18 de junho de 2016

[noite longa]


Feito com palito de sorvete em 1990 na Rua Maestro Francisco Braga (Copacabana/RJ) - até hoje lá! 

Tudo branco em paz se apraz o branco do Apraz. 
(Madrugada de 7 de julho de 2015)

Escrever não é terapia, não é parto, não te faz farto tampouco filho. Escrever não é domínio nem domingo, não é sábado nem babado, nem modismo, erotismo macho bosta ou “veado”. Escrever não é descoberta, nem procura, não é ouro, prata ou cobre, não está vestida ou desnuda, não é rua nem avenida, nem voo ou aterrissagem, não é quarto fechado, alcova, escova, pasta, dente, boca, boca desdentada ou a de fumo, ou paisagem, ou passagem ou presumo, não é nada nem tudo, nem pluma, plano, pleito, pleno ou peito pontudo... não é cura ou Kurosawa, nem rei nem vagabundo, o sobretudo lá em Londres, nem o submundo da saudade na saúde; escrever não é fuga nem afago, nem figo nem quiabo, nem o fio desfiado, violino desafinado no ombro desajeitado do corcunda compositor; não traz solução para o problema, nem traz problema ou pessimista, não tem esquema, bula, equação, estratagema; não é longe nem perto, nem aqui, kiwi ou banana; não tem raça, cor e credo, nem cruz credo que ameaça; não trapaça ou joga limpo, não está no limbo, céu ou inferno. Aos olhos postos no céu azul, sem nuvem, podemos ler o verso... nenhum verso estava ali, fizemos/falamos/escrevemos/sentimos para dor ou prazer em nós. Tudo é para si – nem sílaba que entre, nem poemas que saia – tão somente si. De resto fica a impressão da opção de parar ou andar ou correr ao redor do mundo, mesmo sabendo que poderá acabar no mesmo lugar. 

André Anlub

Bethânia, 70 anos





Ela, e sempre ela... E sempre assim: bela.


A vida pode ser farpa entre unha e a carne, um bambu que não se quebra com o vento que varre ou estrelas que brigam com o raiar de um dia!

Ela, e sempre ela... E sempre assim: bela. 
(tarde de 20 de junho de 2015)

Ela veio sem perguntar por nada, pediu um misto quente, um café e uma água – comeu e bebeu.  Agora é real, ouvi o estrondo do trovão; ouvi o cão latir ao lado e fazer aquela famosa cara de interrogação. A chuva começa a cair, rega as plantas aqui e ali, tira a poeira dos telhados, transborda a piscina e levanta o cheiro de mato. Ela agora está presa na casa; a chuva cai e desce a travessa com vontade... Alaga todo o entorno. Os seus olhos fixados no tempo – nas horas – nas ruas –, o coração apertado bate sedento, o desejo queima no peito e o jeito é encarar todas as águas. Vai ao tempo ruim com o sorriso mais vasto possível, pensando no seu encontro passível, ativo no espaço-tempo; e o vento? O vento que traz a agonia – traz também melancolia –, e abre as portas da presunção. O encontro desencontrado, não por causa da chuva, não por causa do trovão, mas sim pelo entusiasmo e pela projeção do que poderia advir... e não foi bem assim. Na verdade não foi nada assim. Ficou muito aquém do previsto, enterrou o otimismo e quebrou todo o filme de ação. Colocou o sorriso em risco pela sua emoção; colocou um chá em fusão, pão de alho no forno e preparou a pasta de grão de bico. Agora é irreal, o tempo se foi e o sol brilha como nunca; o calor invade o local, as ruas se enxugam no momento e ela pôde andar sossegada... Do encontro, até agora, nada. Mas ela é paciente, tem uma vida inteira pela frente, então sorri e se farta. Será sempre bem-vinda... inspiração.  

André Anlub

17 de junho de 2016

Voltamos a Pasárgada


Voltamos a Pasárgada
(André Anlub - 14/2/13)

Vou-me para Pasárgada,
Recado pro Manuel?

Levarei vinho e uma resma
Para grafarmos na mesma
Poesias inebriadas.

Sozinhas, tão somente sozinhas,
Palavras não dizem nada.
Com emoções e verdades
Tornam-se mais que letras juntadas.

O tempo é perdido
Pois não somos meninos
Fraco e frio fogo que o vento apaga.

Refaz-se na escrita (sonho)
Depura-se nos versos (banho)
Desfaz-se o assanho,
Esquecimento é adaga.

Caminhamos como poetas novos
Largando a soberba e o estorvo.
No fluxo de um novo povo,
Nosso suor que não amarga.

O alvo é claramente certo,
De peito escancaradamente aberto
- Coração de um bardo.

Firmamento no teto
Voa-se no adereço que aguarda
Unidos – poetas
Voltamos a Pasárgada.

Excelente sexta a todos

    Imagem: © Arkadiusz Branicki

Os tais anos ainda não vividos (21/4/14) - Faça com seus brinquedos de montar aquele casarão da sua imaginação. Coloque janelas aos montes, para nos dias escuros a luz chegar farta e em dias frios o sol entrar com afinco. Coloque enfeites nas paredes, e para consumir o tempo, coloque quadros dos mais confusos. Vieram nuvens gordas e ondas gigantes, trazendo o receio e uma água mais fria. Vieram estranhos trazendo bebidas, e com o sol escaldante acenderam a euforia. Não os tema! São apenas estranhos de boas intenções. Alguns são pescadores de sereias, que fazem vigília no cais; e no caos do silencio das redondezas somente o choro baixinho dos inconformados. Assim forma-se a tal “bola de neve”, já que o tempo é guerreiro e alimenta o imaginário. Assim se leva no jeito de jeito, o que se faz de gosto na grama ainda mais verde. Foi-se o corpo à mercê de mil ventos, em asas longas de longas sombras e penas douradas de puro ouro. Passou ao lado do falcão peregrino, deixando seu som, sua beleza e pudor. Acabou com a lamúria da vizinhança, transformando todos em agitados meninos. Dorme agora... O casarão iluminado pela luz da lua que entra pela janela da vida. Sonha agora... Mergulhando no silêncio da madrugada, alimentando-se da saudade cultivada e também dos anos ainda não vividos. Estamos muito compenetrados nas nossas distrações, a tal modo que muitas vezes nos flagramos dançando sem música e assim seguimos até o final do disco.

16 de junho de 2016

[sem título]


Não terão as ariadas panelas, 
Camisas engomadas - verde-amarelas;
Não terá um telão na praia, 
Tampouco xingamento ou vaia;
É indignação seletiva - aparente - impulsiva
É patê de sardinha, é mortadela, é coxinha
Pro pseudo-rico sobrou outra vez uma sova
Caviar que é bom mesmo, uma ova.
Sabemos de cor e antemão, e corrói o coração
Gente que quer no umbigo, 
- “inimigo de inimigo é amigo” – 
Um bandido de estimação.

Andrée Anlub

Asas de anjo ou dragão



Asas de anjo ou dragão        
(André Anlub - 3/7/14)

Vejam só os dois olhinhos, sinceros, impávidos, carregando a expressão das brasas dos entusiasmos. O mundo deles também anda agitado, e ainda mais quando estão juntos; são avejões diversos... no advérbio adjunto do anseio, disponível no plasmático vulcânico... fundiram os neurônios e os versos. Não há relógio no “slow motion”, tampouco o reviver das simples coisas. A caneta dança na folha branca, o sentimento canta a canção que voa... os dois olhinhos são escravos do tempo e o tempo não vive a mercê da porta aberta; não cumpre a cumplicidade que se torna seguro, simplesmente existe e o quase é quase eterno. Asas batendo, colorido das penas, bico bem largo e garras como dentes; com moderação se barganha com a vida, contínua rotina de distrair pensamentos e tapear os momentos e as ideias baldias. Criou-se o hábito saboroso e salutar, começou a lutar com as armas evidentes. Vê a novidade de coisas iguais que nunca foram feitas, reinventa os trejeitos dos seus sujeitos (dá-se um jeito). E a luta contra o colosso imortal continua, o gigante que é anão, que espeta, que apunha, apunhala, compunha a mente incerta, e a luta se enluta no negro alerta. (...) nessa hora os olhos se emocionam mais uma vez, enchem-se d’água e desaguam... E a vida: eles querem entendê-la, desvendá-la, querem enterrá-la para saber sempre onde está; irão confessar até o que nunca fizeram, e pelos campos e cidades aos ventos voarão... Sendo perene ou não, sendo asas de anjo ou dragão.

15 de junho de 2016

Ótima quarta


Madrugada de 27/4/15 – a enorme saudade do amanhã. Sempre me flagro longe, pensando na minha velhice, na minha careca reluzente e no meu coração ainda batendo e amando, pescando em águas calmas e fartas de peixes e poesias; é recorrente. Penso no meu futuro barco simples, azul turquesa, nas águas de uma cidade do nordeste. Um barco com aquela tradição de um nome feminino escrito em letras simples e sóbrias nas laterais da embarcação... Há um tempo eu colocaria alguma pintora que gosto, que simbolizou algo em mim: Tarsila ou Djanira ou Haydéa ou Malfati ou Mittarakis...  Mas hoje em dia mudei, e o mais provável é que seja o nome de uma das escritoras que também me marcaram, nas leituras e/ou nas respectivas histórias: Emily Dickinson ou Sylvia Plath ou Ana C. ou Carolina de Jesus ou Virginia Woolf ou Beauvoir... Ainda mergulho de cabeça em uma paixão; mas checo a profundidade e a temperatura da água, coloco touca, tapa ouvidos e vou. Na varanda, na minha cadeira, cães deitados ao meu lado e o ar gélido, céu limpo e insetos me observam. Dou uma talagada no suco gelado de maracujá. Vou-me ao repouso, repousar o corpo, a mente, o bloquinho e a catarse que adoro, pois me persegue nos momentos mais curiosos, gráceis, carrancudos e inesperados. 

André Anlub

E o ar corre solto


E o ar corre solto       
(André Anlub - 12/5/13)

Qual o problema em não ser tão óbvio?
Será visto com maus olhos e/ou cairá na boca das más línguas? 
Tenha a liberdade para viver abrindo a porta do amanhã, do seu fado, lapidado, bem acabado na arte final do mais talentoso e fantasioso artista.
Venha aqui para perto, quero lhe contar um segredo
- O final do filme da sua existência.

Não sou um deus ou algo parecido, é sua obviedade que é tão transparente a ponto de ser redundante e ficar escrito nos seus olhos, na sua voz e suas pegadas, a cada instante.
Mude e diga-me o que sente ao rasgar o tempo sem clemência, sem apreensão, totalmente à vontade despretensioso (ou não).

Diga-me que é um prazer não ver as horas passando quando cada segundo é aproveitado, cada mexer dos ponteiros, sem serem notados. Mas não achincalhe com o tempo, nem por um minuto...
Os ventos vivem nos dizendo coisas novas, trazendo novos cheiros, aforismos, sorrisos e insultos.

Diga-me o que sente vendo o ar correndo solto, batendo as janelas, balançando as árvores, ondulando o lago. Quiçá uma revolta que nunca dá em nada, mas que mantem a alma vivendo.

14 de junho de 2016

[sem título]

"A verdade sobre Elizabeth Bishop
Volume único reúne toda a prosa da poeta norte-americana: textos autobiográficos, crítica literária e correspondência

Elizabeth Bishop pertence ao grupo dos excelentes poetas comedidos: publicou apenas 101 poemas –divididos em três livros— em seus 68 anos de vida (1911-1979). No entanto, apesar dessa escassez editorial, angariou uma reputação sólida na poesia norte-americana do século XX, que perdura até os dias de hoje. Uma das coisas que mais emocionam à leitura de sua prosa, agora publicada, é a percepção de sua sincera modéstia em relação aos seus méritos e até mesmo o ataque que promove contra qualquer tipo de vaidade desenfreada ou afetação desmedida, tão presentes naqueles que se consideram poetas. Há uma espécie de ética que envolve todas as pessoas, sejam poetas ou não, e nela residem os comportamentos virtuosos aos quais se deve realmente ater, pois, como dizia G. M. Hopkins, que ela tanto admirava, “ser poeta não é o máximo dos máximos”. Leia mais: AQUI! - El País

Turbilhão do viver


Turbilhão do viver
(24/2/14)

Tudo é paixão na terra de Alice,
E quer um palpite?
- a mesmice rasteja no chão.

Tal qual chão quente e infrutífero,
Faz a vida um sonífero
E forra de interrogação.

Que chapeleiro ou não
Tornar-se-ia importante
E levantaria num instante
O punho cerrado em ação?

É, é bem mais fácil o “aceite”,
Que sempre em quatro paredes,
Pendura quadros de enfeite
E convida pra comunhão.

Não, nem tudo é poema!
Seja lá qual for o terreno,
(branco, mulato ou moreno)
A vara enverga com o vento
E se quebra num turbilhão.

13 de junho de 2016

O Dono



O Dono (do livro “Poeteideser”)
(André Anlub - 16/5/10)

Pulando de nuvem em nuvem,
Jogando bola com o sol;
Pintei o arco Iris de preto
E mostrei a língua pro furacão.

Usando um vulcão de privada,
Canal do Panamá de piscina,
Posso estar em qualquer estrada,
Posso dobrar qualquer esquina.

Eu uso a Itália de bota,
Bebo a Via Láctea no café;
Sou Deus que troca Vênus pela lua
E depois me escondo onde quiser.

Tudo posso e faço
Tudo com minha criação
Poeta da tinta do espaço
Sou dono da minha imaginação.

Buscando plenitude e paz no dia a dia,
Nas águas límpidas do saber viver,
Achando sempre muito mais,
É assim que tem que ser.

Choro por muitas vezes sem motivo,
Posso chorar por você!
Estendo a mão a qualquer inimigo,
Simplesmente por não aguentar vê-lo sofrer.

A lua e o sol se completam,
Mesmo sem se tocarem;
Faço inimagináveis incógnitas,
Sou vultos por todos os lugares.

Quebro a barreira do som,
Posso fazê-lo ou não,
Mas mostro o poder maior
Que é grande nesse meu dom.

Falo em línguas estranhas,
Olho por todos os ângulos,
Dono de todos os tesouros,
Mestre de todas as façanhas.

O som das ondas é meu grito,
Refugio das manhãs tristes,
Um vulcão que sangra com meu sangue,
Dias mais que felizes.

Deito-me devagar vendo a terra tremer,
Sempre ao levantar, meu suor, orvalho.
Piso na neve para fazer planícies
E com poesia choro chuvas sem querer.

Na escuridão de um fechar de olhos,
Pensamentos voam como falcão,
Vagueiam em um amor que nunca existiu,
Falhas de canyons, rachaduras do coração.

Estar irritado é impossível,
Extinguirá a vida e o mundo;
Sou totalmente previsível,
Nunca serei um moribundo.

Acordei um pouco cansado,
Pensei em apagar o sol;
Dei um sorriso mal humorado,
Fui caminhar dormindo acordado.

Bebi toda água do rio Negro,
Usei uma nuvem como espuma de barbear,
Subi no cume do Everest buscando sossego,
Mas já havia gente por lá.

Com uma pirâmide palitei meu dente,
Usei o lago Ness como espelho d’água,
Fui para o Aconcágua, mas também havia gente,
E lá rio Tâmisa afoguei minhas mágoas.

Posso ser o dono, mas mesmo assim sou gente,
Crio o universo, mas também me enfastio.
Vou já indo para Marte como um indigente,
Gritar feito louco como uma gata no cio.


Leia na íntegra na Trip: AQUI!
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12 de junho de 2016

Possesso; ou nem tanto...


É tal espécie de bipolaridade que serve de pilha para a máquina viver 
(madrugada de 2 de junho de 2015)

Tenho passado por fases boas e ruins em alternâncias incrivelmente rápidas, sem aviso prévio, sem extremismos de alegrias fúteis ou sombras de depressão. É algo incomum ao meu ser, mas não reclamo. Está se tornando rotineiro ao ponto de já fazer parte do meu estado de espírito e também o corpo e a mente completamente adaptados.  É como uma bipolaridade salutar, que em fases “down” me levam a criar mais, não impedem minhas corridas, me calam um pouco a boca (coisa que prezo muito), faz-me cozinhar ainda mais e procurar abrigo nas leituras. Nas fases “up” me embriago no café, me divirto com a tevê e jogos online; também escrevo e leio, mas com menos afinco, e fico planejando viagens e sonhando alto com meu futuro; também quero debater todos os assuntos, pintar, fazer recortes de coisas inúteis e brincar com os cães – com a noção maior que a morte está perto para eles. Na fase ruim tenho um pouco de azia pela manhã, mas logo passa; na fase boa acordo bem, com fome e querendo logo cedo o cheiro do café fresco e dando bom dia (internamente) a todos e tudo. É de um extremo interessante, o bobo palhaço e o ranzinza bobo palhaço. Vi cavalos apertando o passo em direção ao ocaso a cada caso do sol dar “boa noite”. Pelos meus olhos pude ver além do tempo. Com areia da praia construí castelos mágicos, com portas de palitos de sorvete e com a ideia de que seriam eternos. Pelo menos até a próxima ida à praia. Engenheiro e artesão de tudo que vai esvair-se em poucos minutos. Assim seguiu o vento retirando os grãos; assim seguiu-se as águas com a maré cheia e destruindo toda uma obra; assim veio os meninos mais velhos fazendo um campo de futebol e destruindo os castelos. Vi marcas de novidade em todos os castelos destruídos. Vi um futuro promissor e mais concreto, mais seguro e respeitado. Sinto muito e sinto muito quando um passado passa e me deixa uma razão para ser mais forte, porém com raiva – perda e olhares cerrados. A crueldade da criança sem seu doce e a doçura da criança sem ser ao menos mais criança. Nas mãos dos anjos os dados, quase sempre viciados. Nas mãos dos demônios os tabuleiros, quase sempre inalterados. Demônios estendem uma enorme mesa às cartas; Anjos estudam as cartas e as marcam com a mente; demônios roubam por serem demônios e errados; anjos acertam e fazem o bem por terem sempre seus motivos. Sem sombra segue o mal voando ao lado de todos. Anjos criam suas sombras com as mãos... Aves, elefantes, coelhos e tudo que a sombra pode trazer. 

André Anlub

Cinderela


Cinderela (do livro “Poeteideser”)
(André Anlub - 10/3/04)

Você nasceu pra fazer volume,
Um vaga-lume
Com a luz queimada 
Perdido na escuridão.

Quem te falou que a vida é bela...
Cinderela na contramão.

Talvez tenha nascido
Com otimismo
De sair dessa situação.

Fale a verdade:
A igualdade convive com a oportunidade
De viver bem nessa multidão?

Busque a saída,
Encare a verdade;
Com a sua idade
Ainda há uma solução.

Não pense em mágica, não nasce em árvore,
Não cai do azul, não cai mais não;
Não desanime e ajude o próximo;
De um sorriso e plante o amor.

Quem te falou que a vida é bela...
Cinderela na contramão.
Quem te falou que a vida é bela...
Cinderela na contramão.

Cinderela... contradição
Cinderela... na contramão
Cinderela... contemplação
Cinderela... ficou na mão.

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.