28 de agosto de 2021

Das Loucuras (as moscas sabem quando as mãos estão ocupadas)

 











Das Loucuras (as moscas sabem quando as mãos estão ocupadas)


É uma ordem: baixem agora as armas de fogo;

Peguem as facas e através da fumaça procurem os pescoços.

Antes: vejam se é de ouro e tirem o cordão;

Antes: vejam se é um totem e retoquem a tatuagem.


Nessa engrenagem do Sistema em abrolhos,

O mundo tira bastante sarro com a nossa cara...

E sai caro, pois é claro, como o branco dos olhos,

Que ele está meramente numa sacanagem rara. 


As moscas procuram o sumido saco de pão,

Pois um quilo de queijo coalho deu mofo.

Estamos além da fenda do fundo do poço...

No ponto de vista vasto de alguém no Japão.


É uma ordem: sem dó, nem ré, tasquem fogo...

Hasteiem essa imundice de bandeira sem emblema;

Trapo sem ideologia, sem noite nem dia, sem cor, sem rumo...

A cada novo engano, a cada novo problema, uma anátema!

Entramos pelo cano – entupidos nos esgotos de Ipanema.


As moscas procuram o suor!

Pois a cada dia que passa a pele está mais ressecada...

Desidratada... vai de mal a pior.


As mãos procuram as moscas!

Em sopapos estrepitosos; em só papo furado...

Os ditosos as esmagam sem dó.


É uma ordem: vamos todos assistir uma ópera...

Quem sabe assim uma divindade médica opera,

E novamente nos tornamos pó.


André Anlub




24 de agosto de 2021

Charlie Watts


Charlie Watts, lendário baterista dos Rolling Stones, morreu aos 80 anos nesta terça, 24. A notícia foi confirmada pelo o publicitário do músico, Bernard Doherty, à agência PA. "É com imensa tristeza que anunciamos a morte de nosso amado Charlie Watts," escreveu.


Watts morreu em um hospital de Londres e estava cercado pela família, segundo o Daily Mail. A causa da morte não foi divulgada.


A notícia vem após o anúncio de que o baterista não participaria da turnê dos Rolling Stones nos EUA para se recuperar de um prcedimento médico.


Integrante dos Rolling Stones desde 1963, Charlie Watts era apaixonado por jazz e ajudou a banda a levar o rock 'n' roll para as massas nos anos 1960, com clássicos como "(I Can't Get No) Satisfaction," "Jumpin' Jack Flash" e "The Last Time."


Foto: Kevin Winter/Equipe

Das Loucuras (pimentorium in anus outrem refrescus est)

 


Das Loucuras (pimentorium in anus outrem refrescus est)


Baixa o lume do Sol

Pra poder ver o poder do Sol do vagalume...

E assim se fez o feliz e o futuro

Que batem em sua porta quase a demolindo.


Nesse dia lindo e apimentado de certezas

O doce vento traz o cheiro de estrume.

Nada é para sempre, mas acabaram-se as avarezas...

Fica a certeza de estar se reconstruindo.


Foca no próprio umbigo, blindado e ambíguo...

É espelho amigo usando-se como espelho.


Já pisa e pulsa e passa o tempo sorrindo

Que o desprezo de um dia ruim que ficou longe.


Já chega Janeiro e com ele a aflição...

Aquela aflição nova e antiga de estar num velho ano novo.

Mas dessa vez é diferente, é mudança, o muito é outro...

Tudo ecoa: benesses de ganhos remotos

Todos coam o mesmo café envelhecido

Todos ouvem os toques da trombeta do escopo.


Lá vem Lacan e o grande Outro;

Lá vem licor e o pequeno mesmo.

Ressaca guerra; trégua, café com leite e biscoito...

Lá vou eu outra vez fazendo alusão ao Círculo de Fogo.


André Anlub

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.