Resgate (7/3/10)
Resgato minha vida a cada letra que escrevo:
bela nostalgia, pretensa poesia; um coração e seu adereço.
Mergulho em sonhos, romantismo, cárcere;
Abstenho-me, choro, obedeço.
Na ponta da língua estão os amores,
No resto da boca, as paixões.
Conjugo verbos de pura magia,
Agarro as orgias e largo orações.
Transmito uma calma por onde transito,
Nas palavras que escrevo confio no meu taco;
Admito, no entanto, que gosto desse conflito;
Grito: não, à melancolia; seja bem-vindo, ao Baco.
No final das horas escrevi várias linhas,
Levantei castelos de imaginação,
Concedi ao inferno a minha presença
E ao firmamento entreguei minhas mãos.
André Anlub®