prazo final de 2015 dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs), nós devemos fazer de tudo para acelerar o progresso. Cultura e diversidade cultural não fazem parte dos objetivos de desenvolvimento internacionalmente reconhecidos – mas eles são “aceleradores” essenciais para atingi-los. Nesta nova era de limites, as capacidades humanas de invenção e de inovação são duas das nossas forças mais poderosas e renovadoras. Esse é o motivo pelo qual a diversidade cultural é tão importante – como uma fonte de criatividade, de dinamismo e de sustentabilidade. Devemos reconhecer, apoiar e compartilhar essa força, com base nos direitos humanos e nos valores universais.
Esse é o estímulo dado pela Declaração Universal da UNESCO sobre a Diversidade Cultural, de 2001, que nunca foi tão evidente quanto na atualidade – uma época em que os governos estão repensando estratégias para o desenvolvimento sustentável e buscando novas fontes de dinamismo. À medida que avançamos rumo a 2015 e elaboramos uma nova agenda de desenvolvimento global a ser seguida, devemos aproveitar ao máximo o poder da cultura e da diversidade cultural.
A posição da UNESCO é clara. A cultura é um dos motores do desenvolvimento, que é conduzido pelo crescimento do setor cultural e das indústrias criativas, bem como pelos benefícios advindos da salvaguarda do patrimônio cultural tangível e intangível. Ela é também um facilitador do desenvolvimento sustentável – o contexto no qual políticas de desenvolvimento podem avançar, por meio da participação local, com eficiência e impacto. Nesse contexto, o diálogo intercultural é essencial para se aproveitar ao máximo da diversidade, para aprofundar as raízes do desenvolvimento e para compartilhar seus benefícios.
2013 é um ano importante para tratar disso.
Nós devemos construir com base nas duas Resoluções sobre cultura e desenvolvimento adotadas pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em 2010 e 2011, e avançar no debate: este mês, durante o Congresso Internacional de Hangzhou, na China; em junho, no Debate Temático sobre Cultura para o Desenvolvimento Sustentável, convocado pelo presidente da Assembleia Geral da ONU; em julho, na Revisão Ministerial Anual do ECOSOC sobre “Ciência, tecnologia e inovação, e o potencial da cultura para promover o desenvolvimento sustentável e atingir os ODMs”; ainda em julho, por ocasião do lançamento da terceira edição do Relatório sobre Economia Criativa, que tem como coautores a UNESCO e o PNUD; em novembro, durante o Fórum Mundial de Cultura em Desenvolvimento, organizado pela Indonésia em parceria com a UNESCO; e no segundo semestre deste ano, por meio de uma possível terceira Resolução da Assembleia Geral da ONU sobre Cultura e Desenvolvimento.
Em tempos de mudança, nós devemos ampliar o debate sobre o desenvolvimento para aproveitar o poder transformador da cultura. Reconhecer e apoiar a diversidade cultural pode auxiliar a abordar as dimensões econômicas e de direitos humanos da pobreza, bem como fornecer soluções criativas e transversais para problemas complexos – desde a saúde e o meio ambiente até o avanço da igualdade de gênero e a educação para todos.
Em uma época de incertezas, a cultura, em toda a sua diversidade, pode promover um senso de identidade e de coesão para as sociedades. Ela é também uma fonte poderosa de criatividade e de inovação. Por fim, nenhuma forma de desenvolvimento pode ser sustentável sem cultura. Essa é a mensagem da UNESCO neste Dia Mundial da Diversidade Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento”."
Ótimo sábado meus caros amigos
Falaste que a inspiração
Havia encontrado o fim,
Perdendo o ritmo, sem voz no coro.
Os anjos não voavam nos sonhos,
E loucos, sem as flechas, em vestes brancas,
Riam das caretas das carrancas.
Anti-herói filósofo (2/1/13) Não me acostumo a recear paixões, em qualquer esfera. Já com meus quarenta e poucos anos, afortunado, burro de carga nos caminhos da vida, em estradas esburacadas, dias nublados, na fome na sede na imaginação. Será que sou anti-herói filósofo? - Que tem a cabeça dura de pedra, de frágil esteatito; que tem perigosa peçonha e usa para criar o antídoto; que tem o coração guardado a sete ou oito chaves... mas deu cópia aos amigos. A meu ver o amor foi descoberto na era Cenozoica, período Quaternário. Perdidos, os corações de artistas, traçados rupestres, ecos de pesares nas paredes das cavernas e eternizado nas mentes apaixonadas.
Hora do recreio
Hora do recreio
(21/9/13)
Quem será o guardião desse coração:
Tão intenso, raro e quente.
Nesse vai e vem do povo a cólera passa rente...
Tentando roubar o puro,
Esconder o tesouro,
Cavando um túmulo
E matando os loucos.
Tudo se transforma na fala
Da saliva da ponta da língua.
Na palma da mão que entorna a raiva,
Perdendo-se no céu anfitrião.
Sendo o alicerce mais forte,
Fez-se o castelo - nasce o coveiro...
Que rompe vis elos,
Enterra as contendas.
Encarcera o faqueiro que insiste no corte.
A verdade mostra para que veio
E o ópio evapora na veia.
Surge a sorte pisando na morte,
Tornando o instante um instante perfeito.
O som é mais ameno,
No feliz badalar dos sinos
Para a hora do recreio.
Assinar:
Postagens (Atom)
Biografia quase completa
Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)
Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas
Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)
• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)
Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha
Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas
Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)
Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte
André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.
Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.
-
- Que fatalidade: ao fechar seu zíper, Zappa perdeu seu Zippo; ficou com o fumo, mas sem consumo, sem fogo, sem fósforos; ficou famélico e...
-
𝗙𝗼𝗶 𝗲𝗺 𝟭𝟵𝟱𝟲 𝗾𝘂𝗲 𝗼 𝗳𝗶𝗹𝗼́𝘀𝗼𝗳𝗼 𝗷𝘂𝗱𝗲𝘂 𝗮𝗹𝗲𝗺𝗮̃𝗼 𝗚𝘂̈𝗻𝘁𝗵𝗲𝗿 𝗔𝗻𝗱𝗲𝗿𝘀 𝗲𝘀𝗰𝗿𝗲𝘃𝗲𝘂 𝗲𝘀𝘁𝗮 𝗿𝗲...
-
Das Loucuras (Inhotep) Não faz pouco pois ele é um louco; Um corvo que vive incluso na informalidade de um jogo Em puro ouroboros, catando...