Quando fui moleque Andava com minha magrela No cemitério São João Batista Entre as tumbas e vielas. Nunca tive medo de morto Mas tenho de vivos desgraçados: Os com pensamento torto E políticos com discursos aprontados. André Anlub®
Tapete vermelho do amor Saiu a lista dos apaixonados do ano Nem sicrano, nem fulano, Meu nome estava lá... Foi magia – em primeiro lugar, quem diria. Mas por favor, não vão me alugar. Já era de praxe: Peguei pesado no sentimento E amei além da imaginação. Não teve um sequer momento Que eu não tenha acertado na mão. Fiz o bê-á-bá certinho, O arroz com feijão; Rezei conforme a cartilha, E para na volta não perder-me na trilha, Joguei pedacinhos de pão. Comecei como homem de lata Levei na lata, fiquei em frangalho. Nunca levei jeito pra espantalho... Sobrou a coragem do leão. Por causa da bendita paixão, Deixei de me acabrunhar num fosso, Tornei-me de cerne, carne e osso E fiz da poesia oração. André Anlub
Rumo ao monte Escoltei o tempo, lado a lado, carne de pescoço de fato. Fui criar, criei; escrever e ver o que vai dar. Círculos tornaram-se triângulos; teoria da conspiração? O velho sendo novo – recriando na absolvição. Olhos fechados e deixa-se levar pelos ouvidos, Sentimento sequestrado – síndrome de Estocolmo. Estou como um velho sábio: abraçando livros. E os vivos como o diabo gosta: cem perguntas, sem ter como. As horas são amigas, são teimosas e esportivas; Todos os dias correm lentamente e andam correndo. Vai um drama vem um ‘dream’ ouço um ‘drum’; A dama da beleza – dama da noite com seu perfume ao vento. De joelhos faço de coração uma oração ao longe; Vem rebates, vem sons alheios em língua estrangeira azul. Haverá uma asneira rasteira que deixaremos aos asnos; Há simplicidade suntuosa no grão de areia do monge. Faz-se maestria, faz-se nada –, de dia ou de noite... O tempo me escolta, puro e seguro de volta ao invento; Sabendo que normas estão pelo mundo, feito chorume. Vê-se insistente o sorriso do sol ao morrer do negrume; Livro-me do manto, minto ao lamento e subo ao monte. André Anlub
As paixões incompletas estressam Surgem, mas não se deixam ver Ficam cobertas com o manto da noite E somem no mais sútil alvorecer. Anti-herói filósofo Não me acostumo a recear paixões Em qualquer esfera Já com meus quarenta e poucos anos Afortunado, burro de carga Nos caminhos da vida Em estradas esburacadas Dias nublados Na fome, na sede Na imaginação. Será que sou anti-herói filósofo? Que tem a cabeça dura de pedra De frágil esteatito Que tem perigosa peçonha E usa para criar o antídoto Que tem o coração guardado A sete ou oito chaves Mas deu cópia aos amigos. A meu ver o amor foi descoberto Na era Cenozoica, período Quaternário Perdidos, corações de artistas Traçados rupestres Ecos de pesares Nas paredes das cavernas Nas mentes apaixonadas. André Anlub®
Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)
Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas
Livros: • Poeteideser de 2009 (edição do autor) • O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas) • A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014 • Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015) • Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017) • Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte (Janeiro de 2019)
• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015) • O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)
Amigos das Letras: • Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95 • Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ) • Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63 • Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT) • Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha
Trupe Poética: • Academia Virtual de Escritores Clandestinos • Elo Escritor da Elos Literários • Movimento Nacional Elos Literários • Poste Poesia • Bar do Escritor • Pé de Poesia • Rio Capital da Poesia • Beco dos Poetas • Poemas à Flor da Pele • Tribuna Escrita • Jornal Delfos/CE • Colaborador no Portal Cronópios 2015 • Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas
Antologias Virtuais Permanentes: • Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal) • Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal) • Revista eisFluências (Brasil/Portugal) • Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)
Concursos, Projetos e Afins: • Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”. • Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”. • Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”. • Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere • classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas) • 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”. • indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA). • indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP). • indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete • indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII • Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas • Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões". • Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte
André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.
Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe. Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros. Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.