Das Loucuras (die versagung)
Nessa terra do sempre fiz meu pomar florido,
Vendo e prevendo seu rosto risonho;
Nesse caso olha-me com carinho e ironia,
Renovo a compaixão a cada novo dia.
Pinto, escrevo e canto o desejo
Em bons e breves sonhos e lampejos...
Jogo mil sementes distintas;
Vario vadio nas músicas, papeis e tintas.
Há de se tornar verdadeiro;
Há de me diferenciar dos fantoches...
É terra do sempre, terra do nunca;
É terra do seu céu e chão, sem pretensão ou deboche.
Amor ambíguo às vezes é sólido, é só, é vivo, é morto;
Um “s.o.s” para essa ardor implacável que impacta ao não;
Estigma na alma, na calma, na aura, no conforto...
Memórias de cartas ainda não escritas, incineradas de antemão.
Vasto projeto de uma união protegida, mas assolada,
Focada em telefonemas que nunca foram desligados na cara.
Tudo é líquido e liquida nossa linguagem quase em linguafone...
A fome de estar junto junta com a falsa fama e a verdadeira tara.
Amor que circula – cicuta –, que se escuta do céu ao chão;
E é minha sombra que me assombra no tudo e no nada...
Alma lavada, corpo quase no esgoto – emboscada.
Meu pensamento em seus olhos... E lá estão.
André Anlub®
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