26 de junho de 2010
O Ser Quase Sábio
Minha Escrita II
De repouso entre um suspiro e outro
Acamado entre o amar e ser amado
Coração bate forte sendo fraco
Pensamentos voam soltos, indo alto
Minha escrita está submersa em azul anil
Com sentimentos verdadeiros e inventados
Vagueia entre o real e o senil
Persegue o concreto e o abstrato
Língua solta e comprida
Profere idiomas mal falados
E alados levam poemas declamados
Aos ouvidos que se deixam ser ungidos
Uma dor quase sempre vira escrita
Escrivaninhas, com papiros, suas penas, velhas tintas
O que não se limita, muitas vezes quer ser lido
E o que é lido no respeito não se imita.
Segue assim até nascer do branco pó
O rebento que do chão fica de pé
Que se engasga com as empáfias, o alento
Por um momento ri de todos ao redor.
André Anlub
O oásis de cada dia
Deseje-me sorte em voz alta
É como carregar o embuste no colo
Cegue-me com areia nos olhos
Envenene-me coma saliva mais farta
Consigo a solidão de um espinho
Tenho a companhia de uma flor
Sou seu brinquedo de menino
Esquecido em qualquer gaveta
Com uma etiqueta, escrito “dor”.
Lua e estrela, combinação astral.
Brilho e beleza, só falta você.
No espelho d’água, trilogia perfeita
Tudo absolutamente normal
É a delicadeza que constrói você, seu quebra cabeça
É a pureza que circula por dentro
Na certeza de estar certa na seta que acerta o alvo
Tudo no seu devido momento
Agora vou indo com seus votos e coragem
Embriagado de otimismo e muita energia
Em uma vida que passa a minha frente como uma miragem
Buscando o oásis nosso de cada dia
André Anlub
25 de junho de 2010
O SER 2000 (parte 1 e 2)
O HUMOR DE MHEL MARRER
Pessoas Inteligentes
Conta-se que numa cidade do interior um grupo de pessoas se divertia como idiota da aldeia.
Um pobre coitado, de pouca inteligência, vivia de pequenos biscates, esmolas.
Diariamente eles chamavam o idiota ao bar onde se reuniam e ofereciam a ele a escolha entre duas moedas: uma grande de 400 REIS e outra menor,de 2.000 REIS.
Ele sempre escolhia a maior e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos.
Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e lhe perguntou se ainda não havia percebido que a moeda maior valia menos.
'Eu sei' - respondeu o tolo assim: 'Ela vale cinco vezes menos, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou mais ganharminha moeda.
'Pode-se tirar várias conclusões dessa pequena narrativa.
A primeira: Quem parece idiota, nem sempre é.
A segunda: Quais eram os verdadeiros idiotas da história?
A terceira: Se você for ganancioso, acaba estragando sua fonte de renda.
Mas a conclusão mais interessante é: A percepção de que podemos estar bem, mesmo quando os outros não têm umaboa opinião a nosso respeito. Portanto, o que importa não é o que pensamde nós, mas sim, quem realmente somos.
O maior prazer de uma pessoa inteligente é bancar o idiota, diante de umidiota que banca o inteligente.
Arnaldo Jabor
Folhas Amassadas
Toquei a sua face e enxuguei o seu pranto
Limpei seus lábios que mordeu e sangrou
Desfiz as tranças feitas para me salvar
Descer do nosso castelo em chamas
O farto fogo que você ateou
Tudo muito claro, poesia em jogo
Mais uma vez do jeito que almejou
As rimas muito falhas, folhas amassadas
Parecem às toalhas sujas que por fim deixou
O vento bate a porta, a torta ficou pronta
A chave cai ao chão, o fogo apagou
Demonstro minha fraqueza, alguém logo me aponta
Procuro em todo canto o que você já achou
Seus dedos tocam minha face de coitado mor
Esnoba-me bem baixinho ao pé do ouvido
Trata-me infeliz como qualquer individuo
Na sua vida sempre sou de ruim a pior
Os poemas saem sujos, magníficos detalhes
Bandeiras perfuradas pelas flechas dos cupidos
Carrancas dos navios, belos entalhes
Guerreiros Nórdicos, não lhe darão ouvidos
André Anlub
Felicidade, Sentimento Imponente
Começo dizendo que tudo que fui, que sou, e que um dia serei, basta saber uma coisa, haverá felicidade sempre, por que essa necessidade constante de ser feliz?
É obrigação, vaidade, é uma doença que invade o ser, desde a infância quando ainda começa a dar os primeiros passos em direção aos primeiros brinquedos, indo de encontro às primeiras pessoas, querendo ser feliz, arrumar distração. Se todos olharem para trás irão perceber que foi assim, e se seguirá assim eternamente, enquanto vivermos, uma procura por um sentimento que nem ao menos é palpável, mas que é maravilhoso e recompensável.
É de dentro para fora e de fora para dentro, é redundante, é uma metáfora ou pode não ser, não importa, o que vale é sentir. De tudo que temos de melhor, é ela o melhor, de nada vale o amor se não houver a felicidade, ela é dona de todos os sentimentos, dona de todas as riquezas, da ignorância a cultura, do pobre ao rico, do mais velho ao mais novo, você já pensou uma coisa, nem todos nós somos capazes de amar, mas todo ser vivo é capaz de ser feliz!
Até para morrer queremos morrer felizes
André Anlub (16/03/10)
Ser modesto e ser medonho
Os olhos vêem, o coração sente
Palavras soltas, versos obscenos
A língua passa por entre os dentes
As mesmas cenas passam a minha frente
Não me amofino, restou só eu
Absolvido por um talvez
Na sua vez, uma ré sofrida
Que nessa vida pagou o que fez
Todas as sombras são desejos
O seu jeito quase assombra
Unicórnio com dois chifres
Eu quero é mais, aceito a honra
Nesse mundo alheio
Ser um ser bem pequeno
Um pingo d’água, uma semente
Vagamente um grão de areia
O que restou da mágoa
Por entre o concreto e o abstrato
Estar perto ou em um sonho
Ser modesto e ser medonho
Um gambá ou ser um gato
Em todo canto procuro
Bem longe e próximo do mundo
Ser parte do seu rebanho.
André Anlub
24 de junho de 2010
A Perda da Fé
A Perda da Fé
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A visão mais turva, suja
Deixa que eu mesmo piso na uva
Sei que irá curar o desalento
Muito mais fácil deixar cair, dos olhos, uma chuva
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Cansei de levantar, para o céu, as mãos
Engasgo com o medo, ébrio e hipocondria
Supre a dor com o comprimento de um comprimido comprido
Levanta e não cai de joelhos ao chão
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Dizem que um Deus te ama
O resto do mundo não
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Todos os elos dessa corrente
Foram tomados pela ferrugem
Águas só me molham, aos outros, ungem
Palavras incertas, ditos incoerentes
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Com os nossos cabelos ao vento
Que acabam levando a vida
Uma partida fez-se momento
Para um lugar bom será sempre bem vinda
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Como sabemos dos nossos erros
Como fingimos indiferença
Como negamos todos os zelos
Como sofremos com nossas crenças
.
Dedão nas orelhas, mãos espalmadas e línguas a mostra
Armado o circo, chamamos os santos
Com olhos cegos, soltem seus prantos
Eu perdi a fé, quero uma forra.
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André Anlub
A Navalha de Occam
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Entre todas as teorias em sua cabeça
Achei uma mais fácil de explicar e entender
Pergunta-me: por que pedir adeus?
Um trocadilho
Jamais, erroneamente, irá saber.
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Se já deu no que foi
Não perpetue a casualidade
É egoísmo, pois não existe mais porvindouro
Falsa moralidade
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Não me venha com mais explicações
Sente que as nuvens irão sumir
Pensa se o tempo pode parar
O ódio é um elo para desunir
Ainda acha que é loucura sentir e pensar?
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Onde está a razão?
Onde está o sentimento?
Busca no âmago do interior
Com toda a redundância desse momento.
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O terror de não ter mais emoção
Nessa ação que lhe faz tão bem
É a vontade de estar vivo
Voando a favor do vento
Mas sempre de encontro a um trem.
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André Anlub
Um pouco “d’eu”
Sou um personagem dramático em minha vida
Aceito todos os dias novas pessoas
Tento ter deveres e muitos direitos
Piso sempre em terras novas
Em vez de curar, evito feridas
Sinto o amor em verso e prosa
Sei que nem sempre tudo é um mar de rosas
Por isso procuro ter diversas saídas
Brinco, rio, dou um tapa na morte
E com sorte ela vai e não volta
Impossível mesmo é perder a alegria
Queria consertar no mundo todos os cortes
Não largo jamais a minha caneta
Com certeza tento ir pelos caminhos retos
Mas não ligo se houver curvas na minha meta
Quero ter mulher, filhos e muitos netos
Respeito-me e o mesmo reflito em todos
Humildade posso dizer que tenho um monte
Coloco a fé acima de tudo
Bom dia, boa tarde e boa noite
André Anlub
Curriculum Poético
Biografia quase completa
Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)
Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas
Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)
• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)
Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha
Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas
Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)
Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte
André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.
Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.
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Mesmo assim Agora mesmo a alegria passou por uma rua, Ela estava nua, estava fula, estava atormentada e vadia. Olhou em todas as portas, p...
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Sylvia Plath Via: Revista Prosa Verso e Arte Canção da manhã O amor faz você funcionar como redondo relógio de ouro. A parteira bateu ...
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- Que fatalidade: ao fechar seu zíper, Zappa perdeu seu Zippo; ficou com o fumo, mas sem consumo, sem fogo, sem fósforos; ficou famélico e...