21 de setembro de 2018

Das Loucuras (pasta, pastrami e espasmo cibalena)


Das Loucuras (pasta, pastrami e espasmo cibalena)

A saída é a saída, sem mais!
Vejo a cidade e quero ir para outra cidade,
E nessa idade é sair de um deserto rumo à ilha...
Ilha de imaginação, e, de antemão,
A ilha já é ou irá se tornar uma cidade.

Felicidade inventada não é um desastre...
Sartre e seus caminhos da liberdade.
Os pianos nada pausados de Chick Corea
E a Coréia mostrando que Pyongyang é chique! 

Fez chilique, faz choripán e chouriço,
Comprou sem compromisso presunto e pão...
Apimentou o molho de chimichurri,
E a pasta com pastrami e pimentão.

Participou com a pivetada do piquenique,
Pique-esconde, policia-e-ladrão...
Na casa de pau a pique brincou de luta de espada...
Também cozinhou brócolis e derreteu o queijo parmesão.

É um alienado sem noção e cheque especial
Um piloto de fogão, faz tudo e nada faz.

E só para quebrar a aliteração:
Sai na rua em pleno agosto,
Fantasiado de Papai Noel
Desejando feliz ano novo.

André Anlub®
(21/9/18)

20 de setembro de 2018

Ziguezague – “ziquizira”


Ziguezague – “ziquizira”

Na vida da dama os fulgentes ofícios
Dócil anjo do hospício que tingiu em sua vida:
Guaches, canções, letras, artifícios...
Do repente que trouxe delicada guarida.

Ziguezague de arranque, bucólico sentimento,
Mão dançante e frenética da mente produtiva.
“Ziquizira” que se rendeu ao faminto fomento
E no momento só enxerga a real perspectiva.

Andarilha no trilho, falcão de voo sucessivo,
Faz do seu trabalho o ato muito mais expressivo.
Do suor do seu couro nesse denso mundo raro,

Faz de seu rei no umbigo somente um detalhe.
Que a inspiração não suma, não durma e não falhe...
E se doe doce no eterno, açucarando o seu faro.

André Anlub

17 de setembro de 2018

Das Loucuras (gueto de “vai sova”)



Das Loucuras (gueto de “vai sova”)

A escrita é “au pair”, e ele está a par disso.
Sem compromisso as letras deslizam e voejam...
Vertem alegria aos olhos que as vejam,
Através dos picos; debochando dos abismos.

Preciosismos de um otimista, um artista,
Verdadeiro atentado contra a monotonia.
O balanço balança, a criança sorri pois ela merece...
A gangorra do mundo franze o cenho e adverte:
Em cima ou em baixo, há pouco tempo, se apresse.

Ouve um falsete...
Descobriu seus fardos,
Seus fatos,
Sua família,
Saiu da ilha e fez seu banquete.

Libertou-se, aumentou sua libido, “libertinou-se” 
Mas continuou aprisionado no de seu interesse.
Fez sua prece, desfez sua praça...
Não cortou o cordão umbilical... só de pirraça.

Vê um falsário...
Destruiu seu boneco,
Seus grilhões,
Suas gruas,
Seus graus
Sua gíria de porta de boteco.

Enfim, não se sabe se foi burro,
Não soube de um que tenha sido esperto...
Alguns até dirão que nada mudou!
Trocou “seis todos” por meia dúzia de ouro?

Mesmo mudando-se para longe,
Deixou o desconforto...
Nos tolos, nos incorretos!
Pois de longe nada é tão certo.

André Anlub®
(17/9/18)

Despedida XIII



Despedida XIII
(cozinheiro de banquetes)

Quando busca a inovação encontra o aconchego,
Não tem medo, e o mergulho é de cabeça.
Na sinceridade da devoção pelas letras, na fé na escrita,
Na aflição esquecida, morta, afogada na tinta,
Mergulha... e de cabeça.

Solve a arte, respira até pirar, come a arte,
Sente, brinca, briga e se esbalda.
Balde de água fria, quando ele quer que seja;
Balde de água quente, quando ele quer que ferva.

Na construção das linhas, ele sonha...
É um gigante em solo de gigantes (é um ser igual).
Nada é pequeno ou menos, mas ele é gigantesco;
Nada é estranho no pensamento sereno. (a mente é sã)

Criou algo mais do que o passo à frente,
Excedeu-se, ousou – usou e abusou.
Chegou a ser inconsequente...
Até achou que passou rente do perfeito (foi bem feito),
Pois assim tentará mais e mais, e irá tentar sempre.

E aquele gigante, aquele ser igual?
Foi para terras inóspitas e foi jogar novas sementes,
Agarrar novidades e desbravar castos campos.

E aquele cozinheiro?
(sonhou e se levou)
Cozinhou pratos raros e fabricou azeites,
Adornou a mesa com belos enfeites,
Chamou parentes, chamou amigos,
Encarou os indigestos...
Assim tornou-se quase um guerreiro,
Escritor, amigo, artista, rico e mendigo,
Cozinheiro de banquetes, ritos e festas...
Tornou-se gente e verdadeiro.

André Anlub

Magnificência da obra


Magnificência da obra

Um sujeito que só respeita o dinheiro! 
- Falem mal da mãe e do pai dele,
Mas não peguem suas moedas no cinzeiro.

Ah! Essa vida provisória...
Mesmo no abismo num cisco,
na simplória história,
deixa-me lisonjeado e extasiado
pela dada oportunidade
– aventura – vitória.

Insano subir e descer de escadas,
abrir e fechar de portas,
corriqueiras correntezas
no desvairo das incertezas, 
desaguam nas represas da esperança.

Mesmo que o tempo seja curto,
que o circuito entre em curto,
a vida é um admirável absurdo
na incansável eternidade da andança.

Deixe o mistério ser sua sombra,
verso amigo, pleno e sobra.

Ninguém nunca saberá tudo,
tampouco um pouco que seja,
sobre a magnificência da obra.

André Anlub

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.