Viajo por entre galáxias, centelhas,
Centenas de estrelas cadentes, extremos,
E buracos negros, na velocidade da luz.
Espelho-me em vastas veredas, grandezas,
Aonde verdadeiros olhares se vão:
No infinito, no elo, no bonito,
No fim de infindas certezas
Inclusas no tempo e na imaginação.
Contudo em disfarce me acho,
Me perco, desfaço, perdido no espaço,
Sem pé nem cabeça e com muita incerteza
De um ser que retorna de volta ao chão.
Vejo-me inseguro, sem ano, sem hora,
Agouro e agora, tonto em perigo,
Meu próprio inimigo, meu mar de amar
Em poeira estelar.
E em um eco obscuro, anéis de Saturno,
Construo um abrigo em um planeta vazio...
Sumo, choro, amo, chamo...
De meu lar.
André Anlub®
Branca paz, vermelho sangue e azul turquesa
Sobre a mesa fria... Uma marmita e um finado
Uma carta em uma trincheira e o soldado
Traição, vida e morte – (in) realezas.
Lá se foi o passarinho,
Por entre os coqueiros mergulhou na maresia...
Deixou um frágil dedo apontado ao infinito,
Colado ao sorriso do rosto da menina.
André Anlub®