9 de janeiro de 2021

Excelente sábado a todos

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 Acordei acessível...

Com novos aforismos

Ansiando ouvir tua voz.

Acordei querendo...

Ser o ser mais admirável para ti

Te amar com maior tenacidade

Experimentar tua sensualidade.

Acordei famélico...

Querendo me entregar

Querendo te possuir.


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A tempestade não me assusta,

E nem deveria!

Já tive dias terríveis de sol.

Se algo me causa temor,

É perder a inspiração e alegria,

Quando o sol toca e aquece meu rosto,

Ou a água cai do céu no meu corpo.


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Abril em festa?

Pela fresta

infesta o olhar da inveja.

Com a porta semiaberta

ela observa

não há mais breja

não há igreja

queimou-se a floresta

abril banal.


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Água mole em pedra dura

Fora a lógica

O que procura?


André Anlub®

8 de janeiro de 2021

Não discutimos David Bowie, nós o expressamos. Ele ampliou o comum de nossa cultura. Com um gesto, uma vocalização ... 

~ Patrick Amine


Câmera David Bowie por Ellen Von Unwerth, 2003


David Bowie, nome artístico de David Robert Jones, (Brixton, Londres, 8 de janeiro de 1947 — Manhattan, Nova Iorque, 10 de janeiro de 2016) foi um cantor, compositor, ator e produtor musical britânico. Por vezes referido como "Camaleão do Rock" pela capacidade de sempre renovar sua imagem, tem sido uma importante figura na música popular há cinco décadas e é considerado um dos músicos populares mais inovadores e ainda influentes de todos os tempos, sobretudo por seu trabalho nas décadas de 1970 e 1980, além de ser distinguido por um vocal característico e pela profundidade intelectual de sua obra.


Embora desde cedo tenha realizado o álbum David Bowie e diversas canções, Bowie só chamou a atenção do público em 1969, quando a canção "Space Oddity" alcançou o quinto lugar no UK Singles Chart. Após um período de três anos de experimentação, que incluem a realização de dois significativos e influentes álbuns, The Man Who Sold the World (1970) e Hunky Dory (1971), ele retorna em 1972 durante a era glam rock com um alter ego extravagante e andrógino chamado Ziggy Stardust, sustentado pelo sucesso de "Starman" e do aclamado álbum The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars. Seu impacto na época foi um dos maiores cultos já criados na cultura popular.[1] Em 1973, o disco Aladdin Sane levou Ziggy aos EUA. A vida curta da persona revelaria apenas uma das muitas facetas de uma carreira marcada pela reinvenção contínua, pela inovação musical e pela apresentação visual.

David Bowie completaria 74 anos HOJE; Relembre 10 de suas melhores músicas! AQUI



Das Loucuras (aquele dia em que os queixos caem)

 




Das Loucuras  (aquele dia em que os queixos caem)


Quando o verão chegou como o exército vermelho,

Finalmente todos olharam além do horizonte

A raiz mais forte, o sorriso de orelha a orelha 

Sua imaginação mais perspicaz e companheira.


Nos folclores e belas flores, avivadas e balsâmicas

Aos seus olhos brotavam num balé ritmado

E ao monte subiu com sua faca, sua figa, seu cajado

E digo mais: não esqueceu suas fidedignas e sagaz pujanças.


Serão construídos mistérios – na alma nua;

Sim, puro mistério... nesse hemisfério e no outro.

Produzirão consciências – endireitando o torto;

Sim, zen consciência... na casa do vizinho e na sua.


Quando o inverno chegou como um ovo num freezer no máximo,

Foi-se a percepção mesquinha de honra e glória;

Veio, como sempre, a sensação tremula da melancolia em desgaste

Aquele resquício do empate que transmuta em vitória.


O susto foi imenso – e imerso nele mesmo –, sorriu.

Recebeu a salutar notícia de que sua sobrevida reagiu.

Novamente o colorido chegou aos olhos d esperança

E num vai e vem da alma, num frenesi da poesia,

Juntou desconexas palavras e interagiu. 


Se a vida é louca, vadia, atrapalhada 

Absolutamente imponível de se desvendar e entender,

Por que então, qual o motivo, por cargas d’agua, 

Ele haveria de se resolver?


André Anlub®

(8/1/21)





6 de janeiro de 2021

Das Loucuras (tout n’est que rêve)

 



Das Loucuras (tout n’est que rêve)


As tintas correram de mim, ou fui eu que corri

De qualquer forma assumo o dolo que faz aclarar-me 

Entre obstáculos que transpus, ajeitei, despachei e vivi

Ainda há uma vitória que não escreveram nada no epítome.


É farofa com feijão;

É camarão com leite de coco.

Quando ouço a pergunta: E então?

Repondo de pronto: tá menos osso!


Há o otimismo vadio diante do dito pulsante popular

Que dobra a esquina, depois desentorta e a põe reta.

Como uma seta que acerta a ceita e “deita” o pseudoprofeta...

Expondo o ponto correto do direito da alma de ir a qualquer lugar.


Aonde está o bonde? Opa, errei! Aonde está o alvo? 

Dessa vez realmente não sei...

Com a distância das teclas/canetas/pincéis,

Faço branco os meus papéis;

Moldo o sonho com o que busquei.


“Farinha aumenta o pouco,

Engrossa o fino,

Esfria o quente

E enche a barriga da gente”.


Numa apocalíptica realidade (do misto de dor e amor),

Os passos ainda estão vívidos...

Ainda mais fortes – é verdade,

Porque troquei isso por aquilo (de muito mais valor).


Não foi pré-aviso, pré-programado, persuadido, 

Criança prematura, pré-eclâmpsia, pré-resolvido.


Tudo é premeditado

Quando vem de um imediato vazio;

Os cacos se catequizaram

E se reuniram numa fé repentina...


Sacou o poço seco a gosto;

Lamentou a secura da tinta.

Palmas ao passo inundado proposto,

Comemorando o drible e a finta. 


Agora quebrou a entressafra,

E me safo nessa safadeza...

Há tempo para ser o que tiver que ser,

Do trompete à caneta.


André Anlub®

(6/1/2021)

No círculo de fogo com deleite ao jogo

 




No círculo de fogo com deleite ao jogo


Já não era cedo e se foi; o vento levou sem demora.

Coagula o sangue no corte e na constatação do momento.

O coração pulsa forte; ainda mais depois de um forte

Café grande expresso com grãos moídos na hora.


A tarde chega com o cheiro da resistência do Eu oprimido;

A escrita tremida já fixa terreno; a inspiração já brada o alento.

Sabemos que por algum tempo vem o silêncio.


Pinta a sombra selvagem dos dois meses que calham;

Abstinência devassa, cutucando a pele, falando aos ouvidos.

Em um largo estalo – do ato falho –, o mais perto torna-se longe;

No meu “encaro”, o hábito não faz o monge.


Por enquanto é resistência de resiliência do que foi,

Com elixires, pílulas mágicas, leituras, coisas práticas...

Mas nenhuma cobiça que saísse da preguiça e fosse apropriada.


Do último combate vejo-me totalmente reconstruído,

Sigo no intuitivo, pois a “kryptonita” mais uma vez fracassou.

Conto e canto as horas, mas imploro ânimo e astúcia ao além;

No mais é mergulho, é mendigo obtendo abrigo, eu e meus vinténs. 


André Anlub

Ainda no círculo de fogo


Ainda no círculo de fogo

As tatuagens explodem em queloides feitas de dragão,
Abuso de tal absurdo dentro de um pesadelo fecundo.
A vida em lacunas estreitas formando vias de mão e contramão;
Fantasioso irmão monozigótico – hábil jagunço moribundo.

O círculo se fecha, a flecha circunda o coração;
Não há armadura que resista, visto que o soldado está desnudo.
A emoção se faz em festa e observa o circo em combustão;
Brota abrupta a confusão: dar à vida o que releva, ou dar à alma a nutrição?

Par ou ímpar; pega ou larga; prega ou praga...
Qualquer bicho, mesmo com fome, fugiria com o horror.
A boca abre, os olhos fecham, a mente alarga;
Vem visões derradeiras de holocaustos... mentiras de pescador.

O círculo se fecha tanto que o fogo se torna chama;
É hora da pausa, o minuto da fleuma, o segundo da cama.
Meditação e foco – abstinência e dissolução – trégua e afã...
Na questão do tempo, a dor de hoje será a mesma amanhã. 

André Anlub



5 de janeiro de 2021

Atirador de Virginia


Atirador publica vídeo de assassinato de... por thevideos11

Um ser imbatível

 



Um ser imbatível


Avise-me quando tiver um tempo,

Caso eu não esteja, por favor, deixe recado.

Passo por maus bocados sem a menor notícia sua,

Vivo um grande tormento olhando os velhos retratos.


Para o meu conforto tenho seus poemas tatuados,

Ás vezes os leio a esmo para desmanchar possível mácula.

Vejo uma fábula que outrora romance barato,

Erguer-se das cinzas, renascer do cálido aborto.


Talvez seja um cascudo Conde Drácula

Que insanamente suga sangue do próprio pescoço.

Quiçá obra prima – não um magro mero esboço...

E no seu crepúsculo matou o cancro do camaleão crápula.


Agora vago tão-só, sem rumo, em nuas noites sem lua,

Em garrafas de gargalo torto, vivo com a vida nas mãos.

Cambaleando na esperança do zero multiplicado por doze.

Na dose dos passos brandos, gasto meu quinhão.


É, sou impostor vivente, fantasioso e sensível,

Mas é vantajoso passar o inverno nessa novela.

Pinto com aquarela a imagem de um deus no céu,

Escrevo no papel minha quimera de um ser imbatível.


André Anlub®

4 de janeiro de 2021

Das Loucuras (bife do oião, picles e salsão)

 











Das Loucuras (bife do oião, picles e salsão)


Já testei de tudo: barcos em águas de céu

Cerca de um caminhão e meio, descarregando fel.

De nada adiantou, a sina está sublinhada...

Adianto ao seu agradecimento: de nada!


Tal tormenta de enorme proporção,

Na emoção pairava perpétua e quase imutável.

Uma palpável solução veio-me assim num sonho...

Digo: tudo mudou nesses santos anos.


Foram-se os olhos derramando lágrimas turvas,

Foi-se a aflição do velho homem branco.

Sentado no banco, na esquina, me vigia nua e turva,

O sentimento e seus pavorosos novos planos.


O que esperar?

Hei de saber.

Naufragar em rio, ou em mar?

O futuro há de dizer.


Em comunhão com a sina,

Assino minha total devoção:

Sou seu, sou sua, sou sofá ou esquina,

Aquilo ou isso que é latrina, também expurga, 

Um cão, uma pulga... 

Dei meu corpo e minha alma

E só pediu minha mão.


André Anlub

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.