André Anlub - Autor classificado no 27º Concurso Internacional ALPAS 21
Das Loucuras (Antigos hábitos que morrem, mas renascem).
Deu nome a uma estrela na sua passagem pelo espaço;
No seu quarto – imagético – cria monstros e acolhe anjos
As paredes de pedra, os copos de plástico e os nervos de aço.
Sem comida congelada, goji berry ou outras besteiras...
Compra peixes, folhas e frutas – vai à feira.
“Ele isso, ele aquilo”, dedos apontados em largos elogios;
Fazendo frio ou calor, espanta o horror com o cheirinho de pinho.
Rotulá-lo para o bem ou para o mal não é problema... É desafio.
Ama, é normalmente amado; ri, gosta de se manter bem educado...
Tem cavalgado, surfado, trocado afagos, voado... Mas tudo em sonho.
No espaço do seu quarto, relógio de quartzo num quarto de hora...
Ora bolas, ora birras, ora beiços: alucinado.
Olha ao redor e tudo enxerga – esperança.
Chega ao extremo de ver o que nunca viu:
“A view to a kill”, talvez esse som para a dança.
Existe química entre tudo que imagina – aliança.
Confia mais em leões com a barriga vazia
Do que em muitos homens de barriga cheia.
Confia mais, bem mais, na sua vida e escrita às vezes loucas,
Do que em ditames de gente de humildade e alma poucas.
André Anlub
(25/11/17)